Noites em Toscana escrita por Chrisprs


Capítulo 34
Capítulo 33 - O passeio pelo parreiral


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial.

Para minha docinho que amo de paixão. Obrigada pelo sempre!❤❤❤❤❤
JRODRIGUES18



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Ele sorriu e a amou por algumas horas, até que o cansaço de ambos o fizeram dormir, abraçados ao som da chuva que ainda caia.

Quando amanheceu, Sofia estava na janela da sala olhando o sol nascer, a chuva tinha se dissipado na madrugada e aquela manhã prometia. Ela caminhou até a cozinha colocou água, depois tapou a cafeteira italiana, colocando pó no local indicado e esperou o ferver da água para a preparação do café, ainda tinha alguns pedaços de queijos, ela pegou juntamente com ovos e salame e fez uma "fortaia" para o café da manhã.

Ela estava sorridente, porem algo a incomodava, por qual motivo os cupidos fizeram aquilo, estava tão evidente assim que eles ainda se amavam. Ela estava pensativa, e pensou num plano para deixar todos cabreiros e esconder que adorou o que eles aprontaram, mas para isso precisaria da ajuda de Marcello, que poderia não concordar com tudo.

Marcello acordou e se virou, abriu os olhos e não a viu, sentiu o aroma do café. Vestiu a roupa, foi ao banheiro e fez sua higiene, depois foi para a cozinha.

Marcello: Que cheiro delicioso! – falou abraçando Sofia pela cintura e cheirando o pescoço dela.

Sofia: Meu cheiro ou do café da manhã?

Marcello: Meu coração diz que o seu, mas mais estomago diz que é do café da manhã! – ele mordeu a ponta da orelha dela e depois a beijou.

Sofia: Seu bobo, vem vamos comer, preciso falar uma coisa para você! – ela deu um tapa nas mãos dele e depois levou o café para a mesa.

Durante o café, Sofia e Marcello conversaram sobre eles, o que viria de agora em diante, e também ela contou o que queria fazer para os cupidos de araque, ele concordou, mas também pediu algo, e assim a manhã deles acabou ao entrarem na casa principal.

Carmella e Paolo estavam na cozinha, assim como os demais e ouviram os gritos de Sofia que entrava na casa.

Sofia: Se eu for louca de ainda sentir algo por você!

Marcello: Eu, eu não te quero mais sua louca histérica, maluca isso sim.

Sofia: E tentar de novo eu não só jogo a cesta e a comida te corto todo com a faca de salame. Maníaco cretino. – ela passou feito um raio na cozinha deixando todos tontos com a gritaria, e saiu dizendo mais desaforos para Marcello.

Carmella: Eu falei que não ia dar certo, caspita! – falou levantando as mãos para cima e saindo atrás da filha.

Hen: Filho o que foi tudo isso! – perguntou incrédulo.

Marcello: A louca da Sofia, quase me matou com a faca do queijo, tentei beijar ela e brigamos a noite toda, não sei o que mais fazia barulho e eram os raios ou os gritos dela, lunática histérica.

Chloé: Que raro, ela não é de gritar! – ela ficou sismada. – Tem certeza que o vinho não estava estragado Henrique!

Hen: Vai saber!

Marcello: Que vinho o que, ela quebrou as duas garrfas jogando para cima de mim, nem tomei uma taça se quer! – falou tão firme que nem ele mesmo acreditava que mentia descaradamente para o pai e a Chloé.

Don Paolo nada dizia somente observava o teatro dos dois. Como sábio ele sabia que Sofia tinha bolado isso tudo, dando o troco, e sorriu para Marcello piscando, dando a entender que sabia do teatro, Marcello fez o mesmo, piscou para o avô.

Sofia entrou em sua casa, e não deixou a mãe entrar, Carmella bem que tentou, mas só ouvir o bater das portas e os gritos de Sofia que ria olhando a mãe pela janela.

Mais tarde, todos já estavam em seus afazeres quando Marcello mandou uma mensagem para Sofia: "Oi meu amor, nos vemos como combinado, a noite na sua casa, entrarei como da última vez! "— ela sorriu e respondeu: "Estarei esperando! "

***

Pietra estava na varanda brincando, sua mãe estava amamentando os irmãos, que segundo ela comiam mais que terneiros guachos. Ela por sua vez esperta como sempre viu o pai caminhando até o parreiral, Henrique fazia isso sempre que estava no vinhedo, entrava no parreiral e caminhava até a capela que lá no topo da colina Don Paolo tinha mandado construir  uma para a esposa falecida.

Henrique caminhou, entrou e ficou em silencio por alguns momentos e depois de agradecer ele falou com alguém em especial.

"Oi mãe...continuo com saudades, tudo bem com a senhora? Faz algum tempo que conversamos e depois a senhora parou de falar... é eu sei, a senhora morando longe, com muitos afazeres. Eu sei, sempre conversamos em outros tempos, e agora parece estar mais longe e de pouca conversa. Preciso dos seus conselhos, peço conselhos..., mas a senhora não tem respondido.

A senhora anda muito ocupada? Se puder ter um tempinho para mim, hoje eu preciso da senhora, nem tudo aconteceu como nós queríamos, acreditei em coisas e pessoas e fui enganado, eu me enganei comigo, sempre do jeito que me avisava, e dessa vez não ouvi a senhora me chamar a atenção e acabei por acreditar.

No mais, seus netos continuam bem, Marcello trabalhando, estudando e vivendo a vida como a senhora sempre sonhou. Meu pai anda meio triste, mas tenho falado com ele constantemente, ele sente sua falta assim como todos, até mais, afinal eram amigos, amantes e parceiros. Eu? Ahhh estou aqui fazendo ou tentando fazer as coisas que me ensinou, tentando ser uma pessoa melhor todo dia....nem sempre, nem todos os dias tenho sido essa pessoa, como a senhora sempre disse, sou um caçador de mim. Eu tenho falhado mãe e muito, com as pessoas, comigo mesmo e até com Deus.... Sinto que me perdi de um tempo, mas agora tenho uma mulher que amo, ele me deu dois filhos lindos. Três na verdade, pois amo minha bambina.

Sinto falta da senhora por aqui, sei que é importante o que faz hoje, mas a falta que faz, deixa um enorme abismo nos dias mais nublados.

Mãe vou deixa-la trabalhar, no mais as coisas aqui não são mais bonitas ou alegres como antes, os dias tem sido meio nublados..., mas a previsão para segunda-feira é de um dia de sol....afinal depois de dois anos, sinto que precisamos ainda, tentar deixar o sol entrar. Beijos mãe . Venha me visitar quedo tiver folga, tenho certeza que vai parecer um sonho. "

Depois de conversar "sozinho" na capela, Henrique saiu e desceu para a casa novamente, tinha que ajudar a mulher com os filhos, o que ele não sabia que uma certa pequenina estava por ali.

Pietra entrou na capela, olhou e volta e não viu ninguém.

Pietra: Meu pai estava falando com quem será? - ela estava saindo quando avisou o nono apontar perto da capela, ele entrou na capela, caminhou deixou um rosa no altar e saiu. A menina curiosa foi até lá olhou a rosa, cheirou, beijou, sentiu a brisa em seu rosto e correu para a casa.

Era hora do café da tarde, todos estavam na mesa, inclusive Sofia e Marcello que conforme o combinado estava de brigas na frente de todos e pouco se falavam ou se olhavam, depois que Carmella serviu o bolo a todos, ela sentou junto com os demais, Giuseppe não estava presente, tinha ido fazer uma entrega especial.

Chloé: Onde estava mais cedo meu amor, perguntei para Carmella e ela não te viu sair:

Hen: Estava caminhando! – ele olhou a esposa e sorriu e depois perguntou algo para o pai. – Pai, quando voltei lhe procurei, e não te vi em casa, onde estava?

Paolo: Caminhando por ai!

Quando todos ficaram em silencio, ela com sua voz doce, falou algo que deixou todos arrepiados.

Pietra: Nono a nona Pietra adorou a rosa, disse que o cheiro estava perfeito como sempre, e pai ela disse que sempre responde e te ajuda quando precisa, e que o que lhe aflige agora é de momento que logo passa. E que adora passear com você pelo parreiral e com você também nono. E vocês dois ai... – disse olhando para Marcello e Sofia...- Ela gostou muito de tudo! - a menina falou com tanta naturalidade que todos ficaram impressionados e Paolo simplesmente sorriu deixando uma lágrima de amor molhar sua face.

 


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