Need You Now escrita por A Cavalaria


Capítulo 6
O Destino


Notas iniciais do capítulo

E enfim chegamos ao antepenúltimo capítulo da fanfic!

Caramba... Eu estava tão ansiosa para postá-lo e já que vocês concordaram, tô postando antes. Ele tá um pouco mais comprido que os outros e os eventos estão mais "corridos" porque não queria encher linguiça. Espero que gostem!

Boa leitura e fiquem com esse sorriso lindo da nossa Beatrice ♥



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— Então Beatrice... Você quer dançar? – Tom estendeu a mão.

— Não sei dançar. – fez uma careta.

— Sem problemas. Eu te ensino! – puxou-a para o meio do salão.

Chris, ao longe, viu a moça dançando com um desconhecido. Uma fúria o consumiu. Não poderia mais esconder o que sentia. Era hora de se declarar. Cego de ciúmes, bufou, andando rápido na direção dos dois.

— Com licença... – cutucou o ombro do homem, que o encarou. – Por que está dançando com minha namorada?

— Desculpe... Como? – Thomas a soltou abruptamente, mirando-o.

— Achei que tivesse dito que não sentia nada por mim! – ela tirou a máscara, cruzando os braços em seguida.

— Bea... Olha... – fechou os olhos. Fez uma pausa. – Preciso te falar uma coisa... – fuzilou o moreno com o olhar. – A sós!

— Desculpe, Tom... Até mais! – seguiu os passos do amigo, que foi para um canto do salão.

Thomas ficou confuso, todavia, recolocou a máscara para procurar outra pretendente.

Beatrice parou em frente ao loiro com os braços cruzados.

— O que você quer?

— Estou perdidamente apaixonado por você. – falou de uma vez.

— O quê?

— Namora comigo...  De verdade! – pegou em uma de suas mãos, que tremia.

— E aquele chilique na praia? – questionou.

— Tenho medo de me magoar. Já sofri demais com outras pessoas...

— Não sou como elas! – interrompeu.

— Eu sei, me perdoe. Você precisa entender...

— Eu entendo! – falou antes que terminasse a frase. – Também estou apaixonada.

— Isso tudo aconteceu tão rápido, né? – ergueu as sobrancelhas. – Acho que é o destino querendo nos unir.

— Promete que não vai me magoar? – pergunta, fixando-o.

— Prometo. Você também promete? – colocou a mão dela em meio às suas.

— Prometo!

Então, passou os braços em sua cintura, enquanto ela se enredou em seu pescoço. Balançaram-se em meio à música que tocava, encostando suas testas. Depois, aproximou seus lábios dos dela, encostou devagar. Separaram-se por um tempo. Em seguida, o puxou, beijando-o com vontade.

[x]

O relógio marcava 03h48min quando o baile acabou. Tanto Christopher, quando Beatrice ainda estavam cheios de energia, pretendiam continuar lá. Chegaram a casa, Andrea os mandou dormir, portanto, cada um foi para seu quarto.

Estavam tão efervescentes que não conseguiam fechar os olhos. Ambos os corações saltavam de alegria, pareciam estar em ritmo de carnaval igualmente.

Ansioso, Chris bateu na porta de seu quarto. Abriu-a animada, pediu que entrasse. Beijou-a com voracidade, fechou a porta atrás de si. Impulsionou-a para trás, fazendo-a cair na cama e soltar uma gargalhada.

Deitou-se por cima dela; beijou seu pescoço, provocando arrepios; enquanto ainda ria. Estava sem camisa, somente de cueca. Ela fez questão de observar seu corpo escultural por alguns instantes. Passou as mãos por seus braços fortes, sentindo seus músculos.

Era realmente lindo. Arriscava dizer que era o homem mais estonteante que já vira em toda sua vida. Ainda não acreditava que alguém com tanta beleza se interessaria por ela. Por mais que tentasse pensar bem de si própria, sua baixa autoestima somada à depressão a atrapalhavam.

Resolveu afastar quaisquer meditações ruins que tivesse, para aproveitar ao máximo o momento ao lado daquele que a fazia se sentir a pessoa mais feliz do mundo.

[x]

A festa fora muito divertida. O casal se deleitou, dançou, conversou. Finalmente estavam juntos. Estando naquele ambiente, ao lado de seu melhor amigo e agora namorado, Beatrice até se esqueceu de seus problemas. Parecia que havia se curado do abatimento que a atormentava.

Por outro lado, Christopher parecia estar adquirindo mais humildade com ela. Aprendera a cooperar com as pessoas, começando a preparar seu próprio café da manhã, à medida que deixava Odete descansar um pouco. Sua mudança repentina, espantou um pouco a todos, entretanto, agradou também.

Ele fazia bem a ela e vice-versa. Sentavam-se na varanda todos os dias na parte da manhã. Lá, conversavam, brincavam, riam por horas. Depois, davam uma volta na cidade, a cada dia conhecendo pontos turísticos diferentes.

Andrea igualmente estava, enfim, seguindo sua vida. Conhecera um empresário, com o qual saía em segredo há algumas semanas. Após ver a felicidade do filho com a namorada, contou-lhes sobre o relacionamento, incrivelmente recebendo um sermão do mesmo.

O tal homem, chamado Hugo, convidou os Hemsworth para assistir aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Comprara um camarote na Sapucaí*, então pretendia enchê-lo.

Toda a família – incluindo Beatrice, que agora era considerada parte deles – marcou presença.

Era um homem elegante, refinado. Tinha olhos e cabelos negros, uma barba bem feita, uma educação extrema e muito carinho para com todos.

— Acha que ele realmente gosta da minha mãe? – Chris questionou à namorada, enquanto observavam longinquamente o casal, que ria muito.

— Meu querido... Só falta ele acender luzes de neon coloridas, com letras garrafais para mostrar que tá apaixonado por ela. – falou naturalmente, recebendo um soco leve no braço.

— Você é muito besta, às vezes! – riu.

— Não tanto quanto você! – mostrou a língua.

— Ah é? – ergueu-a no colo, pendurando-a em seu ombro, fazendo cócegas.

— PARA! – gritava, enquanto se debatia.

A felicidade exalava em todas aquelas pessoas.

[x]

A quarta-feira de cinzas havia chegado. Beatrice acordou no quarto de Christopher, abraçada ao mesmo, que dormia tranquilamente, com o semblante sereno. Seu peito subia e descia vagarosamente. Admirou-o por um tempo, até se virar para olhar o celular, que estava na cômoda ao lado da cama.

Eram mais de onze horas. Foram dormir mais de três da manhã, pois ficaram assistindo série. Cutucou-o devagar, chamando seu nome baixinho:

— Chris... – manteve-se inerte. – Chris! – falou um pouco mais alto.

— Hmm... – foi tudo o que respondeu.

— Preciso que me solte para eu ir arrumar minhas coisas.

— Pra quê? – indagou sonolento, ainda de olhos fechados.

— Preciso ir embora amanhã, esqueceu?

— Mas já? – finalmente despertou. – Fica mais um pouquinho... – afagou seus cabelos.

— Não posso. Estou há mais de uma semana aqui. Meus pais devem estar preocupados! Além disso, estou com saudades deles...

— Mas você fala todo dia com eles por mensagem... Posso conversar com o sogrão para permitir você ficar mais um pouco.

— É melhor não, Chris. Desculpa! – deu-lhe um beijo na testa, foi ao banheiro.

[x]

O rapaz estava com o computador ligado, acessando o site da companhia aérea, enquanto a garota estava na varanda, falando com o pai dela ao telefone, quando sua mãe o chamou:

— Filho, preciso que vá à empresa amanhã. Terei reunião com alguns homens e necessito que esteja lá, caso surja algum problema.

— Mas amanhã vou levar a Bea pra São Paulo! – contestou.

— Sinto muito. Leve-a somente até o aeroporto. De lá vá para a empresa. A reunião será às 11h30min, preciso que esteja lá neste horário.

Não gostou da ideia, contudo, tinha de obedecer. Suspirou pesadamente, assentiu. A namorada encerrou a ligação e se sentou ao lado dele.

Explicou a ela as ordens de sua mãe. Ela compreendeu. Comprou sua passagem para as nove da manhã.

[x]

No outro dia, todos acordaram cedo. Tomaram café da manhã juntos e Andrea se despediu da nora com um abraço fraternal.

— Você pode voltar sempre que quiser. Faça uma boa viagem, bonequinha! – beijou sua testa, saiu para o trabalho.

O casal foi ao quarto da garota buscar a mala. Levaria de volta alguns presentes que sua sogra e namorado haviam dado. Porém, havia algo dentro dela que a incomodava. Uma angústia, um sentimento estranho.

— Tá acontecendo alguma coisa, amor? – Christopher percebeu a apreensão em seu semblante.

— Não, nada... É só ansiedade pela viagem! – respirou fundo, a fim de se acalmar.

Tomaram um táxi, a acompanhou até o aeroporto. Faltavam poucos minutos para seu voo sair.

— Quando nos veremos novamente? – ele questionou fazendo cara de dó.

— Quando você quiser, amor! – sorriu.

Posteriormente, beijou-a. Queria gritar para todos ali que achara a mulher mais especial do mundo e a amava.

“Atenção passageiros do voo 665. Embarque em cinco minutos!” – anunciou a voz feminina.

— É melhor você ir, então. – Chris pegou em sua mão, deixando-a próxima à plataforma de embarque.

Acanastrou os braços no pescoço dele, enquanto alisou sua nuca. Beijaram-se demoradamente. Dizem que o beijo de despedida é sempre o melhor, agora, poderiam confirmar isso.

Por fim, entrou no avião, o viu acenar pela última vez, antes de ir ao trabalho.

A inquietação voltou a consumi-la. Queria tê-lo junto dela para pegar em sua mão e dizer que tudo ficaria bem. Escreveu uma mensagem exteriorizando o quanto era importante, que o amava; todavia, não a enviou. Achou cedo demais para dizer isso. Ansiava chegar em casa logo para poder contar aos pais o quanto o Rio era maravilhoso e seu namorado também.

[x]

O avião já estava no ar, ainda sobrevoando o Rio de Janeiro, quando enfrentou uma turbulência. Uma chuva com ventania atrapalhou o voo.

O piloto tentou contato com a torre, no entanto, antes que pudesse receber qualquer orientação, um raio atingiu a aeronave. O estrondo foi tão grande, que os passageiros começaram a se desesperar.

Começaram a cair. Sem que o piloto pudesse fazer nada, apenas desejou:

“Vão em paz, fiquem todos com Deus!”

Beatrice chorava desesperada, se segurando na cadeira. Pensou em sua família, na família de Chris e no próprio.

“Cuide deles, por favor, meu Deus!”— implorou mentalmente, antes de atingirem o chão.

A última coisa que viu foi um clarão enorme acompanhado de um barulho ensurdecedor.

O destino nos uniu, você já sabe
Tudo começou como se fosse amizade
Naturalmente a gente foi se envolvendo
Foi se gostando, se conhecendo

(...)

O destino me fez ir embora
O tempo vai nos dizer quem é quem
Pode não ser o fim da nossa história

(NX Zero, Negra Li e Rappin Hood - O Destino 0.2)


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Notas finais do capítulo

* Sapucaí, também conhecida como Marquês de Sapucaí, é o Sambódromo do Rio de Janeiro, localizado no centro da cidade. *

Por favor, não me matem por esse final de capítulo kkkk



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