Nosso Amor escrita por Antônio de Sales


Capítulo 7
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior: Robert dispensou Daniela. Cleiton manjou Diogo. Daniela destratou Cláudio pelo telefone. Narmo conversou com Letícia os detalhes da sua mudança. Cleiton manipulou Diogo a aceitar o pedido de Clara. Passagem de tempo. Letícia se mudou para a casa dos Gonzaga. Cláudio desmereceu o trabalho voluntário de Adélio. Cleiton e Clara se beijaram. Diogo e Letícia conversaram sobre as suas vidas. Adélio realizou seu trabalho voluntário. Narmo pegou Clara num telefonema estranho.



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(Tema de abertura: Quem Irá Nos Proteger - Vanessa da Mata)
Cena 1: Casa da família Gonzaga/Varanda/Interno/Noite:

NARMO: Quem você disse ser um idiota que está quase na sua mão?
CLARA: Desculpa senhor Narmo…
NARMO: Não faça cerimônias comigo.
CLARA: … Narmo! Eu não tenho que lhe falar sobre os meus telefonemas. É uma questão de privacidade.
(Narmo a encara)
NARMO: Está mais para uma questão de camuflagem.
CLARA: Me desculpe, mas o que quer dizer?
NARMO: Você tem razão! Não devo ficar interferindo sobre a sua vida e suas ligações particulares. 
CLARA: Eu não queria ter dito dessa forma.
NARMO: Isso é papel do meu filho! Pra ele que você tem que dar satisfações, não pra mim. Espero que ele saiba te valorizar da mesma forma que o valoriza. Com licença.
(Narmo se vira e sai da varanda)
CLARA: Eu vou ter que desligar agora, nos falamos depois.
(Silêncio)
CLARA: Você sabe muito bem qual é a única coisa importante neste momento.
(Ela desliga e Diogo chega)
CLARA: Então, tomou a água?
DIOGO: Sim.
(Ele sorri e pega no ombro dela. Em seguida repara o telefone que ela está segurando e questiona)
DIOGO: Estava falando com alguém?
CLARA: Ah, eu… Estava consultando os meus créditos.
DIOGO: Hum… Papai estava com uma cara estranha, dei de cara com ele agora no corredor e quando eu perguntei o que era ele me mandou perguntar a você.
(Ela finge uma reação de surpresa)
CLARA: Perguntar pra mim? Mas porque?
DIOGO: Não sei, só falou isso. Vocês conversaram sobre alguma coisa?
CLARA: Não, ele só veio aqui, me viu ligando pro saldo e depois saiu. Vai ver ele queria conversar mas viu que eu estava ocupada.
DIOGO: Mas papai não se irritaria por pouca coisa, que estranho.
CLARA: É… Vou precisar sair agora.
DIOGO: Que pena! Fica só mais um pouco, por favor.
CLARA: Tenho uns problemas pra resolver no hotel.
DIOGO: É alguma coisa com dinheiro?
CLARA: Não. Mas mesmo que fosse jamais aceitaria um centavo seu, sabe disso.
(Ele sorri e a leva até o portão)
CLARA: Então ficamos assim.
(Ela pega na barriga dele e lhe dá um beijo. Neste instante Cleiton observa tudo de longe e fulmina Diogo com o olhar)
DIOGO: Tchau, cuidado, hein.
(Ela sorri e ele fecha o portão voltando pra casa. Nesse instante Cleiton começa a andar atrás dela)
CLARA: Que isso, ficou louco?! Ninguém pode nos ver aqui.

CLEITON: Louco está o Diogo por você. Mas pelo visto ele deve ter motivos.

Cena 2: Casa da família Gonzaga/Quarto de Letícia/Interno/Noite:
ROBERT: Que bom que está gostando de morar conosco. Fico muito feliz em ouvir isso, Letícia.
LETÍCIA: Eu ainda sinto saudades dos meus pais, da minha mana… Mas acho que isso eu sentirei pra sempre. Então a gente vai levando. Está sendo bem legal morar aqui.
ROBERT: Mas porque você não planeja uma viagem pra visitá-los?
LETÍCIA: Eu pretendo fazer isso, mas daqui à algum tempo. Quero me adaptar e estabilizar aqui primeiro. Sei lá, arranjar mais alguma coisa além do cursinho.
ROBERT: Independência própria, isso se chama. É muito boa por sinal.
LETÍCIA: Sim. Eu não quero cortar completamente o vínculo com os meus pais. Mas também quero construir uma vida a partir de agora sem a brisa deles. Vou descobrir até aonde sou capaz de chegar.
ROBERT: E eu garanto que você não vai se decepcionar com o resultado, pelo contrário.
DIOGO: Eu também concordo!
(Diogo entra e todos riem)
DIOGO: Nem sei do que estão falando, mas eu concordo!
ROBERT: Estamos falando sobre a nova vida da Letícia.
DIOGO: Como estamos saindo?
LETÍCIA: Todos bem até agora. E a Clara?
DIOGO: Ela já foi.
ROBERT: Mas já? Tem pouco tempo que vocês estavam juntos.
DIOGO: Ah, ela tinha um problema pra resolver lá no hotel, então não quis complicar as coisas pra ela coitada!
ROBERT: Deve ser um saco resolver esses problemas. Sempre surgem do nada.
LETÍCIA: Mas se ela mora lá à um bom tempo, significa que tem habilidades com isso. Então, nada de preocupação.

Cena 3: Centro de Fisioterapia/Bairro Nova Suíça/Interno/Noite:
RONALDO: Parabéns, Adélio! Você hoje nos deu um ótimo resultado.
ADÉLIO: Imagina Ronaldo. Fiz apenas o que eu dava conta. Ainda quero aprender muita coisa sobre essa área.
RONALDO: Terá um ótimo resultado se continuar assim. Ouvi inúmeros elogios à seu respeito hoje.
ADÉLIO: Fico feliz de saber que todos vocês estão tendo um retorno.
RONALDO: E por falar em retorno, aqui está seu certificado. Boa sorte.
ADÉLIO: Muito obrigado Ronaldo, não sabe como acabou de me ajudar!
RONALDO: Espero que este certificado abra muitas portas para você.
ADÉLIO: Eu também! Precisando de novo é só me chamar. Voltarei aqui com prazer.
RONALDO: Pode deixar, Adélio. Você agora faz parte do nosso elenco.

Cena 4: Rua Manhumirim/Bairro Caiçara/Externo/Noite:
CLARA: Cleiton você pode me explicar porque resolveu vir aqui? Pra botar o nosso plano na lama?
CLEITON: Apenas queria me certificar de que tudo está nos conformes.
CLARA: Então agora já pode parar com essas suas aparições.
CLEITON: Ah é? Pode me dizer o motivo? Já que o que vi foi apenas uma agarração de quinto nível.
CLARA: Eu não acredito que você está com ciúmes do Diogo!
(Ela começa a rir)
CLEITON: Ciúmes, faça-me o favor. Poupe-me das suas piadas. Estou apenas acompanhando os rumos do meu plano.
CLARA: Nosso plano. Afinal quem o está exercendo sou eu.
CLEITON: Sobre as minhas ordens! Portanto, faça exatamente o que eu mandar caso contrário, já era.
CLARA: Como assim já era, já era o que?
CLEITON: Pague pra ver.
CLARA: Vem cá, eu não estou entendendo o motivo de tanta raiva. O plano não está saindo como você queria?
CLEITON: Sim, mas não é pra você ficar comendo aquele urubu.
CLARA: Cleiton, por favor. Estou fazendo apenas o que combinamos. Eu preciso mostrar pro Diogo que gosto dele.
CLEITON: E está indo muito bem nessa parte.
CLARA: Que isso, Cleiton! Sabe que eu jamais trocaria você por qualquer idiota.
(Ele ri)
CLEITON: Eu adorei você chamando ele de idiota no telefone.
CLARA: Também gostou do Narmo me interrogando depois? Quase que ele descobre.
CLEITON: Tá, foi um vacilo que eu dei, não vou fazer de novo. Mas foi bom você não ter desligado, assim eu pude ouvir o quanto aquele homem está intrigado à seu respeito. Precisamos bolar um plano reserva pro caso dele querer dar as caras de novo.
CLARA: Não, eu acho que ele não vai querer perturbar de novo. Você ouviu como ele ficou depois da cortada que eu dei.
CLEITON: Sim, depois da bela cortada que você arrasou sambando em cima dele.
(Ele passa a mão em volta do ombro dela)
CLEITON: Mas mesmo assim é melhor prevenir. Já que os próximos passos serão decisivos.
CLARA: Estamos juntos nessa, gato! Esqueceu?
(Ela dá uma encarada nele com um sorriso bem safado)

Cena 5: Casa da família Gonzaga/Quarto de Olga/Interno/Noite:
ROBERT: Então? Sobre o que deseja falar?
OLGA: Sobre o namoro.
ROBERT: Ah, eu não tenho uma opinião negativa da Clara.
OLGA: Estou falando de você.
ROBERT: Hum?
OLGA: Sim. De você com a Daniela.
ROBERT: Oi? Como assim?
OLGA: Eu acho ela uma boa garota.
ROBERT: Mãe…
OLGA: Parece bem experta. Não deixa de cumprir seus objetivos por nada.
ROBERT: …
OLGA: Ficaria feliz com vocês juntos. Meus dois filhos, Diogo com a Clara, e a Daniela…
ROBERT: Oi, posso falar? Mãe, eu não estou namorando ninguém. Também não estou com interesse em procurar.
OLGA: Mas meu filho. Desse jeito vai virar padre!
ROBERT: Mãe!
OLGA: É a lógica! Você tem que arrumar um compromisso logo. 
ROBERT: Isso não é logica nenhuma, é feminismo da sua parte! O único foco que eu tenho, é viver bem comigo mesmo. 
OLGA: Espera, a conversa ainda não acabou!
ROBERT: Pois pra mim, não devia nem ter começado.
(Ele sai)

Cena 6: Casa da família Gonzaga/Parte dos fundos/Cozinha/Intento/Noite:
PALMIRO: Mas o que está fazendo?
MARY: Ora, a janta.
(Palmito se assusta ao ver uma panela tampada sujando o fogão de seis bocas)
PALMIRO: O jantar?! Pois isso está parecendo mais uma explosão contida.
(Ele tira a tampa e começa a tossir com a fumaça)
PALMIRO: Mary, olha pra isso. Você não deveria ter mexido aqui.
MARY: Mas eu só quis adiantar já que você ainda estava faxinando o escritório da dona Olga.
PALMIRO: Ótimo! Da próxima vez você vai fazer a faxina, já que esse é o problema.
MARY: Não esse é o seu trabalho.
PALMIRO: Assim como cozinhar também! Olha só pra esse acidente. Agora vou ter que lavar tudo isso, pra depois preparar o jantar. A culpa é sua.
MARY: Para de ser neurótico, eu só cozinhei.
PALMIRO: Pois isso aqui está parecendo mais as fezes dos pombos do que qualquer alimento que exista!
MARY: Ah!

Cena 7: Casa pacata/Sala/Interno/Noite:
CLÁUDIO: Você sempre me trata como se eu não prestasse!
DANIELA: Mas você presta? 
CLÁUDIO: Oh!
DANIELA: Porque você só faz besteira e ainda me mete no centro delas. Eu briguei com o Robert por causa do seu comportamento incisivo.
CLÁUDIO: Sou muito melhor do que esse garoto se quer saber!
DANIELA: Olha só, primeiro: você não é melhor do que ninguém, somos todos iguais. Segundo: eu não quero saber!
(Adélio chega).
ADÉLIO: Olá, boa noite.
(Daniela e Cláudio ficam sem jeito).
ADÉLIO: Eu não quero atrapalhar nada, com licença!
DANIELA: Não, imagina! Eu e o Cláudio já terminamos o que tínhamos pra resolver, estou de saída, com licença.
(Adélio cede espaço para ela passar).
CLÁUDIO: Viu o que você fez?
ADÉLIO: Vi sim. Cheguei na minha casa. Vou pro meu quarto!
CLÁUDIO: Não, você estragou tudo. Acabou com a nossa conversa, não viu ela falando?
ADÉLIO: Cláudio, não se faça de égua. Eu não estraguei nada, ela disse que a conversa de vocês já tinha acabado e não me parece que foi por minha causa e outra, o clima entre vocês está mais do cagado. Eu ouvi parte da discussão quando estava chegando.
CLÁUDIO: Pois fique sabendo que nós não estávamos discutindo! 
ADÉLIO: Não, imagina! Vocês estavam… Se matando verbalmente. Com licença!


Toca “Cala A Boca E Me Beija” de Karla Sabah - 00:34 à 01:10

Cena 8: Padaria Arte do Trigo/Mesa de lanche/Interno/Manhã:
NARMO: Quero falar com você sobre a sua vida.
DIOGO: A minha vida?
NARMO: Sim.
DIOGO: Tá! Diga sobre o que deseja debater.
NARMO: Não estou aqui para fazer um debate. Apenas para conversar.
DIOGO: Você sabe muito bem como terminou a nossa última conversa.
NARMO: Sei. E sei também que não foi minha culpa.
DIOGO: Hum. Então, vamos conversar sobre o que?
NARMO: Clara. Me diga como a enxerga.
DIOGO: Ela é uma garota legal.
NARMO: Só isso?
DIOGO: Que se esforça pra me ver bem, se preocupa comigo, muito verdadeira.
NARMO: E vocês trocam intimidades?
DIOGO: Sim. Menos físicas.
NARMO: Estou querendo saber se sabe sobre a vida dela.
DIOGO: Sim. A família dela é do interior, da cidade de Formiga. E ela veio aqui pra ter a vida que nós da cidade grande temos.
NARMO: Ou seja, ela quer uma vida complicada.
DIOGO: Hum.
NARMO: Pensa bem, o que faz uma pessoa trocar o sossego do sertão pelas dores de cabeça da capital?
DIOGO: Os desejos dela. Que estão muito acima disso.
NARMO: E eu posso saber quais são os desejos dela?
DIOGO: Pai aonde vamos chegar? Parece que está interessado em namorá-la.
NARMO: Que isso meu filho, só quero ter certeza de que voce conhece bem a sua namorada.
DIOGO: Conheço sim. E não precisa ficar me dando esses interrogatórios como se eu fosse algum infrator.
(Narmo faz uma expressão séria).
DIOGO: Desculpa!
NARMO: Não meu filho. Tudo bem. Normal você agir assim. Eu apenas queria saber se estar satisfeito com a sua vida.
DIOGO: Satisfeito é uma palavra bem difícil, mas eu ando me esforçando.
NARMO: Muito bom ouvir isso.
DIOGO: Também é bom saber que eu poderei contar com você quando precisar.

Cena 9: Flat Reinado/Bairro Santo Agostinho/26° Andar/Sala de estar/Interno/Dia:
CLARA: Você sabe que se depender de mim ainda terá o mundo. 
(Cleiton sorri para ela que o agarra)
CLEITON: Sai lasqueira! Temos que pensar agora em uma maneira de fazer com que o Diogo fique cada vez mais próximo à você. Mas, já é bom saber que o retardado está agindo conforme havíamos esperado.
CLARA: Sinal que a personalidade dele está à nosso comando. Mas uma coisa que é bem estranha, é o fato dele não falar muito sobre a doença.
CLEITON: Mas você já conversaram sobre isso alguma vez?
CLARA: Sim, mas foi só uma. Ele se distancou quando perguntei se iria fazer algum tratamento, ou coisa assim.
CLEITON: Mas você não devia ter tocado nessa tecla. Já pensou se ele resolve? Teríamos que pagar uma falsa medica especializada nisso. E não estamos com essa bola toda não. Eu sei que você está com pressa, nós estamos com pressa, mas espere.
CLARA: Uma hora ele terá que fazer esse tratamento. E vai acabar descobrindo que essa doença é uma mentira. Até porque nenhum sintoma se manifesta.
CLEITON: Você tem razão. Precisamos cuidar disso. E eu acabei de arranjar a solução.
CLARA: Qual? Compartilhe comigo.
CLEITON: Já está na hora de você fazer o pedido de casamento.
CLARA: Mas já? Não tem dois meses que estamos juntos.
CLEITON: Não tem dois mas tem um. 
CLARA: Os pais deles não irão concordar.
CLEITON: Como não? Você outro dia me disse que segundo ele, Olga estaria de acordo com qualquer decisão que ele tomasse. Então vamos fazer o uso disso!
CLARA: Mas as coisas estão acontecendo muito rápido. Ele pode acabar desconfiando.
CLEITON: Desconfiando de que? Ele acha que está doente, precisa se sentir seguro. De preferencia com alguém do lado. Mas enfim, não estou falando pra você se casar com ele. Estou apenas dizendo pra fazer o pedido.
CLARA: Mas porque? Como assim?
CLEITON: Você citou um tópico importante. Ele não está demonstrando nenhum sintoma da doença. A familiazinha dele já deve estar com a pulga atrás da orelha, principalmente o irmãozinho mequetrefe, aquele inútil!
CLARA: Me diga aonde está querendo chegar, Cleiton.
CLEITON: Nessa festa ele vai ter o primeiro falso sintoma.
CLARA: Ham? Você está louco? Aí que os pais dele vão querer que ele comece o tratamento logo.
CLEITON: Relaxa Clara! Não vai ser nenhum infarte não. Vai ser coisa boba. Um… Vômito por exemplo, ou uma febre…
CLARA: Mas aí os pais dele vão ficar preocupados e o obrigarão a fazer o tratamento.
CLEITON: Suponhamos que isso aconteça e que você já tenha feito o pedido de casamento. Ele pode querer fazer só depois de ter se casado com você.
CLARA: Não, ele jamais seria tao burro de cair fácil nessa.
CLEITON: Ele não caiu no exame? Porque não cairia nessa? Uma coisa vai puxando a outra, isso é logica! Basta a gente seguir.
CLARA: Tá certo, irei fazer isso. Até porque eu ainda vou fisgar o retardado e te entregar, pra você destruí-lo.
CLEITON: Assim que eu gosto! Fique sabendo que no final, você será recompensada da maneira que sonha.


Clara sentada em uma poltrona marrom, o puxa para seu colo e eles se beijam ao som de “Sleep” de Stone - 00:37 à 00:53 e amanhece.

Cena 10: Topbrás Administradora/Bairro Santo Antônio/20° Andar/Sala 4/Interno/Manhã:
OLGA: Espero que a nossa divulgação nos valorize ainda mais.
RENATA: Pode ter certeza, Olga. Nossa campanha está bem bolada, direta, mas sem forçar a barra. Ninguém vai se sentir obrigado, pelo contrário, o público se sentirá atraído pela empresa e o nosso trabalho.
OLGA: Assim espero. Ralamos bastante para cairmos agora. Sem falar, que tivemos no ano anterior um resultado muito baixo.
RENATA: Ainda bem que agora as coisas começaram a mudar. 
OLGA: Ainda bem! Não quero pensar no que aconteceria em outros casos.

Cena 11: Casa da família Gonzaga/Quarto de Robert/Interno/Dia:
PALMIRO: Robert?!
(Ele vai até a sala chamar o jovem que estava distraído com o catálogo.
ROBERT: Pois não Palmiro, já terminou?
PALMIRO: Sim, mas o seu celular tocou muito durante a faxina, acho que te deixaram alguma mensagem de voz.
ROBERT: Ok, vou dar uma olhada. Obrigado Palmiro.
PALMIRO: Por nada, Robert!
(Ele vai ao seu quarto e pega o celular que estava em cima da mesa ao lado da sua cama, com um caderno azul encima com suas canetas. Ele aperta a opção “recado de voz” e ouve a voz de Walessa).
RECADO: Oi, como vai você? Estou ligando pra dizer que a cada dia eu penso em você. Estou sentindo muitas saudades da gente. Me liga assim que puder, estou ansiosa pra ouvir a sua voz, beijo!
(Ele encosta o celular sobre o peito e se emociona).


Toca “Vem Andar Comigo” de Jota Quest - 01:20 á 02:02

Cena 12: Flat Reinado/Bairro Santo Agostinho/26° Andar/Sala de estar/Interno/Dia:
CLEITON: Então está tudo certo para daqui a pouco, né Clara?
CLARA: Sim. Ele ficou muito feliz quando liguei pedindo o jantar.
CLEITON: Sinal de que ele espera que você o surpreenda.
CLARA: E é exatamente pra isso que iremos lá!
CLEITON: Faço questão de assistir cada segundo de camarote.
CLARA: Apenas se prepare para segurar o riso. Caso contrário ficará em maus lençóis.
CLEITON: E você acha que eu sou besta? Vou rir de montão! Mas aqui, junto com você.

Anoitece.

Cena 13: Casa da família Gonzaga/Sala de estar/Interno/Noite:
(Todos estão na maior harmonia conversando, Diogo com Robert, Letícia e Cleiton, Clara com Olga e Narmo com Renata. Cleiton e Clara trocam olhares mas logo retornam ao teatro. Passam-se alguns minutos quando Olga levanta e diz)
OLGA: Meus queridos o jantar está pronto.
(Ouve-se um aleluia ao fundo e todos riem)
OLGA: Fiquemos à vontade!
(Quando todos já estão sentados, Clara ao lado de Diogo se levanta)
CLARA: Um momento. Eu gostaria da atenção de todos para dar um comunicado.
(Todos fazem silêncio e se concentram em Clara)
CLARA: Diogo, eu gostaria de lhe agradecer, por colocar mais sentido na minha vida. Desde que estamos juntos, eu olho para o mundo de uma forma diferente, eu tento agir de acordo com aquilo que recebo de você, o amor!
(Todos se emocionam com exceção de Narmo e Cleiton)
CLARA: E é por isso que eu decidi não viver mais sem isso. Quero que os meus dias fiquem ainda mais preenchidos com a sua generosidade e o seu sorriso. Casa comigo!
(Congela em Diogo. Toca Hero - Thick As Thieves).


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Notas finais do capítulo

Todos os direitos reservados.

PLÁGIO É CRIME!



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