Novos começos escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 13
Espelho espelho meu não existe ninguém mais bela que eu


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/zO_xjzHzHZ0
https://youtu.be/NNbM9R53coo



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P.O.V. Elijah.

Uma filha. Eu tinha uma filha.

—Porque você é tem a pele morena assim?

—Eu tomei sol. É genética.

—Genética?

—Eu não sei explicar direito. Genética sempre confundiu a minha cabeça. Eu nunca imaginei isso.

—Isso o que?

—Você me perguntando coisas. Geralmente é bem o contrário. Você sempre teve todas as respostas pra todas as perguntas, chega a ser assustador. Você e a mãe.

—Gostou do seu vestido novo?

—É esquisito, pesado e calorento, mas é lindo.

—Vai haver um baile hoje. Você deveria ir.

—Eu prefiro tomar o sangue de um morto e morrer. Um morto gelado, apodrecido e cheio de vermes.

—Porque você parece não gostar de bailes, todas as jovens da sua idade adoram bailes.

—Só porque nunca viram nada melhor e tem a cabeça mais oca do que uma árvore morta.

—Vamos querida, eu quero que todo mundo saiba que eu tenho uma linda filha.

—Vamos fazer um pacto. Eu vou ao estúpido baile e você fica de boca fechada sobre a mamãe. Não dedura ela pro tio Klaus.

—Tudo bem. Você vai precisar de aulas de etiqueta.

—Você ficaria surpreso com o que eu sou capaz de fazer. Eu toco piano, toco violino, canto, danço, leio, escrevo e falo mais línguas que você.

No baile ela se portou perfeitamente, falou italiano, francês, inglês e espanhol. Ela dançou sem errar um passo, portou-se com graça e elegância.

—Disseram-me que tocas piano. Toque algo para nós.

—Vou tocar minha música favorita.

Ela sentou-se ao piano e começou a tocar. Seus olhos estavam fechados, ela tocava divinamente.

Quando ela terminou a multidão a aplaudiu.

—Que música é essa?

—Fur Elise de Ludwig Van Bethoven. Ele é alemão, nascido em Viena.

—Nunca ouvi falar.

—Acho que você vai morrer antes dele nascer.

—Toque outra.

—Vou tocar a música tema do filme da Alice no País das Maravilhas de Tim Burton.

Ela tocou e cantou, sua voz era suave. Mas, a expressão no rosto dela a música em si fazia um frio percorrer as espinhas dos presentes.

—Dessa música eu gostei.

—Você não tem jeito mesmo não é irmão?

—Ele vai melhorar. Mas, vai fazer muita merda antes disso.

Todos me olharam chocados.

—Desculpe não devia ter falado palavrão. Eu esqueço que aqui tudo é proibido, daqui a pouco te proíbem de respirar.

—Bom, eu vou me recolher. Estou cansada.

Eu acordei com os gritos dela.

—Minha filha.

—Tudo bem pai. Foi só um pesadelo.

Ela levantou. 

—Ah, que droga.

—Não se desespere.

—Eu pareço desesperada? Tudo bem pai, eu sei o que é isso.

—Sabe?

—Vantagens de se ter nascido num mundo com internet. Eu só fiquei menstruada, sei que não vou sangrar até a morte. Mas, eu queria que a mamãe estivesse aqui. E queria ter absorventes.

P.O.V. Francis.

Ela era linda. A mulher mais linda que eu já conheci. 

Tem algo nela, mas eu não sei o que é.

 


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