Stuck In The Past escrita por SweetGhost22


Capítulo 2
It Seems It Did Not Work Very Well, Did It?


Notas iniciais do capítulo

Hellou!

Olha eu com capítulo novo!

Não se acostume com intervalos pequenos entre os capítulos.

Boa Leitura!



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Depois de ver os quatro sumindo na passagem, Harry saiu do estado de choque em que estava.

 

—Mione… Eram eles… Os marotos… Meu pai, Sirius, Remus e Pettigrew… Como isso é possível?- Ele falou em um fio de voz.

 

—Eu não sei Harry.- Ela falou. Parecia abalada. -Mas agora nós temos de ir ao escritório do diretor. Ele deve ser capaz de nos mandar de volta.

 

Ela puxou Harry e os dois foram andando devagar pelos corredores. Harry de vez em quando checava o mapa que ele havia trazido consigo, o qual ele pegou de Snape que havia o levado para o salgueiro quando foi atrás de Lupin.

 

Eles chegaram na sala do diretor, e antes que pensassem em como iriam chamá-lo ou entrar lá, a gárgula se moveu e Dumbledore apareceu e os fitou com curiosidade no olhar.

 

Não só pela semelhança gritante entre Harry e James Potter, mas também pelo estado das roupas deles, sujas de terra, e com alguns cortes pelos encontros nada agradáveis com a árvore raivosa.

 

—Creio que não conheço o senhor e a senhorita.- O diretor falou com o mesmo tom amável de sempre.

 

—Ainda não senhor.- Hermione falou com receio. -Nós sofremos um acidente com o salgueiro lutador, e um vira-tempo.

 

—Acho que será melhor nós conversamos no meu escritório.

 

Os três subiram até o escritório do diretor e se sentaram frente a ele em sua escrivaninha. Harry estava absorto em pensamentos. Pensando em como seus pais estavam ali, no mesmo castelo que ele.

 

Ele queria tanto só se jogar nos braços deles e dizer como eles fizeram falta todos esses anos. Mas imaginou como seria estranho se um garoto poucos anos mais novo chegasse abraçando eles e gritando: “Papai! Mamãe!”.

 

Um pigarro de Dumbledore o tirou de seus pensamentos.

 

—Bem, a senhorita Granger me explicou a situação de vocês. Eu nunca antes havia ouvido falar de um caso como esse. Afinal, o normal seria que o Vira-Tempo fosse somente capaz de viajar cinco horas para o passado. Qualquer outra tentativa além disso sempre resultou em ferimentos graves e geralmente mortais nos viajantes.- Ele fez uma breve pausa, deixando Hermione e Harry absorver as informações. -Eu, particularmente, não tenho ideia de como mandá-los para o futuro. Mas eu irei atrás de uma solução, e enquanto vocês estão aqui, deveriam continuar seus estudos. Dado o fato de que vocês já realizaram os exames finais do terceiro ano, e nós estamos na segunda semanas de aulas ainda, vocês entraram direto para o quarto ano. Eu providenciarei malões com seus materiais, uniformes e roupas necessárias.

 

—Mas diretor, como o senhor nos apresentará para o resto da escola? Afinal, a semelhança entre Harry e James Potter é inegável.- Hermione falou antes que o diretor continuasse. -E sobre o futuro, se nos questionarem, sobre eventos futuros, o que fazemos. Nós sabemos coisas demais, que podem salvar vidas!

 

Ela parecia quase em pânico, Harry notou. Mas ainda assim, ele não conseguia desviar seus pensamentos de seus pais, parecia estar em um tipo de estado de choque.

 

—Acho que vocês não deveriam revelar nada. Acredito que para que Minerva ter te emprestado o Vira-Tempo ela deixou claro as consequências para os bruxos que mecheram no tempo.

 

Hermione assentiu, mas ao olhar o estado de seu amigo, sentiu essa decisão pesar.

 

Ela não havia contado detalhes a respeito do futuro para Dumbledore. Como por exemplo, o fato de Harry ser órfão na época deles, ou sobre Sirius ter passado doze anos em Azkaban injustamente.

 

E tantas coisas que ela havia lido sobre as vítimas da guerra. Tantas vidas que ela poderia salvar.

 

—Vocês não se importariam de dormir aqui por hoje não é?- Ele assentiram e ele conjurou duas camas cada uma com um pijama simples em cima. Indicou uma porta, a qual nenhum deles havia notado antes, Hermione acrescentou mentalmente que ele provavelmente acabara de fazer ela aparecer ali. -Ali tem um banheiro em que vocês podem tomar um banho e se trocar. Parece que fariam bom proveito de um banho relaxante depois de seu encontro com o salgueiro lutador. Eu virei aqui amanhã logo antes do café, reunirei todos os alunos para fazer o anúncio. Direi apenas que vocês são alunos novos que chegaram agora por motivos pessoais. Se perguntarem, vocês são primos e estudavam em casa, mas recentemente se mudaram para Londres e seus respectivos pais decidiram colocar vocês em Hogwarts.

 

Hermione assentiu e ele se retirou.

 

Ela pousou sua varinha no travesseiro de uma das camas e pegou a troca de roupas. Se dirigiu até Harry que ainda estava sentado no banco em frente a mesa do diretor.

 

—Harry, eu vou tomar banho primeiro okay?- Ela perguntou ainda preocupada com o silêncio do amigo.

 

Harry a fitou, ela viu muito receio e indecisão em seu olhar, antes dele se focar nela como se só tivesse ouvido a pergunta agora, e então concordou com a cabeça.

 

Quando Hermione foi para o banheiro, Harry se limitou a se sentar na outra cama e tirar o mapa, a capa de invisibilidade e a varinha de seus bolsos, e colocá-los na cama.

 

Quando Hermione saiu do banho vestindo um pijama simples de flanela, ele pegou o seu pijama e entrou no banheiro. Depois de limpar a terra e o sangue de alguns machucados, já de pijama e se sentindo mais leve do que antes ele saiu se sentou na cama, Hermione estava deitada de barriga pra cima, e ele percebeu que ainda estava acordada.

 

Viu em uma mesinha de cabeceira que se encontrava entre as duas camas, dois vidrinhos, um vazio e outro cheio. Havia um bilhete coma mesma caligrafia que ele se lembra do seu presente de natal no primeiro ano, a letra de Dumbledore: “Para os machucados”.

 

—Ele pensa em tudo mesmo.- Falou Hermione ao ver que Harry notara a poção que Dumbledore deixou para eles.

 

Harry tomou a poção e sentiu um formigamento seguido de alívio no arranhões que tinha nas mãos, braços e um no rosto. Ele se deitou e passou a fitar o teto, assim como Hermione.

 

—Sei que parece uma pergunta idiota nessa situação, mas você está bem?- Hermione perguntou incerta com o silêncio de Harry até esse momento.

 

—Só estou assustado com tudo isso. Afinal, meus pais estão lá fora no castelo em algum ligas nesse momento, tão perto. Mas pelo Que Dumbledore falou, eu não posso chegar e falar: “Oi eu sou seu filho do futuro. Sabe aquele cara que você chama de melhor amigo, então, ele causou a sua morte, então se afaste dele.” Mas me pergunto como Dumbledore vai esconder isso deles, se todos falam que eu sou a cópia do meu pai.

 

—Realmente, ele parece uma versão sua mais velha.- Ela falou. Então riu. -Ou seria que você é uma versão dele, mais nova.

 

Os dois caíram na risada juntos.

 

—Sim, isso é muito confuso.

 

—Eu acho, que Dumbledore talvez use um feitiço para te fazer ficar diferente, sabe, pra ele não te reconhecerem.

 

—Seria estranho.- Ele falou e ao olhar de confusão dela, continuou. -Me olhar no espelho e ver outra pessoa.

 

Hermione concordou.

 

—Sabe o que isso me lembra?- Ele perguntou risonho e ela negou. -A poção polissuco do ano passado.

 

Ela corou fortemente por se lembrar da confusão que fez com o pelo de gato, e ele só ria.

 

—Ainda acho estranho o fato do Snape não ter querido me dar uma detenção. -Ela falou quando Harry parou de rir. -Sabe, ficou bem óbvio que nós roubamos ingredientes dele para fazer a poção depois que eu apareci daquele jeito na ala hospitalar.

 

—Deve ter ficado tão impressionado com a nossa capacidade de fazer uma poção avançada decente no segundo ano que se esqueceu de dar a detenção. Porque mesmo com o seu erro de ter usado pelo de gato, se a poção não estivesse boa, poderia ter sido pior.

 

Hermione o fitou surpresa.

 

—Como você sabe os efeitos daquela poção?

 

Harry corou.

 

—Bem, naquele tempo que você ficou afastada de mim e do Rony por causa do que ele vivia falando a respeito de você não se importar com o que Bichano havia feito, nós... sabe… Costumávamos a copiar a sua lição… mas sem você ele estava tão bravo que deixou as lições passarem... só que eu não. Eu passei a ler mais, não teria conseguido acompanhar tudo sem os estudos que você nos forçava.

 

Hermione ficou cada vez mais surpresa.

 

—Mas vocês nunca gostaram disso, sempre reclamavam quando eu forçava vocês a ficarem estudando em vez de descer para o campo de quadribol.

 

A esse ponto eles estavam deitados um de frente pro outro conversando.

 

—Bem, durante um treino, eu ouvi a conversa de Katie e Angelina. Sobre os exames que prestamos no quinto ano, e o tipo de entrevista que elas tinham com a McGonagall para falar sobre a carteira que pretendiam seguir. Elas pretendem ser jogadoras, então não estavam tão preocupadas com isso. Mas eu acabei começando a pensar sobre isso. E descobri que eu não quero ser um jogador de quadribol quando sair de Hogwarts.

 

—Então, o que você quer ser?- Hermione ficou surpresa com a seriedade com que Harry falava disso, parecia outra pessoa.

 

—Eu quero ser um auror. E para isso eu precisaria ter notas boas em DCAT, feitiços, transfiguração e poções pelo menos. Ou seja, se eu continuasse do jeito que estava, eu não conseguiria ser um auror.

 

—Não esperava isso de você Harry. Afinal, nós só temos treze anos. Não achei que você fosse começar a pensar desse jeito agora.

 

—É, eu também não.

 

Eles então ficaram em silêncio por algum tempo. Cada um em seus pensamentos sobre como será a manhã seguinte. Até Harry quebrar o silêncio.

 

—Eu não sei como eu vou conseguir conviver com meu pai, na mesma casa e não falar nada, sobre o futuro, sobre a traição de Pettigrew. Não vou conseguir ver ele perto dos três sem lembrar que ele é o culpado pela morte de um, prisão de outro, e fez com que Remus e eu ficássemos sozinhos.

 

Hermione pode sentir a melancolia na voz de Harry.

 

—Eu também não sei como eu vou conseguir isso. Mas nós precisamos Harry. Pelo menos pense que talvez, Pedro ainda não seja um comensal. Talvez, se nós ficarmos presos aqui, possamos mudar isso. Mudar essa traição, preservar a amizade deles.

 

Depois de alguns segundos, Harry perguntou.

 

—Acha que podemos acabar presos aqui?

 

—Talvez. Sabe, quando Minerva falou comigo sobre a possibilidade de eu usar um vira-tempo no terceiro ano. Nas férias de verão eu fui com meus pais no beco diagonal e comprei vários livros a respeito disso tudo, vira-tempos, viagem no tempo. Queria ter certeza de que nada daria errado. Bem, acabamos aqui né? Então não tenho certeza de que isso deu certo.- Os dois riram. -Mas, de acordo com o que eu li assim como o diretor falou, nunca se viu antes um caso assim. Viajar tanto tempo e ficar intacto, de acordo com o que eu li, nós deveríamos ter morrido durante a viagem. Além do mais, não tem vira-tempos que vão para o futuro, sempre foi assim, você viaja algumas horas para o passado, e espera o tempo passar, e não pode ser visto por nenhum conhecido até se realinhar com o seu tempo. Mas nós teríamos de esperar quase vinte anos.

 

—Então, quando a gente se reencontrar com Rony de novo, nós vamos estar dezessete anos mais velhos?

 

—Sim, eu acho que sim.

 

Os dois ficaram em silêncio depois dessa constatação. Pensando em como sentiriam falta do amigo.

 

—Boa noite Hermione.

 

—Boa noite Harry.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!

Espero que tenham gostado.

Comentem e falem o que acharam please.

Estarei esperando.

( ˘ ³˘)♥



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