Butterfly Fly Away escrita por Mandy-ama-anime


Capítulo 11
Capítulo 11 - Esperanças




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O tempo foi passando, os dias foram se acabando um após o outro, mas uma coisa não se acabava, por mais dias, horas, meses que se passassem: A esperança de Winry. Todos os dias ficava olhando para o quintal, com um olhar distante, imaginando os pais correndo em direção a ela no horizonte. Imaginava que estava a abraçá-los novamente, que brincava com o pai como antes, que sentia os dedos dele fazendo cócegas em seu dorso de novo e ambos rindo e se divertindo naquele mesmo parque que foram naquele dia tão especial. Naquele mesmo dia que recebera a notícia de que eles teriam que partir...

“Será que eles fizeram aquilo tudo só pra compensar a falta que me fariam agora?” Ela pensava, em um suspiro, com um olhar distante para o pôr do sol, que denunciava o término de mais um dia. Com uma mão apoiando o queixo e a outra fazendo carinho em Den, ela pensava nas inúmeras possibilidades. Já tinha se passado um ano desde que ela os vira pela última vez. Todos os dias, todas as manhãs em que sentia os raios de sol baterem em seu rosto e se levantava bruscamente da cama, indo em direção à janela, em busca de alguma sombra no horizonte, algum sinal de que eles voltariam, cada momento que sua mente ficava vazia ela se lembrava deles. Estava começando a corroê-la por dentro. Isso era demais para uma garotinha de apenas seis anos.

Ed e Al tentavam animá-la de todas as formas que podiam, mas ela estava ficando muito diferente... Seu sorriso puro estava ficando cada vez mais difícil de ver, e ela não parecia ter mais interesse em brincar. Ou melhor, ela não tinha mais interesse em nada. Ficava apenas na porta da casa, olhando o horizonte. Qualquer tentativa de chamar a atenção dela nessas horas geralmente falhava. Apenas ficava séria e quieta, contemplando o horizonte. Esperando com esperança o carteiro, que trazia as cartas que ela tanto ansiava, trazendo notícias dos pais. Eles apenas se comunicavam por cartas, as quais demoravam a chegar. Ela então se levantou bruscamente, fazendo Den levantar a cabeça curioso. O carteiro! Finalmente ela teria notícias! Esse vácuo seria preenchido, mesmo que por poucos minutos!

Winry correu até o carteiro esperançosa, e este abriu um sorriso e deu a ela uma carta de envelope branco, onde estava escrito “Para Winry Rockbell” com a letra de seu pai. Ela quase teve uma explosão de alegria, e sorriu como em todas as vezes que recebia cartas deles. Assim que tinha sua carta em mãos, correu para dentro de casa e gritou, eufórica:

- Vovó, é uma carta do papai! Uma carta do papai!

A velha Pinako abriu um enorme sorriso ao ver que seu filho mandara notícias. Winry deu a carta para ela, praticamente implorando para que ela a lesse em voz alta para ela. Pinako abriu o envelope, e começou a ler:

 

“Querida Winry

Como é que vai você? Tem se divertido muito por aí? Espero que Den esteja te fazendo companhia. Mamãe e eu estamos morrendo de saudades de você, e da vovó também. Diga a ela que nós mandamos um beijo, e pra não se preocupar. Estamos cuidando de muitos Ishvalianos e amestrinos machucados, como eu te disse que iríamos fazer. Cada dia que passa eu penso em vocês, ou melhor, nós pensamos. Tudo que mais quero é te ver sorrir, por isso não quero nenhuma cara triste hein? Seja forte como a sua mãe e eu estamos sendo. Nós vamos voltar pra casa assim que terminar a guerra, e aí vou fazer aquelas tão especiais panquecas de chocolate que você tanto adora. Depois chamamos Ed e Al e vamos no parquinho de novo, que nem naquele dia, lembra? Vai ser muito divertido. Falando nisso, quero muito que você vá brincar com eles sempre que quiser. Você precisa de diversão, alegria e companhia. Nós vamos voltar em breve, te amamos demais. Não esqueça disso nunca: estamos sempre com você, mesmo que não consiga ver. Protegendo e amando, incondicionalmente. Saudades, minha preciosa.

Beijo no seu coraçãozinho

Papai e mamãe.”

 

Winry e Pinako não conseguiam conter a alegria em seus corações, então esta escorreu por seus rostos em forma de lágrimas. Elas se abraçaram e choraram juntas, não de tristeza, mas sim de alegria. Elas ouviram uma batida na porta, e Winry ouviu a voz de Al a chamando, e logo após a de Edward. Ela correu até a porta, a abriu e abraçou os dois, ainda chorando de alegria. Eles coraram, e logo sorriram um pro outro e abraçaram a amiga sem entender direito o que se passava.Esta chorava sorrindo, com toda a alegria de seu coração transbordando por seus olhos.

Winry foi brincar com Ed e Al, e novamente sorriu do jeito puro com o qual os dois estavam acostumados. Quanto tempo faz que ela não sorria assim? Eles até tinham perdido a conta das semanas. Assim que voltou pra casa, ela decidiu fazer uma cartinha para enviar aos pais no dia seguinte. Ela pegou duas canetinhas coloridas e começou a escrever:

 

Queridos papai e mamãe

Eu recebi a carta de vocês, e fiquei muito felis! Brinquei muito com Ed e Al hoje, vocês me deicharam muito, muito felis mesmo com a carta! Desculpem, mas tenho ficado meio triste sem vocês aqui... O Den está me fazendo compania, mas ainda sinto a falta de vocês. Pode deichar, vou ser forte igual a mamãe! Eu vou muito bem, e a vovó também. Sinto muita saudade de vocês! Continue cuidando muito bem dos Ishvalinos e dos amestrinos tá bom? Diga a eles que eu mandei melhoras. Eu tambem penso em vocês todos os dias, todas as oras. Quero muito que vocês voltem! To esperando ansioza, e a vovó também! Por favor, se cuidem! Não esquessam que eu to aqui esperando vocês voltarem.Diga a mamãe que eu amo ela muito, e também te amo muito, papai! Muito muito muito do tamanho do universo! To treinando a minha escrita pra escrever pra vocês sempre e cada ves melhor.

Um beijo em vocês dois

Winry Rockbell”

 

Winry leu sua carta novamente e sorriu. Estava satisfeita com o pequeno texto que escrevera. Não importavam os erros de ortografia e gramática, o que importava era o conteúdo, e esse era o melhor que uma garotinha de seis anos poderia fazer. No dia seguinte ela colocou a carta no correio. Estava ansiosa para que esta chegasse a seu destino.

 

--~~--~~--

 

Passou-se mais um ano, e Winry já tinha feito seu aniversário de sete anos. Completou dois anos que ela não via os pais, mas ainda acendia uma chama de esperança em seu coração, já que ainda se comunicavam por cartas. Porém, a última carta que eles haviam mandado já tinha três meses... Foi um recorde. Winry estava ficando cada vez mai preocupada. “O que será que aconteceu? Porque será que eles estão demorando tanto pra responder?” Ela se via perguntando a si mesma, enquanto mais uma vez contemplava o horizonte na esperança de encontrá-los. Então, algo inesperado surgiu no horizonte. Um carro! E era idêntico ao carro que levara seus pais dali! Será mesmo que estava acontecendo, ou era apenas mais uma alucinação causada pela ânsia que ela sentia em vê-los de novo?

Não, não era uma miragem. O carro parou em frente à casa de Pinako, e Winry até podia sentir o desagradável odor de fumaça saindo pela sua descarga. Dele saiu um homem usando uma farda militar, com uma caixa e as malas de Urey e Sara. Winry explodiu em alegria, até perceber uma coisa: Seus pais não saíram dali. Confusa, ela esperou o homem explicar a ela o que tinha acontecido.

Este caminhou até ela, levando as malas, enquanto o motorista ajudava com a caixa. Ele olhou para Winry, que batia um pouco acima de seus joelhos.

- Você é Winry Rockbell? – Ele perguntou, e Winry acenou positivamente com a cabeça. O homem deu um suspiro triste e um olhar de pena ao ver a tão pouca idade que ela tinha. Winry não entendeu o que ele quis dizer com aquele olhar.

- Er... Eu tenho uma notícia muito ruim pra dar...

 


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Notas finais do capítulo

Bom, não tive tempo de revisar o texto, por isso se tiver algum errinho aqui ou ali, me dêem um desconto que corrijo depois ^^;
sim, a notícia é bem o que vocês estão pensando T-T vai ser muito triste. Corações de manteiga como eu, preparem uma caixa de lenços de papel.
Ah, quanto aos erros na carta de Winry, foram propositais. Eu quis fazer como uma carta de uma menininha de seis anos, e ninguem escrevia perfeitamente quando tinha seis anos u_u (pelo menos eu não XD)