The Selection escrita por SsRoberta


Capítulo 3
Capítulo 2: The History




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Sirius continuava a encarar a loira com um sorriso no rosto. Não podia acreditar que era mesmo ela ali em sua frente, parecia surreal demais.

Mas de acordo com a expressão amedrontada no rosto de Marlene, ela não parecia ter gostado de ter sido descoberta por Sirius. Ele só não conseguia entender o porquê.

— Você é ela, não é? — Sirius perguntou. Estudava o rosto angelical da loira. Tinha certeza de que era sim a dançarina da Hog's Head, não tinha como negar.

Marlene desviou o olhar e fitou os próprios saltos que usava. Ela parecia bastante constrangida, o que deixou Sirius alarmado. O que tinha feito de errado?

— Como conhece Hog's Head? — ela ergueu o olhar e encarou o príncipe com a sobrancelha arqueada.

Sirius engoliu em seco. Não havia pensado que, ao mencionar a boate, a garota descobriria que ele a frequentava.

— Eu- — começou ele, então limpou a garganta para prosseguir: — Isso não importa agora. Eu sei que você dançava naquela boate.

A loira suspirou e torceu a barra do vestido azul claro que usava. Sirius então resolveu estudar seus traços. Ela tinha uma beleza angelical, seus olhos eram de um azul muito intenso, sua boca era carnuda e delicada coberta por um brilho labial.

— Suponhamos que fosse mesmo eu, você me mandaria de volta pra casa, certo? — ela perguntou olhando fixamente para o príncipe, que franziu a testa, confuso.

— Por que eu faria isso? — perguntou.

Marlene ficou atônita por alguns segundos, mas rapidamente se recuperou.

— A maioria das pessoas me chamariam de vadia caso soubessem o que eu fazia. — suspirou. — Eles não entendem que há uma grande diferença entre dançar e se vender. E mesmo que uma mulher fosse obrigada a isso, não é certo que a chamem assim.

O príncipe ficou calado, apenas observando a loira que transmitia tanta verdade e revolta em suas palavras.

— Então admite que era você?

Ela passou a mão pelas madeixas loiras e respirou fundo.

— Acho que não posso mais negar. — disse levantando-se da poltrona.

Sirius levantou-se rapidamente em seguida. Não estava entendendo aonde a garota pretendia ir.

— Aonde está indo? — perguntou segurando levemente o braço de Marlene, que parou e ergueu os olhos para ele.

— Para casa, é claro. — respondeu ela como se fosse o óbvio. Ele ergueu uma sobrancelha e a olhou com confusão estampada em seu rosto. — Tenho certeza que vocês não irão querer uma ex-dançarina no palácio, muito menos que ela chegue perto demais do trono.

Então, para a surpresa de McKinnon, o príncipe começou a rir. Ela não sabia o que fazer, olhou para os lados, onde dois guardas estavam parados na entrada do salão, eles pareciam imóveis, como se presenciassem o príncipe às gargalhadas com bastante frequência e não se importassem.

— Posso saber qual é a graça, Alteza? — ela perguntou impaciente, esperando o príncipe terminar seu acesso de risos, o que estava demorando a acontecer.

— Desculpe. — ele limpou algumas lágrimas que se acumularam no canto dos olhos. — Mas não faz sentido eu lhe mandar embora pelo seu antigo trabalho.

Ela ficou sem fala por alguns instantes, por fim respirou fundo. Parecia extremamente aliviada.

— Isso é- — ela começou. — Muito gentil da sua parte.

O príncipe esboçou um sorriso.

— Poderia me contar como veio parar aqui? — indicou a poltrona para Marlene, e ela, um pouco hesitante, voltou-se a sentar.

A garota soltou um longo suspiro antes de criar coragem para entrar naquele assunto, que parecia extremamente delicado para ela.

— Minha família. — disse. — Estou aqui por eles, caso contrário, ainda estaria em Hog's Head.

Atordoado, Sirius franziu a testa. Não esperava por aquela resposta. Podia admitir que imaginava que o motivo para a inscrição dela seria o mesmo que todas as outras da qual ele já havia conversado. E saber que, uma delas não estava ali com a intuição de seduzí-lo, o deixava decepcionado e confuso.

— Sei que provavelmente depois de admitir isso serei mesmo mandada de volta para casa, mas é verdade. Eu não estou aqui para fazê-lo se apaixonar por mim. — ela confessou. Balançava freneticamente as pernas, sinal de que estava bastante nervosa em admitir aquelas coisas em voz alta.

— Poderia então me dizer porquê está aqui? — perguntou Sirius encarando-a. — A história toda?

A loira assentiu com a cabeça, abriu a boca para começar a falar, mas naquele exato momento, a porta do salão foi aberta chamando atenção dos dois.

— Vossa Alteza, sinto muitíssimo interrompê-los, mas o senhor ainda tem outras dez garotas para atender. — informou McGonagall com sua habitual expressão severa, mas Sirius sabia que por trás daquela máscara, a mulher era muito bondosa e afetuosa com ele.

Embora Sirius não quisesse encerrar aquela conversa tão cedo, foi obrigado a concordar com McGonagall. Ele ainda tinha um longo dia pela frente e não pretendia passá-lo conversando com todas aquelas garotas.

— Conversamos sobre isso em outra oportunidade, tudo bem? — a garota assentiu com a cabeça, fez uma rápida reverência e seguiu McGonagall para fora do Salão.

Não demorou muito para McGonagall voltar, agora com outra garota em seu encalço. Sirius prontamente endireitou a postura e esperou pela reverência que ela fazia.

— Sou Emmeline. Emmeline Vance. — disse com a voz suave.

Sua pele era tão branca quanto a neve contrastando com seus cabelos negros. Usava um vestido longo, que marcava sua cintura, na cor verde oliva que combinava com seus olhos.

Ao perceber que estava sendo observada atentamente pelo príncipe, ela abriu um sorriso malicioso. E, Sirius, é claro, a acompanhou.

——

Após passar boa parte do dia acompanhado das garotas, Sirius finalmente pôde relaxar por alguns poucos minutos. Pois, logo Louise, uma das criadas que serviam ao príncipe, o chamou em nome de seus pais que o aguardavam no escritório.

Agradeceu Louise pelo recado e caminhou até o escritório do rei, onde o encontrou sentado em sua habitual cadeira, ao seu lado estava Walburga e em pé, com a expressão severa e atenta, estava McGonagall.

— Finalmente. — resmungou o rei. — Precisamos falar sobre a Seleção.

Por Sirius, aquele assunto estava encerrado por hoje. Havia passado horas cuidando daquilo, precisava de uma folga para pensar em tudo que havia acontecido durante a conversa com as garotas.

— O que achou das moças? — Walburga perguntou analisando cuidadosamente o rosto do filho.

Pensou antes de responder à pergunta. Mesmo tendo passado praticamente o dia todo ao lado delas, era difícil ter uma opinião formada.

— Ainda não as conheço o suficiente para lhes dizer o que acho. — por fim respondeu.

Ao contrário do que imaginou, seus pais assentiram com a cabeça e abriram um mínimo sorriso.

— É por isso que deve convidar uma delas para um passeio pelos jardins. — disse Órion encarando o filho severamente.

Não parecia má ideia, e era obrigado a concordar com seu pai. Seria impossível conhecer as garotas com apenas alguns minutos contados de conversa.

— Quem você escolhe? — perguntou Walburga, esperançosa.

Ele não precisou pensar muito para ter um nome em mente.

— Marlene McKinnon. — respondeu com um sorriso no rosto. Seria ótimo passear com a loira pelos jardins e assim entender o motivo dela estar ali.

Mas ao ouvir aquele nome, Walburga bufou e se levantou da poltrona que ocupava. Seus olhos faiscavam enquanto ela encarava Sirius que não entendia sua reação.

— O quê?! Ela é uma Seis, Sirius! — esbravejou ela. — Você não irá se encontrar com uma Seis.

McGonagall remexeu-se inquieta no canto da sala, mas nada disse.

— Seu encontro será com a senhorita Vance. — informou Órion, como se antes mesmo de chamar o filho, já tivesse decidido o assunto.

Sirius olhou incrédulo de Walburga para Órion. Eles estavam mesmo falando sério? Não tinha nada contra Vance, mas aquela era sua Seleção, não queria que seus pais também interferissem naquilo.

— Não sou eu quem deveria escolher? — perguntou tentando controlar seu temperamento.

— Nós lhe demos a chance, porém não podemos permitir que escolha uma Seis quando pode claramente escolher Vance, que é uma Dois. — explicou Órion pacientemente. — Esperamos que ela lhe agrade. Devemos informar que ela é uma das nossas favoritas.

Abriu a boca para rebater, mas o olhar severo de McGonagall o calou, advertendo-o.

Como se o assunto já tivesse encerrado, o rei e a rainha deixaram o escritório, deixando Sirius e Minerva para trás. O príncipe bufou e jogou-se na poltrona de seu pai. Sentia-se exausto e irritado.

— Agora eu não sou autorizado a escolher quem devo convidar? — perguntou incrédulo.

McGonagall suspirou e aproximou-se dele. Agora não parecia mais a mulher séria e brava que demonstrava ser, mas estava com uma expressão preocupada e compreensível no rosto enquanto observava Sirius.

— Sei que não gosta, mas seus pais só fazem isso para seu próprio bem. — ela disse.

Sirius ergueu os olhos e a olhou incrédulo. Ela não conseguiu esconder um pequeno sorriso que indicava que ela também não acreditava no que acabara de dizer.

— Escreverei a carta para entregar à Vance. — ele disse com um suspiro derrotado.

——

— Acredito que não irá demorar muito até você enlouquecer. — a voz divertida de Regulus chamou a atenção de Sirius que encarava alguns relatórios que tinha em mãos, tentando a todo custo compreendê-los.

Ser príncipe era realmente exaustivo. E conciliar suas tarefas agora com a Seleção estava sugando toda a sua energia.

— O que quer, Regulus? — perguntou com o tom de voz seco, sem desviar os olhos dos relatórios sobre o último ataque rebelde em um estado próximo ao palácio.

Ouviu um suspiro vindo do irmão mais novo, que jogou-se no enorme sofá do escritório próprio de Sirius.

— Passei apenas para ver como estão as coisas. — o mais jovem respondeu, não se abalando com a impaciência do irmão. — Gostou das garotas?

Respirando fundo, Sirius desviou os olhos dos relatórios e encarou o irmão mais novo, havia perdido completamente a concentração. E pelo olhar cheio de expectativas e malícia de Regulus, ele não sairia dali até arrancar alguma coisa do irmão.

— Assim como disse aos nossos pais, não as conheço o suficiente para lhe responder.

Regulus revirou os olhos.

— Até eu que não pude sequer chegar perto delas, tenho que admitir que gostei muito do que vi. — ele tinha aquele sorriso malicioso nos lábios, característica dos Black. — Estava até pensando em reciclar as que você for dispensar.

Sirius olhou para o irmão com impaciência.

— Você terá sua própria Seleção daqui uns anos, portanto comporte-se. — disse encarando o mais novo com seriedade. Regulus apenas riu, negando com a cabeça.

— Sim, Alteza. — respondeu em tom de deboche. — O que são esses papéis? — perguntou após alguns minutos, sua expressão tornando-se mais séria.

O príncipe respirou fundo. Estava há horas lendo e relendo aqueles relatórios e tentava entendê-los, mas estava muito longe disso. Também tinha que organizar a primeira eliminação da Seleção, e não sabia por onde começar.

— Relatórios sobre alguns dos muitos problemas de Hogsmead. — massageou as têmporas. Preferiu omitir que estava também com o papel da Seleção, seu irmão não seria de grande ajuda.

Regulus fez uma careta e se levantou, olhando solidariamente para o irmão.

— Só posso lhe desejar sorte. — disse, sincero. — Não deve ser fácil ter em mente que será o próximo a comandar tudo isso. — ele fez um gesto indicando todo o palácio. — Mas sei que a melhor pessoa para esse cargo é você. — deu um leve tapa nas costas de Sirius e deixou o escritório. Sirius ficou atônito por alguns minutos, apenas refletindo sobre o que o irmão dissera.

Ele seria mesmo um bom rei para o seu povo?

Bastava olhar para as coisas que seu pai ordenava e a revolta de toda a população para ele responder esta pergunta. Sirius seria um rei muito melhor que Órion, ele realmente se importava com seu povo. E lutaria por eles.

Com um pequeno sorriso de motivação no rosto, Sirius levantou-se e deixou o escritório. Não estava com cabeça para estudar os relatórios, mas ainda precisava eliminar algumas das garotas.

E foi pensando nisso que se viu caminhando em direção ao quarto de Marlene McKinnon. Não tinha intenção de mandá-la embora, mas precisava entender o que ela estava fazendo ali já que não parecia estar competindo como as outras. E também lhe incomodava o fato de uma daquelas garotas não estar ali por causa dele, por mais egoísta que isso soasse.

Quando chegou ao corredor do segundo andar e olhou para todas aquelas portas, não soube o que fazer. Como pretendia falar com a garota se não fazia ideia de qual era seu quarto? Obviamente ele não podia bater de porta em porta, pois ocasionaria uma tremenda confusão com as selecionadas. Então o que faria?

E foi como se alguém escutasse sua pergunta interna que um guarda apareceu na outra ponta do corredor. Ao avistar Sirius, o guarda automaticamente tomou uma postura mais ereta após fazer uma breve reverência.

— Boa noite, Alteza.

— Boa noite. — o príncipe respondeu. — Saberia me dizer qual é o quarto da senhorita McKinnon? — perguntou para o soldado com McLaggen em seu uniforme.

Ele sorriu de leve antes de responder a pergunta.

— Quarto 412, senhor. — Sirius agradeceu e caminhou até o número do quarto que o soldado McLaggen indicara. Bateu na porta e esperou até que uma criada a abriu, arregalando os olhos quando percebeu quem era.

— O-olá, Alteza. — fez uma reverência desajeitada. Ela abriu um pouco mais a porta, revelando Marlene congelada enquanto olhava na direção de Sirius.

— Boa noite, senhoritas. — ele disse com um sorriso, arrancando sorrisinhos de mais outras duas criadas que estavam com a loira. — Posso entrar? Seria uma verdadeira bagunça caso as outras garotas notem minha presença aqui. Não suportaria outra seção de conversas com todas elas por hoje. — as criadas deram risadinhas, mas Marlene permaneceu imóvel.

— As senhoritas estão dispensadas por hoje. — anunciou Sirius. — Precisam descansar para servir adequadamente a senhorita McKinnon pela manhã. — elas rapidamente concordaram com a cabeça, fizeram uma reverência tanto para Sirius quanto para Marlene e deixaram o quarto.

Parecendo se recuperar do susto, Marlene aderiu uma expressão assassina no rosto, antes de dizer:

— Quem lhe deu o direito de mandar em Anne, Mary e Lucy? — esbravejou. — Nem aqui você deveria estar!

Ele ficou atordoado, enquanto olhava para McKinnon. Não esperava que aquela fosse sua reação, mas logo se recuperou e sorriu.

— Eu sou o príncipe. — deu de ombros. — E estou aqui na intenção de terminarmos a nossa conversa.

Ele não esperou por um convite, apenas sentou-se na cama e esperou que Marlene fizesse o mesmo. Ela o encarava com ceticismo e raiva estampados no rosto, mas por fim acabou juntando-se a ele.

— É complicado. — fixou os olhos na penteadeira, como se estivesse lembrando de algo desagradável. — E não acredito que você queira perder seu precioso tempo falando sobre os problemas de uma garota desconhecida. — seus olhos azuis voltaram-se para ele, Marlene o encarava com certa impaciência.

— Estou aqui, não estou? — perguntou piscando para ela que desviou o olhar.

Ela suspirou, tomando coragem para começar.

— Quando eu completei quinze anos, alguns rebeldes se mudaram para próximo ao lugar onde eu, meus pais e meus irmãos vivíamos. — disse, olhando para a parede sem graça do quarto. Sua expressão parecia reviver o momento, a dor era evidente em seu rosto.

Sirius estava quase desistindo de forçar ela a falar sobre o assunto se a deixava naquele estado, porém ela respirou fundo e recomeçou a falar:

— Então, alguma coisa aconteceu. Não sei se houve uma briga entre eles, algum outro grupo apareceu, ou se algumas pessoas quiseram fazer justiça e os atacaram. Mas naquele dia... — fechou os olhos com força. — Naquele mesmo dia, meu pai estava voltando para casa do serviço. Acabou passando pela confusão, levou um tiro e... — ela limpou as lágrimas dos olhos rapidamente.

— Eu sinto muito. — o príncipe disse, sabia que não escolhera as melhores palavras, mas não sabia outra forma de agir naquela situação.

Ela pareceu não se incomodar. Após secar as lágrimas era como se tivesse tirado algum peso de suas costas.

— Enfim, a partir daí fui obrigada a trabalhar e ajudar minha mãe nas despesas. — continuou. — Trabalhei em algumas casas e estávamos conseguindo viver com o pouco dinheiro que ganhávamos, então Ian e Ryan começaram a frequentar a escola, com isso vieram mais despesas. — sorriu fraco. — Foi então que minha mãe se machucou em uma das casas que trabalhava, e desde então não conseguiu mais emprego. E foi para alimentar meus irmãos e minha mãe que entrei para a Hog's Head.

Sirius não sabia o que dizer. Não ficara se questionando sobre os motivos dela ter recorrido aquele serviço, e jamais imaginaria que ela tivesse sofrido tanto.

E por que não estava sabendo sobre aquele grupo de rebeldes próximo a casa de McKinnon? Os rebeldes circulavam tão livremente entre seu povo? Ele conhecia tão pouco o país que futuramente governaria?

— Eu não sei o que dizer. — sentia-se impotente em não poder fazer nada para ajudar, e odiava se sentir assim. Como príncipe – e futuro rei – de Hogsmead, ele queria poder mudar tudo aquilo, mas nunca conseguia pensar em nada que ajudasse seu povo da maneira que eles mereciam. Era frustante. — Queria ser capaz de fazer algo.

Marlene o olhou com desconfiança, parecia não acreditar que havia desabafado daquela forma, e, muito menos, que o príncipe estivesse sendo tão paciente e sincero.

— Agradeço, Alteza, mas não há nada a fazer. — sorriu minimamente.

Ele assentiu fraco com a cabeça. Estava devastado. Ao olhar para Marlene McKinnon ele enxergava uma pessoa forte e cheia de atitude, era difícil imaginar que ela carregasse tanta dor. Sirius não sabia se seria capaz de suportar caso estivesse no lugar da loira.

— Bom, é por isso que estou aqui. — ela suspirou. — Ao contrário das outras garotas, não tenho qualquer interesse em me tornar rainha e me casar com você.

Ser rejeitado não era um sentimento que Sirius Black experimentava com frequência. Na verdade, ele sequer lembrava de já ter levado algum “não” de qualquer pessoa (exceto, é claro, seus adoráveis pais). E como não gostava daquela palavra com tanto significado negativo, decidiu não se abalar com o desprezo que a loira carregava em sua voz.

— Entendo seus motivos, senhorita McKinnon. — sorriu largamente para a loira que o encarava com a testa franzida. Ele levantou-se e caminhou lentamente em direção à porta. — Tenha uma boa noite. Gostaria muito de te ver durante o café da manhã.

Ela o encarou completamente confusa. Parecia não saber do que Sirius estava falando, parecia esperar outra reação do príncipe.

— Mesmo depois de confirmar que não estou aqui porque quero fazer com que se apaixone por mim, você irá permitir que eu fique? — ela levanta e o encara confusa.

— Ah sim. — sorri. — Sei que mais cedo ou mais tarde você irá se apaixonar. É inevitável. Sou Sirius Black. — diz convencido, sem tirar o sorriso maroto de seus lábios, e deixando uma Marlene completamente boquiaberta e indignada, ele deixa o quarto.


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Notas finais do capítulo

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