Sorte ou Azar escrita por Isa imortalizada


Capítulo 13
Capítulo 13




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Hoje seria um dia como todos os outros, aulas e mais aulas, exercícios para corrigir, uma rotina monótona, mas qual não é a minha surpresa e ver um amontoado de gente em torno de duas garotas e pelo visto a novata esta no meio da confusão, soltei um riso desacreditado, e passei a observar a cena, enquanto não houvesse agressão física não iria me envolver.

você é a Dwyer né? - Perguntou a Maria

Essa é uma das minhas alunas problemas, tenta de todas as formas passarem na matéria sem estudar, sendo colocando de seus amigos ou vindo com um decote na tentativa de me corromper, coitada.

Sim eu mesma e você? – perguntou

ah já devem ter te falado de mim, sou Maria, capitã das lideres de torcida e organizadora das festas do colégio.

Até hoje não entendo porque a minha irmã saiu da torcida do colégio, ela ficava horas no estúdio preparando coreografias e fazia bem a ela, sei que a minha presença pode ter influenciado em algo, mais ela nunca me disse a verdade.

—ah não me falaram nada, mais de qualquer forma prazer, mas posso te ajudar em algo?  

Educação aparentemente a garota tinha, talvez seja eu o problema.

em nada só vim me apresentar, gostei do seu estilo, e te dar um aviso. –disse jogando o seu cabelo liso para trás

—aviso?

— È mais veja como um conselho de amiga- disse soltando uma risada sínica

—e que conselho seria esse?

se você quer sobreviver nessa escola melhor se Afastar da Cullen

Alice? Ela nunca fez mal a ninguém, porque tanto ódio pela minha irmã, se eu não ia com a cara dessa garota, agora tinha mais motivos para isso.

—da Alice e porque me afastaria?

A Dwyer fez a pergunta que eu queria fazer, olhei para a Alice, que ficou desconfortável ao meu lado, mas não quis manter contato visual.

—digamos que ela não faz mais parte da categoria de pessoas conversáveis dessa escola

Obrigada pelo seu conselho, mais das minhas amizades quem cuida sou eu e pelo contrario a Alice é uma ótima pessoa e eu não vou deixar de falar com ela só porque uma garota mimada como você quer que eu faça isso, e com licença eu tenho coisas mais importantes do que ficar aqui ouvindo você.

Depois dessa resposta a Dwyer com certeza tinha ganhado pontos comigo e uma ansiedade inexplicável de te-la em meus braços me atormentou, droga no que eu estou pensando.

Antes de conseguir sair dali, Maria a puxou pelo braço como uma forma ameaçadora.

—eu te avisei, fique longe da Cullen se não...

Se não o que? –perguntou tirando sua mão

você não sabe com quem está mexendo—tentou ameaçar

—ah eu sei sim, com uma garota mimada que não sabe receber um não como resposta, Mas vamos deixar uma coisa bem clara, as coisas mudaram e se você pensar em fazer alguma coisa contra a Alice você vai se arrepender de ter nascido e outra da minha vida cuido eu como eu já te disse e não vai ser nenhuma filhinha de papai que vai vir dar palpite no que eu faço ou deixo de fazer e se você novamente entrar no meu caminho a conversa vai ser diferente, estamos entendidas? Ou quer que eu desenhe? – perguntou

o recado foi dado, Dwyer – e saiu.

—digo o mesmo pra você – disse saindo dali e nesses poucos segundos pode perceber que o corredor inteiro parou para assistir e Alice e Theo a seguiram assim que ela subiu as escadas.

A manhã passou lentamente, quase se arrastando e eu já estava impaciente para a penúltima aula começar, seria naquele horário e pelo menos cinquenta minutos que poderia ver aquela garota que estava me instigando, eu estava criando altas expectativas.

Entrei na sala e comecei a ministrar minha aula normalmente e sem interrupções de celular, ela anotava tudo que estava na lousa e a todo custo evitava meus olhares, o que me deixou ofendido, talvez bravo, eu queria a sua atenção, queria ver suas mãos se fecharem e sua expressão engraçada de raiva aparecer, como uma garotinha que tinha sido contrariada, ela é encantadora.

Não pelo fato de sua beleza delicada, mais sim pela sua inteligência, isso me desafiava há saber tudo sobre ela, como seria uma discussão política com essa garota, se ela quisesse seguir a carreira jurídica tenho certeza que se daria muito bem, até poderia escrever uma carta de recomendação se ela precisasse.

Permaneci imóvel, os olhos vidrados nela, meu coração perdia algumas batidas, minhas mãos ficaram geladas, meus lábios secaram, enquanto a minha consciência foi tomada por uma obsessão que eu não parecia conseguir controlar, começava a travar uma batalha em minha cabeça, não podia ter esse tipo de sentimentos, e quando o sinal tocou me virei, e fui até a lousa, seria melhor evitar qualquer contato possível.

[...]

Ao caminhar pelo estacionamento quase vazio, o sol já esta se pondo, afrouxo minha gravata, e ergo as mangas da camisa social, o terno já esta na bolsa, minha mente ultimamente esta um turbilhão e solto um suspiro sem perceber.

Viro-me por um instante em busca das chaves do volvo, mas o que me surpreende é minha irmã com alguns arranhões, uniforme amassado e seus cabelos sempre muito bem tratados estavam parecendo um ninho de passarinho, e ela tinha uma expressão de poucos amigos no rosto.

—devo me preocupar?

—me tira daqui antes que eu cometa um homicídio

—nada de homicídio, lembre-se que você ainda não tem ensino superior, ou seja, nada de cela especial pra você moçinha.

—mais eu quero matar a Maria

—Na prisão não tem Wi-fi e nem água quente

—ahhhhh que ódio - disse gritando e batendo o pé no sentido literal da palavra, o que me fez rir.

—me conte o que aconteceu, parece que a Maria não gosta muito de você, e que historia foi aquela de você não se enquadrar como pessoa sociável?

— Esqueci isso que ela disse pra Bella, ela não gosta de mim.

—te odeia sem motivo?

—já te disse, esquece.

—Alice

—Edward, deixa que com ela eu me resolvo, e a Bella vai me ajudar.

—como assim? Isso tem haver com o seu cabelo parecer um ninho de passarinho?

—aquela garota é louca e veio pra cima de mim, e a Bella me ajudou dando alguns bons tapas naquela garota, mas em compensação a professora nos pegou e agora como castigo temos que fazer uma apresentação de dança ou ela iria fazer o pedido de expulsão.

—O colégio não admite agressão física, mas com toda certeza você vai ir bem, sempre foi uma ótima dançarina.

—não exagera

— é verdade

—só quero chegar em casa e pensar no que eu vou fazer

Alice encostou sua cabeça na janela do carro e fechou os olhos, se perdendo em seus próprios pensamentos.

Confesso que estava ficando preocupado com minha irmã mais sabia que não poderia me envolver muito, daria o espaço necessário e quando ela estivesse pronta para me contar o que realmente estava acontecendo ela me contaria, tenho que dar tempo ao tempo e tudo ira se resolver.

[...]

Estava em uma pracinha, deitado em cima de uma toalha vermelha quadriculada típica de piquenique, sentia dedos passarem pelos meus cabelos revoltos e que me trazia uma boa sensação de leveza, bem estar talvez.

O mundo tinha parado naquele momento, podia ouvir o canto dos pássaros e gargalhadas de crianças que brincavam com seus pais, cachorros latindo e uma brisa fresca.

—você fica lindo até de olhos fechados

Abri meus olhos e encontrei os olhos dela, que logo me lançou um sorriso que fez com que me coração disparar por aquele simples gesto.

Levantei minhas mãos e coloquei uma mecha do seu cabelo brilhante pelo sol que batia em suas costas atrás de sua orelha, assim poderia ter uma melhor visão de seu rosto sereno e alegre.

— e você fica mais linda ao meu lado

Ela soltou uma risadinha envergonhada que era música para meus ouvidos e ela mordeu seu lábio inferior uma típica mania que eu havia descoberto que ela fazia quando estava sem graça, ou com vergonha, e ás vezes indecisa.

—não morda seus lábios, você pode se machucar, e a única coisa que eu não quero e te ver sofrer.

—como posso me machucar ao seu lado?

—eu prometo que nunca irei te machucar mais me prometa que você nunca ira machucar a si mesma

—por você eu faço qualquer coisa

—qualquer coisa?

—sim, qualquer coisa.

—interessante

—o que você esta maquinando nessa sua cabecinha meu príncipe?

—uma forma de fazer você me beijar, talvez?

—mais pra isso você não precisa pedir

Ela se reclinou e veio em minha direção suas mãos descerão até a minha nuca fazendo com que me arrepiasse com o toque e seus lábios encontraram os meios, e nossas línguas se encaixou, com perfeição em uma dança clássica sincronizada, o beijo era lento com gosto de morango.

—eu te amo Edward - sua voz em tom de sinos me fez ter a certeza de que ali era o meu lugar favorito no mundo

—eu te amo minha Bella – disse aquela frase sem nenhum medo

E continuamos entre beijos e sorrisos, afinal estávamos apenas nos dois em um momento apenas nosso e não tínhamos pressa.

[...]

Agradeci aos céus por não ter que ministrar aula hoje, assim tentava me desintoxicar correndo pelas ruas tentando de alguma forma espantar aqueles pensamentos e aquele maldito sonho, droga de subconsciente que estava acabando comigo.

Durante todos esses anos depois do que aconteceu na faculdade me fechei para relacionamentos, não vou ser cínico e não admitir que ao longo dos anos sempre tive alguns affaire mais nada que ultrapassasse alguns encontros.

O que estava acontecendo comigo não era normal, se ela fosse outra pessoa, talvez mais velha e não minha aluna tudo ficaria bem mais fácil, não iria hesitar em chama-la para sair.

Maldita garota.

Repirei fundo assim que entrei pela porta de casa, pelo silêncio não estaria ninguém em casa, parece que fiquei muito tempo fora, desligo a música que tocava e vi que tinha uma mensagem do meu amigo.

 Alistar: não esquece hoje á noite na Mynt Lounge

Edward: Não acredito que você abriu uma filial aqui

Alistar: Você me deve essa, não foi na inauguração da Califórnia.

Edward: Nessa eu estarei lhe prestigiando meu amigo

Alistar: Já coloquei o seu nome na lista vip, é só pegar um dos braceletes e me encontrar lá, qualquer coisa me manda mensagem!

Respirei fundo e fui em direção ao meu quarto, precisava de um bom banho, mas minha atenção se perdeu com o som da música que vinha no estúdio, dizem que a curiosidade matou o gato, mais no meu caso apenas me deixou com raiva.

Theo estava dançando com Bella, e falava em seu ouvido como se contasse a coisa mais divertida do mundo, e para minha infelicidade ria graciosamente para ele.

Que foi cortando quando me fiz presente

— Ei Alice, eu preciso falar..., desculpe-me eu não sabia que você estava com visitas.

—ei pessoal já deu minha hora – Theo aproveitou a brecha e foi ate onde estavam suas coisas a recolhendo e jogando a blusa de moletom que ate então estava no chão em cima de seu ombro de uma forma desleixada – ele beijou Alice e Bella na testa

O que não me agradou nenhum pouco. Que patético até para mim que vi praticamente esse garoto crescer e me sentir ameaçado por ele, seria cômico se não fosse trágico.

—Edward, como o Theo foi embora, você pode me fazer um favor?

—claro o que seria

Perguntei aéreo nessa altura já estava perdido nos meus próprios dramas

—Theo é o par da Bella, e como precisamos ensaiar você pode só dançar essa música com ela, só para eu gravar e ter uma ideia de como estamos indo?

não acho uma boa ideia – disse convicto

—por favorzinho, tenho certeza que a Bella não vai se importar é por uma boa causa-disse juntado as mão, batendo os cílios e fazendo uma cara de cachorro que acabara de cair do caminhão de mudanças.

Droga Alice, se eu recusasse ela perceberia que tem algo errado, obrigado querida irmã por me torturar ainda mais e fazer com que o meu projeto de desintoxicação fosse pelos ares.

—com licença— disse se projetando no lugar que antes era ocupado por Theo, Jasper começou a coreografia e segue imitando os seus passos.

Minhas mãos passavam pelo meu corpo de uma forma segura e curiosa, sua respiração próxima ao meu peito, e não pude evitar soltar um sorrissinho travesso, quanta ironia para uma pessoa só, estava realizando o meu desejo de senti-la em meus braços, e confesso que o meu sonho não chegou nem aos pés da minha realidade.

Ela deixou suas unhas passarem por meus cabelos, tudo não passou de uma fração de segundos que para mim demorou uma eternidade, mas ali naquela sala quando a musica parou e Alice se voltou para gente nos agradecendo, olhei profundamente para aquela garota na tentativa de descobrir o seu segredo e ela desviou o olhar.

Afinal, ela não era tão imune a mim, eu a afetava de alguma forma.

[...]

Ela estava usando um vestido de couro preto, ousado, mas que a deixava sexy, seus cabelos lindos como sempre e uma maquiagem pesada que a deixava com cara de má.

Não foi só a mim que ela estava chamando a atenção, mais sim toda ala masculina que estava naquele recinto, e as mulheres lhe lançavam olhares mortais, não apenas para ela e sim para rodinha de mulheres que ela estava participando no meio da pista de dança.

— não vai falar com a garota?

—que? –perguntei apertando ainda mais o copo de conhaque que estava na minha mão

— a do vestido preto, não se faça de desentendido, desde que você colocou os olhos na pista de dança nem reparou que a morena que esta sentada no bar esta louca pela sua atenção.

— ela é proibida pra mim

—no way, já passamos dessa fase Edward, é só ir lá e pegar ela de jeito.

—não é tão simples

—ah não e por quê?

— ela é amiga da Alice

—ah cara menos vai, sua irmã vai entender.

—o pior não é isso, ela é amiga de escola da minha irmã e minha aluna.

—ai merda, ta brincando comigo.

—não Alistar

—quer dizer que ela tem a idade da sua irmã?

— È

—cara na boa, essa mulher não tem dezessete anos, tudo bem talvez o rosto de menina angelical, mas esse corpo.

—Ei –

—Ai desculpa, parece que ela te pegou de jeito.

— Eu não sei o que fazer Alistar – disse olhando para o meu amigo o único que sabia o que tinha acontecido no passado e que eu fizera prometer não tocar mais no assunto, talvez ele me desse alguma luz do que fazer.

— Se Você não sabe o que fazer eu vou te dar um único conselho, você tem o péssimo habito de pensar de mais, apenas deixa as coisas fluírem e se você não sabe o que fazer aquele cara ali sabe,vai pegar a sua garota antes que alguém a tome de você.

Segui meus olhos para onde ela estava com as amigas e por poucos instantes que me destrai com Alistar ela já estava sozinho e dançando com um cara que parecia que estava vendo um pedaço de carne na sua frente.

E minha visão ficou vermelha de ódio, e eu deixei meu copo ali e desci até onde ela estava, passava por entre as pessoas não me importando de ser xingado apenas queria que aquele cara tirasse as mãos dela, ela não era qualquer uma.

Assim que cheguei próximo afastei o cara em um único empurrão e ele olhou para mim com raiva e um cara que estava na pista apenas o puxou para trás, em um to de evitar que brigássemos pelo menos o amigo tinha bom senso,

Eu pareço com tudo que você precisa

Minha mandíbula estava travada, minhas mãos seguraram em sua cintura de forma possessiva.

—o que você esta fazendo aqui? –perguntei em um tom cortante

E quando ela ouviu minha voz parecia um pouco surpresa

nada que seja do seu interesse— me respondeu de forma atrevida, mais com toda certeza era do meu interesse.

é do meu interesse quando uma menor de idade esta em uma balada sendo minha aluna e amiga da minha irmã— pensei rápido em um bom argumento.

—só estou me divertindo com minha ami... -

se divertindo com um cara que estava te comendo com os olhos e sabe se La o que iria fazer com você e eu vi você bebendo, tava pensando no que garota? Aqui não é parque de diversão— Alertei

— não te devo satisfação, eu me resolvo e sei me cuidar sozinha okay?— disse ela na defensiva

to vendo que sabe se cuidar, por isso você vai se cuidar na sua casa— disse irônico, não iria deixa-la mais nenhum minuto ali.

como é que é?— perguntou

—isso mesmo, eu vou te levar para sua casa.

—lógico que não, você só pode estar louco.

—louca é você que não tem 21 anos para frequentar um lugar desses

—eu não vou embora com você, nem morta!

— você tem duas opções ou vai por bem ou vai por mal, você escolhe.

—você só pode estar brincando!

—acredite, eu não brinco, e se eu fosse o seu pai te daria umas boas palmadas para aprender a ser educada.

—eu te odeio – disse se virando, em uma tentativa falha de sair dali, mais minha mão foi mais rápida e segurei com firmeza seu pulso.

você pensa que vai onde?—perguntei

pegar minha bolsa e avisa que estou indo embora, satisfeito?

—muito— disse, com um sorrisinho irônico, minhas mãos sairão do seu pulso e foi sendo entrelaçando com os seus dedos um ato que para mim parecia tão normal e natural.

—Bella?— a loira se surpreendeu junto com o seu acompanhante

—Jane, me faz um favor avisa ao Emmett, que estou indo embora e diga para a noiva dele que preciso falar com ela depois— disse pegando a bolsa de mão que estava ali na mesa.

—então você deve ser a amiga desnaturada que trouxe uma menor de idade para uma balada, deveria denunciar a senhorita por corrupção de menores. — Tinha que descontar a minha frustração e raiva em alguém, era um absurdo alguém te-la trazido a esse lugar o que poderia ter acontecido se eu não ativesse tirado da pista de dança? Aquele cara que estava com as patas em cima dela á olhando como se fosse um osso.

Nem quero imaginar, pois faz com que tenha ideias de matar aquele cara.

ei, toma cuidado com o que fala pra Jane.

para Cullen, Jane não tem culpa. Eu que insisti para ela e o namorado me trazerem— e como reflexo o cara entrelaçou suas mãos na cintura da garota. E a puxei a dali.

Paramos no caixa, e vi pela minha visão panorâmica o mesmo cara que estava na pista de dança vindo em nossa direção e para tentar alguma coisa com Isabella, essa garota ainda iria me matar, e instintivamente passei minha mão em sua cintura, confesso que não estava sendo de todo o mal, poderia me acostumar com seu perfume com facilidade.

Ela Abriu sua bolsa e a atendente passou o scanner pela pulseira, e descobri como ela havia passado pela segurança quando vi uma identidade e o sobrenome me chamou atenção, aquela identidade era falsa.

Isabela Swan, 23 anos, parece que estão evoluindo na fabricação de identidade falsa— disse avaliando, realmente me surpreendeu pelo fato da fabricação ser idêntica a uma original.

devolve— ela conseguiu se aproveitar da minha distração e recolocar de novo a identidade na carteira

não precisa ficar nervosa, vamos embora— disse a puxando para fora.

O manobrista logo trouxe o meu carro e saímos dali, e o telefone dela tocou e vi de relance o nome Emmett na tela. Quem seria esse tal Emmett?

—confio em você..., te vejo depois— disse e logo desligou.

—qual o seu endereço? – perguntei

A contra gosto ela se inclinou e digitou no GPS do carro que logo apareceu um mapa mostrando o caminho, Durante o percurso nada foi dito dentro naquele carro apenas o silencio predominava.

 O caminho não demorou muito o seu perfume tomou conta do meu carro, ele era doce, mais não enjoativo, mais nela combinava perfeitamente, e eu acertei era de morango, logo estacionei o carro em frente a sua casa, mais não queria a ver ir embora tão rápido, masoquista.

o namorado que estava te ligando?— me virei em sua direção a provoquei de propósito

Porque quando estava perto dela eu não agia racionalmente e sim como um idiota? Eu tinha ouvido que esse tal Emmett era noivo, mas só consegui me lembrar quando me acalmei.

não te interessa— disse olhando fixamente para frente

—mal educada – ela se virou em minha direção ficando de frente para mim

idiota— disse

mimada — retruquei

convencido

você me tira fora do serio

voc...

E quando ela iria me responder, minha boca tomou seus lábios.

Eu com toda certeza tinha perdido a minha sanidade

Sua pela era macia e seus lábios me respondiam com fervor, ali era o nosso momento dentro daquele carro me permitir esquecer o mundo lá fora, não me importava com absolutamente nada, apenas queria que esse momento se perpetuasse no tempo.

E percebi que não importa o que acontecesse eu estaria pronto para enfrentar qualquer coisa, para te-la ao meu lado.

Seus lábios se afastaram e pude perceber o seu próprio conflito interno, era reconfortante saber que eu não era o único naquela situação.

O que você esta fazendo comigo? Esquece — perguntei mais para mim do que para ela e a realidade me tomou conta, eu não poderia mexer assim com a vida dela, era errado, eu estava errado, ela ainda era uma adolescente, eu não poderia tomar as decisões por ela, eu não poderia ser egoísta e apenas pensar em mim e nos meus sentimentos.

Desci do carro sem ter coragem de olha para ela, e abri a porta para ela sair do carro e acompanhei até a entrada.

— você não precisa me levar até a porta— ela quebrou o silencio

—sinto muito, mas irei te acompanhar até La, afinal é minha responsabilidade como adulto e como seu professor- disse em um tom sério, não queria que ela tivesse a imagem que eu era um professor, tarado que apenas brincava com os sentimentos das alunas.

—Edward? –fingi que não ouvi

Cullen, eu ainda sou seu Professor, e devemos manter essa relação assim, e o que aconteceu ali dentro... —disse de alguma forma tentar consertar as coisas

foi um erro, era isso que iria dizer, mas não importa eu já esqueci, não irei falar nada, mas com uma condição. — essa era a minha deixa de fazer com que ela se afastasse de mim até ela estar pronta para saber sobre meus sentimentos ou até a formatura que seria daqui uns meses.

Sabia que você era impertinente, mas não que era manipuladora e chantagista também— disse em uma tentativa de a ofendê-la para se afastar.

Só alguns meses e logo eu poderia lhe contar o que eu realmente sentia.

Ela estava na defensiva e por mais que tentasse se fingir de durona sua voz tremia ela estava com medo, medo causado pela minha atitude á poucos instantes.

pense o que quiser de mim, não me importa.— disse

—o que você quer garota?— tinha que ser ríspido

Que você não conte dessa noite para ninguém, nem para sua irmã e, por favor, não tente me afastar dela— pediu.

Por quê? Você é uma má influência para a minha irmã, não posso deixa-la perto de você— Disse , cruzando meus braços e a encarando de forma interrogativa.

Afinal aquele pedido tinha me deixado curioso

a amizade dela e do Theo para mim é muito importante, e você sabe tanto quanto eu que ela já sofreu muito naquele colégio, então não tire dela a oportunidade de viver bons momentos com uma amiga, você sabe que deve isso a ela.

Como ela sabia exatamente como eu me sentia, ela estava tentando proteger a minha irmã e isso fez com que eu sentisse um orgulho ainda maior daquela menina, ela não estava se protegendo ela só queria que a minha irmã não sofresse mais naqueles corredores do colégio.

vamos deixar essa noite escondida, ninguém precisa saber o que aconteceu, afinal falta pouco tempo para irmos embora, e então você vai se ver livre de mim Edward, quer dizer Professor.

— e se eu não concordar? — perguntei sério, queria saber até onde ela iria.

— não faça isso, se não eu espalho para a imprensa inteira que um dos professores de um dos maiores colégio de elite de Washington estava se aproveitando de uma aluna, a escolha é sua. Não me afaste da sua irmã.

Ela não estava preocupada com ela, o que iriam falar? Porque essa conversa estava me intrigando cada vez mais?

— falta pouco tempo para você se formar mesmo, aceito a sua chantagem, mas fique longe de mim, da minha casa, e se a minha irmã sofrer por sua causa, se prepare que irei mover céus e terra para que você pague muito caro.

Pronunciar aquelas palavras foi duro demais para mim mesmo, mais tinha que manter uma distancia dela para colocar os meus pensamentos em ordem.

Toquei a companhia e em pouco tempo uma garota esbaforida chega à porta com seu pijama que estava escrito ''I Love Paris'', e com pantufas de ursinho.

Papai, a Bella trouxe um namorado— gritou em plenos pulmões para sala e se virou para mim me lançando um sorriso de orelha a orelha, quem dera ser o namorado da Bella, talvez em um futuro ou em outra realidade paralela onde pudéssemos ficar juntos sem imprevistos.

 – Pode entrar!— e ficou ali segurando a porta

—Boa noite— Disse um Senhor de meia idade que pude julgar ser o seu tio, pelo que tinha lido de seu arquivo, ele levantou seus olhos de seu livro, um de mistério e pela capa era possível ler o nome do detetive mais famoso do mundo Sherlock Holmes.

Desculpe interromper a leitura do senhor, mas sou Edward Cullen, professor de Ciências Políticas do Colégio Trinity.— e minha realidade volta a me assombrar

oh então o senhor é professor da minha sobrinha— disse

—sim, Senhor— disse.

nada de Senhor, apenas Charlie, não estou tão velho assim, sente-se, por favor. – disse gesticulando para o sofá a sua direita, pensei se deveria prolongar aquele momento, mais eu já tinha entrado e não poderia fugir e com toda a certeza a opinião daquele senhor me importava.

René, traga mais uma xícara de chá, temos visitas— e uma mulher de meia idade com os cabelos presos e com roupas de quem estava se preparando para dormir aparece da cozinha com uma bandeja e um pouco trêmula, mas reparando bem os traços da mulher era idênticos ao de Isabella, se não soubesse que era sua Tia a confundiria com sua mãe com facilidade.

espero que goste de chá, pelo horário um café seria inapropriado.

eu entendo Senh.. , Charlie — lançou um olhar cortante.

— a que devemos a honra de sua visita professor?

na verdade é que estava em uma festa de um amigo de faculdade que chegou a pouco na cidade,quando me deparo com a senhorita Dwyer, a Sobrinha de vocês em uma balada que não permite a entrada de menores, e tive o dever de trazê-la até em casa para verificar que chegaria em segurança.

como você conseguiu entrar em um local desse Isabela?

 –-uma amiga me ajudou

Ela tem uma identidade falsa, creio que foi fácil ter acesso ao local— disse bebericando o meu chá, mas sem antes de lançar um olhar divertindo como uma forma de vingança por ela ter ido até aquele lugar, quem sabe Bella não receberia um castigo, eu parecia uma criança dedurando outra.

Professor, não sei como isso pode acontecer, Isabela é sempre uma menina centrada e boa estudante.

adolescentes nessa idade são um pouco inconsequentes, imaturos, não sabem dos perigos que a vida tem— disse a alfinetando.

Bom Charlie, agradeço pelo chá, mas já está muito tarde, já cumpri com o meu dever, tenho que ir embora e me desculpe pelo incomodo.

oh que isso Professor, eu que agradeço pela gentileza de trazer minha sobrinha em casa e principalmente em segurança, e fique tranquilo que tomarei as medidas para que isso nunca mais se repita, e desculpe-me pelo incomodo.

Que isso, com licença, e mais uma vez obrigado pela hospitalidade— o Tio dela me acompanhou até a saída, mais algo me chamou atenção um porta retrato onde os quatro estavam em frente ao castelo da cinderela, mas como em uma casa tão grande como aquela só havia uma única foto?

linda foto— disse avaliando

—obrigado — respondeu Charlie

Assim que sai me despedi e fui até o meu carro, assim que me sentei la dentro o perfume dela me inebriou de uma forma e sem pensar duas vezes bati com fúria no volante.

Eu tinha uma péssima sensação de que alguma coisa estava muito errada, e que Isabella de alguma forma esta escondendo algo.

 

 

 

 


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