Nosso Triunfo -Concluída escrita por EllaRuffo


Capítulo 18
Capítulo 18




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Dois dias depois.

Victoria, depois de ter ficado de repouso em casa, estava de volta na casa de moda. Muito trabalho estava por ser feito. Então, o clima era de agitação e correria. Na sala de Pepino, havia muitos croquis, tecidos, modelos com ele dando seu piti como sempre dava em momentos como estavam.

Antonieta, estava presente também, e dava um tecido de um verde cintilante nas mãos de Victoria, e ela com seu olhar crítico o pegou, e o levou, pondo em cima da pele de uma modelo para testar com o tom de pele dela .

E assim, Victoria disse.

— Victoria: Esse não, Antonieta, esse tom não serve para ela .

Victoria então entregou para Antonieta o tecido sem olhá-la ainda nos olhos, mas quando viu que ela não pegava . A olhou, e então a rainha da moda observou que todos da sala tinha parado para olhar em direção a porta. E nela, acabava de entrar Maximiliano com Osvaldinho nos braços e Maria Desamparada sem João Paulo.

E Victoria sorriu. Sorriu porque havia desejado tanto ver Maria de volta ali naquela sala que se segurou para não chorar. Mas não segurou a boca para dizer.

— Victoria : Minha filha, você veio.

Houve um murmuro baixo das modelos que sabiam dos rumores que Maria Desamparada era a filha de Victoria Sandoval, mas vê -lá confirmar aquele rumor era bem diferente.

E então, como mãe e filha se olhavam sem falar mais nada. Pepino rápido disse, para as modelos que ali estavam.

— Pepino: Vamos, circulando todas daqui. Vamos pra fora .

Ele batia com um tecido que tinha, na bunda das modelos que tinham suas bocas abertas "expulsando" elas, até que Antonieta também saiu da sala, ficou apenas Maximiliano com Osvaldinho, e elas na sala . E então, Max disse.

— Maximiliano: Eu vou deixá-las a sós também.

Mas Maria Desamparada, segurando a mão dele, para ele não ir a nenhum lugar . Ela disse.

— Maria Desamparada: Não, Max. Fique por favor.

E assim, olhando Victoria que estava calada mas com o coração acelerado cheio de ilusões. Ela voltou a dizer justificando o que tinha levado ela ali.

— Maria Desamparada: Bernarda, a odeia. E quer te destruir no próximo desfile apenas por ódio. E ela me quis ao lado dela para fazer isso, senhora. Mas não pude aceitar. Não pude, porque não sou como a senhora.

Victoria suspirou. Sabia que Bernarda seria capaz de usar Maria Desamparada, contra ela até quando o assunto fosse a moda, apenas para atingi-la. E então ela tentou dizer .

— Victoria : Filha, meu amor.

E Maria Desamparada, voltou a dizer para voltar justificar aquela escolha que fez.

— Maria Desamparada : Eu só quero que saiba que estou aqui, porque acredito que podemos vencer e que ainda que já foi capaz de tudo para me prejudicar, eu não seria capaz de fazer o mesmo a senhora ficando ao lado de Bernarda.

Victoria fechou os olhos suspirando outra vez. Maria Desamparada, nunca deixaria de lembrá-la do que ela já foi capaz de fazer . Mas abrindo os olhos, com eles cheios de lágrimas. Ela a respondeu.

—Victoria: Então aceita a proposta que fiz. Está aqui para estar ao meu lado, ao lado de sua mãe e não daquela mulher?

E, jogando seus cabelos de lado. Não aceitando que sua escolha foi pela mãe e sim por seus princípios e também visando a oportunidade que teria. Maria Desamparada, voltou firmar sua escolha a Victória, que parecia se ilusionar.

— Maria Desamparada : Estou ao lado do que é justo. Também tinha razão, não poderia perder essa oportunidade. Amo moda. E por isso estou aqui, senhora. Não se ilusiones.

E Victoria então, sentindo que ter Desamparada, ali, mesmo que não fosse por amor a ela, a deixava feliz por assim ter a oportunidade de vê-la sempre . E por isso ela disse, com um sorriso leve no rosto ainda que por dentro sofresse.

— Victoria : Mesmo assim me alegra filha, me alegra muito que esteja aqui. Me alegra que sua escolha foi trabalhar ao meu lado.

Victoria juntou as mãos uma na outra e levou aos lábios sorrindo mais. E então Maria Desamparada, disse.

— Maria Desamparada: Bom, se não se importar, eu vou procurar Pepino e saber o que devo ajudar.

E Victoria, sentindo falta de seu outro netinho. Ela disse.

— Victoria : Pode ir, mas antes. Por que não vejo meu neto, João Paulo, aqui . Não o trouxe?

Maria Desamparada, negou com a cabeça e a respondeu.

— Maria Desamparada : Não. Vim a trabalho, senhora, por isso deixei ele com a senhora, Milagros.

E ainda sorrindo, Victoria a respondeu.

— Victoria : Não. Da próxima vez o traga . Ele não atrapalharia em nada. Por favor. O traga da próxima vez, filha.

Maria Desamparada assentiu, calada e saiu puxando Maximiliano, que piscou para Victoria, sussurrando que depois falaria com ela.

E então, animada Victoria foi até a mesa de Pepino, pegou o telefone e rápido ligou para Heriberto, que depois de alguns toques ela ouviu a voz dele e rápido, e ela disse.

— Victoria : Maria Desamparada está aqui, Heriberto. Ela está aqui, não escolheu ficar com Bernarda, escolheu a mim! Ela aceitou minha proposta e agora ela está aqui comigo! Estou tão feliz!

Heriberto do outro lado da linha, mais feliz ainda com Victoria, sorriu. Ele sabia que aquilo era tudo que ela precisava para estar mais próxima de Maria Desamparada e conquista-la. E assim ele disse.

— Heriberto : Que notícia boa, meu amor . Isso merece uma comemoração, hum.

Victoria sorriu, e mordeu a ponta de um de seu dedo pensando em como comemorar com Heriberto, aquela conquista dela. E assim ela disse quando passou algo na mente dela.

— Victoria : Dorme comigo hoje . Dorme na minha casa, Heriberto.

Heriberto que estava no consultório dele, suspirou, andando naquele espaço e pensou que a casa que ela queria estar com ele era a que ela viveu com o pai dos filhos dela, e por isso não queria abusar da hospitalidade que teve vindo de Max e Fernanda quando Victoria precisou dele. E assim, ele disse .

— Heriberto : Victoria, a última vez que dormi na sua casa, foi porque não esteve bem, meu amor. Tem certeza que não terá nenhum conflito com seus filhos se volto a fazer?

Victoria sorriu. Os conflitos como antes temia ter com os filhos quando assumisse seu romance com Heriberto, já não existiam. Não existia temores há muito tempo. E então, ela o respondeu .

— Victoria : Não Heriberto, não seja bobo, meu amor. Somos noivos e eles sabem. Então pode vim quando quiser na minha casa e dormir nela como faço na sua.

Heriberto sorriu, sabendo que Victoria tinha razão. E passando a mão em sua cabeça, ele a respondeu.

— Heriberto : Está bem . Se quer assim, assim será. Te amo, minha vida.

Victoria sorriu o respondendo.

— Victoria : Eu mais, meu amor.

E assim, ela desligou a ligação. E mais tarde, durante aquele dia de trabalho.

Victoria, fez de tudo para ter contato com Maria Desamparada, como tocar nela, puxar conversa ainda que só fosse assunto do que viam e escolhiam e a analisou todo tempo, com atenção e até a viu desenhar um vestido de festa, que a fez sorrir orgulhosa.

Até que Pepino de cabelos em pé entregou para as duas mais desenhos, mas aqueles já completos e as mãos da duas se tocaram. Fazendo que elas se olhassem, Victoria com olhar de amor, e Maria Desamparada, com um olhar arisco mas não agressivo.

E assim o dia passou. E Victoria, já em casa do quarto dela, com um grande sorriso nos lábios, passava creme na pele.

Ela vestia uma camisola branca e curta de alcinha e um decote de coração, enquanto esperava Heriberto que já estava a caminho. E assim, ela ouviu a campainha tocar e sorriu mais. Ela buscou o robe sobre a cama, se cobriu e saiu do quarto apressada.

E quando estava descendo as escadas, ela viu Heriberto entrando na sala dela e a empregada que abriu a porta a ele deixando eles só. E assim, ela continuou descer mais apressada as escadas .

E Heriberto sorrindo disse, por ver a pressa que ela tinha notando também o grande sorriso que ela carregava nos lábios que enchia o peito dele de alegria .

— Heriberto : Devagar Victoria, pode cair.

Ele foi até o encontro dela. E já faltando o último degrau para ela descer, ele a agarrou e a beijou com vontade. Tinha notado também além do seu sorriso o brilho dos olhos dela, a animação que ela estava. E assim, depois que a largou ela disse, um pouco envergonhada.

— Victoria : Vê o que faz comigo? Me faz me comportar com a euforia de uma menina apaixonada, quando te vê, Heriberto .

Ela beijou ele de novo, mas agora o agarrando subindo no corpo dele. E Heriberto, ainda que a suspendeu no ar, agarrando ela, ele disse depois que o beijo deles se desfez.

— Heriberto : Cadê seus filhos?

E ela então o respondeu.

— Victória : Maximiliano, está com Maria. E Fernanda, já está no quarto dela. Vamos, me leve ao meu quarto, já sabe o caminho.

Heriberto sorriu e então subiu com ela para o quarto, andou até entrar na porta dela . E depois, Victoria desceu do colo dele, tirando o terno que ele vestia por cima da blusa dele. E o despindo como fazia, ela disse.

— Victoria : Estou ansiosa para que me faça sua, Heriberto.

Ele riu, ajudando ela livrar ele da roupa que ela tirava. E disse.

— Heriberto : Senti saudades desse seu desejo insaciável. Mas porque aqui e não no meu apartamento, hum?

Victoria, já tinha jogado a parte de cima do terno dele na cama e já estava com as mãos começando abrir a blusa dele e ao ouvi-lo, ela parou o que fazia e disse expondo um desejo que teve.

— Victoria : Quando tudo começou entre a gente. Quando regressei daquela noite, naquele hotel desejei toda aquela semana que passou que acreditei que jamais voltaria vê-lo, que tivesse acontecido aqui, nessa cama, nesse quarto. E tive tanto desejo só de pensar nessa hipótese. Então, agora realiza esse meu desejo, Heriberto. Me dá o prazer de também ser desejada por você aqui, nessa cama.

Heriberto analisou as palavras de Victoria, que via os olhos dela brilhando de desejo ao expor aquela sua fantasia, aquele desejo de quando tinham sido amantes . E então, ele tocou em um lado do pescoço dela, tirou uma parte dos cabelos dela que se encontrava ali, beijou e depois disse, disposto a realizar aquela fantasia dela, um pouco atrasado mas disposto a realizar qualquer uma que ela quisesse.

— Heriberto : Então também teve essa fantasia, estar com seu amante na cama do seu marido para deixar sua vingança mais completa?

Victoria, assentiu de olhos fechados sentindo Heriberto dar mais beijinhos na pele do pescoço dela. E assim, com o que ele fazia, ela o respondeu.

— Victoria : Sim. Mas agora meu amante, é ex amante, e ele é ex marido . Agora você é meu noivo, mas essa segue sendo a cama que usei com ele. E se te incomodar meu pedido, pode desconsiderar ele.

Heriberto, depois de ouvir Victoria, parou o que fazia apenas para olha-la nos olhos. E então, ele disse.

— Heriberto : Acha que fere minha masculinidade, em fazer amor contigo aqui nesse quarto? Porque não fere. Sabe o que eu sinto, hum? O que estou sentindo agora com essa hipótese?

Victoria negou rápido com a cabeça. Sentia seu corpo aquecer mais, apenas com o olhar que Heriberto lhe dava. E então, ela disse baixo com uma voz de desejo.

— Victoria : O que, o que sente?

Heriberto, levou uma mão no laço do robe que Victoria usava, desamarrou rápido e depois desceu um tanto pelo ombro dela, e em um lado da camisola dela, ele também desceu a fina alça, beijou o ombro dela para depois voltar a olhar pra ela e respondê-la.

— Heriberto : Estou sentindo o triunfo. O triunfo de ser eu que estou agora contigo. De ser eu, o homem que te dá prazer. De ser eu, quem te ganhou e ele que te perdeu. É meu nome agora que geme quando faz amor. De nenhuma maneira me incomodaria me dar mais uma vez esse gosto satisfazendo seu desejo também aqui.

Quando Heriberto terminou de falar, ele levou o rosto no meio da risca do decote dela, cheirou ali e beijou e Victoria agarrou na cabeça dele jogando a cabeça para trás. E ele a beijando ali e pondo uma mão em um seio dela, ela o respondeu cheia de desejo, certa que ele fazendo amor com ela aonde estavam só daria mais prazer a eles.

— Victoria : Me enlouquece. Me enlouquece esse modo seu de ser, essa suas faces de um homem tão cavaleiro, romântico mas também que por trás deles tem um homem louco, quente, muito quente quando está comigo na cama, Heriberto. Pode ser um cavaleiro mas também um amante de alguém. Meu amante. Só meu e de mais ninguém.

Eles então se beijaram e quando viram, estavam nus. Heriberto estava deitado, tinha o rosto entre as pernas de Victoria e ela o rosto entre as dele. Ela tinha a boca ocupada como a dele. Enquanto gemiam, eles se davam aquele prazer recíproco e indecente ao mesmo tempo .

Victoria riu, tirando o membro de Heriberto da boca, e ela só desceu a mão na extensão da ereção dele e subiu sentindo ele toca-la com a língua, e então ela rebolou no rosto dele . E Heriberto gemeu segurando mais forte o quadril dela e ela voltou toma-lo na boca. Ela o sugou com rapidez, com fome até que viu ele estremecer na cama gozando, o que foi o que ela fez logo depois também, enquanto ainda limpava ele com a boca.

E então ela saiu de cima dele, se jogou do lado, e Heriberto se virou para beija-la entre os seios. E a boca dele encontrou um e ele sugou com vontade, enquanto a mão dele procurava a intimidade dela . E ele encontrou ela molhada e afundou dois dedos os movimentando em seguida.

Victoria gemeu agarrando nos cabelos dele . Era delicioso ser dele, ser mulher dele.

— Victoria: Oh, Heriberto. Como é bom. Não para...

Ele gemeu sugando mais o seio dela e buscou o outro com a mão livre que também necessitava de atenção.

E, Victoria então buscou os olhos dele e de boca aberta depois de gemer ela disse.

— Victoria : Ah, Heriberto. Eu estou quase lá de novo. Vou... Vou, gozar.

E querendo vê-lá estremecer de novo, Heriberto aumentou os movimentos dos dedos sentindo ela cada vez mais molhada sem deixar de sugar o seio dela, o mamando como um bebê com fome. E depois que sentiu a carne molhada dela contrair entre seus dedos . Ele que já tinha uma ereção, se encaixou no meio das pernas dela e segurou ela entre os dedos. E rouco de desejo ele disse, a olhando nos olhos.

— Heriberto : Pede pra mim entrar em você. Não peça, implore pra mim, Victoria .

Ele roçou a glande de sua ereção entre a divisão do sexo dela, brincando ali com o clitóris dela já mostrando que teve prazer suficiente até aquele momento.

E Victoria, apertou os lençóis da cama o olhando nu e todo vermelho no meio das pernas dela, brincando daquela forma com ela . E disse quase desesperada por tê-lo dentro dela.

— Victoria : Me penetre, Heriberto. Entra em mim.

Heriberto negou com a cabeça, com um sorriso sacano e se debruçou sobre ela pra beija-la. E depois disse.

— Heriberto : Isso não é implorar, sei que sabe fazer melhor. Sei que posso te levar a isso fácil.

Ele então tocou novamente no clitóris dela, empurrou só a ponta de sua ereção pra dentro dela mas tirou tão rápido que Victoria não pôde desfruta-lo.

E ela então cruzou suas pernas nua em volta da cintura dele, levou uma mão até a nuca dele e disse.

— Victoria : Entra todo dentro de mim . Todo, Heriberto. Por favor querido, entre de uma vez em mim!

Heriberto então, não querendo tardar mais o contato que necessitavam, a olhando nos olhos entrou devagar nela e ambos gemeram de prazer. Mas como não se moveu, Victoria rebolou embaixo dele. E ele a olhando ali, com sua cabeça sobre travesseiros e cabelos esparramados, começou se mover sem quebrar o contato dos olhares.

Ele começou entrar e sair dentro dela rápido. Seu corpo exigindo aquela rapidez, mostrando fome dela a mesma que ela tinha. Ela era dele. Era dele também ali naquela cama que foi enganada, ilusionada por um amor falho vindo de outro homem. E ele fechou os olhos aumentando mais seus movimentos. Que graças aquilo ela estava sendo dele. E agora ele era o homem que tinha não só o corpo dela, mas também o amor. Victoria, o amava. A vida os apresentaram quando já não achavam que teriam sucesso no amor. E agora se amavam com loucura e estavam vivendo o triunfo deles. O triunfo do amor deles.

E assim mais dias passou.

Em uma igreja, acontecia um casamento. O padre João Paulo, celebrava ele. E Victoria assistia com os olhos iluminados de amor, aquela cerimônia, enquanto sua mão repousava na sua barriga de recentes 7 meses, vendo a filha caçula, Fernanda se casando com Cruz.

A jovem, antes decidida casar, temeu por ainda se encontrar na cadeira de rodas, em fazer Cruz infeliz. Mas, Heriberto, interviu dizendo que quando ela perdesse o medo de voltar a ser feliz ela andaria. Andaria porque era o medo que tinha paralisado ela. A medicina não podia mais ajuda-la e sim ela. E por graça, deixando seus receios, ela voltou a dizer sim . E agora, Victoria tinha sua menina se casando.

E com a igreja cheia, Victoria virou o rosto de lado, no outro lado estava Maximiliano e Maria Desamparada, ambos tinham seus meninos que cresciam saudáveis em seus braços e sorriam. E Victoria sorriu para eles. Não tinha ainda o perdão de Maria, não a tinha em seu braço muito menos tinha escutado ainda ela chama-lá de mãe quando falava com ela. Mas a via todos os dias na casa de moda, e por ela conseguia manter uma relação ainda que, Maria Desamparada, limitava aquela relação para que fossem apenas profissional. O que deixava Victoria triste, mas não a fazia perder as esperanças que aquilo logo mudaria.

E assim, ela agora olhou para seu lado esquerdo. E viu Heriberto sorrindo para os noivos e ele como que se tivesse sentido que ela o olhava, ele buscou os olhos dela e baixou a mão no ventre dela. Quando ele alisou, Helena chutou . Era sempre assim, Heriberto não podia tocar a barriga dela, que a menina se agitava com aquele contato além de fazer o mesmo em simplesmente ouvir a voz dele.

E ambos riram e Heriberto buscou os lábios dela pra dar um selinho. E Victoria disse baixinho, cheia de amor.

— Victoria : O próximo casamento é o nosso.

E Heriberto certo daquilo, a respondeu.

— Heriberto: Pode ter certeza que será.

Ele beijou de novo os lábios de Victoria e como ela olhava pra ele, ela não pôde ver o que ele acabava de ver, Maria Desamparada, a olhava pelas costa dela que quando viu que Heriberto a pegou no "pulo" rápido voltou olhar os noivos.

Heriberto então riu. Sabia que a jovem estava sendo quebrantada. Sabia que seria assim, que o tempo que mãe e filha estavam tendo era o maior aliado para as duas, que estava sendo o remédio eficaz para as dores que tinham.

E assim o casamento terminou. Na frente da igreja, Maria Desamparada estava com Fernanda, ela agachada, limpava as lágrimas da irmã o que Fernanda fazia o mesmo com ela . Se davam bem, Maria Desamparada era amorosa, e Fernanda rápido conseguiu conquistar aquele espaço de irmã mais nova no coração de não mais órfã que Maria Desamparada tinha.

E Fernanda dizia entre risos e lágrimas.

— Fernanda : Fala pra mim não chorar mas faz o mesmo.

Maria Desamparada sorriu e disse.

— Maria Desamparada : É que estou muito feliz, por ver você feliz minha irmã .

Fernanda então, pegou na mão de Maria Desamparada, segurou ela entre as dela e disse.

— Fernanda: E sabe o que me faria mais feliz?

E Maria Desamparada, certa do que ia dizer, a respondeu.

— Maria Desamparada : Sei que é andar. E você vai conseguir. Sei que vai.

E Fernanda, rápido a respondeu de olhos brilhando.

— Fernanda: Isso também. Mas mais do que isso. É vê-la perdoar nossa mãe.

E Maria Desamparada nada disse, quando ouviu Victoria dizer sem que elas percebesse que ela estava se aproximando.

— Victoria : Filhas.

Maria Desamparada rápido ficou de pé, mas não saiu dali. E então, Victoria voltou a dizer.

— Victoria : O carro está pronto pra levarmos a festa.

Depois dali, iam para festa na vila que iam dar. E Victoria, fez questão de avisar as filhas que já iam, apenas para não perder aquele momento que via de suas duas filhas juntas.

E assim, Fernanda pegou na mão de Victoria e pegou também na mão de Maria Desamparada, e sem que ambas esperassem, Fernanda juntou as mãos delas e disse.

— Fernanda : Façam as pazes pelo amor de Deus. Eu amo tanto vocês.

De olhos arregalados e nervosa, enquanto Victoria sorria, Maria Desamparada puxou a mão dela o que fez o sorriso de Victoria desaparecer segundos depois. E então ela disse ainda nervosa.

— Maria Desamparada: Não vamos estragar seu dia com isso minha irmã. Hoje é seu dia e só importa você.

E Victoria baixou cabeça, e disse concordando com Maria Desamparada.

— Victoria : Sua irmã tem razão, Fer. Hoje é seu dia.

As duas então voltaram a se olhar, até que Maria Desamparada, ouviu seu filho nos braços de Nathy próximos a elas chorar e então ela disse, por querer deixar de olhar nos olhos de Victoria que ela via que cada dia que passava o amor refletir neles sempre quando ela a olhava como fazia aquele momento.

— Maria Desamparada : Eu vou ver meu filho.

E assim ela saiu . E Fernanda viu Victoria suspirar enquanto segurava o choro com a indiferença de Maria Desamparada com ela. E então, ela disse pegando na mão dela.

— Fernanda : Mãe, não chora por favor.

Victoria, forçou sorrir e mascarar como ficava quando Maria Desamparada a tratava daquele modo. E assim disse.

— Victoria : Eu não vou chorar meu amor. Não vou estragar seu dia. Não se preocupe.

E Fernanda, então a respondeu.

— Fernanda : Ela vai te perdoar mãe. Sei que vai.

E assim, momentos depois foram pra festa.

Lá, no meio de todos, Heriberto e Victoria exibiam o amor que sentiam e viam também, amostras de afeto que Osvaldo mostrava estar dando para Leonela que era a acompanhante dele no casamento de Fernanda.

E Heriberto, por observa-los, e lembrar de ter escutado alguns desabafos de Leonela, ele disse, enquanto abraçava Victoria por trás tocando daquele modo a barriga redonda dela.

— Heriberto : Quando Leonela falava do pai do filho dela, ainda sem eu saber que era Osvaldo, me dava entender que ainda sentia algo por ele.

E Victoria, depois de ouvi-lo, também disse.

— Victoria : Enquanto ele, quando se casou comigo me fez entender que não sentia nada pela mãe de Max. E agora vejo o contrário disso.

E depois de ouvia-la, Heriberto questionou.

— Heriberto : E te incomoda?

Victoria, então se virou para ele e rápido disse.

— Victoria : Não . Claro que não . Mas só me fez pensar, que se ela voltasse querê-lo antes de nos separar talvez eu seria enganada de qualquer forma. Então, eu não perdi nada, só ganhei com a traição dele.

Heriberto então suspirou, abraçando ela pela cintura novamente mas agora com ela de frente para ele, e disse.

— Heriberto : E o que você sente que ganhou? Hum?

Victoria, sorriu. Aquela resposta que ele queria fácil ela seria respondida por ela por qualquer pessoa que perguntasse o mesmo. E então, ela o respondeu o abraçando pelo pescoço com todo carinho e sustentando o sorriso que levava no rosto.

— Victoria : Ganhei você na minha vida. Seu amor, nossa filha. E me livrei de um homem que não podia me amar como eu era, como sou, como vejo que me ama .

Heriberto sorriu cheio de amor. Sorriu suspirando, apaixonado, sendo ele da vez ao sentir um jovem bobo vivendo sua primeira história de amor enquanto sentia seu coração bater acelerado ao ouvir da boca da mulher que ama tais palavras. E assim, ele disse.

— Heriberto : Quando fala sim, me faz me sentir um menino bobo apaixonado. Não me faz passar esse vexame em público, meu amor. Pensam que sou sério.

Victoria riu e deu um rápido beijo na boca de Heriberto, pra depois dizer.

— Victoria : Bobo. Eu te amo. Amo tudo que me deu, tudo que me dá.

Ela deu mais beijinhos nos lábios dele e seguiram por horas como estavam.

E assim no dia seguinte. Enquanto, Fernanda recém casada desfrutava de seu amor em sua lua de mel em uma viagem para a praia. Na casa de moda, o trabalho seguia a todo vapor.

E na sala de Pepino, pronta para entrar, Victoria ouviu Maria Desamparada, dizer para ele enquanto olhava desenhos deles na mesa.

— Maria Desamparada: Você tem que desenhar meu vestido de noiva, Pepino.

E Pepino, sem notar que eram vistos. Ele disse.

— Pepino: Precisa nem pedir bambina. Vou desenhar pra você o melhor vestido, como Fernanda me pediu.

Maria Desamparada, sorriu contente e o respondeu depois de dar um suspiro.

— Maria Desamparada: As vezes nem acredito que agora posso viver meu amor em paz com Max. Que vamos finalmente se casar.

Victoria seguindo, espia-los como estavam de costa para o lado da porta que ela estava, suspirou ao ouvir aquelas palavras de Maria. Jamais esqueceria, que fez parte dos obstáculos que Maria Desamparada, passou para estar só agora em paz com Maximiliano.

— Pepino : E vão morar aonde ?

E interessada agora em ouvir, a resposta da filha que Pepino tinha perguntado. Victoria, ficou mais atenta, a ouvindo responde-lo.

— Maria Desamparada: Ainda vamos ver. Depois que a senhora Sandoval se casar, é que vamos e então veremos aonde vamos morar .Precisamos de uma casa grande. Os meninos estão crescendo e quero ter mais filhos com Max.

E Victoria riu. Estava gostando de ouvir os planos que Maria Desamparada, tinha mesmo que não fossem contados para ela. Era ciente, que ela seria como já era, uma ótima mãe para os filhos a mais que ela sonhava ter. Mas saindo dali antes que fosse vista com duas coisas em mente, Victoria trombou com Maximiliano e o chamou na sala dela.

E assim ele disse, quando estiveram sozinhos.

— Max : Aconteceu algo mãe?

E sem rodeios, expondo o que passou na mente dela em ouvir, Maria Desamparada, Victoria disse.

— Victoria : Quer seguir morando com Maria na nossa casa? Como sabe, Heriberto e eu já temos a nossa. Vamos nos mudar quando nos casarmos. E então, a casa que cresceu pode ser sua e de Maria Desamparada, filho, quando também se casarem. Tem direito o dela.

E feliz com aquela hipótese mas pensando em Fernanda, Max disse.

— Max : Tem certeza, mãe? Penso em Fernanda.

E Victoria, por saber que Fernanda estava feliz em ter decidido morar com Cruz na vila, ainda que quisesse ela vivendo em um lugar melhor que sabia que sua menina era acostumada. Ela disse

— Victoria : Sua irmã já não é mais a mesma há muito tempo e escolheu morar aonde o marido estivesse. E sei que isso a faz feliz. Ainda que gostaria que ela morasse em uma casa como a que temos. Mas ela não quer. Então respeito a escolha dela, filho. Agora a casa, que vou deixar que é de vocês, fica só pra você. Então, converse com Maria Desamparada, e veja o que ela acha. Acho que lá terá espaço para os filhos que pretendem ter.

Victoria sorriu e Max coçou a cabeça rindo e depois disse.

— Max : Maria Desamparada quer ter 5 filhos, mãe. A casa tem que ser grande mesmo.

Victoria riu com ele também e depois disse.

— Victoria : Bom, de 5 vocês já tem 2, falta mais três.

Eles riram mais e depois Victoria ficou só, sentou na mesa, buscou um lápis e uma folha e sorriu, criando na mente um vestido de casamento para Maria Desamparada. Não sabia como faria ela aceitar casar com um vestido feito por ela, mas iria arriscar desenha-lo.

E assim mais dias passaram, Victoria despertou com mal estar. O fim da gestação dela se aproximava, e por isso, as dores nas costas aumentava, o inchaço no corpo dela e a exaustão também.

E assim, deitada na cama dela, na mansão. Ela via Heriberto se arrumar que tinha dormido com ela pra ir ao hospital.

E ele todo preocupado, disse.

— Heriberto : Tem certeza que não precisa que eu fique com você, meu amor? Sabe que tenho licença para ficar contigo depois que nossa filha nascer, posso pedir ela agora.

Victoria negou com a cabeça, dizendo.

— Victoria : Não precisa pedir ainda, Heriberto. Eu estou bem. Trabalhe tranquilo.

Heriberto então suspirou. Sentou ao lado dela na cama e levou a mão no rosto dela com carinho e disse.

— Heriberto : Não devíamos termos feito amor essa noite. Olha como acordou. Eu não queria.

Victoria então riu pegando na mão dele que tocava o rosto dela com ela ainda deitada e disse.

— Victoria : Sim, sua ereção de ontem a noite me disse que não queria.

Heriberto riu com as palavras dela, e a respondeu para se defender.

— Heriberto : Você não facilita nada pra mim, meu amor. Como posso te resistir.

Ele então, rindo, beijou os lábios dela tocando a barriga dela depois e Victoria soltou um ai, porque Helena tinha dado um golpe na costela dela. E assim, ela disse.

— Victoria : É melhor manter sua mão longe da minha barriga, Heriberto.

Victoria tirou a mão dele da barriga dela e Heriberto levando a outra ele disse, sorrindo babão.

— Heriberto : Ela gosta de me ter por perto por isso chuta. Não é minha princesa? Papai te ama.

Ele beijou a barriga dela e Helena chutou mais vezes. E Victoria riu sentindo dor e disse

— Victoria : Por Deus, Heriberto, vai trabalhar.

Heriberto então riu beijando Victoria mais uma vez. E depois sério, ficou de pé e disse.

— Heriberto : Eu vou, mas se precisar de mim, me ligue, hum.

Victoria assentiu e se aninhou na cama o vendo deixar o quarto. Que depois de estar sozinha, ela optou, em não ir na casa de moda aquele dia.

E assim, mais tarde na casa de moda.

Maria Desamparada com Pepino e Antonieta, estavam na sala de Victoria. Que estava uma bagunça. E assim, entre muitas coisas na mesa, Pepino disse, depois que procurou e puxou seus desenhos de vestidos de noivas que tinha desenhado para Maria Desamparada.

— Pepino : Aqui está o que me pediu, bambina. A filha da rainha da moda tem que se casar com o mais ilustre vestido .

E Maria animada, disse pegando os desenhos.

— Maria Desamparada: Aí são lindos, lindos!

Na mão dela tinha 5 desenhos. E então, ela começou olhar cada um, até que um deles chamou mais atenção dela. E ela disse.

— Maria Desamparada: Todos são lindos. Mas esse, é espetacular, Pepino.

Ela virou para mostrar para Pepino o desenho e ele não reconhecendo aquela obra mas conhecendo os contornos dele e de quem pertencia, ele disse.

— Pepino : Gostou dele? Se gostou tem que dizer logo para começar confeccionar ele.

Maria Desamparada, sorridente o respondeu logo.

— Maria Desamparada: Todos são lindos, mas esse é o melhor. Se não der muito trabalho, eu quero me casar com ele.

— Pepino : Então vai ser ele!

Pepino então pegou o desenho, sabia que ele pertencia a Victoria e apostava seu rim direito, que ela tinha desenhado e colocado ele no meio dos desenhos dele para que Maria Desamparada, pudesse escolher achando que era de sua autoria. Mas que, por nada ele negaria que não era obra dele aquele desenho, não tiraria aquela felicidade de sua rainha.

E então, enquanto a manhã corria e Maria Desamparada via que Victoria não chegava na casa de moda. Procurando Antonieta, que estava na sala que ensaiavam para os desfiles. Ela como se não quisesse nada, disse com o filho nos braços.

— Maria Desamparada: A senhora Sandoval está demorando.

E Antonieta, tirando os olhos das modelos, disse rápido por estar ciente do porque Victoria não havia chegado.

— Antonieta : Aí querida, ela não vem hoje. Victoria não estava muito bem.

E Antonieta sorrindo pegou, João Paulo. E depois disse, sem dar importância da ausência de Victoria como Maria Desamparada, dava sem que ela pudesse notar ainda .

— Antonieta: Sabia que quando era uma bebê, era como ele? Ainda lembro de como foi ainda menina, de quando era nossa pequena Maria.

E sem se importar com o que Antonieta dizia, Maria Desamparada, disse, por sua cabeça ainda estar na parte, que ouviu que Victoria não estava bem.

— Maria Desamparada: E como está ela? Por que ela não veio?

E Antonieta, dispersa com a criança que tinha nos braços, disse.

— Antonieta: Ela quem?

Maria Desamparada, revirou os olhos sem querer e a respondeu.

— Maria Desamparada: Oras minha mãe, Antonieta!

No mesmo momento, Antonieta parou de brincar com João Paulo quando ouviu Maria Desamparada chamar Victoria de mãe. Que nervosa, Maria Desamparada, tentou corrigir.

— Maria Desamparada: Como está a senhora Sandoval?

E sabendo que não tinha o que se preocupar, com a amiga que optou ficar de repouso aquele dia. Antonieta, respondeu Maria Desamparada, desejando correr dali e dizer para Victoria, o que acabava de acontecer.

—Antonieta: Ela está bem. Helena está quase nascendo por isso os incômodos que Victoria está tendo. Deve saber melhor que eu disso.

E uma semana passou . Na seguinte semana era a semana do casamento de Victoria e Heriberto.

E Victoria estava tensa. Queria convidar Maria Desamparada para o casamento dela mas não sabia como faria aquilo, não sabia se suportaria ouvir o não em saber que ela não iria estar presente e sofrer por aquilo.

E tomando fôlego e coragem, para pedir pra ela estar no casamento dela. Victoria saiu da sala dela pra procura-la.

Enquanto isso, Maria Desamparada estava com Fernanda na sala que as modelos em cima da passarela desfilavam em ensaios e também para desfiles exclusivos para as clientes.

E as duas de mãos dadas, enquanto Maria estava sentada na passarela e Fernanda na frente dela sobre a cadeira rodas, falavam.

— Fernanda: O casamento da mamãe está chegando. Você vai, não é Maria?

Maria Desamparada deu de ombros. Sem saber ao certo o que sentia. Uma parte dela, esperava que Victoria a convidasse para ir, outra dizia que se ela fizesse aquilo, não iria no casamento. E então, de voz baixa ela disse.

— Maria Desamparada : Eu não sei. Ela nem me convidou ainda.

E Fernanda, certa do que ia dizer agarrando as mãos de Maria. Ela disse.

— Fernanda: Porque ela tem medo que diga que não vai.

E dando um riso, não muito feliz, Maria Desamparada, respondeu Fernanda.

— Maria Desamparada: E desde quando Victoria Sandoval, tem medo de algo?

Fernanda suspirou. Conhecia como filha, o temor da mãe dela. Sabia já consciente deles, os medos de Victoria e que por muitas vezes ela causou nela. E então, ela respondeu Maria Desamparada.

— Fernanda: O medo dela, vem da fraqueza que ela tem e que somos nós, Maria. Se estamos bem, ela está bem, está forte. Por bastante tempo com minha rebeldia eu não deixava nossa mãe ser feliz e fazia ela temer a felicidade dela. E sei que agora quem faz isso é você. Ela não pode ser feliz casando com Heriberto se seguem assim, se você não estiver no casamento, tenho certeza que ela vai sofrer no dia que tem que ser o mais feliz pra ela.

E mexida com o que ouviu de Fernanda, que parecia ser tão mulher ali na frente dela, Maria Desamparada, disse.

— Maria Desamparada: Foi ela que te pediu para falar isso?

E Fernanda, rápido a respondeu.

— Fernanda: Claro que não.

E levando as mãos nos cabelos, sem saber o que fazer. Maria Desamparada, disse.

— Maria Desamparada : Eu não sei de nada. Não sei o que fazer.

E Fernanda, sorrindo nervosa, em ver Maria Desamparada, resistir aquele amor que cedo ou tarde uniria ela a mãe delas, ela disse para mudarem de assunto.

— Fernanda : Está bem. Eu não quero te forçar a nada. Só que tenho algo pra te mostrar. Mas tem que guardar segredo pelo menos até o casamento de nossa mãe.

E sorrindo por ver Fernanda sorrir também, Maria, disse.

— Maria Desamparada: O que é Fer?

— x : Ora, ora se não é a aleijada e a pobre coitada juntas! Ou melhor a ex pobre coitada, mas que não deixa de ser uma vagabunda!

Fernanda e Maria Desamparada olharam pra porta, e viram Ximena bater palmas depois de suas grosseiras palavras. Sabia por Bernarda, que a pobre coitada agora era uma Sandoval, que fazia parte daquela família que ela tanto invejou e por um tempo fez parte . E por isso sentia que odiava ainda mais, Maria Desamparada por saber que ela levava o sangue de um Sandoval. E ela estava ali, pra contemplar com seus olhos de ódio aquilo.

E nervosa, ao se levantar da onde estava, Maria Desamparada, disse.

— Maria Desamparada : O que quer aqui, Ximena!

Ximena entrou mais na sala, e Maria Desamparada passou a frente de Fernanda como irmã mais velha tendo o instinto de protege-la.

E Ximena, disse mais despeitada impossível.

— Ximena: Então é verdade, é filha da Victoria Sandoval!

E Fernanda, também nervosa disse.

— Fernanda : Sim ela é, Ximena!

E cheia ódio, Ximena voltou ofende-la.

— Ximena : Cala a boca aleijada, que não falei com você!

E Maria Desamparada, ao ouvir pela segunda vez aquela ofensa contra Fernanda, esbofeteou Ximena. E gritou com ela.

— Maria Desamparada: Não ofenda mais minha irmã!

E Ximena que tinha uma mão no lado do rosto que foi esbofeteado, levou a outra no rosto de Maria Desamparada também, que segundos depois, as duas se atacaram brigando. E os berros das duas, fez Victoria correr pra sala certa que estava suas filhas. E então quando ela viu Maria Desamparada em cima de Ximena a esbofeteando e depois a loira virá -lá e esbofetea-la, esquecendo que carregava um bebê ainda na sua barriga, Victoria correu gritando.

— Victoria : Solte minha filha, Ximena!

Victoria puxou Ximena de cima de Maria Desamparada, que ficou em pé, e logo depois a esbofeteou também.

E de olhos arregalados, Ximena disse.

—Ximena: Me bateu, senhora Sandoval!

E berrando Victoria disse.

— Victoria : Te bati sim e volto a bater quantas vezes eu quiser se eu ver você tocar a mão em alguma das minhas filhas, outra vez!

Maria Desamparada estava por trás de Fernanda e só olhava elas serem defendidas por Victoria.

E Ximena, de mão no rosto sentindo ele arder, ela respondeu as palavras de Victoria.

— Ximena: Então agora a senhora só defende Maria Desamparada, porque ela é sua filha, porque antes eu e você fizemos da vida dessa interesseira um inferno!

Victoria ergueu a cabeça, se calando pois lembrava muito bem de que inferno Ximena falava, e Maximiliano entrou acompanhado de Pepino e Antonieta na sala.

— Max : O que está acontecendo aqui?

E Fernanda, de lágrimas nos olhos pediu ao irmão.

— Fernanda: Max, tira Ximena daqui. Ela está louca!

E quando Maximiliano, foi tocar em Ximena, ela gritou com ódio de todos ali e desejando ver o circo armado.

— Ximena : Ninguém me toca! Ninguém me tira daqui sem eu dizer umas verdades!

E Pepino, disse a ela.

— Pepino: Olha sua cobra, você não tem nada o que dizer aqui!

E Ximena, ignorando as as palavras de Pepino, olhou para Maria Desamparada, dando as costas para Victoria, e disse.

— Ximena : Essa mulher que agora é sua mãe. Ela que me fez deitar na cama de Maximiliano para engravidar e casar com ele! Você não deve ter esquecido isso, não é?

E nervosa, com mais aquilo que Ximena falava, Victoria disse.

— Victoria : Cala a boca, Ximena!

E voltando a olhar, para mulher que foi sua maior aliada pra ter Max com ela. Ela disse.

— Ximena: Não calo! Porque é a verdade. A senhora me colocou contra, ela porque para você, ela era uma interesseira! O que mudou agora?

E Victoria, sentindo que já chorava e vendo a expressão de Maria Desamparada que a olhava com desprezo outra vez e quase chorando também, ela disse .

— Victoria : Não fale assim dela, não fale assim mais da minha filha, Ximena!

E levando a mão na cintura depois de rir. Ximena respondeu Victoria.

— Ximena: Mas a senhora foi a primeira a chamar ela de interesseira. A desprezou como mulher de Max e preferiu a mim!

E Fernanda, depois que pegou em braço de Maria Desamparada, quando buscou os olhos dela e viu lágrimas ali como já via nos olhos da mãe delas o que a preocupava, ela disse.

— Fernanda: Vai embora Ximena! Não vê que minha mãe está grávida!

E nervoso, Max pegou no braço de Ximena, e disse.

— Max : Eu vou tira-la!

E Pepino nervoso igual, enquanto via Antonieta, tocar no ombro de Victoria que parecia mal por se sentir nua naquele momento, nua, por Ximena escancarar aos berros a mulher que foi com a própria filha, ele disse.

— Pepino : Tira essa bruxa daqui, Max!

Ximena puxou o braço. Não queria sair dali sem sentir que tinha lavado alma . E assim, ela disse, olhando Maria Desamparada.

— Ximena :Só quero que saiba sua vagabunda, que nunca deixará de ser a pobre coitada só porque agora sua mãe é a perfeita e maravilhosa Victoria Sandoval, a que tanto te julgou como interesseira!

E ainda, que sentisse que morria ali revivendo rancores, Maria Desamparada, ergueu a cabeça tomando voz contra as palavras de Ximena e disse.

— Maria Desamparada : Cale a boca Ximena! Suas palavras, não me interessam!

Ximena riu e cruzou os braços. Não era boba e sabia que tanto Victoria como Maria, estavam afetadas com tudo que ela dizia. E para dar o xeque mate, ela continuou.

— Ximena : Mas te ferem! E isso me deixa satisfeita. Porque não deve ter perdoado tudo que essa mulher te fez . Se perdoar é mais sonsa do que pensei!

E não podendo mais com aquilo, Maria Desamparada depois de olhar para os olhos de Victoria que chorava, deixou aquele lugar chorando também.

E então, sabendo que Maria Desamparada tinha pego suas coisas e deixado a casa de moda antes do horário. Victoria na sala dela, com Ximena proibida de pisar outra vez ali, ela entre lágrimas derrubava tudo que tinha na mesa. Pois, a rainha da moda, chorava sentindo que com os passos que tinha avançado com Maria Desamparada, tinha voltado todos para trás. E a culpa de novo era só dela, porque Ximena não havia mentido em nada que havia gritado.

 


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