Choices of the heart - A seleção do príncipe escrita por DrewDeh


Capítulo 24
Asilo




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Estava novamente sentada em meu closet sem saber o que vestir. Escutei a porta ser aberta, mas não dei importância.  

—Está tudo bem? — a voz rouca de Justin me fez virar a cabeça e olha-lo atentamente.  

—Sim, só não sei o que vestir. — ri fraco e me levantei — Kayla e Astra fazem muita falta nesse momento. - disse triste.  

—Você se vestia antes de vim para cá, certo? — Justin me olhou de maneira engraçada e eu bati de leve em seu ombro.  

—Claro, Alteza. — falei debochada e ele riu.  

—Então, qual o problema? — perguntou se aproximando de mim.  

—Que antes ninguém ligava para o que eu vestia, agora minha roupa se torna matéria. — falei abaixando a cabeça.  

—Eu não ligo, você fica bem em tudo que veste. — Justin praticamente sussurrou me fazendo levantar a cabeça para olha-lo, estava tão próximo que tudo que eu conseguia pensar nesse momento era em ter seus lábios novamente.  

—Claro que liga, você não quer uma mulher que não sabe se vestir como esposa. — falei e ele sorriu de lado.  

—Para isso tem as criadas. Por que não coloca um short? — questionou e eu olhei para seus olhos, que por sua vez estavam direcionados para minha boca.  

—Porque não é algo que vocês usam. — disse, logo dei um passo para trás. — O que faz aqui, Alteza? — questionei, fitando seu lindo rosto e ele sorriu largo.  

—Trouxe um presente. — falou animado, o que me fez estreitar os olhos de maneira desconfiada. — Toma! — ele tirou uma caixa de seu terno e me entregou. Peguei a caixa branca com uma fita prata cheia de glitter e abri a mesma, vendo uma linda pulseira dourada.  

Tirei a mesma da caixa e lhe entreguei, admirando a pulseira, que tinha alguns pingentes como uma coroa, um coração, o símbolo de illea e uma flor desconhecida. 

—Que flor é essa? — perguntei olhando para ele que se aproximou para olhar.  

—O símbolo de Saffron, aqui antes era uma pais, quando se uniu a Illea, mudamos o nome dessa província para ter o mesmo nome do pais.  — Uma sensação estranha passou pelo meu corpo.  

—Nunca soube disso, mas tudo bem. — sorri para o loiro — Obrigada, é linda. — falei e lhe dei um beijo na bochecha.  

—E tudo que ganho? — questionou triste e eu mordi meu lábio inferior envergonhada. Justin me fazia sentir coisas estranhas e toda a coragem que eu tinha ia embora na sua presença.  

—O que você quer? — perguntei parando na sua frente, o loiro sorriu de lado e puxou minha cintura.  

Passei meus braços pelo seu pescoço, assim iniciando um beijo. Justin andou comigo até que senti algo duro em minhas costas, me deixando sem ter para onde ir. Seu corpo se juntou mais ao meu e eu podia sentir sua intimidade, me causando arrepios e muito desejo de tê-lo. Com esses pensamentos pervertidos, um calor desconhecido por mim subiu pelo meu corpo, tudo que eu mais queria nesse momento era possui-lo. Justin se afastou me olhando um pouco confuso, fechei meus olhos com força tentando fazer esse sentimento ir embora.  Minhas bochechas coraram ao perceber que Justin ainda estava me olhando. Abri lentamente meus olhos e ele continuava confuso.  

—Você estar bem? — ele perguntou e eu concordei indo para o meio das roupas.  

—Preciso me arrumar. — falei sem olha-lo.  

—Tudo bem. — Justin falou e eu escutei seus passos. Cai de joelhos no chão envergonhada por ter tido pensamentos eróticos enquanto o beijava. — Vai de short. — Ele falou antes de fechar a porta do quarto, ri fraco e me virei para o closet.  

[...] 

Enfim, estava pronta. Sorri satisfeita com o vestido preto rodado com flores amarelas, que ia até mais da metade da minha coxa. Em meus pés estava uma sandália de salto médio bege, combinando com o brinco de flor. Além de algumas pulseiras junto com a que o Justin me deu.  

Sai do meu quarto indo até o carro que nos esperava. Durante todo o caminho fiquei olhando para minha pulseira admirando a mesma.  Não demorou para chegarmos na frente de um asilo, parecia te ser luxuoso pela entrada do prédio. Descemos uma por uma, entrando no prédio.  

—Fiquem aqui, até todas chegarem. — Um segurança falou nos deixando ali sozinha. Olhei aquela entrada vendo que tinha apenas eu e a Giovanna, respirei fundo sentindo o nervosismo.  

—Não vou morder. — ela falou rindo e se aproximou. — Sabe, estou do seu lado. — Giovanna falou parando do meu lado.  

—Eu sei que você não morde, só que nossos encontros não foram muito amigáveis. — falei sem olhar para a ruiva.  

—Sim, tivemos alguns problemas, me desculpe por tudo. — Estreitei os olhos a olhando desconfiada, a mesma riu e colocou a mão em meu ombro. — Sabe, Kylie, eu não era feliz com a vida a muito tempo, por motivos pessoais, mas recebi uma boa noticia esses dias e tudo mudou. A vida ganhou cor novamente. — Giovanna falava tudo com uma intensidade, com paixão na sua voz, isso estava me deixando intrigada.  

—Não tem problema, Giovanna. Fiquei feliz que está bem. — ela sorriu sem mostrar os dentes me olhando, a mesma entortou um pouco a cabeça e suspirou.  

—Eu não quero o príncipe, de verdade. Tentei de tudo, mas era apenas pela coroa. — Ela confessou e eu sentia a verdade transbordar de seu corpo.  

—Por que não sai? — questionei um pouco confusa e a mesma se afastou encolhendo seu corpo.  

—Sei que Justin vai me eliminar em algum momento, até lá quero juntar todo esse dinheiro que estamos recebendo para ser feliz. — Giovanna falou me fazendo sorrir. A energia que ela transmitia era outra, totalmente diferente de tudo que vi esses meses.  

—Entendo. Espero que consiga, Giovanna. De coração, espero que consiga realizar isso. — Ela sorriu largo e surpreendentemente me abraçou. Arregalei os olhos surpresa com sua ação, ao entender o que ocorria envolvi meus braços nela, retribuindo.  

—Obrigada, Kylie. Espero que você também consiga. — Ela falou se soltando. Quatro selecionadas chegaram e ela voltou a sua posição de durona arrogante. — Só uma coisa, não conta para ninguém — ela sussurrou e eu ri fraco.  

—Acho que não percebeu, não tenho muitas amigas aqui, Giovanna. — falei fazendo ela ri.  

—Percebi, só queria garantir. — Assenti. A ruiva se afastou e eu respirei fundo repassando a conversa em minha mente, ainda surpresa com a mudança de comportamento da menina.  

Mais algum tempo se passou até todas chegarem, uma moça bem vestida apareceu e sorriu para todas nos.  

—Olá, selecionadas! Sejam bem-vindas ao Sullivan Asilo, sou Meredith Hollis, a diretora do asilo. — a mulher se apresentou gesticulando de forma delicada. — Vou mostra-las as instalações e poderão fazer companhia aos idosos.  

A mesma se virou e começou a caminhar pelo asilo nos fazendo segui-la, com as inúmeras câmeras nos filmando. Até que era um local grande, com elevador e tudo mais, já que os quartos ficavam no segundo e terceiro andar.  Conhecemos o local em pouco tempo, a moça nos levou de volta a entrada.  

—Bom, agora podem ficar à vontade. Os senhores estão espalhados por todo o primeiro andar, inclusive no lado de fora. — Todos concordamos e a moça se retirou.  

Entramos todas juntas novamente no prédio e eu olhei para os lados, a procura de algo para fazer. Vi uma senhora tentando se levar e fui ajuda-la.  

—Posso ajuda-la? — perguntei de maneira educada, mas ao contrário do que imaginei a mulher fechou a cara.  

—Esta pensando oque? Só porque eu sou velha não sei me levantar! — esbravejou me fazendo dar um passo para trás assustada com sua arrogância.  

—Desculpa. — pedi me afastando rapidamente, respirei fundo e me recompus. Sai daquele espaço e sorri ao parar em cima dos raios do sol. Me virei admirando o céu aberto.  

—Perdida? — uma voz masculina me fez virar rapidamente, vendo um senhor com bengala se aproximando.  

—Não, apenas conhecendo o local. — falei sorrindo gentilmente para o senhor, ele retribuiu o sorriso.  

—É uma das selecionadas? — questionou e eu assenti — Não vejo muito as notícias, mas tenho pena do príncipe. — ele falou e eu ri.  

—Sim, é uma confusão. Éramos 37 mulheres em um palácio, a sorte é que o local é enorme, então não ficamos tão juntas. — disse e ele concordou.  

—Você já é uma das preferidas? — perguntou interessado e eu sorri de lado.  

—Não sei, mas segundo uma revista estou entre as 5 preferidas do povo.  

—Já é bom começo, certo? — ele me olhou confuso e então sua mão tremeu, arregalei os olhos me aproximando, mas parei receosa.  

—Você está bem? — perguntei olhando atentamente seu corpo, então parei em seu rosto.  

—Sim, moça. Apenas uma tremedeira normal. — explicou. 

—Que tal sentarmos? — perguntei apontando para o banco.  

—Seria ótimo, na verdade. — ele falou rindo e me acompanhou até o banco.  

—Na verdade, é uma ótima posição, só que eu não sabia tudo que estava envolvido nisso. — falei e ele me olhou pensativo.  

—Como? — perguntou e eu ri.  

—Não sabia que era uma espécie de reality show. Todos meus erros estão estampados em revistas e jornais. É um mundo louco. — falei e ele riu.  

—Deve ser mesmo. De onde você vem? — ele me olhava atentamente e eu estava animada por ter alguém tão interessado em minha vida, que não fosse parar em um jornal.  

—De Auradon, é apenas eu e minha mãe. Somos costureiras, ou seja, sem muito dinheiro. Eu a ajudava muito com as contas, mas agora recebemos um tipo de ajuda do palácio.  

—Você fala com ela? — neguei com a cabeça abaixada — deveria falar, você vai sentir muita falta dela mais na frente.  

—Não é minha culpa, ela que não quer. Fiz o príncipe dar um notebook para podermos conversar, falo com ela por 5 minutos uma vez na semana, apenas para saber que ela está viva. — disse triste e ele acariciou meu ombro lentamente.  

—Alguma razão para isso? — perguntou e eu o olhei.  

—Ela foi contra minha vinda. Minha mãe é muito introvertida e tem medo do mundo, por ela eu teria crescido em uma torre. — Suspirei e olhei para o senhor — Me desculpe, eu aqui falando horrores e nem perguntei seu nome. — falei rindo e ele me acompanhou.  

—Sou Elias Tompson e você? — ele perguntou estendendo a mão, apertei sua mão tremula.  

—Kylie Benson. — Sorri para ele que retribuiu.  

—Você parece muito com uma rainha. — Ele falou me analisando.  

—Rainha? Que rainha? — questionei confusa.  

—A antiga rainha de Saffron, Amélia. Era uma ótima rainha. Você parece muito com ela. — Sorri envergonhada.  

—Vou procura-la, não sei quem é. — ele assentiu sorrindo — Mas então, o que fazia? — perguntei ficando de lado para poder olha-lo.  

Ficamos conversando sobre a ótima vida que Elias tive antes de vim parar nesse asilo, que por sinal foi feito pelos antigos reis. As horas passaram voando enquanto conversávamos sobre diversos assuntos. Foi ficando mais frio e eu ajudei Elias a entrar no asilo para se esconder do frio.  

Para nossa surpresa parecia está tendo uma festa ali, com música e algumas selecionadas dançando. Sorri para Elias e estendi a mão, em um sinal que o mesmo entendeu. Assim começamos a dançar uma valsa totalmente errada, porem extremamente divertida para nós dois. Elias me rodopiou pelo salão e eu ria de seu jeito galante.  

Algumas pessoas nos acompanharam tornando o lugar alegre. Paramos de dançar e eu ajudei Elias a se sentar, indo pegar um suco para o mesmo.  

—Essa foi uma ótima noite, senhorita. — Ele falou e eu sorri para ele. — Estou torcendo por você. — Abaixei a cabeça envergonhada.  

—Obrigada, mas tenho certeza de que essa vida não é para mim.  

—Eu acho que é sim, apenas de uma chance. 

—Darei, prometo! — sorri para ele e olhei para o local, todos os idosos ali se divertiam.  


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