Noites em Toscana escrita por Chrisprs


Capítulo 5
Capítulo 4 - Henrique está ai!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, espero que gostem .

Para as lindas estrelitas do grupo do whats com todo meu carinho!



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Sofia entrou no taxi que esperava por ela na frente da empresa, quando chegou a porta, sentiu um alivio no coração, mas queria sair daquela cidade o quanto antes.

No escritório Henrique pede que a secretária faça reservas para sua ida a Itália, ficaria dois dias, queria um carro, e um hotel, Selena providenciou tudo, depois ele pegou a pasta e foi para casa, lá encontrou Antônia ao telefone, sorria ao falar com alguém, mas quando viu o marido entrar, fechou a cara e desligou o telefone.

Ant: Cio Bello, o que faz em casa tão cedo?

Hen: Arrume uma mala simples, para dois dias, vou para Itália. – respondeu seco.

Ant: E quando vamos?

Hen: Eu vou, e vou sozinho, assunto meu. Fique e cuida do seus fazeres, ou melhor cuide se seus jovens espanhóis que já está de bom tamanho. – ele queria falar muita coisa para ela, mas não o fez, depois de anos de casados, sendo que desde que chegaram a Espanha, nunca mais dividiram o mesmo quarto.

Antônia chegou a gelar, ela foi fazer o que Henrique queria, as malas, seu casamento de aparência era algo que estava ficando cada vez mais insuportável, ela se distraia com os jovens e ele com o trabalho e com a carreira do filho, nada mais o interessava.

***

Sofia pagou o taxi, entrou no hotel, depois ligou para o padrinho, estava apreensiva com ao que tinha acontecido.

Sofia: Padrinho, feito! – ela falou de supetão, sem rodeio. – Entreguei, e deixei a cópia para ser entregue ao filho Marcello Bottura DeMazzi, e acho que encontrei com ele em Roma, padrinho o que eu faço agora?

Paolo: Bonasera bambina, bom primeira fase comprida, agora volte para casa temos uma surpresa para você aqui. – falou sorrindo.

Sofia: Aí padrinho, o que tem aí para mim? – perguntou curiosa.

Paolo: Venha para casa! – falou e desligou o telefone.

Paolo sabia de tudo que aconteceu no escritório do filho, pois tinha uma certa ajudinha de uma velha conhecida, depois da ligação dessa "amiga" ele recebeu a ligação de Sofia, ele andou pela casa, sabia que Henrique iria ficar furioso, e como temperamento de todo italiano, iria aparecer ou de alguma forma tirar satisfação sobre a parte da herança de Marcello, o que ele quero muito, ver o filho só mais uma vez na vida, nem que fosse para ouvir desaforo de Henrique.

E os dois dias foram como uma corrida de lebres, passaram rápidos, Sofia chegou e contou a todos em um jantar como foi a reação de Henrique, e que quando estava em Roma, na reunião das empresas de advocacia e da empresa de negócios, contou que Marcello era um dos estagiários que estavam presentes na parte da empresa de negócios. E falou que esbarrou com ele novamente na empresa do pai. Mas que nenhuma das vezes falou com ele.

Depois do jantar, todos foram se recolher, Paolo, que estava na varanda, sentiu a brisa com leve cheiro de chuva e sorriu, sabia que a colheita seria boa, as chuvas para aquela época na Toscana trariam fartura nas terras semeadas, mas também sorriu, pois encontraria o filho, estava cansado da briga e da distância, e por mais uma vez pensou no que Pietra lhe falou quando estava no leito definhando.

Lembrança on...

Pietra: Tens que perdoar, mesmo que ele nunca lhe peça o perdão, ele foi feito com amor, concebido pelo nosso amor. Ele é você quando jovem, não deixe que ele fique sem o pai, ou o bambino que é lindo sem a convivência do avô maravilhoso.

Paolo: Shii, tens que descansar mio amore, tens que se resguardar, sei que farei, um jeito de ficar perto dele. Agora descanse. – ele deita ao lado da sua mulher, que tira debaixo do travesseiro uma foto dela com o pequeno Marcello, era lindo tinha os olhos vibrantes, um sorriso encantador.

Pietra: Olhe para ele, ele lembra você, quando nos conhecemos na festa da Velha Toscana, no dia que juramos nos amar até o infinito, estou partindo agora, e você só poderá partir quando o perdão estiver nessa casa novamente. Nesse dia venho te buscar. Guarde essa foto, foi no meu aniversário, ela o trouxe para me ver, agora faça o que tiver que ser feito.

Paolo: Não me deixe Pietra! – falou segurando a mão dela.

Pietra Paolo ti amo, è e sarà sempre l'amore della mia vita. Portare il perdono per questa casa amore mio.

Naquele momento Pietra larga a mão de Paolo e fecha seus olhos, deixando um grande vazio na alma, na vida e na casa dos DeMazzi, Paolo enviou um telegrama avisando Henrique da morte da mãe, mas ele não veio, ou melhor não quis aparecer, mas estava presente mesmo que de longe no dia do enterro da mãe. Paolo o viu de relance, mas estava transtornado demais para chamar ou conversar com o filho naquele momento.

Lembranças off...

Paolo: Ele vai vir, mesmo que for para jogar na minha cara que não quer e seu filho, meu neto tampouco precisa do meu dinheiro. – falou sorrindo e tomando sua taça de vinho. 

***

Amanheceu, a lida no campo já tinha começado cedo, Paolo esperava Sofia para lhe dar o presente, ela ainda estava dormindo, Carmela que terminava de colocar a mesa para o café da manhã, resmungava consigo mesma.

Carmela: Isso não está certo, ela vai se matar com isso, é uma arma na mão dessa bambina, meu tio está um vecchio pazzo (velho louco), e pior Gioseppe está indo junto.

Paolo: O que tanto fala donna lamentosa(mulher reclamona), já falei com seu marido, ele aceitou, a menina precisa de um meio de transporte, chega de trens e ônibus, ela tem família, e vamos sim dar o carro para ela. – falou entrando na cozinha, pois sabia que a sobrinha reclamava do presente.

Carmela: Pazzo tu e Gioseppe, ela vai se matar, isso aí não é um carro é uma arma com rodas.

Nesse momento Sofia chegava abraçada ao pai, que foi chamar ela para tomar café.

Sofia: Quem é pazzo mamma?

Gio: pela cara dela bambina, eu e seu padrinho, ou estou errado Don DeMazzi.

Paolo: Não, está correto, ela está reclamando do presente de Sofia!

Sofia: Mas se o presente é para mim, por que reclama mamma?- todos riram, até Carmela que deu o braço a torcer, tomaram café em harmonia, claro uma típica família italiana, o som das vozes deles eram altos, que passasse por ali e os ouvissem acharam que era um briga.

Depois do café, Carmela ao lado da filha esperou o marido trazer o presente, quando as duas olharam Sofia pulou de alegria, era um carro dos sonhos, ela abraçou a mãe, o padrinho e o pai, ficou tão feliz que queria logo sair com ele.

Paolo: Tem condições para uso bambina, nada de corridas clandestinas, se quer correr vamos para a pista de corrida, nada de ultrapassar o limite de velocidade nas curvas, bom acho que é isso certo Carmela? – ela afirma e Gioseppe entrega a chaves para a filha que entra no carro e sai cantando os pneus.

Carmela: ela vai se matar, eu falei!

Paolo: Os jovens de hoje, sabem nada de carros potentes! – saiu caminhando para o escritório, queria verificar algumas coisas.

Carmela que estava na frente da casa viu quando um carro da capital entrou na propriedade, e cruzou as vinhas, depois parrou em frente a casa e desceu do carro, ela olhava de longe, quando viu o homem, entrou e chamou Paolo.

Carmela: Don Paolo, tio? – ela bateu na porta e recebeu a autorização para entrar. – Henrique está ai! 


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