Passeando pelo tempo escrita por Erin Noble Dracula
P.O.V. Davina.
Eu achei um grimório antigo com uns feitiços que eu nunca tinha visto antes e decidi testar um deles. E deu certo.
Logo eu estava numa cidade medieval. Eu fui andando e todo mundo estava me encarando, os muros de pedra eram intimidantes, imponentes, mas quando eu ia passar pelos portões os guardas me barraram.
—O que foi? É algum evento particular?
—É necessária autorização da Coroa para passar.
—Tudo bem. Desculpa ai.
Eu me virei e sai. Me sentei num banquinho e fiquei olhando as pessoas passarem, um verdadeiro cortejo saiu do Castelo soaram trombetas e tudo mais. O rapaz devia ter a minha idade. Uns vinte e poucos.
Uma moça tropeçou e caiu bloqueando a passagem.
—Levante-se serva!
Ninguém fazia nada, então decidi interferir. Eu levantei e fui ajudar a moça que caiu.
—Você tá legal?
—O que?
—Perguntei se está bem. Você está bem?
—Meu tornozelo.
—Saiam do caminho!
—Ai, o imbecil! Não tá vendo que ela tá machucada?!
—O que disse?
—Não tá vendo que ela tá machucada?! Você é cego por acaso? Vem moça, senta ai. Tem que colocar no lugar.
—Sua serva insolente!
Ele tentou me dar um tapa, mas eu peguei a mão dele no ar.
—Porque a gente não passa logo pro puxão de cabelo?
—Já basta soldado.
—Sua Alteza.
—Faça isso de novo e eu te mato.
Eu voltei a minha atenção para a moça que estava com o tornozelo torcido. Eu coloquei o tornozelo dela no lugar e enfaixei com gaze que eu tinha na bolsa.
—Coloca esse pé pra cima e você vai ficar bem.
—Que tecido é esse?
—É gaze. Onde você mora?
—Lá. Na última casa da rua.
—Vamos lá. Se apoia em mim.
Eu levei a moça para a casa dela.
—Valeu ai pela ajuda, sua Alteza.
Eu revirei os olhos pra ele. Loirinho metido á besta.
—Qual é o seu nome?
—Davina. Davina Claire.
—Eu sou Guineveire.
—Tipo, a de Camellot?
—Estamos em Camellot e você desrespeitou o Príncipe.
—Ele nem é príncipe de verdade. É só um teatro.
—Eu tenho que trabalhar.
—Mas, não vai trabalhar de jeito nenhum. Vai ficar ai com o pé pra cima até melhorar.
—Se eu trabalhar eu não recebo.
—E o auxílio doença?
—O que é isso?
—Merda. Estamos mesmo em Camellot e na Idade Média não estamos?
—Estamos. O que é Idade Média?
—Deixa isso pra lá. Olha, você fica ai e eu vou no seu lugar tudo bem?
—Faria isso?
—Claro.
—Vai precisar disso. É um passe para entrar no castelo.
—Tudo bem.
—Você sabe lavar, passar e pentear?
—Sim para todas as perguntas. Relaxa, eu sei me virar.
No dia seguinte eu fui até o castelo e consegui passar graças a autorização com o selo real.
Como eu estava perdida resolvi pedir informação.
—Ahm, da licença. Você sabe pra que lado ficam os aposentos da Lady Morgana?
—Por ali senhorita. Ultima porta á direita.
—Obrigado.
Eu bati na porta e quando ouvi um entre eu entrei.
—Gwen, prepare o meu banho.
—Sim senhorita.
Ela deu um pulo de susto.
—Quem é você?
—Davina. Guineveire está doente e eu vim substituir.
—Doente?
—Ela torceu o pé. Não consegue caminhar.
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