Sonhos, sonhos e mais sonhos, com o tempo, eles se alimentam de você. E não saberás se vives na realidade ou numa idealização dela.
Estava lá, Hibari, estiado ao chão com um grave machucado ao rosto logo após um assalto, não sabes o porquê da violência do mundo, nem se o que sentia era dor ou apenas um sonho, mais havia a certeza em que no dia seguinte tudo seria diferente.
Sim, o rapaz acordou com um leve sorriso no rosto, tudo fora apenas um sonho, algo que o ensinava a não errar novamente e a ignorar o sofrimento e continuar a caminhar. Sim, Hibari já havia passado por verdadeiros pesadelos em sua vida. Se já fosse nascido nos tempos de guerra, seria um assassino mais que competente. Hibari levantou-se de sua cama e fora lavar seu rosto como fazia à todo dia, sim, monotonia de todas as manhãs. Em seguida se dirigia à mesa para degustar de algum alimento, pois como sempre, seu dia seria longo. O Jovem se direcionava agora ao seu quarto e se arrumava, onde saia de casa em direção a escola. Toda manhã fazia o mesmo percurso, sim, monotonia da vida. O Jovem por sua vez, queria quebrar a mesma monotonia que o guiava todos os dias de todos os anos anteriores. Decidia entrar à rua escura cujo ninguém passava, sim, sem medo, apenas com seu olhar frio, passava pela mesma sem demais problemas, a não ser ver o que a vida trazia de sofrimento para os demais. Naquela rua havia alguns mafiosos, prostitutas, mendigos e destruição, coisa que era ofuscada pela Kyoto daquela época. Ao atravessar, sentia certo olhar assassino pairando à sua volta. Sim, malévolo, com más intenções. Continuava a caminhar em direção a sua escola. Assistia a suas aulas normalmente e voltava para casa, porem, pelo caminho escuro. Sim, sem medo, com o brilho ao olhar pela esperança de ver algo diferente para si, mesmo que seja a violência manifestada. Olhava para os lados, o breu o cercava e o silêncio prevalecia, registrando tudo em sua mente, a felicidade da indiferença. Logo sentia a presença maligna à sua frente, quando avistava um Jovem alto de cabelos esbranquiçados , sem receio nenhum, passava pelo mesmo sem olhar para trás, onde o outro segurava Hibari pelo braço e o puxava, olhando diretamente aos olhos do mesmo logo após o soltando. Sim, Hibari apenas voltava à sua casa com um olhar de seriedade, cogitando em seu pensamento quais seriam os interesses do rapaz. Apenas jantou, foi para sua cama, e dormira profundamente.