Butterfly Fly Away escrita por Mandy-ama-anime


Capítulo 6
Cap 6 - Uma recepção calorosa e uma notícia triste


Notas iniciais do capítulo

Curtam o cap Saiu bem grsnde dessa vez



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Depois de passar uma hora olhando a avó montando próteses, Winry bocejou. Adorava ver aquilo, mas começava a ficar chato depois dos primeiros quarenta e cinco minutos. Pinako percebeu que ela estava ficando cansada de só assistir.

 

— Você quer me ajudar a colocar óleo nas junções das próteses? — Ela perguntou à Winry sorrindo.

 

Os olhos da garota brilharam como nunca e ela ficou radiante. Finalmente poderia ajudar em alguma coisa, mesmo sendo em uma tarefa simples como passar óleo nas junções.

 

— Claro, vovó! — Ela disse feliz, e Pinako sorriu e lhe estendeu um par de luvas de trabalho.

 

Winry, enquanto colocava as luvas, ficava cada vez mais animada. Só colocar as luvas de trabalho para ela já era emocionante. Quando terminou de vestir as luvas começou a mexer cuidadosamente nos auto-mails, sentindo sua forma lisa e fria. Ela pegou o óleo e colocou em todas as articulações e junções das próteses, como se pintasse um quadro.

 

----~~----

 

Urey estava no andar de baixo da casa, sentado no sofá e ouvindo rádio. Estava ficando cansado.

 

O tempo em Resembool durante essa semana será ensolarado, porém com leve chance de ficar parcialmente nublado. E agora fiquem com uma música para relaxar na cadeira e curtir esse verão

 

Começou a tocar uma música no rádio e Urey olhou para o relógio. Já estava de tardinha e escurecendo. Ele já tinha esperado Winry demais, e decidiu subir lá em cima para chamá-la. Encontrou-a dormindo sobre a cama de Pinako, e sorriu.

 

- Ela ficou muito cansada depois de ficar me olhando montar próteses – Pinako disse, sorrindo. – Você já vai, meu filho?

 

- Já mamãe, tenho que esperar Sara em casa – Disse Urey, carregando Winry em seus braços e repousando sua cabeça cansada sobre seu ombro largo.

 

- Vá com Deus, meu filho, e não esqueça o pedaço de torta que eu separei pra ela. – Disse Pinako, sorrindo e lhe entregando a caixa.

 

- Obrigado, mãe. – Disse Urey, pegando a caixa e indo até a saída.

 

Ele colocou Winry sobre sua cadeirinha no banco de trás e se dirigiu até sua casa. Deu um sorriso cansado.

 

- Não me surpreende que esteja cansada, depois de ficar tanto tempo olhando a vovó montando próteses... Nem eu aguentaria. – Ele disse, vendo que Winry bocejou e estava começando a acordar.

 

- Eu poderia ter ficado mais – Disse Winry, em um bocejo. – Só que acontece que eu acabei dormindo...

 

- Tudo bem – Disse o pai rindo – Vamos chegar em casa para receber a mamãe?

 

- Vamos! – Disse Winry feliz, sorrindo. Mal podia esperar para ver a mãe de novo.

 

Eles chegaram em casa e Urey tirou da mala alguns sacos, o que Winry estava curiosa para saber o que continham, e quando viu eles estavam cheios de corações de cartolina, purpurinas, cartolina, cola colorida e material.

 

- O que acha de fazermos uma decoração bem especial para receber a mamãe? – Disse Urey, sorrindo. Os olhos de Winry brilharam.

 

- Vamos! – Ela disse, pegando um coração rosa de cartolina para enfeitar.

 

Eles começaram a fazer a decoração e deixaram tudo bem especial e bonito, com corações de cartolina enfeitados com cola colorida e glitter e também colaram alguns pedaços de papel crepom colorido no teto com fita adesiva, deixando tudo bem bonito. Depois Urey foi até a cozinha preparar umas deliciosas panquecas de chocolate do jeito que elas gostavam, para que todos pudessem comer juntos dessa vez. Depois de tudo pronto, eles sentaram no sofá e esperaram um pouco, mas logo depois ouviram alguém bater na porta. Winry começou a dar risinhos de ansiedade, e Urey colocou o indicador à frente dos lábios pedindo silêncio, e ela se calou por um minuto, enquanto ele foi atender a porta. Assim que ele abriu, ele e Winry gritaram:

 

- BEM-VINDA DE VOLTA!

 

Sara entrou e tomou um susto, e deu um sorriso, ainda surpresa. Não imaginava que iriam fazer essa festa toda. Winry foi correndo abraçar ela bem forte.

 

- Mamãe, estava morrendo de saudades! – Ela disse, abraçando Sara forte.

 

Sara ficou comovida e deixou escaparem algumas lágrimas de seus olhos azuis.

 

- Vocês fizeram essa festa toda pra mim? Ora, não precisava isso tudo – Sara disse, se ajoelhando e abraçando Winry.

 

- Claro que precisava. Você deixou a gente morrendo de saudade, sabia? – Disse Urey, e Sara soltou Winry e foi dar um beijo no marido. – Eu fiz as panquecas de chocolate que vocês duas tanto gostam. Vamos comer?

 

Winry e Sara sorriram e foram até a mesa, e agora todos iriam desfrutar de um jantar em família, depois de uma semana sem Sara. Enquanto estavam comendo, Winry ouve um ganido vindo de uma caixa que Sara tinha trazido da cidade.

 

- O que tem naquela caixa, mamãe? – Pergunta Winry, apontando com o garfo para a caixa. Sara sorri.

 

- Porque não abre pra saber? Eu trouxe pra você – Ela diz, sorrindo. Os olhos de Winry brilham.

 

- Jura? Êêêêêhh! Olha, papai! A mamãe me trouxe um presente! – Winry foi correndo até a caixa, e Urey sorriu.

 

- É o que eu estou pensando que é? – Perguntou ele, desconfiado.

 

- Provavelmente – Disse, Sara, num tom de mistério, tomando um gole de seu café.

 

Winry correu até a caixa e a abriu, revelando seu conteúdo: Um filhotinho de cachorro preto com o peito branco. Winry sorriu com um brilho no olhar.

 

- É um cãozinho! A mamãe me deu um cãozinho, papai! – Winry disse, pegando o filhote brincalhão em seus braços, que começou a lamber seu rosto sujo de recheio de panqueca. – Para, garoto! – Disse Winry rindo, colocando o cachorrinho no chão, que começou a correr pela casa e cheirar tudo.

 

- Já imaginava – Disse Urey, sorrindo.

 

- Querida, já sabe como vai chamar o seu novo amiguinho? – Disse Sara, sorrindo. Winry pensou um pouco.

 

- Acho que vou chamar ele de Den – Disse Winry, e o cachorrinho olhou pra ela e começou a abanar o rabinho. – Acho que ele gostou desse nome! Vem aqui, Den!

 

Ele foi até ela e começou a pular nela, brincando, e depois correu em círculos por debaixo da mesa e por toda a casa, latindo e brincando o tempo todo. Com certeza era um filhote bem enérgico.

 

- Vem, Den! Vamos brincar! – Winry o chamou para fora, e os dois saíram para o quintal e começaram a brincar juntos.

 

Depois que as coisas sossegaram um pouco, Sara chamou Urey no quarto.

 

- Querido, preciso conversar com você uma coisa bem séria – Ela disse, e ele a seguiu um pouco apreensivo com o que poderia ser.

 

Quando os dois estavam sozinhos no quarto, Sara fechou a porta e sentou na cama, e Urey sentou ao lado dela, esperando que ela começasse a falar.

 

- Querido, as duas pessoas que eu cuidei na cidade eram militares – Ela começou, com um ar triste. – Eles me disseram que está começando uma guerra terrível, chamada Guerra de Ishbal, e que lá estão precisando de médicos, porém não tem médicos suficientes nem que se encaixem na categoria. Eles viram o meu potencial e me chamaram para ir ser médica lá. Tinha que falar com você primeiro, é claro, por isso pedi para eles me darem um dia para pensar no assunto. Depois de amanhã eles virão atrás de uma resposta. Pessoas estão morrendo lá por falta de médicos e medicamentos. O que você me diz?

 

Urey congelou por um momento ao ouvir a palavra guerra. Nunca tinha ido à uma antes, e não queria ir de jeito nenhum, porém ao ouvir ela falar que pessoas estavam morrendo pela falta de médicos, sentiu uma dor em seu coração. Como um bom médico, ele se preocupava em curar as pessoas e não deixar que elas sofram, por isso não podia permitir isso e faria o que fosse possível para evitar o sofrimento de outras pessoas.

 

- Eu acho que eles precisam de nós lá. – Disse Urey, com convicção. – Mas eu não conseguiria deixar Winry sozinha aqui...

 

- Sua mãe não poderia tomar conta dela? – Sugeriu Sara, com um aperto no coração. – Também me angustia deixá-la sozinha, mas é para um bem maior.

 

- Acho que sim. Mesmo assim... não consigo me sentir aliviado.

 

- Minha filhinha... não queria ter que deixá-la aqui sozinha, querido! E se tiverem raios durante a noite? E se ela se machucar? Ela ainda é tão pequena! – Sara começou a chorar e abraçou o marido, e ele retribuiu o abraço, pousando a cabeça dela sobre o seu ombro.

 

- Eu também não, amor, eu também não... – Ele deixou algumas lágrimas saírem de seus olhos, mas preferiu fazer uma pose forte, para acalmar a mulher que chorava aos prantos.

 

Ele ficou lá, dando conforto à esposa que chorava e soluçava, pensando em como Winry se sentiria quando descobrisse. Depois de um tempo, ele a afastou um pouco de si e disse:

 

- Você disse que eles virão depois de amanhã, não disse?

 

Sara assentiu com a cabeça, ainda soluçando.

 

- Então o mínimo que podemos fazer é dar à ela o melhor dia de sua vida junto de nós. Sairemos todos juntos, e depois daremos a notícia à ela, certo?

 

Sara assentiu novamente com a cabeça, fungando. Estava cansada e Urey repousou-a na cama, e depois saiu do quarto.

 

- Descanse um pouco, querida. Você precisa.

 

Ela assentiu com a cabeça e tentou relaxar um pouco. Seu choro tinha deixado-a mole, por isso caiu no sono rapidamente. Seria uma despedida muito difícil.


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Notas finais do capítulo

Genteee to tristeee acho que vou chorar escrevendo o final dessa fic T-T Aviso prévio: vai ser triste.
Com essa notícia você percebe o que vai acontecer, não é? Corações de manteiga como o meu, tenham cuidado T-T
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