Pais e Filhos escrita por KL, Juh11


Capítulo 1
Capítulo 1




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Chouji parou e respirou por um minuto ofegante. Por mais que tivesse feito aquele trajeto dezenas de vezes nos últimos meses, a subida das montanhas para a entrada de Kumogakure sempre o cansava. Levantou os olhos para os portões da Vila que agora já eram visíveis e sorriu ao identificar de longe a figura esguia com cabelos escarlate. Por ela, subiria essa montanha quantas vezes fosse necessário.

Contudo seu maior desejo era de que ela finalmente aceitasse seu pedido de casamento e se mudasse com ele para Konoha. Ele já havia comentado com ela duas ou três vezes sobre isso, mas nunca feito um pedido oficial. Ele tinha medo de pressionar ela a responder um “sim” e depois que ela se arrependesse ou mesmo de levar uma negativa, o que não seria nem um pouco agradável. Esperava ela dar sinais claros de que queria dar aquele passo – e que senhor passo – no relacionamento deles, mas aquela demora estava o deixando aflito, junto com a distância e a necessidade crescente de ter ela por perto.

Retornou ao caminhar pensando o que faria para aquela mulher tão teimosa aceitasse de vez assumir o compromisso. Na vila dela todos não estavam casando e formando uma família como em Konoha? Para ele estava ficando cada vez mais complicado encontrar com um Naruto bobalhão porque vai ser pai, ou um Shikamaru reclamando quando Temari sai em missão.

 Ele estava tão distraído que nem percebeu que Karui não estava sorrindo como costumava quando se abraçaram.

 -Fez uma boa viagem? – ela perguntou ainda abraçada a ele.

Para ela era tão bom tê-lo por perto, porém ela sabia que ele não podia deixar sua vila natal e ela não estava pronta para sair da sua. Era uma situação complicada, principalmente agora, e ela não sabia como solucionariam isso. Se sentia aflita com as possibilidades.

—A viagem sempre é boa quando sei o que vou encontrar ao fim dela. – ele disse dando-lhe um beijo no topo da cabeça dela fazendo-a sorrir, em seguida, deu-lhe um beijo nos lábios.

O beijo foi cheio de saudade, e Karui apertou-o contra si de forma que pudesse senti-lo por inteiro. Ela gostava de como Chouji era macio e como seus braços ao redor de sua cintura eram protetores. Ela gostava do jeito gentil que ele a tirava do chão quando estava empolgado, como se ela não tivesse o peso nem mesmo de uma pluma. Seu namorado era grandalhão e poderia parecer desengonçado, mas não era.

—Me ponha no chão, Chouji! –ela riu quando os lábios se desencontraram e mesmo assim ele continuou a segurando no alto, fazendo-a ficar alguns centímetros mais alta que ele.

Ele riu também, contente que por aquele momento pudesse sanar a saudade que tinha dela. Não via Karui a um mês, desde que ela fora a Konoha para entregar alguns pergaminhos para o Hokage. Ele tinha conseguido essa folga agora para passar uns dias com ela e estava satisfeito que a tivesse conseguido, pois não tinham previsão de se ver de novo nos próximos dois meses.

Chouji a colocou no chão por fim e estendeu a mão para ela, que segurou-a com segurança.

—Vamos. – ela disse, o puxando para dentro da vila - Nosso jantar nos espera. Sei que você deve estar faminto!

—Você cozinhou? - ele abriu um sorriso brincalhão ao fazer a pergunta o qual aumentou ainda mais quando ela confirmou com um aceno de cabeça.

Chouji adorava quando a namorada cozinhava para ele e a comida de Karui era uma das melhores que ele havia provado, porém com a correria da vida ninja, eram raras as vezes em que ela tinha tempo e disposição para preparar algo para ele.

—Um banquete completo! - ela disse sorrindo momentos antes dele a beijar. Era tão leve estar com ele e ela gostava tanto de agradá-lo. Entretanto, seu estômago deu uma revirada ao pensar no jantar.

Claro que ela já planejava isso desde o início da semana quando Chouji a comunicou que estava a caminho. Por coincidência, era a semana dela fazer seus exames de rotina, o que significava que ela permaneceria na vila até ter todos os resultados, fazendo com que ela tivesse tempo de preparar as comidas favoritas dele. Todavia, ela recebera uma notícia mais cedo que teria que repassar para Chouji logo e havia decidido que o jantar seria o melhor momento. Ela tinha medo de qual seria a reação dele e nem ela mesma sabia ao certo como estava se sentindo em relação a isso. Não ia ser nada fácil.

~x~

Chouji estava arrumando a mesa da casa dela para um jantar para dois, por mais que ela insistisse que eles podiam comer na bancada da cozinha, para ele refeições eram importantes demais para não se ter uma mesa arrumada. Além disso, fazia tanto tempo que não comia a comida caseira da namorada que salivava só ao sentir o cheiro que vinha do outro cômodo.

Karui estava tão distraída pensando enquanto olhava a janela da cozinha que só percebeu que o namorado havia entrado na cozinha quando este a abraçou.

—O cheiro está maravilhoso. – disse-lhe sussurrando no ouvido da ruiva fazendo-a se arrepiar. Ela suspirou preocupada. Precisava contar para ele, mas não queria estragar tão cedo esse clima que estava entre os dois. Abriu um pequeno sorriso quando ele lhe beijou o pescoço. Decidiu que apenas contaria quando ambos terminassem de comer.

—Já está tudo pronto. – ela se virou ficando de frente a ele e lhe dando um rápido selinho. – Não queremos que toda a comida esfrie. – Karui não pode deixar de rir ao ver os olhos miúdos do namorado se arregalarem de susto e ao receber um sussurro “continuamos isso depois”. Ela realmente esperava que ele não se abalasse pelo que ela ia contar.

Karui não estava brincando quando disse que havia feito um verdadeiro banquete. Na mesa tinha as mais variadas comidas como robalo assado e até mesmo uma batata à moda ocidental. Se Chouji já salivava ao sentir o cheiro vindo da cozinha, agora ele literalmente babava na própria roupa.

Sentaram-se a mesa para comer e ela servia aos dois, vendo os olhos de Chouji brilharem. Ele começou a devorar a comida com entusiasmo e ela sorriu feliz que estivesse gostando. Chouji não costumava falar enquanto comia e ela não se incomodava com isso. Ela também não se incomodava com a forma extravagante que ele comia, ou pelo seu apetite monstruoso. Era parte dele e ela gostava dele exatamente do jeitinho que ele era.

Começou a comer também, devagar, torcendo para que nenhum enjoo a acometesse naquele momento, pois ainda queria um pouco de tranquilidade e normalidade antes de contar para ele. A situação fez Karui lembrar-se de quando Chouji se interessou por ela e Ino o convenceu a fazer um regime maluco, o qual terminou com ele comendo um bolo inteiro sozinho quando Karui contou-lhe que gostava de gordinhos, esta lembrança a fez rir.

—Por que está rindo? - ele perguntou, parando a meio caminho de levar a comida a boca.

Ela o fitou por um momento. Chouji sorriu para o sorriso leve dela. Ele era tão apaixonado por aquele sorriso que poderia trocar até mesmo uma picanha no ponto por ele.

—Estou lembrando daquela dieta maluca da Ino. - ela respondeu por fim.

Ele fez uma cara de desgosto. Eram dias difíceis de lembrar, os dias em que escutou Ino e, pela primeira vez na vida, se enfiou em uma dieta a fim de impressionar a ruiva. Eles ainda nem namoravam, mas ele já estava gostando dela, então ele resolveu escutar Ino, que dizia que mulheres gostavam de homens mais magros, no lugar de Shikamaru, que insistia que ele não deveria mudar por ninguém. Era fácil Shikamaru falar isso, apesar de ser preguiçoso, era bastante inteligente e Chouji até mesmo ouviu meninas cochichando sobre ele ser bonitinho depois que este virou chuunin.

No fim das contas, após um mês de dieta, Chouji teve que ir a Kumo em missão e Karui notou que ele parecia um tanto infeliz e, na tentativa de agradá-lo, fez-lhe um bolo de chocolate com bastante cobertura. Aquilo fez Chouji chegar ao seu limite, ele queria aquele bolo, mas ao mesmo tempo queria a garota que o havia feito. Ele admitiu estar fazendo uma dieta e ela o pressionou para contar o motivo, aquilo não parecia nada com o garoto que ela havia conhecido, então ele finalmente tomou coragem e confessou seus sentimentos a ela. No dia, ela deu uma pequena risadinha com o rosto completamente corado e confessou corresponder aos sentimentos dele e que não dava a mínima para o seu peso. Feliz e finalmente livre da dieta, Chouji devorou o bolo praticamente sozinho e logo em seguida eles começaram a namorar.

—Não gosto de lembrar disso. - ele resmungou - Mas gosto de lembrar do seu bolo de chocolate.

Ela sorriu.

—Então vai ficar feliz em saber que fiz ele de sobremesa. - ela contou como quem conta um segredo.

Novamente, os olhinhos muito pretos se arregalaram e ela o achou uma graça. Ela terminou sua refeição primeiro e esperou pacientemente ele se satisfazer.

Em seguida, ela trouxe o bolo de chocolate com a cobertura vulcão. Viu os olhos de Chouji brilhando mais uma vez enquanto cortava um pedaço e logo foi arrematada por um enjoo. A ruiva fechou os olhos e respirou fundo, o que não passou despercebido pelo namorado.

—Está tudo bem? - Chouji perguntou mudando o semblante de feliz para preocupado.

—Não se preocupe. - ela respondeu colocando um pedaço de bolo num prato e entregando a ele. - Devo ter comido algo mais cedo que não me fez bem, só isso. - abriu um pequeno sorriso para confortá-lo e ele levou o primeiro pedaço de bolo à boca.

—Esse está melhor do que o outro. - ele disse já cortando um próximo pedaço e levando em direção à boca parando por um instante. - Você fez seus exames de rotina essa semana, não é? Está tudo certo?


Karui congelou enquanto o via colocar o segundo pedaço de bolo na boca. Chouji dificilmente conversava nos momentos de refeição e ela não esperava que ele fosse lhe perguntar justamente sobre os exames agora. De fato, aquele era o momento perfeito e não contaria mais uma mentira a ele.

—Peguei o resultado do exame de sangue hoje. – ela começou vendo-o concordar enquanto já estava com outro pedaço a caminho da boca. – E eu estou grávida.


Nesse momento, parecia que tudo ficou em câmera lenta. Ela pode notar o garfo caindo da mão do parceiro e o pedaço de bolo voando na mesa, pode ver seus olhos castanhos se arregalarem e a boca suja de chocolate abrir em um perfeito “O”.


—Grá-gravida? – Chouji gaguejou surpreso e, pela primeira vez na sua vida, seu foco deixou a comida para estar totalmente na conversa.

—Sim, Chouji. – ela respondeu com toda a paciência que tinha, seu estômago dando outra volta por conta do enjoo – Grávida.


Chouji piscou algumas vezes, absorvendo a notícia. Ele sentia como se borboletas voassem em alta velocidade em seu estômago e sabia que seus olhos estavam arregalados. O bolo totalmente esquecido, ele encarava os olhos ambares de sua namorada com toda sua atenção, se perguntando se aquilo podia ser uma brincadeira. Mas Karui não era dada a brincadeiras. Ainda mais uma brincadeira como aquela.
Ele se levantou devagar, dando a volta na mesa sob o olhar atento dela e receoso dela.


—Quanto tempo? –ele perguntou se sentindo particularmente abobado.


—Quatro semanas. –ela respondeu, a voz saiu um pouco emotiva, embargada e ela se repreendeu mentalmente por isso. –Fui ter algum sintoma hoje pela manhã, um pouco antes de pegar o exame. Se eu não tivesse visto o positivo ali, nem desconfiaria.


Ele assentiu devagar, já praticamente do lado dela. Karui se sentiu nervosa, tendo que levantar o pescoço para olhá-lo, e decidiu que era melhor ficar de pé, e foi o que ela fez.


—Sim, idiota perguntar. –ele respondeu, coçando a nuca –Foi a última vez que nos vimos... Provavelmente naquela noite que... Bebemos um pouco.


Ela assentiu se apoiando de leve na cadeira por conta de uma tontura. Céus, só porque descobriu a gravidez agora todos sintomas viriam de uma vez? Ela levantou o rosto para olhar nos olhos dele e encontrou o olhar mais apaixonado que já tinha recebido na vida e então braços fortes, mesmo que gordinhos, a circularam e a tiraram do chão.

—Chouji! –ela exclamou com o susto de ser abraçada daquela forma, iria completar com mais alguma coisa mas esqueceu no momento em que ele a beijou com muito amor e ternura. Ela realmente não esperava que ele fosse reagir tão bem e permitiu-se esquecer por uns momentos que eles eram de vilas diferentes e tudo que aquela gravidez implicava.


Separaram-se devagar e Chouji a encarou com aquele olhar, deixando-a corada.


—Obrigado. - ele sussurrou no ouvido dela enquanto a abraçava novamente. -Eu sempre sonhei em ser pai.


Os olhos de Karui marejaram com aquela declaração. Ela se sentia um pouco insegura em ser mãe, ainda mais sendo algo não planejado e na situação que estava, mas, para ela, a notícia não havia gerado nenhum sentimento ruim além desse receio. Saber que Chouji estava feliz também, como ela se sentia, e grato por ela estar gerando o filho deles, deixava-a emocionada.


—Eu... –ela tentou dizer algo, mas sua voz falhou e ela desistiu antes que a vontade de chorar a vencesse.


Ele sorriu e tomou seus lábios novamente. Pegou-a no colo como uma noiva ainda em meio ao beijo e ela riu, desgrudando seus lábios dos dele.


—Eu acho que podemos continuar o que tínhamos deixado para depois agora. – ele murmurou, carregando-a para o quarto.


Ela riu mais um pouco, assentindo e nada mais passou pela cabeça deles quando se beijaram mais uma vez e rumaram em direção ao quarto, esquecendo até mesmo do pedaço de bolo pela metade em cima da mesa.

~x~

Chouji acordou no dia seguinte da maneira que mais gostava: com Karui ao seu lado. Ele se acomodou melhor, abraçando-a confortavelmente e suspirando, relaxado. A ruiva se mexeu de leve, mas apenas para também se acomodar melhor contra ele. Fez um carinho de leve, ainda de olhos fechados, no braço da namorada.

Mas toda aquela tranquilidade durou pouco em sua mente quando ele começou a pensar na questão que levaram eles a aquele momento. No dia anterior ele estava tão feliz com a notícia que iria ser pai que nem chegou a pensar no que um filho implicava ao relacionamento deles. Eles iriam se casar? Ela finalmente cederia e iria para Konoha com ele? Repentinamente, o medo tomou-lhe conta. E se ela não aceitasse sair de Kumo? Ele não poderia sair de Konoha por conta do clã, e se ela decidisse que o melhor era eles permanecessem da maneira que estavam e ele tivesse que ficar longe do filho (ou filha)? Sentiu o desespero começar a tomar conta de seu peito, abriu os olhos, encarando o teto. Nunca haviam discutido abertamente o assunto, ele nunca quis forçá-la a nada, mas agora estava agoniante tanto a ideia de forçá-la a largar sua vida e mudar de vila quanto de seu filho crescer longe de suas vistas. Levantou-se da cama e rumou ao banheiro para fazer sua higiene pessoal, precisava lavar o rosto e pensar melhor em como abordar o assunto.

Ela despertou com o farfalhar dos lençóis e sentiu o corpo pesado se levantando, mas não abriu os olhos. Depois de toda a agonia se perguntando qual seria a reação dele quando ela contasse da gravidez, se sentiu aliviada por ele ter ficado tão feliz. Não chegou a abordar seus outros questionamentos porque ela mesma estava com medo, casamento, mudança... Ainda não estava preparada para isso e sabia que cedo ou tarde teria que se mudar para Konoha.

Chouji voltou para o quarto vestindo apenas uma cueca, os cabelos meio molhados. Ele sorriu para ela e ela sorriu de volta, não ficava mais constrangida em vê-lo quase sem roupa dessa forma.

—Eu acho que precisamos conversar, né? – ele disse se aproximando mais da cama. Ela suspirou.

—Sim, precisamos. – respondeu, sentando-se na cama.


Chouji sentou-se também, de frente para ela, uma perna dobrada na cama e a outra para fora.


—Você sabe que isso muda muita coisa. – ele começou um tanto sem jeito, sem saber como começar aquele dialogo, mas também sem querer deixar toda a responsabilidade dele para ela.


—Eu sei. – ela respondeu, desviando o olhar. – Eu sei que você não quer me pressionar, mas que você quer que eu me mude para Konoha com você.


Ele assentiu.


—Eu não posso deixar minha vila. – disse – Eu queria poder, mas não posso. Sei que a decisão pra você é difícil. Mas da mesma forma que eu não quero te pressionar, eu não quero você grávida longe de mim... E nem que você crie sozinha nosso filho e longe dos meus olhos a maior parte do tempo. Não é justo, Karui. Nem com você, nem comigo... Nem com o bebê.

Ela suspirou novamente preocupada.

—Chouji, eu entendo, já me conformei que vou me mudar para Konoha um dia, mas ainda não estou preparada.

Chouji sorriu, certo, ela não iria agora, mas confirmava que iria um dia e isso bastava para ele. Aproximou-se dela e deu-lhe um beijo na testa.


—Fico feliz de saber que um dia você vai, isso para mim já é suficiente. - ela sorriu com a declaração dele.


Ele sorriu de volta e se aproximou devagar, selando um beijo carinhoso.


—Agora vamos parar um pouco com o drama. – ela disse abrindo um sorriso travesso. – Você só tem mais três dias aqui e tem um bolo de chocolate inacabado na cozinha.


—Como pude me esquecer daquele bolo? – Chouji fez a pergunta mais para si mesmo do que para ela, segurou a mão da namorada que estava estendida e seguiu-a em direção a cozinha.

Karui se sentiu feliz, mesmo que parecesse estranho. Ela e seu bebê eram mais importantes que o bolo de chocolate.


Os três dias que se seguiram foram maravilhosos. Karui havia preparado um vasto cardápio para o namorado e todas as noites eles preparavam o jantar juntos. Ele também pode estar presente no primeiro ultrassom, que mesmo ainda não dando para ouvir o coração ou distinguir muita coisa, foi emocionante. Mas o melhor de tudo foi o fato de Chouji conseguir convencer Karui a ir para Konoha pelo menos durante o tempo da gestação, pois a vila da Folha tinha a melhor equipe médica da Aliança Shinobi e ele gostaria de estar com ela durante todo o processo.


Se despediram na entrada da vila dela no início do que seria o quarto dia após sua chegada. Ele estava feliz. Em no máximo um mês voltaria para buscá-la e até o fim da gravidez ela ficaria em Konoha com ele. Ele tinha certeza que ela se adaptaria logo a vila, ainda mais com Temari, com quem ela se dava tão bem, estando por lá. Passou o caminho planejando como contaria ao seus pais que seriam avós, sabia que sua mãe ficaria louca com a novidade e que estaria com o enxoval da criança pronto antes que a barriga de Karui denunciasse a gravidez, e que seu pai bateria em seu ombro, contente. Precisava arrumar uma casa para eles morarem, também, pois conhecia Karui o suficiente para saber que ela acharia que estava incomodando se ficasse na casa de seus pais, além de ela poder não se sentir em casa, o que ele queria muito que ela se sentisse, e também por não terem um mínimo de privacidade. Estava tão contente, fazendo planos e mais planos em sua cabeça, que mal poderia esperar para o encontro mensal com Ino e Shikamaru, o qual aconteceria no dia seguinte ao que ele chegasse em Konoha.


Ele sabia que Shikamaru ficaria feliz por ele, os dois sempre compartilharam esse sonho em comum: O de serem pais, por mais que Shikamaru às vezes dissesse que isso era problemático. Ino com certeza se comprometeria a ajudar pela parte médica e, apesar de ela e Karui terem uma diferença de personalidades que faziam elas se alfinetarem com frequência, a parte emocional também. Elas eram mulheres, e isso incluía Temari, elas sabiam o que a outra sentia.


Tudo parecia tão perfeito que ele até pensou como seria legal que seus amigos e ele tivessem filhos ao mesmo tempo. Claro que isso não seria possível, pois por conta do tratado entre os Clãs, eles haviam conversado sobre isso e Ino se declarava não-pronta para ser mãe e Shikamaru dizia que Temari ainda não queria um bebê, que ela estava concentrada demais na situação da Aliança Shinobi, assim como ele estava ajudando Kakashi a fazer de Konoha uma potência econômica e cientifica, além de ter suas inseguranças a respeito do assunto.


Ele sorria, encarando os portões de sua amada vila e, então, seus olhos se arregalaram e ele estacou. Ele estava tão feliz com seu bebê e Karui se mudando para vila, que só agora se dava conta: O tratado dos Clãs!

Céus, Shikamaru e Ino o matariam!


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Notas finais do capítulo

Juh: Depois de longos meses, finalmente capítulo postado! A ideia já estava rascunhada na minha cabeça a séculos, mas nunca tive coragem de colocar em prática. Até que um dia comentei com a KL e ela “vamos escrever, por que não?”. E assim começamos. Esse primeiro capitulo ficou muito amorzinho, ChoRui tem o potencial de ser um dos casais mais fofos de Naruto e infelizmente vejo isso sendo mal explorado.

KL: Quando a Juh chegou com essa ideia pra mim, eu me empolguei na hora. Eu já tinha pensado em algo assim e fomos complementando nossas ideias e foi saindo algo gostamos muito de escrever. Faz já alguns meses que estamos escrevendo e planejando nossa história e achamos agora um bom momento de posta. Esperamos que tenham gostado desses momentos fofos ChouRui e que estejam ansiosos e curiosos sobre o que vai acontecer a seguir.

KL e Juh: E um agradecimento muito especial para nossa beta linda, Hikari Mondo, que se empolgo junto com a nossa historia ♥



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