Equinox escrita por Angel Carol Platt Cullen
Epílogo
Forks - 2009
Esme e Carlisle saíram para caçar quando encontram com a prima casualmente e ela vira para começar a correr após avistá-los:
— Tanya, pare. Volte aqui e me escute – roga Esme.
— Esme, eu estou vendo o bebê em seu colo, não sou idiota. Pensei que vocês tivessem aprendido a lição com o mal-entendido por causa de Renesmee. Carlisle, logo você? – o olhar dela é de profunda decepção.
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— Posso dizer o mesmo Tanya – intervém Carlisle. - Vocês também parecem que não aprenderam nada com o incidente com a minha neta. Antes de fazer uma denúncia tem de averiguar... Por favor, venha e nos escute.
— Vocês Cullen realmente parecem ter algo diferente – diz ela parando e voltando para trás.
Pensando bem ela não quer terminar como a irmã. A morte de Irina ainda está gravada na sua memória impecável e nunca será esquecida. Foi impressionante. Um ato desnecessário e exagerado por parte dos Volturi para demonstrarem todo seu poder. Elas sempre tiveram respeito por eles e não precisavam disso, Irina antes de morrer assumiu responsabilidade pelo seu engano, mas tê-la feito pagar por isso com a própria vida foi crueldade dos Volturi; foi abuso de poder, só para deixar bem claro para quem pense em enfrentá-los.
— Acho que sim, porque somos mais humanos. Procuramos ser mais humanos apesar de termos a espécie diferente – comenta Carlisle. – Fomos humanos transformados em vampiros e nos esforçamos para manter nossa humanidade.
— Podem me explicar, não entendo qual pode ser o mal-entendido dessa vez. Se essa criança não é uma das proibidas e nem é como Renesmee o que ela é? Porque vocês têm medo dos Volturi?
— Veja você mesma – Esme afasta a manta que cobria o rosto da bebê e mostra seus olhinhos dourados e não vermelhos como de uma Criança Imortal.
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— Como pode? – diz Tanya perplexa. – Por que vocês fizeram isso com ela; ela é só um bebê. Agora será uma criança para sempre. Coitadinha!
— Ela não é uma Criança Imortal – diz Esme imperativamente. – Não fizemos isso que você está pensando.
— Se os Volturi pensaram que Renesmee era uma das proibidas imagine se virem Caroline, não nos darão tempo de explicar que ela voltou a ser criança depois de tomar o veneno de Esme – aclara Carlisle.
— O quê? Ela não foi mordida?
— Não. Seria muito difícil para minha esposa e Caroline não queria fazê-la sofrer. Ela queria ser vampira, mas sem prejudicar ninguém. Por isso ela teve a ideia de apenas tomar o veneno...
Talvez por isso ela tenha voltado a ser um bebê, ou porque ela e Esme são mulheres ou porque ela tinha esse desejo de ser como filha para nós... Ela sempre foi, não precisava ter voltado a ser recém-nascida.
— Mas ela precisava ter oportunidade de ser criada numa família amorosa. E nossa ligação era muito forte, querido – diz Esme para Carlisle, mas também para Tanya compreender.
— Seja qual for, não sabemos o motivo. Mas é claro que ficamos felizes em poder cuidar dela. Ela precisa de nós é completamente dependente, como um filho depende dos pais humanos. Ela é como se fosse nossa filha legítima. Vamos literalmente criá-la e educá-la desde o começo.
— Entendo vocês dois, vocês sempre mereceram poder ter um filho de verdade. Por mais que tenham adotado mereciam ter seus próprios. Infelizmente para nós vampiros isso é impossível, pois somos congelados. Entendo perfeitamente, se os Volturi soubessem não iriam compreender e nem se esforçar para isso.
— Obrigado Tanya – agradece Carlisle.
— Muito obrigada – ecoa Esme. – por mim e por nossa filha também, você salvou a vida dela.
— Mas vocês devem ter mais cuidado, eu quase não parei para escutar vocês. Parei porque não queria ser mais uma vítima e acabar como minha irmã. Ela pagou caro por ter cometido somente um engano.
— Sim, também acho que os Volturi foram longe de mais, eles também mataram uma recém-criada que havia se rendido quando fomos atacados pelo exército de Victória só para não perderem a viagem e dizerem que foram desnecessários, pois nós havíamos liquidado todos. Você entende que é isso que eu quero evitar que aconteça com Caroline. Os Volturi não tem muita paciência, você sabe disso.
Tanya assente as palavras de Esme.
— Eu sei, como sei!
— Decisão sábia Tanya. – diz Carlisle. – sei que não foi tanto por nós que você voltou e nos ouviu, mas eu agradeço em nome de nós três.
— Vou adorar conhecer minha priminha quando ela crescer mais.
— Ela será sim uma menina encantadora. Ela era uma humana maravilhosa – diz Esme transbordante de orgulho.
— Geralmente os pais não sabem qual a personalidade do filho antes de ele crescer, nós tivemos a sorte de conhecê-la antes.
— Vocês precisam mantê-la segura para que ela possa crescer, seria muito ruim se ela não pudesse se desenvolver.
— Sim – diz Esme abaixando o rosto.
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— Eu sei, por isso não vamos mais sair de casa com ela – diz Carlisle. - Foi um erro que não teve consequências mais graves graças a você Tanya. Você terá minha eterna gratidão. Se os Volturi voltassem não a encontrariam muito diferente das suas memórias e isso seria uma prova contundente da nossa culpa, mesmo sendo inocentes.
— Será que ela entende o que estamos falando?
— Sim apesar de ter o corpo de um bebê ela tem a mente no estágio de desenvolvimento de quando a transformamos ano passado quando ela estava prestes a completar dezessete anos. É até quando ela vai crescer e depois parar como nós.
— Ela vai crescer?
— Sim, eu tenho certeza que sim – responde Carlisle. - Ela já ficou um pouco maior desde que renasceu em outubro do ano passado.
Alguns instantes de silêncio e então Carlisle ouve uma voz dizer:
“Eu não queria fazer isso com vocês”
— Você disse alguma coisa querida? – ele vira a cabeça para olhar para a esposa.
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— Não, querido.
— Parece que eu ouvi nossa filha dizendo que não queria fazer isso conosco, parecia a voz dela, mas será possível.
— Filha, você pode falar conosco? – Esme pergunta olhando para a bebê em seu colo.
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“Sim. Acho que posso falar mentalmente.”
— Tanya você ouve o que ela diz? – pergunta Carlisle.
— Não ouço nada – ela move a cabeça negativamente.
— Parece que ela só pode falar com nós dois por enquanto, querido – diz Esme olhando para o marido.
“Eu não queria fazer nenhum mal para vocês— diz Caroline com tristeza”
— Nós estamos bem filha, não se preocupe – responde Esme.
— Não aconteceu nada conosco – diz Carlisle.
“Sinto muito, não queria ter colocado vocês em apuros mais uma vez”
— Tudo bem querida, eu não vou contar nada aos Volturi – Tanya fala como se estivesse ouvindo a criança.
“Obrigada, prima”
— Ela disse obrigada, prima – diz Esme comunicando para Tanya a resposta de Caroline, mais ou menos como Edward traduz os pensamentos dos Quileutes quando estão na forma de lobos.
— De nada – responde em um tom de voz acima.
— Ela pode ouvir você Tanya, não precisa falar alto. Só você não pode ouvir o que ela diz e por isso vamos dizer a você – fala Carlisle.
— Ah, me desculpe – pede constrangida.
— Tudo bem.
— E como ela se alimenta? Como ela cresce? Parece interessante.
— Ela se desenvolve ligeiramente mais rápido do que uma criança humana normal. Significa que ela não cresce tão rápido quanto Renesmee, apesar de ser uma vampira.
— Para mim é uma benção – diz Esme felicíssima. – O melhor que poderia ter acontecido. O mais próximo que eu poderei chegar de ter um filho com meu marido. Eu tive um filho quando era humana e sei como é essa sensação, mas infelizmente ele morreu pouco tempo depois de nascer, o coitadinho. Mas agora eu fui abençoada com uma filha. É como se ela continuasse de onde meu filho parou.
— Sinto muito Esme, eu sempre soube por cima a sua historia. É muito triste – comenta Tanya.
— Sim, a minha vida humana foi mesmo muito trágica, mas agora eu tenho uma vida maravilhosa. É como se o destino que foi tão cruel comigo antes me desse agora tudo o que eu merecia ter tido antes. Estou feliz agora.
Os quatro chegam em casa.
— Me sinto honrado de fazer parte disso, querida – Carlisle beija o topo da cabeça da esposa.
— Se não fosse por você querido, eu não estaria aqui. Obrigada.
— Eu agradeço por você ter me aceitado.
— Não poderia jamais rejeitar você, meu amor – Carlisle se inclina para beijar a esposa que está sentada no sofá coma filha no colo.
— Awwwwwwwwwww – suspira Tanya. – É tão lindo ver os dois. Agora compreendo um pouco mais porque os seus filhos se sentem tão bem com vocês. Vocês são os melhores pais que alguém poderia ter.
— Obrigado Tanya – diz Carlisle se aprumando atrás da esposa no sofá.
— Será que se poderia fazer de novo?
— Acredito que não. Nós nem sabíamos que isso aconteceria. Talvez foi por vontade dela. – diz Carlisle afagando a cabecinha da filha. – Fomos pais de adolescentes por tanto tempo e agora fomos abençoados com um bebê.
A garotinha se movimenta nos braços da mãe:
— O que foi filha? Você está com fome?
“Sim”
Carlisle desaparece por um instante e volta rapidamente trazendo uma mamadeira cheia com um líquido gelado e vermelho. Tanya percebe pelo cheiro que é sangue animal.
— Não tem problema amamentar minha filha aqui, tem Tanya? – pergunta Esme.
— Não, tudo bem. Fique à vontade Esme, a casa é sua.
Esme segura a mamadeira enquanto a menina se alimenta. Os três sorriem ao ver a menina mamando.
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