Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, feliz 2020 minhas lindas!!! Estou aqui tirando controvérsias do churrasco que eu a esqueci, atualizando ela kkkk Essa história é meu xodó, ela tem um enredo que não me deixa limitada em nada por ter 3 casais que eu posso brincar a vontade com eles que por isso eu AMO escrevê-la, então eu tenho é que tomar vergonha na cara sim e voltar atualizar meu bebê como antes eu fazia, então vamos lá com o primeiro capítulo do ano e espero que vocês gostem!!! Bjs!!! 



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Em casa, Heriberto não aguentou mais esperar por Victoria, que depois de ficar todo aquele tempo tentando entrar em contato com ela, sem respostas, ele foi até o escritório dele pegou as chaves do carro e carteira e saiu dele, que quando ele fechou a porta do escritório, escutou outra abrir. Ele então caminhou apressado e ali estava ela, parada olhando pra ele.

Ele suspirou. A única alegria que tinha era que via ela fisicamente bem, mas o olhar dela e o rosto abatido, ele conseguia deduzir que ela já sabia o resultado do exame, que ele não teve paciência de espera-la pra ver. Na verdade, quando o pegou nas mãos, havia cruzado com Osvaldo na clínica, que com o riso que ele tinha nos lábios, ali mesmo quando teve a prova de paternidade na mão, ele abriu como um desesperado e estava nele, que 99,9 % que Osvaldo Rios era pai biológico de seu primogênito.

E para Heriberto, foi como que uma vida inteira tivesse desmoronado quando ele havia lido. Seu menino já um homem era filho de outro e ele nunca tinha pensado naquela hipótese e nem em nenhum momento feito comparações de semelhanças. Que por isso, o choque do inesperado ainda tomava conta de Heriberto. Era real, Maximiliano era filho de outro e não dele.

Victoria que tinha a mão no trinco da porta, fechou ela sem quebrar o contato dos olhos dele. Ela suspirou, ergueu a cabeça e conteve as lágrimas que ela deixou cair no caminho de volta pra casa, enquanto dirigia.

Ela tinha se encorajado a voltar pra casa, não podia fugir mais da verdade inevitável, que para ela, dali adiante dependeria de Heriberto o que ia acontecer com o casamento deles e a família que tinham juntos, que por tantos anos ela julgou como perfeita.

Que então assim ela disse, o mirando nos olhos.

— Victoria: Onde quer que seja essa nossa conversa, Heriberto? Aqui? No nosso quarto?

Heriberto respirou fundo ao ouvi-la. Iam claramente conversar sobre o que estava acontecendo, tinham que saber o que seria dali pra frente, como tratariam daquele assunto e o mais importante, como contaria para Maximiliano aquela verdade. E assim pesando tudo que acontecia, ele disse.

— Heriberto: Não me atendeu nenhuma vez, não visualizou também minhas mensagens, mas se fala assim sabe o resultado que tenho em mãos e que ainda não, viu. Foi por ele? Soube por Osvaldo, Victoria? Vai ser assim, não vai? De agora em diante, esse homem vai estar entre nós, porque esse maldito infeliz é o pai biológico do meu filho!

Quando terminou de falar quase gritando, Heriberto estava todo vermelho e respirava pesadamente, sem perceber que estava com toda aquela raiva presa dentro dele até vê-la e pensar novamente em Osvaldo. Victoria olhou pra escada, poderia ser daquela forma que os filhos deles saberiam o que estava acontecendo por aqueles dias com eles dois, que assim ela disse, com a confirmação que ele dava a ela que esteve certa do resultado mesmo sem vê-lo.

— Victoria: Precisamos conversar, Heriberto e se quer fazer isso aqui e nesse tom, então é melhor que chamemos nossos filhos para que estejam presentes, porque é muito melhor eles saberem em uma conversa do que com você aos berros.

Heriberto respirou fundo outra vez e olhou pra escada também. Dava razão a ela, mas o filho que era o protagonista daquela história toda não estava em casa, afinal era uma sexta-feira a noite e Maximiliano não ficava em casa em uma sexta, nem se eles o amarrassem.

E ele então bufou. Depois que Max havia se tornado homem o trabalho com ele só havia dobrado, as irresponsabilidades, a fila de mulheres que ele trazia em casa, as bebidas, tudo, não tinha melhorado mesmo depois da fase de adolescência dele. Mas que mesmo assim, Heriberto sentia que sofria que claro que ainda o amava e o queria como filho, mas que agora pensava que o perderia, que por ter sido aquele pai controlador e exigente com ele, Maximiliano faria fácil uma escolha já que agora ele tinha um novo pai. E ele sentiu ódio, revolta e olhou feio pra Victoria com raiva outra vez. As pernas dela ele mirou e ele sentiu mais raiva, ciúmes, um irracional ciúme de um passado que não podia ser mudado e de um erro em uma fase ainda imatura, que não havia sido só dela e sim dos 3 agora adultos já maduros que antes jovens, foram imaturos e irresponsáveis.

E então ele passou a mão na cabeça e disse, sabendo que tinha que se controlar ainda que seu peito que arfava mostrava toda tensão que ele estava.

— Heriberto: Vamos para o escritório.

Ele moveu o braço pra ela ir na frente, mas ela antes deixou a bolsa no sofá e caminhou na frente dele.

Quando ela entrou no escritório, ela viu de cara o papel do exame aberto em cima da mesa e depois ouviu ele encostar a porta e dizer por trás dela.

— Heriberto: Isso que está acontecendo, só pode ser um castigo, Victoria, uma maldição, joguei pedra na cruz e agora estou pagando o preço dessa verdade, que o filho que me deu, na verdade não era meu! E agora? E agora, hum?

Ela então se virou pra ele. As lágrimas que segurava caiu e depois que ela limpou um lado do rosto, ela disse, desejando se forte como costumava ser.

— Victoria: Agora vamos contar a verdade a meu filho. E depois, você vai decidir o que vai fazer, Heriberto com nosso casamento, com tudo.

Ela se calou angustiada. Max não ser filho do homem que ela amava, doía e causava medo a ela, um medo que se concretizou quando ela soube daquela suspeita que ele não podia ser o pai do seu primogênito.

Heriberto andou para mais próximo dela, não gostando de ouvi-la dizer, meu filho, como que Maximiliano só fosse dela. Se ele sofria pela verdade? Sim! Mas no coração dele, Max seguiria filho dele até o final de seus dias. Que então assim, ele disse vermelho.

— Heriberto: Não chame ele de meu filho, como se fosse só seu, Victoria. Nesse maldito exame, só mostra que Maximiliano não tem meu sangue, mas ele é meu filho sim, eu o criei, o eduquei, dei amor, proteção! Sou eu que ele vê como pai, Victoria! Então ainda é nosso filho! Nosso!

Victoria suspirou chorando sem evitar. Pelo menos, pelo que via, Heriberto seguiria querendo Max como filho, mas ainda ela tinha outro medo que era sobre o que seria do casamento deles. Já que desde que Heriberto havia descoberto aquela suspeita que agora eram reais, ele agia diferente. Que então ela disse, limpando o rosto.

— Victoria: Ainda seguirá o que querendo como filho, está claro pra mim, Heriberto, mas não me julgue se agora estou esperando tudo de você, qualquer coisa até nosso divórcio com essa revelação.

Ela andou para o lado contrário que ele estava e ficou de costa para ele enquanto levava as mãos nos cabelos. Heriberto a mirou calado por alguns segundos enquanto pensava nas palavras dela. Tinha uma resposta rápida e uma decisão já tomada sem precisar que ela sequer perguntasse, que por isso ele disse.

— Heriberto: Estou com raiva de você, Victoria, estou revoltado, com você, com a vida, estou temendo o que vai ser de agora a diante, mas não penso em divórcio! Não vou te perder, não vou entregar você, nem meu filho, para aquele infeliz do Osvaldo, não vou!

Ele a pegou por um braço depois de falar todo afobado e a virou para ele. Os olhos dela que estavam vermelhos pelo choro mirou os dele, e ele suspirou calado e a puxou agora para um beijo. O beijo que ele deu nela quase que desesperado, foi quebrado por ela segundos depois quando ela virou o rosto. Victoria não estava confiante nas palavras de Heriberto em relação aos dois, o sentia mais tenso e as mãos dele sobre ela possessivas demais. Ele estava com raiva mesmo, ela sentia e não podia reverter aquela situação. Iriam lidar dali adiante com a verdade que temeram e como ela podia confiar que tudo seria igual, que o casamento deles seguiria igual?

Recuperando o ar que o beijo dele por uns segundos tirou dela, Victoria que em seguida o olhou com a mão no lábio, disse revelando seus temores mais uma vez.

— Victoria: Estou com medo, Heriberto. Estou com medo do que será de nós dois e nossa família daqui pra frente.

Heriberto respirou fundo e suas mãos que ainda estavam nela, ele alisou os braços dela e disse a mirando no olhos.

— Heriberto: O que teme, hum? Pretende me deixar? Porque eu já disse que não vou fazer isso, Victoria. Maximiliano seguirá meu filho e você minha mulher. Entenda isso.

Victoria certa que seria incapaz de fazer o que ele dizia, o respondeu rápido.

— Victoria: Nunca vou te deixar. Eu te amo Heriberto. Mas as coisas vão mudar e temo que você mude também. Eu não sei, estou nervosa, estou com medo.

Ela se soltou dele e andou de mãos nos cabelos e Heriberto disse, querendo ela ali, próximo a ela, para senti-la e ter a paz que necessitava, que era saber que a tinha.

— Heriberto: Vem aqui Victoria. Agora não adianta mais lamentarmos. Eu não vou te deixar, nem você a mim com essa crise e isso basta!

Ele foi até ela e por trás dela, a segurou nos braços e ela respirou fundo com ele beijando o topo da cabeça dela.

— Victoria: Quando vamos contar ao Maximiliano o que está acontecendo? Nossa Elisa também, ela deve saber.

Heriberto suspirou sabendo que teriam que ter aquela conversa com os filhos deles, os mais velhos principalmente, que por isso ele disse ainda no mesmo lugar que antes.

— Heriberto: Amanhã vamos arrumar um horário pra falar com nossos filhos mais velhos. Agora vamos descansar, Victoria. O dia foi longo, a semana também.

Victória então se virou pra ele e o olhou fixamente nos olhos. De repente, ele estava de novo calmo e compreensivo e não a culpava mais. Mas até quando? Até quando ele seguiria daquela forma e alegando que não a deixaria? Victoria suspirou, temendo novamente. O amava, amava e a família que tinha formado com ele e não podia perde-los.

Longe dali, no meio da noite.

Cristina e Frederico estava dentro da Jacuzzi que tinham no banheiro do quarto deles, depois de inaugurarem a cama. Ela estava sentada na frente dele, mas de costa pra ele e encostada no peito largo dele.

E ele então com uma mão dada com ela, disse depois deles estarem um tempo em silêncio.

— Frederico: Eu tenho que voltar esse final de semana pra Bananal, Cristina. Fiquei muito tempo fora, preciso voltar.

Cristina suspirou e buscou olha-lo depois que o ouviu. O entendia, além dele ter passado os dias no chalé com ela, eles tinham ficado mais aquela semana pra resolverem a questão de onde iam morar quando estivessem na capital. Que assim, sorrindo pra ele, ela disse, disposta a voltar com ele, mesmo não ter ouvido ele pedir.

— Cristina: Eu sei e entendo Frederico. Voltaremos amanhã mesmo se quiser.

Ela deu um selinho nos lábios dele depois de falar e ficou o mirando até que ele disse.

— Frederico: Está gostando mesmo da vida que está levando comigo na Bananal, Cristina? Já levamos quase 3 meses juntos dessa forma. Parece pouco, mas é muito para quem dizia que nunca iria se casar.

Cristina revirou os olhos se moveu na água pra olha-lo de frente melhor e riu. Era certo o que ele dizia. Aqueles meses era como que ela tivesse passado por uma lavagem cerebral, mas ela só estava amando e não queria viver mais sem ele.

Que assim, tocando em um lado do rosto dele, ela disse.

— Cristina: Você me pediu em casamento Frederico, vamos nos casar, então vamos viver muito mais tempo dessa forma que fala.

Ele pegou na mão dela e deu um beijo. Não eram mais quem foram, ela não era mais e tudo era porque se amavam, era claro e nos momentos como estavam, qualquer medo e duvidas que ele tinha que Cristina pudesse voltar atrás, desapareciam. Que assim, ele disse a mirando nos olhos.

— Frederico: Que esse tempo transforme em anos Cristina, até que estejamos dois velhos rabugentos, você mais que eu, claro.

Ele riu alto e Cristina o acompanhou se aconchegando no peito dele em seguida, que depois de ter os braços dele em volta do corpo dela em um abraço, ela disse depois que já não riam mais.

— Cristina: Se o que estamos vivendo nesses meses é um sonho, eu não quero me despertar dele, Frederico.

Frederico suspirou e beijou a cabeça dela, antes de responder.

— Frederico: Nem eu Cristina. Nem eu, meu amor.

Eles se beijaram em seguida e depois voltaram a fazer amor.

Enquanto na mansão San Román.

Já era tarde e Maria estava de pé andando pela casa com um celular na mão.

Estevão não tinha chegado ainda da delegacia, mas ele havia avisado a ela que tardaria, afinal, ele estava de volta na primeira semana depois do longo feriado que ele havia se dado longe do trabalho pra fazer o gosto dela.

Que assim o que tirava o sono de Maria, não era Estevão e sua demora e sim, Victoria.

De celular na mão ela andou e sentou de pijama branco, em uma poltrona na sala. Ela, cruzou as pernas ali no escuro e encarou o nada.

Tinha lido uma mensagem de Victoria que a respondia, sobre a pergunta dela e agora Maria só pensava em como sua irmã mais velha e cunhado lidariam com aquela verdade. Heriberto era tão diferente de Estevão, tão mais calmo e sensato, mas ela recordava de como ele havia ficado quando descobriu a suspeita da paternidade de Max, por Victoria ter contado a ela e por isso Maria se preocupava. Victoria era a mais forte delas, assim ela gostava de mostrar, mas quanto forte ela seria, se ela visse seu reino desmoronar?

Maria enquanto pensava ouviu a porta abrir e olhou a tela do celular. Era quase 1 da manhã e ela não sabia se era Heitor que chegava em casa ou Estevão.

Até que ela viu o filho passar sem notar ela ali e disse.

— Maria: Boa noite, meu filho.

Heitor parou quase perto da escada e Maria acendeu o abajur ao lado dela para ele vê-la.

Heitor então disse.

— Heitor: Boa noite, mãe. Ainda acordada?

Ele caminhou até ela e Maria deu um sorriso assentindo com a cabeça e disse.

— Maria: Sim, meu filho. E você vem do hospital ou da casa da namorada?

Heitor se debruçou pra dar um beijo nela e sentou no sofá ao lado dela, antes de responder.

— Heitor: Do trabalho. Ser um interno naquele hospital não é fácil, mãe. Não chego a hora de me tornar um residente de uma vez.

Maria então o tocou no braço cheio de orgulho e disse.

— Maria: Você trabalha e estuda ao mesmo tempo dentro daquele hospital filho e ao lado do seu tio Heriberto que o ajuda muito, sei que logo você se tornará residente, um dos melhores, tenho certeza.

Heitor então sorriu pensando nas palavras da mãe dele e disse.

— Heitor: Eu me torno residente e Elisa interna, meu tio Heriberto vai ficar muito orgulhoso.

Maria assentiu, teriam 3 médicos na família, como não ser orgulhar sendo mãe de um e tia do outro? Que assim ela disse. 

— Maria: Sim, seu tio vai. Ensinou o sobrinho e depois a filha. Que falar na sua prima, sabe dela, querido? Ela está bem?

Maria o olhou aproveitando aquele momento para saber mais da sobrinha, e ele a respondeu.

— Heitor: Que eu saiba ela está mamãe. Porquê?

Maria então sacudiu a cabeça e o respondeu.

— Maria: Por nada, filho. Só por curiosidade pergunto. Agora vai subir, tomar um banho e descansar, hum. Você deve estar exausto.

Heitor assentiu, beijou de novo Maria e subiu a deixando sozinha, o que ela ficou só mais alguns minutos e depois subiu também.

4 horas da manhã, Estevão chegou em casa, com ela toda em silêncio, ele foi primeiro até a cozinha visando a geladeira. Ele então fez um lanche grande de pão com presunto, queijo e suco e depois subiu.

Quando entrou no quarto ele encontrou Maria dormindo com Estrela na cama, o que fez ele perguntar se a babá estava presente. Ele então foi rápido pra ir até o closet e apagar a luz do quarto para ir ao banheiro, tomar um banho pra estar limpo e dormir com elas. 20 minutos depois quando ele deitou com Estrela no meio deles, Maria abriu os olhos e o mirou rápido sem ele ver que ela estava o olhando. Ela então virou pro lado que tinha um relógio digital e viu a hora que marcava ali. Ele chegou tarde como ela já sabia, o que o faria ter poucas horas de sono por ela apostar que mesmo no sábado ele levantaria cedo pra trabalhar de novo.

E amanheceu.

E Estevão cedo na cozinha e com Estrela nos braços, ouviu a campainha tocar. Ele olhou sua menina e pensou em quem seria aquele horário, já que ele sabia que Frederico e Cristina tinham passado a noite no apartamento novo deles e não prometeram regressar tão cedo. Ele então de pijama andou com a filha nos braços pra matar sua curiosidade, quando viu uma equipe de profissionais entrando pela sala depois da porta ser aberta pela própria babar que estava em casa e de pé.

E então ele disse com uma cara não muito boa, mirando um total de 6 pessoas que tinha as mãos ocupadas, com bolsas e até malas, formada por 4 mulheres e 2 homens.

— Estevão: Posso saber o que fazem aqui? Ou melhor quem são vocês?

Pepino que estava no meio o mirou, mirou de nariz empinado o cunhado de sua rainha e disse.

— Pepino: Bom dia, Estevão, não deve lembrar de mim, mas eu sim lembro de você como o cunhado ranzinzo de minha rainha, Sandoval. Agora chame a outra rainha, que minha equipe está aqui pra embelezar ela e deixa-la como uma deusa para as fotos e entrevistas que vamos fazer com ela.

E agora lembrando que ele titulava Pepino como o pau mandado de Victoria, ele disse, focando nas últimas palavras dele.

— Estevão: Fotos? Entrevistas? Que tipo de fotos vão fazer com minha mulher? Que brincadeira é essa da Victoria, agora?

Ele bufou e a babá tirou Estrela dos braços dele, que antes de Pepino poder respondê-lo, Maria fez ao ouvi-lo, por estar descendo vestida em um roupão, por saber que as roupas que ela iria vestir viria pelas mãos dos profissionais que Victoria havia mandado.

— Maria: A casa de moda de Victoria, vai estampar a capa de uma revista em New York com uma matéria de mulheres mães e empreendedoras como eu, então vou ser a modelo da minha irmã, meu amor.

Ela deu um selinho nele e depois um beijinho em Estrela que em seguida a babá subiu com ela e ficaram ali, só ela e Estevão, Pepino e os profissionais que estavam com ele.

Que então longos minutos depois, no jardim, Estevão vestido para trabalhar, de longe observava o ensaio fotográfico que Maria fazia, com um fotógrafo na frente dela.

Ela tinha o cabelo feito pelo cabeleireiro que chegou com Pepino, tinha também a maquiagem feita pela maquiadora deixando ela mais linda para aquela ocasião, enquanto as trocas de roupas ela estava na terceira e Estevão temia que ela chegasse pousar de traje de banho, que por isso mesmo vendo a amanhã voar e ele ter que estar na delegacia, ele não conseguia sair dali.

Que assim, retocando a maquiagem, que dava brilho ao rosto de Maria, a maquiadora disse por saber que eram vigiadas.

— X: Seu marido não parece muito feliz com esse ensaio.

Maria sentada em um banco bonito do jardim verde que tinha na mansão, ela disse sabendo do porquê ele não saia de onde estava.

— Maria: É melhor fingirmos que ele não está aqui.

Ela deu um sorriso fraco. Não estava triste, mas sabia que Estevão estava ali por ciúmes. O conhecia e mesmo que não puderam falar muito daquele ensaio, ela sabia que a "preocupação" dele era ver ela pousar de poucas roupas. O Estevão que ela amava, ciumento seguia ali, seguia vivo, mas que pela graça ainda controlado.

Pepino então chegou com um look de um vestido de pano vermelho em ceda e transparente. Que então ele disse, depois de pôr ele a frente do corpo dele e dar uma voltinha.

— Pepino: A última troca vai ser essa Maria, minha deusa. Mas as fotos não vai ser aqui.

Maria então o olhou intrigada e disse.

— Maria: E a onde vai ser? Achei que as que eu já tirei tinha sido o suficiente, Pepino.

Pepino sorriu entendendo que Maria não tinha mesmo noção daquele mundo da moda, que as tantas fotos que ela tinha tirado, a maioria seriam descartadas até as mais perfeitas serem selecionadas e estamparem a matéria da revista. Que então ele disse.

— Pepino: Claro que não foram, Maria sua bobinha. E vai ser na praia. Mas primeiro é hora de você responder umas perguntinhas.

Maria então olhou se aproximando deles uma moça, com um gravador na mão e uma caderneta junto a um crachá pendurado em um cordão no pescoço dela e suspirou. Aquele favor que ela fazia pra Victoria iria tomar o dia todo dela.

Enquanto na mansão de Heriberto e Victoria.

Victoria tinha dormido nada, mas estava já em pé e com visitas, enquanto Heriberto tão pouco havia dormido como gostaria, mas ele via dentro do quarto de Maximiliano ele dormir sem camisa e de cueca sem se importar com nada e já passando das 10 da manhã.

Ele então passou as mãos nos cabelos. Nos últimos anos quando viu Maximiliano atingir a maior idade e com ela, ele negar suas responsabilidades com seu futuro, o que ele fez, foi mais reclamar, cobrar, brigar com o filho exigindo uma postura que na idade dele ele já tinha, mas que naquele momento, Heriberto agora só se lamentava que com suas excessivas cobranças o tinha afastado mais dele, que por isso, eram distantes, inimigos não, mas distantes como pai e filho sim, sim, porquê Heriberto sabia quem Max quem procurava quando se encontrava em apuros ou queria algo, era sempre Victoria.

Que assim ele o chamou de voz grossa, mas baixo.

— Heriberto: Filho, Max, acorde.

Ele então como de costume quando ia acorda-lo começou abrir as janelas as livrando das cortinas para o sol entrar.

Maximiliano gemeu cheio de sono com a claridade entrando no quarto dele. Havia chegado 7 da manhã de uma festa vip que havia sido convidado, que na verdade havia passado a semana indo em festas e boates. Estava "solteiro" que por isso depois de ver que a decisão de Maria Desamparada era séria, havia voltado para a farra que era acostumado e relaxado também com o trabalho.

E ele assim, passando a mão no rosto disse, odiando ser acordado.

— Max: Qual é a emergência coroa, para estar me chamando a essa hora da madrugada?

Ele forçou abrir os olhos e Heriberto bufou dizendo, agora ao lado da cama dele.

— Heriberto: Não é madrugada Maximiliano, já é 11 da manhã. Seus tios, Cristina e Frederico estão lá embaixo para se despediram de nós, elas vão embora mais tarde, que quando eles forem, eu e sua mãe queremos ter uma conversa séria com você e sua irmã.

Maximiliano sentou e coçou seu peito nu. Pelas palavras de Heriberto, ele só pensou que ele havia descoberto sobre a festa que ele tinha dado na ausência deles, que por isso disse.

— Max: Olha pai, se é sobre a festa que teve aqui quando vocês estavam fora, a culpa foi toda minha, Elisa não teve nada a ver com isso.

Heriberto o mirou sério com aquela confissão e disse.

— Heriberto: Deu uma festa em nossa ausência?

Maximiliano então arregalou os olhos e disse rápido por entender o furo que tinha dado.

— Max: Esquece o que eu disse coroa, ainda estou cheio de sono. Que festa o que.

Ele então saltou da cama e Heriberto intrigado disse.

— Heriberto: Não fuja, Maximiliano, me explique melhor o que disse!

Max então procurando seu shorts de dormir, na bagunça de roupas que tinha no chão, disse.

— Max: Depois pai, agora temos visita, não é?

Heriberto assentiu mas querendo ainda explicações, ele disse.

— Heriberto: Sim, mas.

Maximiliano então vestiu o shorts e andou, entrando no banheiro logo em seguida e batendo a porta. Heriberto respirou fundo outra vez, sentindo que era incapaz de manter uma simples conversa como aquela com o filho.

Abaixo na sala.

Depois de ter tomado café com sua irmã mais velha, sobrinhas e cunhado, Cristina que estava na sala com Frederico e as meninas, quando viu Victoria demorar voltar depois de também deixa-los, ela deixou Frederico e as sobrinhas pra ir atrás dela.

Por ver que ela tinha tomado a direção pra fora da casa a contrário de Heriberto que ela o viu subir a escada, ela fez o mesmo caminho que ela. E logo então, ela a viu de costas e de mãos em uma mureta, depois de uma porta que dava a visão da área verde da frente da casa.

Que assim, se aproximando, Cristina disse.

— Cristina: Está tudo bem, Victoria?

Victoria suspirou e limpou o rosto logo por ter descido uma lágrima dela antes de virar. Não estava tudo bem, mas ela queria mostrar que estava, diante de suas visitas, ainda mais por saber que Cristina voltaria aquele dia para a Bananal.

Que então forçando um sorriso, ela disse.

— Victoria: Sim, Cristina. Estou ótima, vamos voltar pra sala?

Victoria fez que ia andar, mas Cristina não acreditando no sorriso falso que Victoria havia dado, ela disse.

— Cristina: Não precisa mentir pra mim Victoria. Eu conheço a irmã que tenho e você não está bem. O que aconteceu? É sobre aquele assunto de Maximiliano? Já sabem o resultado do exame?

Victoria suspirou e ficou de costa para Cristina e olhou seu jardim grande e verde que havia criado seus 3 filhos, que então depois de assentir, ela disse sem rodeio, por Cristina estar por dentro daquele tema depois de estarem no chalé.

— Victoria: Sim, Cristina. Max não é filho de Heriberto e sim de Osvaldo.

Ela puxou o ar do peito e Cristina ficou em silêncio sem saber o que falar. Não podia se colocar no lugar de Victoria, porque não era ela que tinha uma família e já filhos crescidos dentro de um casamento com mais de 20 anos que agora enfrentariam aquela nova realidade, que por isso ela desejou Maria ali, Maria era a pessoa certa entre elas para aconselhar e consola-las. Ela não. Assim Cristina pensava. Que então ela depois de procurar as palavras, ela disse.

— Cristina: Eu vou ter que dar um abraço porque eu não sei o que dizer, Victoria. Sabe, eu vou ter uma vida como a que você e Maria tem agora e eu não posso ao menos imaginar o que você deve estar passando.

Victoria acabou dando um riso de lábios fechados. Um abraço serviria, já que palavras já de nada valeriam para ela, que por isso, ela se virou para Cristina e disse.

— Victoria: Um abraço serve e com ele, quero te desejar sorte, Cristina na nova vida que está levando. Ser casada com quem a gente ama e ter filhos com esse alguém é uma benção, mas manter tudo perfeito como no primeiro dia, é uma luta diária.

Cristina sentiu Maria do Carmo chutar o ventre dela e ela tocou, fazendo cara feia para Victoria, que depois ela disse.

— Cristina: Se parte dessa luta for na cama com Frederico, eu vou vencer todas Victoria.

Victoria riu, optando pelo silêncio, que nem só de sexo fazia um casamento e abraçou Cristina com amor e orgulhosa por ver que ela seguia abraçando a nova vida dela sem rebeldia alguma. E depois do abraço, ela pegou nas mãos da irmã e disse.

— Victoria: Sei que sempre fui a mais exigente aqui com a vida que você levava, e agora que está sendo mais responsável, Cristina e vai casar quero aconselhar que também pense em ser como eu e Maria, que somos mulheres que trabalham e tem seu próprio negócio, quando sua filha nascer. Porque podemos ser mãe e casadas, mas também podemos trabalhar, ter nosso dinheiro.

Cristina deu de ombros pra Victoria e disse, por saber como ela era em relação ao dinheiro.

— Cristina: De nós 3 você sempre foi a mais ambiciosa, Victoria. E não se preocupe, eu tenho meu dinheiro e também entre vocês duas, eu sou a que mais usufrui o que nossa mãe não pode mais usufruir.

Victoria cruzou os braços não querendo que Cristina se contentasse com o que tinha e disse.

— Victoria: Sou ambiciosa e não nego e você também deveria ser Cristina, mas resolveu cuidar de animais e não sei como vai fazer dinheiro com essa profissão, mas tente. Frederico é mais rico que você, você não pode deixar que ele note isso e use contra você!

Cristina olhou pro lado da porta e disse depois de voltar olhar para sua irmã mais velha.

— Cristina: Frederico nunca usaria o dinheiro dele contra mim. E também se for ver sou mais rica que ele Victoria, nosso pai nada em dinheiro e um dia que ele não estiver mais aqui, alguém vai ter que cuidar da fortuna dele e da empresa dele também.

Victoria revirou os olhos sabendo que elas 3 teriam um dia aquela responsabilidade com a morte do pai delas e disse.

— Victoria: Sim, mas nosso pai é forte como um touro, além do mais com seus conhecimentos em vacinas veterinárias só vai nos ajudar gastar a fortuna dele, enquanto a empresa vai sobrar pra mim e Maria. Então que ele viva uns 100 anos que não quero mais problemas.

Cristina bufou vendo Victoria criticar mais uma vez com as palavras dela o que ela havia escolhido estudar, mas não exercia mais, que então ela disse, apenas focando no que ela entendeu o que como irmã mais velha ela a aconselhava.

— Cristina: Já entendi que nunca vai se conformar por minha escolha acadêmica, Victoria. Então vou focar no seu conselho. Quando a filha de Frederico resolver nascer, eu vou ver o que farei, ok?

Victoria deu um sorriso de lado e disse.

— Victoria: Ok, Cristina. E não esqueça, eu te amo, hum? Com seu regresso a Bananal, saiba que eu e Maria ainda estaremos aqui, pra você, pra vocês.

Ela alisou a barriga de Cristina com carinho depois de falar e as duas ouviram a voz de Heriberto, chama-las.

O dia estava acabando e a noite caindo.

Em um jatinho, Frederico e Cristina voltava para Bananal como tinham viajado para capital, um do lado do outro e em paz. Enquanto eles deixavam a cidade, nela, Heriberto e Victoria estavam no escritório da casa deles, com Elisa e Maximiliano presentes. Mesmo que a revelação que tinham que contar era para Max, Elisa também tinha que saber para entender as mudanças que teriam depois daquele dia.

Enquanto na mansão San Roman.

Maria fazia dormir sua menina que a cada dia crescia mais e ficava cada vez mais esperta. Sozinha em casa, depois de um dia longo e parte dele sendo modelo e não presa em um escritório e depois ter passado pela despedida de Frederico e Cristina, ela pensava no dia diferente que havia tido e que em nenhum momento Estevão havia estragado ele, mesmo ele ter estado presente em todas sessões de fotos que ela teve, até na praia.

Que assim, brincando com o cabelinho loiro de Estrela, Maria disse, baixinho.

— Maria: Será que o papai não precisa mais das terapias, hum? O que pensa meu bebê? Ele anda se comportando, não é?

Estrela suspirou por já dormir e Maria sorriu de leve. Naquela semana havia estado em uma consulta apenas das terapias que ainda seguiam tendo, que nelas, ambos haviam contando ao Terapeuta deles como havia sido a experiências deles em casal por 4 dias.

Enquanto na casa de Heriberto e Victoria.

Elisa pensava que ia enfartar por se ver naquela reunião em família em um sábado a noite sem ela saber o tema da conversa que teriam e temendo ele, enquanto Max só queria ser liberado para ir a uma boate que já tinha amigos que os esperavam.

Que então, com eles dois sentados em um sofá e Victoria e Heriberto em pé a frente deles, Max disse.

— Max: Poxa, não vai dizer que vocês vão se divorciar e por isso essa reunião sem Bella, presente?

Elisa arregalou os olhos por não ter pensado naquela hipótese e disse de coração acelerado.

— Elisa: Não é isso que Max, disse, não é? Por favor, digam que não é isso!

Os olhos de Elisa molharam temendo aquela notícia e Heriberto então pegando na mão de Victoria, que sentiu gelada, disse.

— Heriberto: Não, não é isso, filhos. O assunto que fez que nós 2 segurassem vocês aqui é outro.

Victoria buscou olhar para Maximiliano, dando um olhar para ele de sinto muito. Temia a reação dele naquele momento em como ele agiria com a revelação que tinha outro pai. Que então ela soltando a mão de Heriberto, puxando a responsabilidade de iniciar aquela conversa pra ela, ela disse.

— Victoria: Antes do pai de vocês e eu casarmos eu tive um namorado, filhos. Sabem que casei nova com ele, ambos novos demais e fui mãe cedo demais também.

Os dois assentiram olhando Victoria e vendo Heriberto calado, que então, Victoria seguiu.

— Victoria: Quando eu namorei esse namorado, eu já tinha namorado o pai de vocês, então fazia dele meu ex. Mas como sabem também, ele regressou e voltamos e então nos casamos e eu já estava grávida nesse prossesso.

Ainda sem entender aonde aquela conversa iria, Maximiliano mesmo sem entender não gostou de ver que lágrimas de formavam nos olhos de Victoria, enquanto Elisa observava Heriberto com o rosto mais tenso que antes afastado enquanto a mãe deles falavam, que por isso, ela disse.

— Elisa: Mãe...

Victoria olhou para os olhos de Elisa que como mulheres, elas se entenderam e Elisa abriu a boca e fechou pelo que acabava de pensar. Tinha dois namorados e uma gravidez naquela história, que ela rápido sacou o que podia ser contado ali.

Que então agora mirando Maximiliano, Victoria disse de voz de choro.

— Victoria: Max, filho, depois de 22 anos do seu nascimento, descobrimos que na verdade você não tem o sangue do pai de suas irmãs, seu pai é outro e é esse meu ex namorado de minha juventude. Me perdoe por isso, filho. 


 


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