Crystal escrita por Valkyria


Capítulo 2
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Notas iniciais do capítulo

Novinho



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Jooheon sentiu o vento bater contra seu rosto quando Crystal o salvou de levar uma bolada, o movimento repentino o acordou dos seus pensamentos somente para ver que a sua frente se encontrava a jovem de cabelos cor de terra com um misto de alivio e raiva.

— por que não pegou a bola?

Jooheon meneou a cabeça para o lado, ainda estava desorientado com sua “descoberta”, Crystal franziu o cenho.

— eu acertei você?

— me desculpe eu acho que estou um pouco tonto.

E dizendo isto Jooheon vai para fora da quadra sendo substituído por HyungWon, ele pega seu celular e vai em direção ao vestiário, depois de verificar que está sozinho no local começa a digitar os números do telefone de seu pai, o silencio se propaga no local até que o homem finalmente o atende.

— Jooheon?

— pai.... Eu acho que tem uma vanir na escola!

— você.... Você tem certeza disso? Verificou se não era uma tatuagem?

— eu não verifiquei mas pai.. Aquele sentimento de poder, eu senti isso!

— então verifique e só ligue se tiver certeza!

Antes que Jooheon pudesse dizer algo mais seu pai desligou o telefone, o jovem bufou.

— “só me ligue se tiver certeza” hunf ele acha que eu perderia meu tempo inventando desculpas pra falar com ele? Velho idiota!

Jooheon saiu do vestiário e se encaminhou de volta para a quadra passando a observar os movimentos da jovem vanir. O resto do dia se passou sem mais alardes, o sinal tocou indicando o término das aulas.

— bye Jooheon, foi um prazer conhece-lo – disse Crystal com um sorriso no rosto.

Jooheon franziu o cenho e apenas meneou a cabeça em um “adeus” silencioso” ele estava tentando entender em que ponto do dia tinha falado com a possível vanir para que a mesma tivesse dito aquilo, logo pegou sua mochila e começou a andar para fora da escola e se encaminhar para sua casa, já estava começando a escurecer quando um grito ecoou por seu ouvido, ele olhou em sua volta mas ninguém parecia ter ouvido.

Socorro!

Antes que pudesse se dar conta Jooheon corria rápido na direção de onde tinha ouvido o grito, quando chegou mais perto ele pode reconhecer um poltergeist atacando Crystal, Jooheon puxou rapidamente sua adaga do compartimento escondido da mochila e partiu para cima daquele espirito maligno, o poltergeist Jogou o rapaz com força contra uma arvore próxima fazendo-o cair gemendo ao chão.

— corre garota! – disse Jooheon se levantando.

A jovem não pensou duas vezes antes de seguir a ordem do loiro e começar a correr em meio ao parque vazio, quando se deu conta de que estava longe o bastante percebeu estar em uma área com mata densa, ela havia se perdido, com medo, frio e toda machucada pelos galhos dos arbustos que lhe rasgaram a pele e a roupa Crystal agora tremia e temia que aquela “coisa” ou algo pior a encontrasse ali, ela continuou andando na esperança de encontrar a saída quando ouviu o barulho de galhos no chão serem quebrados por passos de algo que parecia ser grande e pesado, ela se encolheu contra si mesma já aceitando seu fim em um lugar onde provavelmente jamais encontrariam seu corpo, de repente ela sentiu-se ser puxada e bater contra algo quente, um arrepio percorreu sua espinha e seu primeiro instinto foi gritar, mas parecia que o que fosse que a tinha capturado havia previsto seu movimento e tampado sua boca antes mesmo que houvesse um grito para se abafar, então em desespero a jovem começou a se debater numa tentativa inútil de se soltar das garras de seu cruel inimigo, ela sentiu um respirar próximo a sua orelha.

— quieta ou aquele poltergeist nos encontrará! – a voz de Jooheon, um alivio para Crystal.

Aquelas poucas palavras sussurradas em seu ouvido misturando-se com o cheiro amadeirado de seu perfume junto ao suor proveniente da corrida pós luta fizeram com que Crystal parasse de relutar e relaxasse seu corpo, assim que Jooheon percebeu que a pequena havia se acalmado a pegou pela mão e em silencio começou a guia-la pela densa mata, as orbes caramelo da jovem observava tudo a sua volta, com um misto de medo e fascínio, era assustador andar na escuridão da noite no meio do nada com uma “coisa” à solta a perseguindo e sendo guiada por “um estranho” mas de certo modo era consolador saber que alguém havia vindo em seu socorro quando pensou que já estava com os dois pés na cova, andavam juntos em silencio, algo que Crystal agradeceu pois não era o tipo de silencio que incomodava, era um silencio bom, de calma e paz para os pensamentos turbulentos que rondavam suas cabeças, no decorrer do trajeto a morena percebeu algo molhado escorrer por sua mão e pingar no chão, ao observar do que se tratava aquilo e de onde vinha, um arrepio passou por todo o corpo da jovem que não se conteve.

— Jooheon nós precisamos parar! O seu braço está sangrando! - o jovem ouviu os sussurros dela mas não parou.

— estamos chegando, cuidamos disso lá.

Onde quer e este tal “lá” fosse Crystal rezava para que chegassem logo para que pudesse ajuda-lo com o ferimento.

Continuaram a caminhar por entre as arvores por mais alguns instantes antes de finalmente encontrarem uma cabana, a jovem agradeceu mentalmente aos céus por terem ouvido suas preces, Jooheon soltou a mão de Crystal assim que chegaram a pequena varanda da cabana, logo as enfiando no bolso a procura das chaves, o tilintar das chaves pode ser ouvido assim que Jooheon as tirou do bolso, colocou-a na tranca da porta e fazendo um pouco de pressão a porta se abriu revelando um aconchegante interior, o loiro a pegou pela mão novamente e a puxou para dentro logo trancando a porta atrás de si, no momento em que Crystal se vira para agradece-lo é surpreendida pelo corpo do loiro desabando inconsciente em cima da mesma.

— Jooheon! – o rapaz ouvia de longe a voz da morena que estava em prantos tentando chama-lo.


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Notas finais do capítulo

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