Nuclear Blast - Perigo Mediterrâneo.

Capítulo V – Investigação Parte II

Eles conseguiram aproximar ao máximo das pedras. O mar estava calmo e começava a baixar o nível.

Levaram lanternas, mantimentos e agasalhos, talvez ficariam até a noite.

Resolveram não manifestar os cosmos, pois poderiam ser percebidos caso o inimigo fosse sobrenatural.

- Saga aqui está muito limpo você não acha?
- Acho sim, para um lugar escondido como esse.
- As pedras deveriam estar com mais limo.
- Talvez não, pelo fato das águas baterem nelas com freqüência.
- Mesmo assim.
- Acho que aqui é o melhor lugar param ficarmos. Tem um pouco de luminosidade.

Deixaram a mochila em cima de uma pequena rocha e começaram a revistar o local.

- Também gostei daqui, olhe ali, parece uma banheira, vamos lá ver.
- Samylla, espera...
- E a água é quente!
- Espera, não entre...
- Que delícia Saga! Venha! – Parecia uma menininha falando daquela maneira.
- Não deveria ter feito isso. – O Cavaleiro a reprovava.
- Se acalme, Saga! Cautela demais atrapalha.
- Atrapalha não, previne. Vamos, saia daí!

- Mas...

- Vamos! – Estreitou os orbes.
- Ta bom...

Samylla saiu da água com o vestido marcando seu corpo.

Saga permaneceu imóvel ao vê-la daquele jeito e já não mais obedecia a seu raciocínio, desejava aquela mulher havia tempos e hoje não poderia deixar escapar.

- Por que me olha dessa maneira?
- Você é linda...

Aproximou-se dela e tocou-lhe o rosto, fazendo-a encarar o par de olhos azuis mais lindos que pudera existir e que não paravam de brilhar ao contemplar a beleza daquela mulher à sua frente. Não mais resistindo àquela distância, enlaçou a cintura dela e a puxou para um cálido e apaixonado beijo. Samylla sentia seu coração descompassado, estava tão entorpecida que não conseguia sentir o chão. Saga sentia o mesmo e pensava como parecia um adolescente ficando com a primeira garota. Os lábios se tocavam intensamente, fazendo ambos estremecerem. Samylla parecia não raciocinar mais, suas mão foram passeando sem rumo certo, tocava cada centímetro do corpo dele, este, gemia a cada ponto estimulante que ela o tocava.

Estavam totalmente sintonizados até que sentiram uma forte pancada d’água em seus corpos, fazendo-os separar.

- O que foi isso? – Dizia assustada.
- Foi uma onda, a maré baixou e nem percebemos.
- Olha ali!
- Parece um pequeno túnel.
- Seria um atalho?
- Poderia ser sim, somente a partir do entardecer o mar abaixa seu nível e este túnel aparece. Isso é bem interessante. Pegue as lanternas, vamos entrar!
...

- Estão aqui, vamos!
- Sim, mas antes...

A beijou novamente, este foi um pouco mais rápido que o primeiro, mas não deixou de ser apaixonado.

- Agora sim podemos ir.

...

Caminharam até chegarem numa bifurcação.

- E agora, Saga?
- Dois caminhos.
- Você vai por um e eu por outro.
- Negativo. Não deixarei ir sozinha.
- Você não confia em mim? Não acha que sou boa o suficiente?
- Não é isso, muito pelo contrário.

- Então?

- Samylla, eu estou tão feliz por nós que só de pensar que algo de ruim possa acontecer...

- Não vai acontecer nada comigo, não há o que se preocupar.
- Tudo bem então, mas qualquer coisa me comunique, se o rádio não funcionar, ascenda seu cosmo.
- Está combinado.
- Vamos entrar então.
- Saga!
- Sim.
- Dê-me outro beijo?

Aquele pedido foi a melhor coisa naquela situação. Beijaram-se e depois se despediram.

*~*~*

Iate

- Será que está tudo bem? – Kanon demonstrava agitação.
- Claro meu amor, senão eles teriam nos comunicado.
- Não sei, Saga está eufórico.
- O que você sentiu?
- Não sei ao certo, apenas sinto o que meu irmão sente. Senti uma coisa muito forte mexer comigo, não foi uma coisa ruim, mas estou preocupado.
- Não fique assim, está tudo bem.

- Tomara, Sullamyta, tomara!

~*~*~

Grécia

Base Petrolífera Petrol Graad.

Miro e Fabrizzio estavam saindo da base juntos, quando foram parados por um cara de moto.

- Hei vocês dois!
- Falaram com a gente?
- Sim.

Quando retirou o capacete foi reconhecido por Miro.

- Você é o amigo da Samylla não é?
- Sim, sou Nikolas.
- O que faz por aqui.
- Quero saber sobre Samylla, não estou a vendo de manhã.
- Ela está viajando.
- A passeio?
- Não, está viajando a trabalho.
- Ela foi sozinha?
- Não, foi com o Saga.
- Ah! O Saga...
- Mas por que o interesse?
- É que eu queria vê-la. Mas você é o...
- Miro.
- E eles, Miro... Estão namorando? – Perguntou com um falso sorriso.
- Olha cara, não sei te responder ao certo, mas se não estão, estarão em breve, heheh!
- Era o que eu temia, droga!

- Como?

- Preciso ir, obrigado pela informação.
- Por nada.
...

- Miro, acho que não devia ter passado estas informações a este cara, não gostei do jeito dele.
- Fabrizzio, você não vai com a cara de ninguém!
- Você é um burro, Miro! Não ta vendo que o cara ta louco para melar o lance do Saga?
- Que nada. Aliás, é bem feito! Quem sabe assim ele pega aquela gostosa da Samylla e resolve logo a parada com ela, senão ele vai acabar perdendo.
- Vai nada, ele sabe muito bem como conquistar uma mulher.
- É mesmo? Então por que os dois ainda não estão juntos?
- Sei lá. Só sei que o Saga não costuma ficar sozinho, sempre tem um rolo, você mesmo viu e ficou de boca aberta lá na pizzaria.
- Também aquele mulherão.
- Sua cara estava ótima olhando ele beijar a vadia.
- Também não era assim.
- Claro que era! Tava pior que a cara da Samylla. Huauhuahuahuau!
- Ah vai se ferrar...
...

Em um lugar perto da base.

//Aquele filho da mãe! Acha que vai tomar Samylla de mim? Nem que pra isso eu tenha que jogar sujo, mas eles não vão ficar juntos! Ta na cara que ela gosta dele. Mas aquela humilhação na pizzaria também não vai ficar assim, como ousas a me beijar só para fazer ciúmes nele. Se não quiser ficar comigo, com ele também não vai ficar.

~*~*~

Ilha de Chipre

Depois de uma caminhada dificultosa, Samylla conseguiu chegar em uma gruta enorme onde tinha alguns homens armados perto de um portão. Sem querer, ao curvar-se mais um pouco para ver melhor, acabou por se desequilibrar e rolar alguns metros, fazendo um barulho suficiente para alarmar os seguranças.

- Quem está aí? Responda! – Um homem com uma metralhadora nas mãos tentava ver de onde vinha o barulho.

// Por Athena! Cadê o radio? Melhor eu sair daqui.

Apavorada, Samylla saiu correndo.

// Será que eles me viram?  – Resolveu se comunicar com Saga através do cosmo.

{- Saga, estamos com problemas.}
{- O que aconteceu?}
{- Encontrei uma gruta, lá dentro tinham vários homens armados, resolvi entrar um pouco mais e acabei escorregando fazendo com que eles se alertassem. O pior é que perdi o rádio comunicador! Onde você está?}

{- Vai para a entrada, recolha a mochila e volte para o iate. Agora!}
{- Ta, mas onde você está?}

{- Fazendo um rapel. Estava descendo, mas agora terei que subir...}

...

Iate.

Samylla saiu primeiro e fez exatamente o que Saga havia dito.

- Kanon! Kanon! – Chegou aflita
- Samylla! Cadê o Saga?
- Estamos com problemas!
- O que ouve? – Se afligiu também.
- Acho que eles me viram.
- Eles quem?
- Os homens armados que encontrei dentro da gruta.
- Cadê o Saga?
- Lá dentro, tinha uma bifurcação, ou seja, dois caminhos, eu fui para um lado e o Saga pro outro, aí eu escorreguei, eles se alertaram e eu perdi o rádio comunicador. – Contava ofegante.
- Samylla!
- Saga... Meu amor... – Sussurrou.

- Que bom que você está bem!

Correu para abraçá-la, em seguida a beijou.

- Está explicado o que eu senti. – O gêmeo mais novo dizia aliviado.
...

- Que bom que vocês se acertaram! – Sullamyta estava feliz por eles.
- Finalmente! – Ambos diziam juntos.
- Ai! – Samylla soltou um grito e quase foi ao chão se não fosse pelos braços ágeis de Saga.
- O que foi? – Preocupou-se.
- Meu tornozelo... Ai!

Ao olharem, viram que o tornozelo de Samylla estava bastante inchado e com um enorme hematoma.

- Você se machucou e nem percebeu.
- Estava muito nervosa, mas agora está doendo muito.
- Não podemos ascender o cosmo aqui perto, Kanon nós temos que ir embora logo.
- Vamos.
...

A noite havia chegado.

Conseguiram se distanciar alguns quilômetros da ilha. Saga ascendeu seu cosmo e cuidou dos ferimentos de Samylla, fazendo amenizar a dor.

Kanon no controle, resolveu seguir viagem à noite toda.

- Está melhor, minha Amazona?
- Estou, meu Cavaleiro.
- Agora quero tomar um banho, você me ajuda?

Saga a olhou nos olhos, seduzindo-a com seu sorriso.

Colocou a banheira para encher.

Desamarrou suavemente as alças do vestido dela, dando um beijo em cada ombro.

- Sua pele tem uma fragrância deliciosa, Samylla...

- Humm... – Gemeu baixinho, deixando-o louco.

Enlaçou-a por trás, apertando o corpo dela contra o seu. Impetuoso, levou as mãos sobre as coxas torneadas da inglesa, subindo-lhe o vestido e o retirando completamente. Em seguida, a segurou pela cintura, descendo vagarosamente até chegar na calcinha.

- Ssh... – Beijou-lhe atrás da orelha e retirou a peça íntima.

Aquele foi o melhor momento da vida dela, o homem que amava estava ao seu lado e agora a notara nua.

Pegou-a no colo e a colocou na banheira. Seus olhos não paravam de percorrer cada milímetro do corpo da Amazona. Agachou do lado de fora, ensaboando-a com delicadeza e ao mesmo tempo com lascívia. Ela sentia o mesmo e não conseguiu evitar:

- Quero que me ensaboe aqui dentro, Saga.

Ele se despia lentamente para ela, deixando-a fascinada com cada movimento que fazia.

Ambos estavam com os corações disparados, Samylla por ser sua primeira vez e Saga por estar diante da mulher que realmente amava.

Beijaram-se, agora com mais desejo e intimidade as bocas se deleitavam em puro êxtase e os toques percorriam os caminhos que mais lhes proporcionavam prazer.

Após vários minutos de excitação, partiram para se amarem de todas as maneiras que conseguiram dentro daquela banheira.

Aquela noite para Saga foi a melhor que havia lhe passado desde quando pode contemplar seu novo fôlego de vida. Para Samylla foi a noite que se descobriu mulher, a mulher mais completa e feliz do mundo.

- Eu te amo tanto!
- Eu também te amo, Samylla! Amo como jamais pensei que poderia amar algum dia.
- Prometa... Prometa que sempre vai ser assim?

- Eu lhe prometo meu amor...

Beijaram-se com carinho e adormeceram juntos...

~*~*~

Continua...