Pdv Bella Swan

 -Pai, você não pode fazer isso com a gente. Rose disse, enquanto eu tentava em vão compreender o que Charlie acabou de nós falar.

— Não existe possibilidade de eu mudar de ideia! Suspirei, dessa vez Charlie parecia irredutível.

— Charlie, nós sempre estudamos em casa. Temos professores que fazem muito bem o papel de nós educar. Todos os anos fazemos aquela droga de prova, que você nós obriga a fazer. Inclusive nossas notas esse ano foram todas 10. Não precisamos de uma escola de alto padrão, como você acha. Minha voz já estava inundada de desespero, todas nós sabíamos o que essa mudança iria causar nas nossas vidas.

— Vocês precisam de limites. Como vou impor regras aos cidadãos se minha próprias filhas não tem? Rose, se levantou como uma fera prestes a atacar.

— Isso tudo por causa dos seus eleitores? Você por acaso esta pensando em nós? Obvio que não, irmã.

— Estou. A vida que vocês levam não pode ser saudável. Cada dia em um lugar diferente, sempre sem horário pra dormir , vivem em festas, em lugares diferentes. Essa não é a vida de vocês, não tem que pagar pela escolha de outra pessoa. Senti uma corrente de raiva passar no meu corpo. Não dessa vez eu não deixaria ele fazer.

— Sempre assim, não é Charlie? Você nunca conseguiu assumir a culpa pelas suas decisões. Sempre joga elas no colo da mamãe, da vida dela. Essa é sim nossa vida, e caso você tenha se esquecido de que foi a sua. Essa vida que você quer que a gente tenha, não é a nossa vida. Por que antes de sermos as filhas do governador, somos filhas da melhor cantora do mundo há muitos anos. Talvez você não se lembre, mas fomos criadas assim, é assim que vivemos, é assim que somos. Minha raiva agora estava bem exposta. Ele me olhava como se tivesse levado um choque.

— Eu só quero o melhor pra vocês. Todos os filhos de pessoas importantes estão lá. Não existe melhor instituição de ensino. Ele disse convicto.

— Pai, todos os anos provamos como somos inteligentes e como estamos estudando. Sempre fazemos sem reclamar as provas que você nos impõe. Seguimos todas as suas orientações sobre educação. E também aceitamos fazer faculdade, quando terminarmos os estudos, isso nós dá mais dois anos. Esse era nosso acordo, você deu sua palavra! Desespero, essa era a palavra que definia as irmãs Swan nesse momento. Rose terminou seu discurso com os olhos marejados. Parei na frente de Charlie e olhei em seus olhos e suspirei.

— Não adianta, não é? Não importa quais os motivos estamos te dando. Essa é sua decisão. Infelizmente, Charlie, você mais uma vez não pensou em nós pra toma-la. Pensou apenas em quem você precisa ser, nas coisas que precisa mostrar pras pessoas. Eu não sei vocês, mas estou indo pra casa. Passar os últimos dias de férias com a única pessoa que sempre se importou conosco, a mamãe.  Estava com a mão na fechadura quando a voz de Alice se fez presente.

— Mas viajar é nossa forma de ficar com a mamãe. Vamos ficar longe dela. Alice, sempre foi a mais sensível, foi a que sentiu mais quando Charlie partiu, e talvez a que mais sentiria falta da mamãe. Ela estava chorando, e isso me fez perder uma batida do meu coração. Fui até ela ao mesmo tempo que Rose. Abraçamos  nossa irmã, que soluçava.  Charlie olhou a cena por alguns segundos e se retirou da sala.

— Vamos pra casa! Rose, pegou na nossa mão, nos puxando pra fora.

Graças a Deus que Peter sempre estava nos esperando, minha mãe o mandava ficar de olho. Não é a primeira vez que uma de nós sai chorando de um final de semana com nosso querido papai. Afinal esta é a função de Charlie a muitos anos! Em parte do caminho pra casa as únicas coisas que se ouvia no carro, eram nossas respirações pesadas e os soluços de Alice. Até que depois de um tempo ela adormeceu e seus soluços diminuíram. Respirei aliviada ao ver os tão conhecidos portões. Rose sorriu fraco para mim, e abriu a porta.

— Você não tem esse direito! Está me ameaçando, Charlie? Mamãe estava na sala caminhando de um lado pro outro, com o telefone no ouvido. Elas nós olhou, parou alguns instantes em cada rosto e suspirou. – As meninas chegaram, mais tarde voltamos a conversar. Ela não esperou a resposta de Charlie, apenas correu na nossa direção e nos abraçou. Depois de um tempo ela nos largou e dando seus famosos pulinhos disse.

— Vamos pra Orlando!!!! Se existe um lugar no mundo que ficamos bem,além de casa. Esse lugar era na Florida! Talvez não possamos mudar a decisão de Charlie, mas podemos curtir o máximo o tempo que temos com a mamãe.