P.O.V. Davina.

Eu estava voltando da floresta onde colhi algumas ervas quando eu vejo as pessoas jogando frutas num rapaz que estava num pelourinho.

—Meu Deus! Que barbaridade.

Eu espantei a multidão de ignorantes e soltei o garoto que estava todo sujo.

—Você é uma bruxa.

—É. Eu tenho magia, eu nasci com ela. Vem, estica.

As costas dele estralaram.

—Isso é uma barbaridade. Vamos, você precisa de um banho. Eu sou a Davina Claire.

—Merlin.

Eu olhei pra ele estarrecida.

—Merlin? Tu é O Merlin?

—Como assim O Merlin?

—Você nem tem noção né? Você é o maior e mais famoso bruxo que já caminhou na face da Terra! Você é o fodão.

—Credo, que palavreado horrível.

—Mas, de onde eu venho isso é bom.

Eu o ajudei a se banhar.

—Não é inapropriado você me ajudar a me banhar?

—Relaxa, eu tenho namorado e você e eu... não daria certo.

—E porque não?

—É que... somos parentes. Distantes, bem, bem distantes, mas somos parentes.

—Porque você tem dois nomes ao invés de um?

—Davina é o meu nome, Claire é meu sobrenome. Todos os membros da nossa família são Claire não importa o primeiro nome. Então, em teoria você seria Merlin Claire já que eu sou sua descendente.

—Minha descendente?

—É. Eu sou sua tetraneta.

—Minha... minha tetraneta?

—É. Quero ver se consigo mapear a nossa árvore genealógica com a maior exatidão possível, aproveitar esse acidente. Qual é o nome da sua mãe? E do seu pai?

Ele não sabia quem era o seu pai, mas eu descobri o nome da mãe dele.

—Esse vai ser o nosso segredinho. Tá?

—Concordo.