Noites em Toscana escrita por Chrisprs
Notas iniciais do capítulo
Escrito com ela Mi Angel. Mi otra mitad. Mi razón.
Catekila
Gracias mi cielo, ajudou muitooooooooooooo
Paolo respirou fundo, se levantou e foi até a sala, Henrique entrou e viu o pai e Carmela, olhou em volta viu que a casa continuava igual, sentiu o cheiro que amava, o cheiro de uvas, cheiro de amor. Depois olhou o pai nos olhos e falou.
Hen: Pensei que nunca mais iríamos no ver, mas aqui estamos nós, o que você fez foi golpe baixo!
Paolo: Golpe baixo? – ele sorriu irônico. – Golpe baixo foi estar no enterro de sua mãe e não estar com os que te amam, golpe baixo é sua esposa vir aqui, trazer meu neto quando eu não estou em casa. Isso é golpe baixo.
Hen: O que você quer? Por que mandou Vivien para falar comigo?
Carmela: Vivien morreu de tristeza Henrique, assim como a tia Pietra. Elas morreram pelo seu egoísmo. Sofia, minha filha foi quem você viu.
Paolo: E o que eu quero, quero que Marcello saiba que tem uma família de verdade, um avô que mesmo de longe o ama.
Hen; Nunca precisamos do seu dinheiro, nunca foi por isso, e sabe bem!
Carmela: E foi pelo que? Por amor? Pois sempre que Antônia ligava e falava com sua mãe era isso que ela pedia dinheiro.
Paolo: Carmela, não por favor! – falou segurando o braço a sobrinha. – Casou de pirraça, para medir forças e o que conseguimos com isso, perdemos quem mais amamos!
Hen: Pirraça? Estou casado até hoje não estou?
Paolo: Está casado, mas por amor? Ama Antônia?
Carmela: Está casado por amor? – perguntou olhando para ele.
Hen: Isso não é da sua conta!
Carmela: Já tenho a resposta, não negue, isso você demostra no olhar. Com licença, tio estou na cozinha se precisar de mim. – ela saiu deixando os dois ali conversando.
Hen: Por que? Qual o motivo disso tudo?
Paolo: As vezes devemos perdoar quem não tem coragem de pedir perdão Henrique, estou no final da minha vida, queria conhecer meu neto, isso tudo aqui, que lutei e trabalhei a vida inteira para construir vai ser dele!
Hen: Sabe que não precisamos disso, deixei claro quando sai daqui naquela noite!
Paolo: O sangue de uma família, mesmo que renegue filho, segue nas veias dos seus.
Hen: Você não tem o direito depois desses anos todos, exigir algo!
Paolo: Eu não estou exigindo nada Henrique, como está escrito no documento, os que é meu, passa a ser de Sofia e Marcello. – nesse momento Sofia entra com o mais lindos dos sorriso de felicidade.
Sofia: Padrinho, amei meu presente....- ela ficou parada olhando a cena ao entrar na sala. – Me desculpe, eu volto depois.
Henrique segurou o braço dela de leva, olhou os olhos de Sofia, tinha uma luz incomparável, era incrível a semelhança das duas. Ela sorriu desconfortável com o gesto dele, minutos depois ele a soltou.
Hen: Agora sei, não quero nada seu! Não precisamos!
Sofia: Don Paolo não está deixando para o senhor e sim para Marcello, quem tem que decidir é ele, o senhor foi avisado por que meu padrinho assim pediu, pois pela lei o Marcello é maior e pode tomar as decisões por si mesmo.
Paolo: Sofia, minha filha, nos deixe conversar sim!
Sofia: Mas Padrinho! – ele olha para ela com carinho, beija a testa dela, que sorri carinhosamente e sai da sala.
Paolo: Ela poderia ser sua filha!
Hen: Isso está passando os limites. Eu não quero saber de nada seu. – ele falava com um dor imensa no coração o que ele queria mesmo esta abraçar o pai ali e pedir desculpas por tudo que lhe causou.
Sofia viu quando Henrique foi embora, voltou para dentro e viu seu padrinho sentado na poltrona com um olhar distante, ele olhou para ela e sorriu triste.
Paolo: Eu sabia que seria difícil, ele é igual a mim.
Sofia se aproximou de Paolo, sentando no chão e colocando sua cabeça em seu colo, como fazia quando era pequena.
Sofia: O senhor padrinho é a pessoa mais maravilhosa que conheço, sei que aquele cabeça dura vai dar o braço a torcer e se arrepender.
Paolo riu com o jeito que Sofia disse, ela se levantou.
— Eu sei que vai Sofia, só espero que não seja tarde.
— Não será, eu vou dar uma volta e já venho.
Ela deu um beijo na testa dele e saiu pegou o carro e foi para a cidade, não era uma cidade grande e tinha apenas um hotel em que Henrique se hospedaria, ela foi até a recepção e se anunciou, pediu para falar com ele, a recepcionista ligou para o quarto e depois de alguns minutos ela foi liberada para subir, bateu na porta e ele abriu, deu passagem e ela entrou.
— Olha se veio até aqui...
Sofia não deixou ele falar.
— Meu padrinho, seu pai não imagina que estou aqui, vim por ele sim, porque não suporto ver a tristeza no olha que ele tem quando fala no senhor, a saudade que ele demonstra, ele apenas quer conhecer o neto, neto esse que o senhor o separou dele.
— Você não sabe nada dessa historia, o que aconteceu.
Sofia cruzou os braços e franziu a sobrancelha, Henrique piscou, parecia Vivien em sua frente, ela fazia exatamente assim quando estava brava.
— Eu sei que você se deixou levar, foi embora e abandonou a mulher da sua vida, que foi contra a vontade de seu pai para medir forças c ele e que quer muito pedir perdão mas e tão orgulhoso quanto meu padrinho, mas o amor dele passou por cima desse orgulho e ele te perdoa, olha a vida é de cada um, mas meu padrinho é muito importante pra mim, eu amo ele e não quero que sofra mais, pense bem senhor Henrique o senhor já perdeu sua mãe sem poder conviver com ela por anos e isso deve te corroer sempre, não cometa o mesmo erro a vida é muito curta para não vive-la, e seu pai infelizmente não vai viver para sempre te esperando, com licença.
Sofia passou por ele e foi embora, Henrique sentou na cama, toda sua vida passou pela sua mente, a imagem de Vivien mais viva que nunca, sua mãe e principalmente de seu pai, sabia o que Sofia disse era a mais pura verdade, então porque era tão difícil a decisão correta.
Novamente Henrique escuta batidas na porta do quarto, estava certo que era Sofia de novo, mas quando abriu teve uma surpresa, Marcelo entrou no quarto e o olhou.
Hen: Marcello, como soube onde eu estava?
Marcello: Não foi difícil, afinal tenho acesso a sua sala e a tudo que tem nela, agora me responda você papai, o que faz aqui nesse país, e porque eu acabei de ver aquela morena que te deixou chorando outro dia na empresa saindo daqui?
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