Sorte ou Azar escrita por Isa imortalizada


Capítulo 12
Capitulo 12




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A sala dos professores estava fazia, aproveitei para me concentrar em um livro que tratava sobre magistratura, tinha que preparar as aulas desse semestre. Então o sinal toca avisando a troca de aula respirei fundo guardando o livro em minha bolsa sabia que teria que aguentar mais um dia as investidas dos alunos.

Nunca pensei em me tornar professor, na faculdade queria montar meu próprio escritório e trabalhar pacificamente, com independência, mas quando o  Senhor Molina, um amigo da família assumiu a direção do colégio e não tinham professor de Ciências Políticas para ministrar as aulas, pois o antigo tinha se aposentado, ele me ofereceu a vaga e meu Pai achou que seria uma ótima oportunidade, afinal, ser professor de um colégio de elite iria me trazer bastante prestigio e oportunidades futuramente.

A turma que iria dar aula agora deveria ter em torno de trinta alunos, todos com seus pais tinham grande poder aquisitivo ou político, essas crianças pensam que podem fazer o que bem entende e que não ira ter consequências, quando entrei nessa posição deixei bem claro que não iria deixar nenhum adolescente mimado tentar impor suas vontades em minhas aulas, respeito se aprende em casa e nas minhas aulas exijo que me respeitem como aquele velho ditado – melhor ser temido do que amado, e fazia questão de deixar bem claro isso em minhas aulas.

Tenho bons alunos, alguns bem aplicados e outros um pouco despertos, mas é difícil ter alguém que se destaque espero que não seja impossível.

Assim que entrei na sala de aula as conversas paralelas pararam abruptamente, dou um sorriso interno, ser um professor temido tem suas vantagens.

Não olhei para ninguém apenas coloquei o tema e os tópicos na lousa e todos os alunos começaram a fazer suas anotações, mas uma em questão chamou minha atenção ela mantém  o cabelo castanho avermelhado com cachos até metade das costas atrás da orelha,  o uniforme estava devidamente no lugar, e não fiquei muito surpreso quando notei o bracelete em seu pulso logo deduzi que seria mais uma filhinha de papai, sem duvidas ela é muito bonita, traços bem delicados, mais os  seus olhos estavam olhando fixamente um ponto em baixo da mesa e pude perceber que estava olhando alguma coisa em seu celular, adolescentes.

 Sua atenção deveria estar na aula e não na tela de um celular, e sem pensar duas vezes, ataquei a tampa da caneta que usávamos para escrever no quadro em sua direção, seu olhar de surpresa fez com que eu me diverti-se.

Questionei sobre o uso do celular, sendo o mais severo possível, que fez com que a atenção da sala fixasse em nos dois, percebi que ela nunca havia estado em minhas aulas antes, com certeza deve ser alguma aluna transferida, estranho já estamos quase no fim do ano letivo e mais estranho ainda por se tratar do ultimo ano do colegial.

Quando perguntei seu nome à garota prontamente me disse Isabela Dwyer, transferida de Londres,  mesmo sendo uma aluna nova ela deve saber como as coisas funcionam em minhas aulas, não seria um aviso apenas para ela, mas como para todos daquela sala.

Foi quando questionei

—transferida de Londres pelo que vejo, então já que quis chamar atenção senhorita Dwyer enquanto eu estava explicando a minha matéria para os seus colegas, porque não me diz o que foi explicado? Já que o que você estava vendo em seu celular era mais interessante que minha aula.

Segurei o riso, adorava fazer com que os alunos ficassem nervosos, pressão era fundamental para que estudassem para minha matéria.

— Requisitos da magistratura nada mais é que os direitos adquiridos após ser concursado para a carreira de juiz, investido na função do Poder Judiciário através da aprovação em concurso público e com autoridade e poderes delimitados pela sua atribuição.

De acordo com o art. 93, inciso I da Constituição Federal, o ingresso na carreira ocorre mediante aprovação em concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados em todas as fases. Exige-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e deve se obedecer, nas nomeações, à ordem de classificação. A Constituição federal também determina que o cargo inicial seja o de juiz substituto.

Em todo o momento em que ela explicava seu olhar se fixou em mim, ela não fugiu do meu olhar, ela tinha segurança sobre o que falava.

quais as garantias do poder judiciário? –perguntei e  lancei um sorriso sacana com a certeza que ela não saberia me responder e fui me encostando-se à mesa e bebericando o meu café

Vitaliciedade adquirida após dois anos de exercício somente perderá o cargo por de sentença judicial transitada em julgado, sendo-lhe asseguradas todas as garantias do processo.

A inamovibilidade traduz-se na impossibilidade de que o magistrado seja removido, sem o seu consentimento, de uma comarca para outra, ou ainda para outro local, sede, cargo, tribunal, câmara ou grau de jurisdição.

A irredutibilidade de subsídios é garantia disposta no art. 95, III, da Constituição. Ela determina que o subsídio dos magistrados não pode ser reduzido, de forma a assegurar-lhes o livre exercício de suas atribuições.

Filha de advogados ou de juízes? –  perguntei

Só assim para poder ter me respondido daquela forma

nem um e nem outro professor, e creio que a profissão da minha família não seja pertinente e nem relevante para a aula ministrada pelo senhor.

Insolente, eu não deixaria que ela fizesse com que minhas aulas se tornassem uma baderna.

—sente-se Dwyer

A garota o que tem de bonita tem de impertinente e arrogante, ela soube me responder de uma forma bem objetiva e completa e com propriedade no assunto, ela soube se sobressaltar entre todos daquela sala, e de uma forma positiva, apenas quem tivesse nível superior poderia ter respondido daquela forma.

Meus olhos se direcionaram a minha irmã e percebi que ela estava sorrindo e lançando um sinal positivo para a novata, fazia tanto tempo que não via Alice sorrir dessa forma no colégio, tão sincera, ela com certeza estava se divertindo com tudo aquilo. Perdi a batalha mais não a guerra, eu iria colocar  a novata em seu devido lugar.

Ali estava eu, sentado novamente na sala dos professores que tinha um bom isolamento acústico, preparando as provas que seriam aplicadas esse semestre, quando novamente as imagens da aula em que a garota impertinente me desafiou, sem pensar duas vezes peguei o tablet e fui ver seu histórico, afinal como dirigia o general Sun Tzu, ‘’ Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. ’’

        Nome: Isabela Dwyer

Idade: 17 anos

Filiação: Irina e Eleazar Dwyer

Profissão: Investidores

Motivo da Transferência: Mudança de País

Residência: Atualmente morando com os Tios Maternos

Observações: A aluna apresenta um histórico escolar condizente, sempre empenhada nas atividades, presta bastante atenção nas aulas ministradas por seus professores e se destaca em matérias relacionadas às disciplinas de humanas, tem um bom comportamento pessoal e interpessoal e não causa problemas.

Pais investidores? Poderia apostar que era de família de advogados só assim para explicar o fato dela saber tudo aquilo sobre a minha matéria, algo estava estranho.

Dispersei esses pensamentos e foquei na prova que estava elaborando, quando o sinal que determina o fim de mais um dia é ouvido, desliguei meu computador e organizei minhas coisas era o tempo de Alice já estar no carro me esperando, afinal teria que leva-la  para casa.

Mas minha surpresa foi quando vi a garota impertinente andando despreocupadamente e falando sozinha, o que me fez rir com o seu jeito gracioso e sua despreocupação.

—Falando sozinha Senhorita Dywer? Além de petulante é louca?

Não perderia a oportunidade de irrita-la, isso estava se tornando um bom passatempo para mim, confesso que ver a sua feição irritada me divertia.

—Desculpe-me

Perguntou incrédula, estava adorando ver suas reações.

—Será que devo lhe indicar um psicólogo ou um psiquiatra? Por que falar sozinha pelos corredores de um colégio é preocupante, pode ser sinal de esquizofrenia, psicose ou a senhorita deve estar usando alguma substancia ilícita?

—agradeço a preocupação, professor Cullen, mas creio que não é necessário, não que eu deva satisfação ao senhor, pois, não estamos mais em horário de aula, eu não me utilizo de nenhum tipo de substancia alucinógena. E creio que deva tomar cuidado com o que fala professor, pois, dizer que alguém se utiliza de algum tipo de substancia ilícita, pode se enquadrar em injuria que até onde eu sei é crime.

Como essa garota sabia usar o código penal tão bem, até mesmo conseguiu classificar um crime de forma correta, cada vez me deixa mais intrigado.

—a senhorita é sempre tão educada com seus professores que até os ameaça com o código penal? È um habito que sei que não é típico dos Ingleses.

—sou americana, apenas vivi alguns anos em Londres, e pelo que eu sei nem todos os ingleses são educados, não é mesmo?

Eu poderia jurar que ela acabara de me lançar uma indireta, mais ali eram poucos que sabiam que eu era Inglês, e quase não tenho sotaque.

—o senhor é assim indelicado com todos os seus alunos?

—apenas com aqueles que não obedecem às regras, de não utilizar celular na minha aula, e pelo que eu sei a utilização de aparelho celular em sala de aula é crime. Interessante não.

—pode deixar professor ficarei mais atenta em relação ao meu celular em suas aulas

—ficarei imensamente grato, pois não gosto de alunos querendo ser o centro das atenções como a senhorita.

—com licença, onde a senhorita pensa que vai a um andar que está vazio?

—ela iria falar comigo

Uma loira apareceu para socorrer a garota, mas fui surpreendido, pois nunca havia nos corredores desse colégio antes.

—e você é quem? - perguntei 

—creio que não fomos apresentados ainda, meu nome é Rosálie Halle, sou a nova integrante do conselho estudantil- disse estendendo sua mão para cumprimentar o professor.

—Edward Cullen, professor de Ciências Políticas, não sabia o Sr. Molina não me comunicou.

—Senhorita Dwyer podemos ir até a minha sala tenho algumas perguntas para fazer sobre o que achou do nosso colégio, e o que podemos melhorar, se me der licença professor, venha Senhorita.

Fui em direção à saída, mais com a impressão de que tinha alguma coisa de errado.

—Hei, eu preciso ir pra casa sabia – disse minha irmã encostada no capo do carro.

—calma baixinha, já estamos indo – disse rindo ao ver sua expressão irritada, ela odiava esperar.

—tenho que chegar logo, por que preciso comprar um novo composto químico, e acho que o fixador e o solvente já devem ter chego. – disse verificando o seu e-mail

— você já esta decidida a se tornar uma perfumista? Pensei que iria investir na musica, Julliard tem vários programas de Ballet, você deveria dar uma olhada, se ainda não tiver certeza para qual faculdade aplicar.

—Os perfumes são misturas tão complexas, sempre soube que queria alguma coisa relacionada a cosméticos ou moda.

—fico feliz por você, se depender de mim, você será a maior perfumista que esse mundo já viu você tem o meu apoio.

—obrigada Edward-disse sorrindo

— eu vi que você e a aluna nova estão se dando bem

— a Bella?

—a Dywer

— ah então é a Bella, adorei ela te colocando no seu devido lugar hoje – disse rindo, sem tirar os olhos do celular.

—Hei, eu sou o seu irmão e você deveria estar do meu lado.

—não mesmo, sinceramente foi o acontecimento do ano, a Bella conseguiu te tirar do serio isso e impagável.

—ela é uma garota petulante

—eu não vejo assim, quem começou foi você, ela só te respondeu a altura.

— até a minha irmãzinha está contra mim, mereço.

—Ed, você sabe que eu te amo né?

—to começando a duvidar, mas fique sabendo que eu te amo mais – disse.

Era esses momentos que eu gostava de viver com a minha irmã porque ela sempre será meu porto seguro e farei de tudo para protegê-la, sei que a magoei bastante quando comecei a lecionar em seu colégio e quando pensei em sair depois das investidas de seus colegas ela não me deixou, disse que independente de qualquer coisa queria-me ver crescendo profissionalmente e assim como meu pai ela disse que lecionar em um colégio do porte da Trinity seria muito bom para o meu currículo, sabia que tinha uma divida com ela e algum dia eu iria retribuir.

***

Desde a Infância dona Esme sempre prezou pela arte, e tocar piano para mim era uma diversão quando era criança e ao longo dos anos foi se tornando o meu refugio e às vezes como uma fuga de mim mesmo, não sei se tocar já era uma aptidão natural ou até mesmo extintiva ou se foi pelo incentivo da minha mãe sempre tão carinhosa, a minha relação com as teclas do piano é minha forma particular de meditação, mais ainda continua sendo minha fuga.

Quando entrava e sai da sala de aula, tentava compreender a humanidade, há três anos Kate não sai dos meus pensamentos, inicialmente pensei que a amasse, foi intenso, mais nada, além disso, quando os meses foram se passando fui colocando meus próprios pensamentos em ordem e percebi o tolo que fui , como me deixei levar pelas mentiras dela, não era amor era raiva de mim mesmo.

Kate era uma estudante de arquitetura que conheci ainda quando estava no campus da faculdade, ou melhor, em uma festa que Alistar meu colega de quarto me obrigou a ir, naquela noite depois de nos esbarrarmos sem querer, conversamos em um sofá esquecido no jardim perto da piscina, a noite estava agradável, a música tocava dentro da casa, casais se beijando nas sombras e alguns aproveitavam dentro da piscina, ela era linda para uma garota de apenas dezenove anos, cabelos loiros em um liso perfeito que ia até o meio de suas costas, seus olhos cor de mel, ali descobri que ela vinha de Bristol, filha de engenheiros mais seu sonho sempre fora fazer arquitetura para programar o negocia da família.

Aos poucos que fomos nos conhecendo à amizade evoluiu para um namoro, a doce Kate foi se infiltrando na minha vida de uma forma eletrizante, ela gostava de festas, de ser a melhor, de mostrar que ela era superior a qualquer um que estivesse em seu caminho, sempre quis presentes caros para exibir para suas amigas, quando soube que eu era filho de um desembargador seus olhos brilhavam de uma forma intensa, ela não gostava de flores dizia que eram sem graça e que ela não estava morta para recebê.

Certas atitudes dela me incomodavam, eu era novo e ingênuo, mas como em qualquer relacionamento acredita que ela iria mudar com o passar do tempo e iríamos evoluir juntos.

Esse sempre foi um dos motivos da maioria das nossas brigas, se tivéssemos terminado por causa da sua futilidade e soberba talvez tivesse sido melhor, mais não, os meses foram se passando e eu apenas sendo enganado pelas suas mentiras.

A linda Kate tinha uma vida dupla, enquanto eu estava na biblioteca estudando para as provas finais ela saia com o seu outro namorado Garrett, um organizador de apostas de lutas clandestinas e rachas, ela não era mais a princesinha delicada e sim a bad girl da faculdade que aproveitava a vida ao Maximo.

Alistar sempre tentou me alertar mais como um tolo apaixonado me fazia de desentendido pensava que ele não gostava dela, que estúpido fui com meu amigo.

E as cenas daquela noite voltaram como se fosse um filme que acabara de ver a alguns instantes

Mas em uma noite de sábado à noite, estava jogado em minha cama depois de ter esperado Kate em uma pizzaria do campus e ela não aparecer, fui ate o seu dormitório e sua amiga me disse um pouco sem graça de que ela não estava ali eu já deveria ter percebido que alguma coisa estava errada, Alistar saiu do banheiro já devidamente vestido e me olhou e lançou uma risada de escárnio.

—que foi menino cullen?

—A Kate ela...

—me deixa ver se adivinho, não atende as suas ligações?

—tínhamos marcado de ir a uma pizzaria e ela não apareceu, fui ate o seu dormitório e a amiga disse que ela tinha saído, deve ter acontecido alguma coisa...

—ei – disse jogando minha jaqueta

—pra que isso? - perguntei

—vamos sair - disse

—sai pra onde? Tenho que tentar achar a Kate, talvez ela esteja em perigo sei la.

—vamos fazer assim, você vem comigo em um lugar e depois eu te ajudo a achar a Kate, que tal?

—okay, fechado

Saímos noite adentro Alistar entrou em seu Corvette que estava totalmente modificado, preto e com suas rodas esportivas com detalhes em vermelho. Fomos a uma área não tão afastada da faculdade mais sim pouco movimentada pelo horário, as montanhas abafavam a gritaria dos jovens estudantes.

Quando chegamos estávamos em uma pista de racha, vários carros estavam correndo e pessoas ao redor gritavam para que seu preferido ganhasse, a corrida terminou e dois outros carros se colocaram em suas devidas posições e um cara com um pircing na boca com um megafone em suas mãos que pelo pouco que percebi era coberta por tatuagens foi até o meio da pista e anunciou.

— a noite só esta começando, eu sou Garrett o apresentador e irei controlar as apostas esta noite, então sem mais delongas, com vocês a atração da noite, ela que ira dar a largada, com vocês a minha Kate.

Os gritos e as palmas eram dirigidos a ela que estava com um salto preto e um macacão que tinha um decote generoso na região dos seios, ela foi até o centro entre os dois carros com uma bandeira vermelha, dançando sensualmente e provocando a multidão, demorando alguns segundos e a música foi posta propositalmente para o seu showzinho, ela levantou a mão direita à bandeira foi aberta, o ronco dos motores se preparavam e foi dada a largada e ela se virou e deu um beijo apaixonante no apresentador.

E sem pensar duas vezes sai em direção dos dois, iria tirar essa historia a limpo de uma vez por todas.

— Edward, não faz isso.. – Alistar disse me advertindo

Quando estava perto o suficiente, gritei o seu nome.

—KATE - não me importava se iria armar um show de corno, as pessoas não tinha nada a ver com a minha vida.

Ela se virou em minha direção e me lançou um sorriso irônico

—Edward – disse surpresa por me ver ali

—era isso que você queria?

— eu não vou me desculpar, porque eu nunca disse que eu era uma garota boazinha.

—você é louca

— fale mal o quanto quiser Edward

—e porque você quis ficar comigo?

—você é bonito, rico, estudante de direito e filho de um desembargador, minhas amigas morriam de inveja de me ver com você, e isso me fazia bem, mais eu nunca gostei de bons moços.

—você é uma mentirosa dissimulada

—ei cara, não fala assim da minha mulher – disse o tal Garrett, vindo em minha direção pronto para um ataque.

—eu sou assim e você não pode me mudar, Adeus Edward – disse se virando e puxando o tal Garrett junto a si e lhe dando um beijo, que passou seu braço esquerdo pelo pescoço dela a puxando mais para si.

—Ei cara não fica assim, ela não merece – meu amigo veio e parou em minha frente.

—você sabia, e tentou me avisar, como fui estúpido-disse indo em direção ao carro dele, Meu sangue estava fervendo, ela havia mentido para mim.

—você não é estúpido, só ficou cego, mais agora você viu quem ela é realmente – disse encostando-se a seu carro.

—cara posso te dar um conselho?

—depois dessa noite, vou passar a ouvir você mais vezes.

—ela não era pra você, a garota certa ta por ai te esperando, e vai acontecer quando você menos imaginar, e quando acontecer você não pode a deixar fugir de você, o destino às vezes nos prega algumas peças e só cabe a nós entender o motivo.

Assim meus pensamentos foram levados a novata, seus olhos castanhos e sua propriedade ao falar e me encarar de igual para igual, depois do que aconteceu me tornei uma pessoa mais implacável, aprendi com o meu erro que as vezes ser bonzinho nos prejudica.

Mas eu tinha aquela sensação que aquele olhar que ela me lançava estava ficando gravado em mim, talvez eu não saiba denominar o sentimento que tive assim que seus olhos encontraram os meus, perdi algumas batidas do meu coração, ela me intrigou mexendo comigo de uma forma diferente e estranha eu deveria evitar de pensar nela, pelo meu próprio bem e principalmente pelo bem dela, afinal ela é apenas uma adolescente.

E sem perceber o dia amanheceu e eu ainda estava sobre o meu piano, mas um corpo pequeno se sentou amo meu lado

—você não conseguiu dormir, pude ouvir você tocar a noite inteira

— apenas colocando meus pensamentos em ordem

—muitas coisas para assimilar?

—talvez sim,talvez não, quem sabe, vamos nos arrumar logo temos que sair – disse me levantando, deixando um beijo na cabeça da minha irmã  e indo em direção ao meu quarto.


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