Can I Crash Into Your Life? escrita por andeinerseite


Capítulo 5
Capítulo V - When you smile, my heart melts


Notas iniciais do capítulo

Gemt, nem revisei esse capítulo direito, estava com pressa para postar... Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/75350/chapter/5

Acordei em um sofá da livraria.

 

- Bill?

 

Chamei seu nome mais algumas vezes, mas ele não estava mais ali.

 

Aquela noite tão perfeita teria sido apenas um sonho?

 

Graças a Deus, não. Tudo havia realmente acontecido. Todas as palavras, o beijo... Tudo havia sido real. E a prova disso era o pequeno pedaço de papel dobrado ao meu lado.

 

Me desculpe por ter te deixado sozinha. Você adormeceu e eu tinha que ir embora.

Queria vê-la novamente.

Passo hoje na sua casa para te buscar às quatro horas, pode ser?

Eu te amo.

                         Bill

 

Senti o coração bater mais rápido ao ler o bilhete. Iríamos nos ver de novo, sinal de que ele havia realmente se interessado por mim...

 

Me levantei do sofá e me espreguicei. No mesmo momento, pude ouvir o barulho do carro do meu pai estacionando em frente a livraria. “Droga, ele vai me matar”, pensei.

 

Meu pai abriu a porta em menos de dez segundos, parecia desesperado, como se o mundo fosse acabar.

 

- Jenny, você está aí? - chamou.

 

- Aqui, pai. - respondi, descendo as escadas.

 

- Você disse que iria me ligar quando fosse para buscá-la! - ele estava realmente furioso. - Eu acabei dormindo enquanto esperava você me ligar, e nada!

 

- Eu também acabei dormindo. - menti. - Estava lendo um livro, e caí no sono, foi sem querer.

 

- Sem querer?! Tem idéia de como eu me senti quando acordei e percebi que não havia te buscado?!

 

- Pai, eu estou bem. - falei, indiferente.

 

- Não, agora não está. Vai passar o final de semana em casa para aprender a cumprir com sua palavra. Nada de passeios, de sair com amigos, nada! Vai ficar em casa.

 

NÃO! Justo no dia em que eu planejei sair com Bill, fico de castigo? Não!

 

- Mas pai... - tentei contornar a situação.

 

- Nada de mais, mocinha. Entre no carro.

 

[AAAAAAAAAAAA] ç_ç

 

Entrei no carro, fazer o quê. E fomos para casa. A primeira coisa que fiz quando cheguei foi ir para o meu quarto e bater a porta com força, de propósito.

 

Que raiva. Eu lá tenho idade para ficar de castigo?!

 

Do repente, começou a tocar “Down On You” no quarto.

 

Can I drive you home, can I crash into your life?

Posso te dar uma carona para casa, posso invadir a sua vida?

 

Can you fix my soul, can you break my heart tonight? 

Você pode amenizar a minha queda, você pode partir meu coração esta noite? 

 

Ah, era o meu celular.

 

- Alô? - atendi.

 

- Ah, oi! Você viu o bilhete que eu deixei... não viu?

 

No mesmo momento reconheci a voz do outro lado da linha. Bill!

 

- Sim, vi ele sim! - respondi. - Ei, como você sabia o meu número?

 

- Digamos que eu mexi um pouco no seu celular enquanto você estava dormindo :B - disse ele. - Então, posso buscá-la às quatro? Queria lhe mostrar um lugar...

 

Quase pulei de alegria ao ouvir aquilo. Porém, no mesmo instante, a alegria foi substituída por um aperto no peito, por lembrar que não poderia sair com ele, porque estava de castigo.

 

- Ah... Eu queria muito sair com você, mas não vai dar... Estou de castigo. - falei.

 

- De castigo? - ele riu. - Está brincando, né?

 

- Queria estar, mas é sério. Meu pai me proibiu de sair de casa...

 

- Ah... Então vai ter que ser outro dia. Tudo bem. - sua voz parecia desanimada agora.

 

- Se bem que, eu posso dar um jeito... Meu pai vai sair hoje à tarde, então posso sair sem ele saber...

 

- Então vamos poder sair? - Bill parecia mais animado agora.

 

- Vamos, mas se meu pai descobrir... estou morta!

 

- Ok! Tenho que desligar, tchau. Eu te amo.

 

Como era bom ouvir aquelas palavras... Faziam eu me sentir a pessoa mais feliz do mundo.

 

- Eu também te amo... muito - eu disse, acho que estava ofegando. - Tchau.

 

E desliguei. OMG!

 

É, agora eu ia ter que dar um jeito de fugir de casa...

 

***

Eu havia levado para casa aquele livro, “In die Nacht”. A história era muito parecida com a minha, era impressionante, tudo o que acontecia com a garota, havia acontecido comigo.  Por um momento, fiquei com medo.

 

Continuei lendo, já que não tinha mais nada para fazer.

 

“A floresta era linda. Wendy jamais havia visitado um lugar como aquele. As mãos frias de Mike estavam segurando as dela. Então, se sentaram embaixo de uma árvore. Ele não parecia muito confortável, estava mudo. Depois de minutos de silêncio, ele resolveu falar.

- Wendy, preciso lhe contar uma coisa. Talvez você não acredite em mim, talvez nunca mais queira me ver, mas eu preciso falar.

Wendy riu, não havia entendido a seriedade daquele momento.

- O que de tão importante você tem que me contar?

- Wendy, eu sou um vampiro.”

 

 Estremeci ao ler aquilo, mas por quê? Que droga, não acredito que estava com medo de um livro, aff.

 

“Jenny, é só um livro”, falei para mim mesma. Olhei para o relógio ao lado da cabeceira, marcava exatamente 15:42. Fechei o livro.

 

De repente, meu pai abriu a porta do quarto.

 

- Jenny, vou sair um pouquinho, uns amigos meus me chamaram para tomar uma cervejinha com eles. Volto às oito horas, talvez um pouco mais tarde.

 

Aham, senta lá pai. Sempre que ele saía para tomar uma “cervejinha” voltava no mínimo às dez, senão mais tarde. A desculpa perfeita para eu fugir.

 

- Eu já imagino que você vai tentar sair enquanto eu estiver fora. Não vai adiantar, vou trancar a porta e levar a chave.

 

Agora ele lê os meus pensamentos também? Aff.

 

Se bem que... Eu tinha a chave da porta! Ele havia dado uma das duas chaves que tinha para mim! Pronto, agora que eu ia fugir mesmo.

 

- Tchau! - ele gritou, enquanto trancava a porta.

 

Olhei para o relógio novamente. 15:48. Bill já devia estar chegando *-*

 

- Ah não, esqueci que ainda tinha que trocar de roupa! - falei comigo mesma.

 

Abri o armário e demorei para encontrar uma roupa que me agradasse. Escolhi uma blusa branca com estampa de corações pretos e uma calça jeans. Fui correndo para o banheiro e passei um pouco de perfume, e lápis preto nos olhos.

 

- Hummm... Razoável. - eu disse, me olhando no espelho. - Eu devia ter me arrumado mais, mas não tenho mais tempo...

 

16:00, marcava o relógio. Desci as escadas e vi um carro parado em frente da minha casa. Abri a porta e fui correndo até lá. Um sorriso estampava meu rosto.

 

- Então, conseguiu fugir? - perguntou Bill, rindo.

 

- É, consegui! - eu também ri.

 

Ele saiu do carro e abriu a porta para mim. Muito cavalheiro, como sempre!

 

- Entre rápido, antes que alguém nos veja, a não ser que você queira aparecer no jornal de amanhã.

 

Depois que eu entrei, ele disse:

 

- Tem um lugar que eu gostaria de mostrar para você. É muito bonito...

 

Aquele sorriso angelical mais uma vez derretia o meu coração.

 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

reviews! o/