Escuridão Com Estrelas escrita por Cloto


Capítulo 6
A Estrela Mais Brilhante


Notas iniciais do capítulo

Aqui me despeço de Reiji e Lylia.
Música: Thank You For Loving Me, Bon Jovi.



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Finalmente o tão esperado dia do casamento duplo chegou.

Em meio aos preparativos, nem Reiji ou Lylia notaram os olhares dos outros moradores da mansão ou os risinhos maliciosos de Laito e Lúcia, afinal, o casal sempre foi malicioso mesmo.

Quando tudo estava pronto, ela se aproximou de Lylia.

—Lylia, você me ajuda?

—Claro Lúcia, com o que?

—É nessa sala ali.

Lylia se surpreendeu ao ver Reiji lá dentro.

—O que você queria falar comigo?

—Hã? Mas eu não...

Lúcia fechou a porta e trancou.

Lylia e Reiji bateram na porta.

—Você ficou louca? Abre isso!

—Eu vou abrir... Mas não agora meus caros!- ouviram os passos de Lúcia se afastando.

—Eu não acredito que ela fez isso!- disse Lylia sentando no chão.

—Segundo minha experiência, a Lúcia é capaz de qualquer coisa.

—E agora? Como saímos?

—Essa sala não pode ser arrombada, senão já teria quebrado tudo, o jeito é esperar por que eu duvido que ela não tenha conseguido convencer os meus irmãos a continuar essa loucura de nos prender.

Lylia se encostou na porta e escorregou até sentar no chão.

—Não acredito! Não acredito nisso! Ela é louca.

—Lúcia nunca foi normal, é por isso que se dá bem com o Laito.

Depois disso, o silêncio caiu entre eles e só restava esperar.

O calor, bem inesperado, repentinamente aumentou dentro da sala.

—E ela ainda ajusta o aquecedor essa maldita! Vou fazer do Laito um viúvo sem nem ter casado quando sair desse lugar!

Depois de alguns minutos, os dois suavam muito, e Reiji, para surpresa de Lylia e a contragosto, tirou a camisa que usava.

"Então era isso o que ela queria com o aquecedor tão alto? Lúcia sua louca! Louca e safada! Olha as ideias dessa mulher! Aumentar o aquecedor para o Reiji tirar a roupa! Maluca!"

Lylia tentava se concentrar em não olhar para o peitoral de Reiji, que percebeu seu desconforto e no fundo até se divertiu em ver como ela estava tentada.

E que Lylia se esforçava em desviar os olhos dele.

Ela engoliu em seco e virou de costas.

E Reiji chegou perigosamente mais perto dela.

Lylia já estava vermelha, tanto de calor quanto de vergonha.

—Reiji, você não acha que já está muito perto de mim?

—Não.- e ele se sentou mais perto ainda, quase encostando nela.

—Não tem como chegar mais perto do que isso.

—Você se surpreenderia.

Lylia conseguiu corar ainda mais.

—Isso foi uma indireta?

—Foi uma direta.

Reiji já tinha entendido o que tinha por trás do recado que Lúcia estava passando.

Pare de perder tempo.

Ele admitia para si mesmo que sim, queria Lylia, então por que não agir de uma vez? Nunca foi homem de não lutar pelo o que queria e não seria covarde ou acomodado neste assunto, já que nunca foi em outros, sempre que quis algo, ia e fazia, e ter a mulher que queria não seria a sua exceção.

—Reiji, o que você pretende?

—Isso.

Surpreendeu Lylia a puxando para seu colo e dando um profundo e demorado beijo, a segurando com uma mão no pescoço e outra nas costas.

Depois de alguns minutos, se desequilibraram e acabaram caindo contra a porta, mas sem separar suas bocas.

E lógico, Lúcia escolheu aquele momento para abrir a porta e fazer com que os dois caíssem no chão, e no meio de todo mundo.

—Finalmente! Já era hora!- ela disse entre risadas.

Todos gargalharam, enquanto Lylia ficava roxa de vergonha.

—Vou matar você!- bradou Reiji para Lúcia.

—Vai nada, tu tava era gostando de estar trancado com a Lylia seu safado! Só não deixei irem além para dar tempo de se arrumarem para o casamento, se não deixava você tirar o cabaço de...

Yui tapou a boca da irmã.

—Temos um casamento gente, vamos indo que quero casar hoje! E não ir no velório de alguém!

Eles a ouviram e foram botar suas roupas, só faltava isso mesmo. Todos já estavam até de banho tomado e cabelo arrumado.

Meia hora depois, a marcha nupcial começou a tocar, e Yui e Lúcia caminhavam lado a lado em direção ao altar, Yui com um lindo vestido preto e Lúcia um do mesmo modelo, só que vermelho.

Nem dava para acreditar que depois de duas histórias conturbadas elas estavam realmente no altar, que Yui se casava com Ayato e Lúcia com Laito, os ruivos pervertidos da família Sakamaki.

Depois da cerimônia, a festa no pátio da mansão começou.

 

Lylia olhava os pares dançando e pensava no que tinha acontecido agora a pouco.

Lúcia chegou perto dela.

—Cunhadinha!- implicou, dando um abraço nela- Fico feliz de viajar sabendo que meu plano deu certo.

—Você é louca, Lúcia.

—Nunca disse que era normal, baby girl.

Lylia revirou os olhos.

—Você não tem jeito.

—Não. É por isso que me amam nessa casa. 

Se afastou para dançar de novo com Laito.

—Vai com tudo! 

Lylia sentiu uma mão em seu ombro e se virou.

—Reiji!- disse, com a bochecha queimando.

—Me daria a grande honra dessa dança?

—Sim.- disse sorrindo, embora um pouco envergonhada pelo o que tinham feito agora a pouco.

Deu a mão a ele, que a puxou pela pista até o lugar mais ao lado da saída.

Começaram a dançar.

—E agora? Como ficamos?

—Ficamos juntos, eu acho. A menos que você não queira.

—Eu quero sim.

—Mesmo sabendo que pode entrar em um mundo sombrio?

—Dizem que é na maior escuridão que vemos as estrelas mais belas. Não me importo com as sombras se você estiver nela comigo Reiji.

—Estarei bem a seu lado.

—Então não preciso ter medo da escuridão. Por que com você sei que as estrelas serão brilhantes.

—Você também é a estrela da minha escuridão, Lylia, espero que saiba disso.

—Obrigada por iluminar o céu negro da minha vida, Reiji Sakamaki.

—Obrigado por chegar a minha vida, Lylia Rostova. Sinto que vamos iluminar um ao outro por muito, muito tempo. Obrigado por me amar.

FIM

É dificil para mim,

dizer as coisas

Que eu quero dizer

ás vezes

Não há ninguem aqui

exceto você e eu

E aquela velha luz quebrada da rua

Tranque as portas

Deixando o mundo lá fora

Tudo o que eu tenho para te dar

São essas cinco palavras e e

Obrigado por me amar

Por ser meus olhos

Quando eu não podia ver

Por abrir meus lábios

Quando eu não podia respirar

Obrigado por me amar

Obrigado por me amar

Eu nunca soube que tinha um sonho

Até o sonho ser você

Quando olho dentro de seus olhos

O céu fica num azul diferente

Eu juro

Eu não visto disfarces

Se eu tentasse,

você faria de conta

Que acreditou em minhas mentiras

Obrigado por me amar

Por ser meus olhos

Quando eu não podia ver

Por abrir meus lábios

Quando eu não podia respirar

Obrigado por me amar


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