24/04/20XX 10:47 [Escola sala 2-B]

Estou na sala de aula, olhando para meu celular e pensando no que farei com esse diário. Arrisco meu pescoço só de estar carregando esse troço, e não posso pedir ajuda de ninguém...

Mas esse diário não é de todo mal. Escapei de uma surra e consegui tirar notas melhores recentemente. Apesar que o professor de inglês parece ter me dado nota a mais na última prova, mas prefiro não falar nada.

Muru-muru me disse que uma das portadoras me conhece e sabe que sou um portador também, mas Deus não a deixa dizer quem é. E a Décima ofereceu de ser minha aliada, mas também não sei quem ela é e não sei se posso confiar nela, ou em qualquer outro portador. E Deus não me deixará desistir agora, muito menos me ajudar de qualquer forma. Dizem que eu sou o favorito dele, mas eu não ganho nada por isso... exceto por ser o primeiro alvo de todos.

O tempo passa enquanto fico pensando, e o sinal de final de aula toca. A próxima aula é educação física, então preciso me apressar. Vou resolver essa coisa do diário mais tarde...

—Onde fica a sala dos professores?- Me pergunta uma moça alta e magra que usava um vestido lolita rosa claro, uma gargantilha preta e tinha o cabelo roxo preso em maria chiquinha. Ela parece ser bem mais velha que eu, e provavelmente não estuda aqui. Mas se ela não estuda aqui, como entrou e o que ela quer aqui?

Eu olho para ela e não respondo, um pouco paralisado. A expressão corporal dela está estranha, e ela olha pra mim como se estivesse lendo meus pensamentos.

—Ouvi dizer que suas notas melhoraram muito recentemente, que anda tendo uma sorte muito grande e tem estado cada vez mais com a cara no celular...- Ela me olha de forma desafiadora, se aproximando. -Aliás, que celular bonito.- Ela diz encostando no meu celular.

Eu afasto o celular dela, provavelmente com um olhar preocupado.

—Os olhos falam mais que a boca. Ora, ora... você é o portador de quem me falaram.

Eu olho para o celular, e o que vejo me preocupa mais ainda.

24/04/20XX 14:04 [Escola]

Sou atacado pela Nona e morro numa explosão.

DEAD END

—Meu preparativo terminou. Você será morto em três horas.- Ela diz isso e sai pela janela.

Após a saída dela, o prédio explode. Eu me abaixo e acabo não sendo atingido por nada muito perigoso, e acabo decidindo andar pela escola abaixado, procurando outras pessoas ou lugares seguros.

Eu eventualmente encontro uma garota dentro de uma das salas de aula mais próximas da escada, que está sentada no chão. Como ela está de costas, não consigo ver seu rosto, mas ela tem o cabelo longo e liso rosa claro e usa o uniforme de educação física da escola. Ela percebe minha presença e se vira.

—Yuno?

—Ah, olá. Yukiteru, né?- Ela me olha, sorri e volta a olhar para o celular no qual provavelmente estava mexendo antes de eu chegar.

—Sim...

—Considerando a situação, é melhor eu me revelar logo. Eu sou a segunda portadora. O que diz sobre sermos aliados? Eu te falei sobre isso na Catedral, mas Deus terminou a reunião antes que eu pudesse falar com você apropriadamente.

Ela realmente é a Segunda? Será que eu deveria me aliar a ela por agora, pra sair dessa situação perigosa?

—Podemos ser aliados por agora. Mas como sei se posso confiar em você?

—Você pode confiar em mim só por estarmos do mesmo lado dessa situação. Se eu estivesse do lado da Nona, estaria fora da escola ou em uma área segura.

—Nona?

—Sim, a nona portadora, a terrorista Uryuu Minene. Desconfio que tenham mais portadores envolvidos nisso tudo...

—Mais portadores? 

—Sim. Duvido que ela tenha feito tudo isso apenas pra te derrubar. Arriscar ser vista e pega pela polícia ou pela segurança no caminho, além de que não teria como ela mesma ter plantado as bombas aqui. Com certeza tem alguém de dentro nessa história.

—Tipo um professor ou outro funcionário?

—Sim, provavelmente. Enfim, precisamos sair daqui de forma segura, combinando as informações dos diários pra criar uma rota de fuga segura. Qual é o seu diário?

—Diário indiscriminado, ele fala tudo o que acontece a minha volta do meu ponto de vista.

—Mas não fala sobre você?

—Não... é um pouco inútil quando se trata de me proteger.

—O meu também. Diário do afeto, fala de todas as pessoas que são importantes pra mim. Você provavelmente vai estar nele, agora que é meu aliado, e talvez meu amigo.- Ela diz e sorri, inclinando a cabeça para o lado levemente.

—Que diário interessante... o meu provavelmente vai falar de você também, já que ele fala de tudo e todos que eu observo.

—Isso facilita. Vamos ler os diários e esperar pra ver se a Nona anuncia algo ou se algo explode.

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24/04/20XX 11:07 [Escola Sakurami]

—Agora, essa escola está sob o controle de Minene Uryuu! Posicionei bombas de TNT pela escola inteira. Quem não quiser morrer, fique na sala de aula! Deste instante em diante, todos os alunos da escola... são reféns da senhora Minene!

Enquanto isso, com Yuno e Yukiteru...

Eu e Yukki combinamos uma estratégia e saímos da sala abaixados e falando baixo.

—Todo mundo está concentrado na outra ala... a sala dos professores fica do lado de lá. Te isolar pode ser parte do plano da Nona.

Estávamos indo até as escadas, quando Yukki me parou. Ele estava lendo uma parte do diário, e eu me aproximei para ver também.

11:29 [Na escola]

Uma bomba explode enquanto descemos as escadas. Yuno se machuca...

—Essa escadaria não. Vamos por outro caminho.- Ele disse, se virando. Quando nos viramos, nossos diários zuniram.

—O diário foi reescrito...

—Sim. Se tomar uma atitude contrária ao que está escrito no diário, o futuro muda.- Eu digo. -O bom do seu diário é a riqueza de informação. Você precisa prestar atenção nas atitudes da Nona lendo o diário.

Nossos diários zunem novamente e ele me diz, confuso:

—Agora está mudando sem eu ter feito nada...

—Ela deve estar fazendo algo. Quando ela muda o futuro, nosso futuro também muda.

11:30 [Na escola]

Sala 2-C do terceiro andar. Uma bomba explode dentro da sala.

Ao ler isso no diário dele, eu o puxo pelo braço, correndo na direção contrária de onde a bomba explodirá.

—Corra, Yukki!

A bomba explode e continuamos correndo. Eu pego meu diário também, pra conseguir ver as previsões junto dele. Ele só tem atualizações do que acontece de cinco em cinco minutos, mas é o suficiente para prever um desastre.

11:35 [Escola Sakurami]

Uma bomba explodiu no final do corredor e machucou o Yukiteru.

—Precisamos correr. Tem mais uma bomba no fim do corredor, e ela vai te ferir se não descermos as escadas logo!

Nós corremos e os diários zuniram, mudando o futuro. Essa aliança vai ser ótima para nós dois, já que o diário dele aponta tudo o que pode acontecer comigo, e o meu aponta tudo o que pode acontecer com ele.

Continuamos correndo, e puxo Yukki para nos apressarmos ao ver as atualizações do diário.

11:40 [Escola Sakurami]

Houve uma explosão na sala de audiovisual. Yukki se feriu. 

Passamos pela sala pouco antes da explosão, sendo o suficiente para não nos machucar por pouco.

11:45 [Escola Sakurami]

Explosão perto do extintor de incêndio no corredor da sala 1-E. Eu e Yukki passamos pouco antes dela.

—Por onde vamos? Meu diário diz que vai ter uma explosão em série na sala 1-D.- Yukki me pergunta.

—O quê? Meu diário não falou nada disso...

—Talvez porque as atualizações são de cinco em cinco minutos, faltem alguns acontecimentos...

—Verdade... mas aqui diz que você vai se queimar após uma explosão daqui a cinco minutos. Precisamos sair daqui antes dessa explosão acontecer. No seu fala algo sobre mim?

—Não. Ao que aparenta, você vai ficar bem...

Enquanto conversávamos, várias bombas explodiram uma após a outra, e ficamos em meio a ruínas da escola.

Nos sentamos no chão, lado a lado, e ele disse:

—Sabe por que meu diário não fala sobre o que acontece comigo? Eu sempre me considerei como um espectador, isolado das situações em segurança, apenas vendo os acontecimentos. Eu sempre tive medo de me envolver e me machucar, e acabei me isolando...

—Entendo... o meu não fala sobre mim porque não vejo motivos pra continuar além das pessoas com as quais me importo, e escrever sobre elas e tentar as impressionar sempre foi uma forma de continuar. Enfim, ainda temos tempo. Falta uma hora e meia pro horário limite, vamos para a ala da frente. Os professores e nossos colegas estão lá. Todos são seus amigos.- Eu digo, me levantando, sorrindo e estendendo a mão para ele. Ele pegou minha mão, se levantou e voltamos a andar.

Ainda tem algo me intrigando. Por que o dead end é só 14:04? Se quisesse, a Nona poderia ter matado o Yukki na sala de aula.

Talvez ele não seja o verdadeiro alvo...

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24/04/20XX 11:07 [Entre os policiais que estão cercando a escola Sakurami]

A polícia trouxe duas viaturas, além de uma van com coisas de tecnologia, onde se encontrava o chefe de polícia, Keigo Kurusu. Ele tem cerca de trinta anos de idade, tem cabelo preto na altura dos ombros e olhos verdes. Seu rosto é bem quadrado e ele usa uma franja no rosto, além de sua roupa formal e cabelo preso.

Enquanto Keigo checa seu celular, um dos investigadores que trabalha para ele vai até as portas traseiras da van para o atualizar da situação. Esse investigador é Masumi Nishijima, que é mais jovem que seu chefe, tem o cabelo um pouco mais curto e castanho claro, e olhos da mesma cor. Ele também usa roupa formal, e tem feições mais delicadas que seu chefe.

—Chefe, os atiradores de elite estão posicionados.- Keigo não se vira, e responde rapidamente:

—Chame eles de volta. Nada de atiradores.

—Mas se trata da Minene Uryuu! Vamos deixar uma terrorista fazer o que bem entender?!

—Esqueça. Aquela maldita planejou muito bem.

12:45

O atirador atingiu e matou a Minene Uryuu com um tiro certeiro.

12:46

Mas uma bomba explodiu no instante seguinte. A escola inteira pegou fogo.

12:51

Os trabalhos e combate ao fogo foram iniciados. Fomos buscar por sobreviventes.

—Ela tem um dispositivo que detona todas as bombas da escola se o coração dela parar de bater. Ela é o detonador de um poderosa e única bomba. Não podemos atirar.

Nishijima fica quieto, com um olhar abismado.

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24/04/20XX 12:38 [Escola Sakurami, 2º andar - corredor de ligação]

No momento eu e Yukki estamos no corredor que vai da ala que estamos para a outra, onde nossos colegas estão. Não sei se eles acreditarão em nós, mas vamos explicar para eles o que sabemos sobre a Nona e sobre o que está acontecendo e pedir ajuda pra eles. Mas tudo está tão calmo, tem algo estranho. Meu diário não dá sinal de nenhuma armadilha, nenhum perigo...

12:40 [Escola Sakurami]

Yukki e eu fomos até a área vizinha. Agora é só encontrar os professores.

Enquanto andávamos agachados pelo corredor, Yukki notou um dos nossos colegas de classe andando por perto.

—Kohsaka!- Ele disse, correndo até nosso colega de classe, Kohsaka. Ele tem o cabelo preto na altura do queixo, uma franja na frente da testa e estava usando uma camiseta em estilo de esporte, com o número cinco na frente, além de uma bermuda jeans, meias 3/4 e tênis. Kohsaka é parte do time de atletismo, e costuma aborrecer o Yukki.

O que Kohsaka faz no corredor? Nona mandou todos ficarem nas salas... tem algo estranho.

Então, nossos diários zunem novamente, enquanto alguns professores e alunos chegam, o imobilizam e me seguram pelos braços, nos separando.

Eu sabia que tinha algo suspeito!

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Um pouco antes disso, fora da escola...

—O meu alvo é Yukiteru Amano. A partir de agora, vou parar de detonar as bombas temporariamente. Se me trouxerem quem eu quero... prometo que ele será a última vítima. Primeiro devem imobilizar o garoto e arrancar o celular dele. Também devem segurar a garota que está com ele. Depois, tragam Yukiteru Amano até minha presença.

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Estou imobilizado, refém de meus próprios colegas de classe e professores. Estou separado de meu diário e de Yuno, indefeso.

—Não saiam daí, o chão ao meu redor é um campo minado. Vocês aí, prestem atenção. Agora, as bombas nos corredores estão em operação individual. Se saírem da sala, os sensores irão detectar e detonarão os explosivos.- Nona anuncia, usando um megafone.

—Por que estão fazendo isso comigo?!!- Eu grito, chorando. -Não posso morrer!

—Sossega, Primeiro! Você não morrerá sozinho! Em dez minutos, farei todas as bombas e minas explodirem de uma vez só!

A hora do dead end é 14:04... então é isso?

—Tudo irá sumir! É o grand finale!

—Se enxerga, sua doida! E pare de bagunçar o meu distrito.- Diz um homem adulto tem cabelo preto na altura dos ombros e olhos verdes. Ele provavelmente é um policial, por conta de sua roupa formal e arma na mão, e está andando próximo de mim, junto de outro adulto, que é magro e alto, usando um pano que parecia representar um olho vermelho no rosto e uma roupa colante preta. Ele também tinha um gravador na mão e um fone nele, que ia até a parte de dentro do "olho". Ele é um portador?

O primeiro passou por mim, indo em direção à Nona, enquanto o outro veio até mim e então eu percebi que tinham outros iguais a ele, mas de outras cores de olho. O que diabos?

Eles derrubam as pessoas que estão me segurando, as deixando inconscientes, e dizem:

—Não se preocupe, Primeiro...- Disse o rosa.

—Irei te ajudar.  Você pode até ser um futuro adversário...- Disse o verde.

—Mas agora você é vítima de alguém...- Disse o azul.

—Que deve ser eliminada...- Disse o amarelo.

—Para que haja justiça!- Terminou o vermelho.

—Mas como vou sair dessa situação?

—Sei que logo uma oportunidade de recuperar seu diário irá aparecer, e eu irei derrubar a Nona!

—E quem é você?

—Décimo segundo, a justiça!

Eu me levanto e digo:

—O policial e você estão juntos?

—Sim, somos aliados já que ambos estamos ao lado da justiça. Ele pretende distrair a Nona enquanto você faz o que precisa fazer. Ele é Keigo Kurusu, chefe de polícia e quarto portador de diário.

Então, passamos a observar Quarto e Nona conversando.

—Maltratar crianças não é uma conduta elogiável, não acha, Nona?- Quarto diz, apontando uma arma para Nona.

—Ha, ha! Rosne à vontade. Finalmente te fisguei, Quarto!

Como assim? Eu não era o alvo dela?

Eu olhei para Quarto e para Décimo segundo, confuso.

—Não te culpo por ficar confuso. O verdadeiro alvo da Nona não é você, é o Quarto.- Décimo segundo disse. -Como o Quarto é o chefe de polícia, e o diário dele tem a ver com as investigações que ele faz, ele recebe informação sobre ela, e portanto, ela se torna vulnerável a ele.

—Não me interesso pelo tal altar de Deus, mas não permitirei que realizem um jogo de vida ou morte dentro de meu distrito. Vou dar um basta nesse jogo ensandecido.

—...vai deixar os reféns morrerem?- Nona diz, com um sorriso maníaco. -Mate o Primeiro e depois se mate, Quarto. Essa é a condição para eu poupar todos os reféns! Eu, Minene, serei a sobrevivente deste jogo e me tornarei deusa! Um policial que prevê o futuro é um grande obstáculo!

—O que diz é absurdo... então vai sacrificá-los, é isso?

Então, Quarto andou devagar até mim, apontando a arma na direção da minha cabeça.

—Desculpe, Primeiro... a situação mudou.

E então, algo inesperado aconteceu. Eu não percebi, mas Décimo segundo havia saído do meu lado, e estava... fazendo uma formação de superheróis com os outros Décimos segundos?

—Décimo segundo vermelho!

—Décimo segundo rosa!

—Décimo segundo azul!

—Décimo segundo verde!

—Décimo segundo amarelo!

—Esquadrão futuro!- Eles disseram juntos. -Go twelfth rangers!!

—Que diabos é isso...- Nona disse, olhando a situação com um olhar confuso e nervoso.

Então, os décimos segundos começaram a correr em diferentes direções e velocidades em volta da Nona, confundindo ela.

—Não teria sido mais simples derrubar ela?- Eu disse.

—Sim, mas o Décimo segundo é... excêntrico. Enfim, quando eu der o sinal, corra, Primeiro! Vá pegar seu diário! Vá até lá e derrote a Nona com suas forças, eu darei cobertura pra você. Se estiver inseguro, a esconda com um sorriso!

Ele sorriu para mim, eu sorri de volta e ele disse:

—Belo sorriso, garoto! Contagem regressiva... três, dois, um... corra!

Eu comecei a correr, e percebi que Yuno tinha escapado e estava me olhando de longe. Décimo segundo a percebeu e jogou seu diário para ela, que passou a ouvi-lo e me avisar sobre as bombas.

—A 2 metros, fuja pela esquerda!- Eu sigo o caminho que ela disse. -A 1 metros, fuja pela direita! A 3 metros, fuja pela esquerda!

Eu recuperei meu celular, e Nona percebeu que eu tive ajuda. Ela derrubou os Décimos segundos e foi na direção de Yuno, dando uma rasteira e a fazendo derrubar o celular.

Estou sem direção, em um campo minado.

—Nem precisa pisar numa mina... vou as detonar remotamente!- Nona anunciou, pegando o botão de detonar as minas. -Ai!- Ela disse, quando jogaram uma apostila na cabeça dela.

De repente, todos os estudantes estavam jogando material escolar janela afora, tentando acertar a Nona.

—Ugh, pirralhos!- Ela disse, estressada.

—Corra, Amano!

—Corre, Yukiteru!

—Yukiteru!

Eu continuei a correr, cada vez mais perto dela.

~~~~

Primeiro está a dez metros de mim. Droga, ele vai me alcançar! 

Tem mais uma mina entre ele e eu, do lado direito da pedra. Pise na direita!

Eu fiquei observando os passos dele e a mina, quando... ele foi pela esquerda.

—"Os olhos falam mais que a boca", não é?! Você mesma se entregou! 

Ele continuou correndo em minha direção, e tirou um dardo do bolso.

Ele estava mirando no meu celular. Não! Não vai destruir meu diário!

—Primeiro!

—Yukiteru!

Ele acertou meu olho!

—Aaah!- Eu gritei, colocando a mão no olho.

—Você perdeu, Nona! Não poderá correr machucada assim!- Quarto me disse, apontando uma arma pra mim e se aproximando.

—Não... me faça... de boba!!- Eu disse, soltando bombas de fumaça e correndo. Eu fui até a parte de trás da escola enquanto a fumaça estava ali, e fugi de moto.

Enquanto tiver forças, sempre irei fugir e sobreviver!