Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 51
Capítulo 51




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Olá lindonas. Aqui está um novo capítulo pra vocês. E como ando avisando nos capítulos que estou postando de minhas fics, essa não vai ser diferente, tô meia sem tempo pra escrever fics, então todo tempo que me sobrar vou tentar escrever e postar quando puder e um só capítulo, até eu me organizar pra voltar com as maratonas que eu fazia para recompensar vocês!!! Bjsss


A noite foi difícil para Cristina e Frederico. 

Depois da discussão, dormiram em quartos separados. Frederico revirou de um lado e de outro na cama, pensando nas palavras de Cristina, pensando também se realmente o filho que Raquela esperava era dele. Se fosse, ele estaria ligado a ela para sempre com aquele vínculo que era um filho, como estaria ligado a Cristina. Mas eram situações tão diferentes, uma das mulheres que seria mãe de um filho dele, ele amava e a outra não. 

O dia amanheceu mais quente que o normal, na Bananal. 

E Frederico já estava de pé e havia pedido para que Candelária subisse com o café para o quarto de Cristina, imaginando que depois da briga que tiveram ela não quisesse descer e a senhora fez o que ele mandou e quando ele já deixava a casa, ele a viu descendo a escada. Ela parou no meio dos degraus e ele ficou a olhando. Cristina vestia uma camisola preta, estava descalça e os cabelos soltos jogados de lado no ombro. Ela estava bela, como sempre era ao acordar. 

E por saber que naquele horário ela pegaria Frederico deixando a casa naquela nova semana, foi que ela desceu para comunicar o que ela mais calma tinha decidido fazer, que era regressar para capital, mas sozinha e não para deixá-lo e sim para pensar longe dele como ela pensava que precisava fazer. 

Esteve fazendo de Frederico o mundo dela e de novo teve medo dele desaparecer e ela se ver só. E aquilo não podia seguir. Ela podia amá-lo, mas não seguir tão dependente dele como estava sendo, ela podia amá-lo mas não mais que a ela mesma. Que agora, não era só ela, ela tinha outra pessoa que crescia dentro dela que teria um futuro incerto se o que ela começou sonhar ter com Frederico não acontecesse. 

Que assim, depois dos dois passarem um momento se olhando, ela soltou a decisão que havia tomado. 

— Cristina: Vou para capital ainda essa tarde, Frederico. Como eu disse, eu preciso pensar em tudo que está acontecendo e precisa ser longe de tudo isso, longe de você. 

Frederico esperava berros, cobranças e até vê-la o culpando pelo que estava acontecendo com eles como na noite passada, mas não o que ela falava, que por isso ele temeu. Temia perdê-la, temeu perder a família que formavam. Que por isso, ele rápido disse. 

— Frederico: Então vai me deixar? Vai fugir Cristina como costuma fazer? 

Ele a encarou ficando vermelho, em uma mistura de temor o que o trazia tristeza mas também raiva de pensar que Cristina mais uma vezes poderia fugir como já tinha feito.  Cristina então ergueu a cabeça e empinou o nariz. Estava sofrendo por saber que o homem que amava iria ser pai de outro filho, mas não pensava em fugir como Frederico falava e sim dessa vez pensar com calma o que faria, que afinal, ela tinha tomado uma decisão que já não tinha volta atrás e que logo estaria entre eles, os unindo para sempre. 

— Cristina: Eu não vou deixá-lo, Frederico... E penso em ficar no nosso apartamento enquanto vejo o que fazer. Eu só preciso pensar o que vai ser de nós, de nós 3 daqui pra frente Frederico. 

Cristina baixou a cabeça e tocou a barriga por baixo do pano da camisola que ela vestia. Ela não alisou ela, mas tocou sentindo um novo sentimento que ainda não sentia pela menina, que era a preocupação, o sentimento maternal de proteção, que ela ainda não poderia entender que tal sentimento, só podia aumentar.

Depois de mirar onde estava a mão de Cristina, Frederico andou alguns passos até ela e tentou dizer baixo, mas falhou quando sua voz saiu mais grossa que queria que fosse. 

— Frederico: E como posso confiar que vai estar lá, se não vai sumir no mundo e com minha filha no ventre, Cristina? 

Ele tocou na mão dela que estava na barriga, Cristina tirou a mão em seguida e só a dele permaneceu. E ela então, virou o rosto para não olhá-lo tão perto e tocando aonde os unia e disse. 

— Cristina: Vou estar em contato com minhas irmãs e cunhados, você pode entrar em contato com eles para ter certeza disso. 

Frederico suspirou. Era lógico que ele manteria contato com os primos e cunhadas para saber dela, saber se ela dizia a verdade, uma verdade que ele entendia que seria obrigado a respeitar por não ter como se defender pela besteira que só ele tinha feito.  Que então se afastando para olhá-la ele perguntou. 

— Frederico: E quanto tempo pretende ficar lá? Devíamos resolver isso aqui Cristina, juntos, mulher! 

Ela passou a mão nos cabelos puxou o ar do peito sentindo as lágrimas querendo brotar de seus olhos.  

Que mesmo assim, se fazendo a forte, ela disse.

— Cristina: O problema é eu aceitar que terá um filho também com Raquela, Frederico e não você, porquê nesse assunto, você tem que se resolver com ela, não comigo. Então por isso quero pensar na capital. Ficar no apartamento que planejamos viver lá, ele também me fará sentir o que vale a pena aqui. 

A lágrima desceu e ela limpou rápido a bochecha e Frederico quando ouviu, agora nervoso, a respondeu rápido.

— Frederico: Nosso amor vale a pena Cristina, nossa filha, nossa futura família. Porque ainda me ama, não ama? Ou só estava me enganando esse tempo todo?

Cristina ao ouvi-lo, ficou vermelha e o olhou com raiva. Que por isso, ela logo o respondeu, perdendo a batalha para as lágrimas que desceram dos olhos dela. 

—  Cristina: Sim! Eu amo, Frederico! Amo tanto que deixei muitas coisas para estar aqui e realizar seu sonho. Mas eu quero ter certeza se te pôr em primeiro lugar na minha vida como estive fazendo, foi a escolha certa que eu fiz e não só pra mim, pra ela também.

Ela olhou a barriga e se encostou no corrimão da escada tocando ela. Frederico entendeu que ela falava de Maria do Carmo também, que por isso ele disse.  

— Frederico: Então agora vai querer entender se eu e minha filha pode ter sido sua escolha errada, ou eu fui a escolha errada para as duas! 

Cristina deu de ombros ao ouvi-lo. Ela já não tinha certeza de nada, a única certeza que tinha era que a felicidade que estava vivendo com ele, tinha sido passageira e com ela levado a confiança que ela tinha que podia ser amada e amar e também ter uma família como as irmãs dela, tinham.

Que então ela o respondeu.

— Cristina: Eu não sei mais de nada Frederico. Já não estou ilusionada como estava. Mas se minhas decisões até aqui foram equivocadas, não se preocupe, quando essa menina nascer eu a entrego e você com Raquela e com o filho que esperam poderão formar a família que tanto de desejou. 

Depois de falar, Cristina fez movimento que voltaria subir as escadas, mas Frederico a segurou firme, a mirou nos olhos e a respondeu.

— Frederico: Você não está se perguntando se é isso que quero, Cristina. Não está porque sabe que não é isso, sabe que te amo e se comecei querer formar uma família, me casar e ter filhos, foi com você. O que está acontecendo agora com Raquela é totalmente algo que não foi planejado que se faz o que diz, só será eu e minha filha e mais ninguém, porque ainda não estou confiante se esse filho que Raquela espera é mesmo meu, mas você, sim, não? 

Cristina se calou deixando as lágrimas rolarem e Frederico soltou o braço dela, soltou trazendo ela pro seu peito. Cristina era uma menina que se encontrava daquela forma, era a menina dele. 

Que assim com ela ali no peito dele, ele disse depois de beijar o topo da cabeça dela. 

—Frederico : Pense bem no que vai fazer, meu amor. Não precisa ir, pode pensar aqui seja o que quiser fazer vamos fazer isso juntos. 

Cristina subiu a cabeça para olhá-lo. Os olhos delas verdes ficaram ao redor deles vermelho do choro e ela então se afastou e os limpou das lágrimas, dizendo.

— Cristina: É melhor que eu volte com meus pés ao chão Frederico, a verdade é que esse filho pode ser seu e eu tenho que pensar que mesmo antes dele nascer, como faz comigo, fará com Raquela. Afinal, entre mim e ela, quem mais ficaria desamparada, seria ela, não? Eu tenho meu dinheiro e toda ajuda que eu precisar de minha família, ela já não sei, mas penso que não está na mesma situação que eu, então você ficará pendente a ela e eu terei que aguentar isso. 

Depois de falar ela torceu o lábio de lado e cruzou os braços, deixando seu ciúmes em evidência, que era outra questão que pra ela pesava muito em pensar que teria que ver Frederico pendente a Raquela sendo também mãe de um filho dele. 

Com o modo dela falar, Frederico não só entendeu que Cristina tinha ciúmes mas também que falava a verdade que entre ela e Raquela, ela realmente não ficaria desamparada se não o tivesse por perto, mas que também buscando a razão, que ela também parecia não pensar, ele disse.

— Frederico: Também não serei a babá de Raquela, Cristina. Vou ajudá-la sim, vou honrar pelos meu atos até que essa criança nasça que se for minha, eu vou seguir ajudando, mas não do jeito que pensa. 

Cristina o olhou séria, se ele cumprisse o que falava dava a ela a segurança que estava perdendo, mas que mesmo assim haveria uma criança no meio deles que ela não seria capaz de ir contra ela. Que assim, ela o respondeu.

— Cristina: O fato é que Raquela seguirá em nossas vidas pra sempre se esse filho que ela espera for mesmo seu. E eu preciso também pensar Frederico se serei capaz de aceitar essa condição ou não. 

Frederico bufou e passou a mão na cabeça outra vez. Tinha que ter paciência, tinha que ter mais uma vez por depois de ter Cristina entregue ele com as consequências de seus atos, afastá-la de novo.

— Frederico:  Fala também por ciúme e não tem que ter Cristina, eu te amo é você que quero como mulher. 

Cristina deu de ombros e depois o mirou brava e disse.

— Cristina: Não é só ciúme. Eu estava ilusionada todo esse tempo e eu preciso voltar pisar com meus pés na terra pra saber o que fazer, já disse!

Os dois se olharam depois em silêncio. Os olhos verdes de ambos cravados um no outro, o amor por trás deles evidentes mas a desilusão também, já que se Frederico perdesse Cristina também estaria vivendo uma desilusão. Que assim, sem saída e tentando confiar que aquele tempo que Cristina falava era melhor do que vê-la dizer que iria deixá-lo, Frederico disse.

— Frederico: Está bem, se quer fazer isso no apartamento que compramos, faça, mas se demorar demais pra voltar, eu vou te buscar Cristina. Vou te buscar porque não posso te perder mais uma vez. 

Ele então a beijou nos lábios, a puxando para os braços dele e ela correspondeu. O amava, o amava com loucura que por isso se via decepcionada com o que estava acontecendo depois de começar viver dias perfeitos ao lado dele. 

E na capital. 

Uma semana cheia iniciava. 

E Maria nela, aguardava o resultado da perícia sobre o incêndio causado na empresa dela, que e enquanto aguardava, ela trabalharia em casa já que, ela começava receber e-mails e ligações de empresas que ela tinha sociedade, que tinham também interesses em saber o que tinha acontecido, afinal era uma hierarquia de vendas e compras que fazia de Maria e sua empresa mais próspera. 

Que assim, no escritório de Estevão, ela navegava no computador dela aberto na mesa, ela lia neles e-mails e os respondia por também já estar sendo cobrada neles sem saber ainda, o tamanho do prejuízo que havia sofrido, já que peças de jóias e em pratas já compradas e encomendadas poderiam também ter sido danificadas com o fogo. 

Ela parou e cobriu os olhos com as mãos, demoraria meses dependendo do tamanho do prejuízo que havia sofrido pra cobri-lo financeiramente, sem contar com a reforma que ela teria que fazer. 

Ela então abriu um documento, tinha que começar pensar nos cálculos que teria que gastar e cobrir. 

Que assim concentrada, ela ouviu Estevão dizendo, enquanto ia até ela com uma caneca de chá . 

— Estevão: Acordou muito cedo e desde então está aqui dentro, minha vida. 

Ele deu a caneca a ela, Maria pegou deixando na mesa e disse. 

— Maria: Enquanto não sai o resultado da perícia e não liberam minha entrada na minha empresa, eu tenho que trabalhar aqui Estevão e começando fazer os cálculos do prejuízo que tive.  E obrigada pelo chá, querido. 

Estevão respirou pesadamente, ao ouvir Maria e ver a situação que ela estava em relação a empresa dela,  ia o desagradando cada vez mais que as horas passavam e ele ainda não sabia o resultado da perícia, para ao menos tentar ficar em paz ao ter certeza que o que houve não havia sido nenhuma mensagem de vingança ou ameaça, por ela ser mulher dele.  

Que escondendo sua real inquietação diante dela, ele disse. 

— Estevão: Entendo, meu amor. Mas seja quanto for, sua empresa será o que um dia foi. Eu ajudarei você como eu puder também. 

Maria suspirou ao ouvi-lo. Claro que ela já havia pensado nas finanças que tinham, mas que para ela, tocá-las seria um tiro nos pés de ambos. Que por isso ela disse .

— Maria: É melhor não tocar no dinheiro que temos juntos. Eu tocarei na conta da empresa, contarei com empréstimos e o que é meu Estevão. Mas o que é nosso e de nossos filhos, não quero que toque!

Estevão fechou a cara, não gostando da decisão dela, por saber que o modo que ela queria demoraria mais para ela reerguer a empresa dela, que por isso ele disse sério.

— Estevão: Não é o momento para orgulho Maria, eu sei que o que tirarmos, em menos de um ano teremos de volta em nossa conta e triplicado!

Maria balançou a cabeça negativamente e saiu da mesa para andar no meio do escritório, enquanto o respondia.

— Maria : Não tenho muita certeza assim, Estevão. Eu gastarei com a reforma, pagamentos de vendas que certamente o fogo destruiu antes que fossem distribuídas, pedidos serão atrasados, contratos então serão quebrados, serei obrigada dar férias adiantada aos meus funcionários enquanto eu não puder reabrir minha empresa. Estevão, eu perderei uma fortuna e gastarei outra pra recupera-la. Então é melhor que não toque no nosso dinheiro, a não ser que seja realmente preciso. 

Depois de falar, Maria se virou pra ele e Estevão pareceu entender que a solução que ele apresentava, não tamparia um buraco e sim poderia abrir outros. Que por isso ele disse. 

— Estevão: Eu sinto muito por tudo isso Maria. 

Maria deu um curto sorriso indo até ele e disse. 

— Maria: Não sinta Estevão, não foi culpa sua.  

Ela então o abraçou e Estevão ficou calado com ela ali por alguns segundos, sem realmente saber se ele tinha culpa mesmo ou não. Que por isso ele a afastou, não podendo vê-la mais como estava e disse. 

— Estevão: Eu vou pra delegacia se precisar de qualquer coisa me ligue que eu volto, hum.  

Maria assentiu com a cabeça não estranhando a pressa agora que ele parecia ter, até que ele preste a cruzar a porta, disse. 

— Estevão: Já ia me esquecendo. Cristina está voltando, disse que vai passar uns dias no apartamento que ela e Frederico compraram e que vai nos visitar. 

Maria então surpreendida pelo que ouviu, disse. 

— Maria: Mas ela acabou de voltar com Frederico, porquê ela já está de volta? Você contou a ela o que houve? 

Estevão negou rápido, por saber que ele tinha sido proibido e não só ele de falar algo para Cristina para não preocupá-la e respondeu. 

— Estevão: Não, eu não disse nada e também não perguntei do porque ela estará de volta por também estranhar. 

Longe dali, na casa de Heriberto e Victoria.  

No quarto, Victoria sozinha nele, arrumava os cabelos . 

Ela tinha recebido uma mensagem de Osvaldo, que falava de Maximiliano. E Victoria se sentiu em seu primeiro dilema naquela manhã com aquele assunto. 

Primeiro que, ela sabia que Heriberto não queria que Osvaldo tivesse contato com ela, segundo que claramente ele queria que Maximiliano, não o considerasse como pai. Mas a mensagem de Osvaldo, pedia humildemente a ajuda dela para ele ter um primeiro encontro com Maximiliano. 

Ela andou de escova na mão e olhou o celular. A mensagem ela nem tinha respondido mas tinha a deixado pensando no que faria. Ela podia falar com Max, passar assim, o número de Osvaldo e ele escolheria se queria ver o pai biológico ou não e ela não precisaria se meter naquele assunto, afinal, Max já era um homem maior de idade que não precisava da autorização dela pra nada.  Mas seria uma traição contra Heriberto, ela fazer isso? Aproximar o filho dele de outro homem? Mas e com Osvaldo? Seria uma covardia? Depois de 22 anos ele descobrir que era pai, passando assim, todos aqueles anos longe do filho por culpa dela também? Já que ela sabia que apesar de muito jovem e não ter errado sozinha, ela tinha sim errado, em não ter pensado um segundo na hipótese de que estava grávida de outro homem e não do que iria se casar, que se tivesse pensado agora as coisas seriam diferentes. 

Ela então suspirou e pegou o celular. Heriberto não estava mais em casa, havia ido ao hospital e levado na frente Bella na escola. Que assim, ela respondeu a mensagem de Osvaldo. 

"Vou falar com meu filho e depois se ele quiser, ele mesmo entrará em contato com você, Osvaldo. Bom dia." 

Ela mandou a mensagem e largou o celular dela dentro da bolsa que estava em cima da cama e saiu pra ir em uma direção antes de ir pra empresa. 

Que assim, ela bateu na porta do quarto de Maximiliano e depois entrou. 

Ela encontrou com ele ainda dormindo, o que dizia pra ela que ele não iria a casa de moda dela de novo. O que ela não entendia, porque naqueles dias ele tinha relaxado com o trabalho depois de ter passado meses trabalhando com ela corretamente. 

E assim ela sentou na cama do lado dele e passou a mão no lado direito do rosto dele. 

Max dormia de peito nu e com a coberta enrolada entre as pernas dele, que quando ele sentiu a mão de Victoria tocá-lo, ele resmungou coçando o nariz. 

— Max : Hum, eu não vou trabalhar hoje mãe... 

Ela tirou a mão do rosto dele e disse mansa. 

— Victoria: Por que está relaxando com o trabalho, agora, filho? E bom dia, querido. 

Ela beijou a testa dele e ele depois sentou e disse, passando a mão nos cabelos. 

— Max: Estive pensando e acho que trabalhar na sua empresa não é pra mim mãe.  E bom dia rainha. 

Ele a beijou no rosto e Victoria séria depois de ouvi-lo, o respondeu. 

— Victoria: Você quer dizer que trabalhar não é pra você, não é Max? Você não estuda querido, então tem que pelo menos trabalhar!

Max fez cara feia e se deitou de novo, dizendo.

— Max : Cobranças a essa hora, mãe? A não, rainha. 

Victoria respirou fundo e puxou a coberta que viu Max se cobrir. Não estava lá pra falar de trabalho com ele, que por isso com a coberta dele nos braços ela sentou na cama e disse. 

— Victoria: Está bem, não vim pra isso e sim pra dizer que seu pai biológico quer te ver. 

Max ficou quieto por um momento e sentou devagar na cama e depois disse. 

— Max : Como é mesmo o nome dele? E não sei se quero, notei como meu pai ficou ao falar dele e não quero encrencas nem piorar mais nosso relacionamento.

Victoria deu um riso triste e tocou no rosto liso de Max. Pelo menos ele pensava no pai que para ela seria sempre Heriberto, mas que mesmo assim o encargo de consciência que começava ter era o que havia feito ela ir até o quarto dele e ter aquela conversa com ele. 

 Que então, ela disse.

— Victoria: Osvaldo é o nome dele. E temo a reação do seu pai, filho se aceita vê-lo. Heriberto não vai gostar, mas também por outro lado, eu me sinto culpada. 

Victoria virou o rosto olhando a parede a frente, segurando o choro que queria tomá-la, enquanto Max, não gostando nada da forma que ela tinha falado, ele disse. 

— Max: Culpada? Por que, minha rainha? Ninguém morreu e eu não estou te culpando de nada, mãe! 

Ela então voltou olha -lo e nos olhos dela então já tinha lágrimas, que Max então pegou na mão dela e segurou com carinho e ela chorou mas também sorriu cheia de amor por ele e gratidão, que fez ela dizer.

— Victoria : Sim e te agradeço filho, por não me culpar. Mas ainda sinto culpa. Se eu não tivesse sido tão imatura, eu não teria enganado Heriberto sem saber e nem tirado o filho de Osvaldo. Eu errei, sei que não errei sozinha, mas errei. 

Ela limpou um lado do rosto e Max limpou o outro, dizendo.

— Max: Errar é humano mãe. E meu pai Heriberto não te culpa não é? E está tudo bem entre vocês? 

Victoria ficou calada pensando no momento que Heriberto descobriu tudo o que passava e agiu de forma equivocada com ela, a culpando, mas que agora com a verdade, ela só pensava em como ele estava agindo, o que a deixava segura. Que por isso ela disse não revelando o que poderia trazer discórdia entre pai e filho. 

— Victoria : Não, filho. No começo não foi fácil claro, mas o importante é que agora estamos tentando lidar com essa nova fase em nossas vidas.  

Depois de falar, Victoria deu um leve sorriso e o beijou no meio da testa e então pronta pra deixar o quarto, ela voltou a dizer. 

— Victoria: Bom eu vou trabalhar e espero te ver lá, mesmo que chegue atrasado, filho, enquanto sobre o assunto que me trouxe aqui, a decisão é sua e se essa é sua última palavra, eu a respeito, querido.

Max ficou de pé se espreguiçou e a respondeu.

— Max: Talvez eu apareça, por lá mãe. E eu vou pensar no que fazer em relação ao Osvaldo. 

Victoria o beijou novamente no rosto só tendo uma certeza antes de deixar o quarto, que Max não iria pra casa de moda.

As horas do dia começaram passar e enquanto trabalhava ainda em casa, no final de tarde, Maria abriu um email que acabava de chegar. 

"Soube o que houve com sua empresa essa tarde, Maria e quero que saiba que se precisar de qualquer coisa, eu e minha rede de lojas estará a sua disposição. Atenciosamente, Geraldo Salgado." 

Maria respirou nervosa com aquele e-mail. Era claro que Geraldo já sabia o que tinha acontecido, os meios digitais já tinham feito o trabalho de espalharem a notícia, enquanto o e-mail da empresa ele ainda ter, não era novidade tampouco. Ela fechou então o notebook pensando na proposta dele. Geraldo tinha várias redes de lojas de jóias que havia sido por esse meio que eles tinham assinado um contrato de compra e vendas, que havia sido encerrado anos atrás, exatamente 5 anos. E ela se levantou da mesa pensativa. Se voltasse assinar um contrato com Geraldo na situação que ela sabia que ia entrar, seria mais que vantajoso, a empresa dele daria o marketing que com certeza ela ia precisar com as jóias dela em prata de volta nas vitrines dele. 

Ela então sacudiu a cabeça lembrando do passado e seu presente com Estevão. Geraldo seria sua última opção de recurso. 

A campainha tocou da casa e ela olhou o relógio que trazia no pulso, pela hora ela via que Cristina já podia ter aterrissado na capital, que por isso ela saiu do escritório prevendo que seria ela. 

Ao ser recebida por uma empregada de Maria, Cristina passou para dentro empurrando só uma mala com ela. Tinha descoberto o que tinha acontecido com a empresa de Maria enquanto ainda estava a caminho, Victoria tinha quebrado o sigilo pedido por Maria e contado para ela e quanto fizeram um chamada de vídeo com ela ainda no jatinho de Frederico, que por isso ao invés de ir direto ao apartamento que agora ela e Frederico tinham, ela escolheu ir na mansão San Roman.  

Que assim que ela viu Maria, ela disse. 

— Cristina: Eu sinto muito pelo que houve, Maria. 

Cristina soltou a mala que tinha e andou até Maria e a abraçou forte. Ficaram alguns minutos no abraço e Maria disse, olhando Cristina. 

— Maria: Foi Victoria que te contou, não foi? Ou também viu pela internet minha desgraça? 

Ela andou tocando no braço dela para as duas irem até a sala e Cristina a respondeu. 

— Cristina: Sim foi ela, mas ela só falou porque quando perguntei de você pra ela, ela agiu como Estevão quando eu liguei mais cedo dizendo que vinha. Os 2 agiram estranho. Mas não diga isso, coisas ruins também acontecem as vezes até mais do que gostaríamos. 

Maria suspirou com a verdade que ouvia, que sentando em um sofá da sala e Cristina ao lado dela, ela a respondeu.

— Maria: É verdade Cristina, por isso estou mais conformada. Não é o fim do mundo, eu posso me reerguer, não será fácil, mas eu sei que consigo. Mas me diga o que faz aqui? Se soube quando já estava avisando que estava de regresso, então não foi eu seu motivo de estar aqui, não é? 

Cristina olhou os dedos das mãos ao escutar a pergunta de Maria, suspirou nervosa  e então ao olhá-la, a respondeu.

— Cristina: Não, Maria. Quando voltei com Frederico, na manhã seguinte descobri que Raquela está grávida e que o filho pode ser dele. Então estou aqui precisando de tempo para pensar no que fazer. Ele vai ter outro filho com outra, quando eu muito ilusionada pensava que seria a única a dar o que ele tanto queria. 





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