Need You Now escrita por A Cavalaria


Capítulo 1
Amizade virtual


Notas iniciais do capítulo

Depois de muito tempo sem postar nada por aqui, o bloqueio criativo está sumindo aos poucos e estou de volta.
Desta vez, trago uma estória um pouco diferente e eu espero que vocês curtam!
► Postada aqui e no Spirit Fanfics sob o nome de DoutoraEstranha

?–? Pode se inspirar, mas não pode copiar.
?–? Aqui eu usarei apenas a imagem, nacionalidade e nome do Chris Hemsworth, mas tudo sobre o mesmo será mudado.
?–? Beatrice Martino é uma personagem original de minha autoria e é representada pela Alexandra Daddario.
?–? No mais, espero que gostem e me deem um feedback sobre a estória. Boa leitura!



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Seu nome era Christopher Hemsworth, um jovem, nascido em uma família australiana de classe média-alta, morava no Rio de Janeiro desde os três anos. Filho de uma empresária com um cirurgião já falecido, cujo nem chegou a conhecer. Trabalhava com ela e juntava dinheiro semestralmente para viajar pelo mundo. Seu ego era inflado, cheio de autoconfiança, com uma beleza indescritível. Já tentara achar o amor da sua vida em muitas mulheres, porém, nunca conseguira algo sério.

Em São Paulo, Beatrice Martino ia para mais uma entrevista de emprego. De família brasileira humilde, passou fome durante alguns meses. Trabalhava para ajudar seu pai, tendo em vista que sua mãe estava doente e incapacitada de exercer várias atividades. Há mais de um ano perdera seu emprego devido à forte crise que afetou o país. Desde então, sua rotina se resume em entregar currículos e ouvir seguidos “nãos”. Cursou dois anos da faculdade de Jornalismo com uma bolsa de 80%, todavia devido à má condição financeira, teve de trancá-la.

Recentemente, em uma das entrevistas, sofrera assédio sexual por parte do recrutador, o que desencadeou uma depressão. Fazia tratamento psicológico e desejava ficar o dia todo deitada, trancada dentro de casa. Mas tinha que trabalhar, em qualquer coisa que fosse.

Contudo, novamente, recebera um “guardaremos seu currículo para novas oportunidades” como resposta do entrevistador. Sabia que aquilo era um modo de lhe falarem “não” educadamente.

Chegou em casa desanimada, cansada de tudo. Tinha vontade de tirar sua própria vida para acabar com seu sofrimento. Seu celular se conectou automaticamente ao Wi-Fi e logo vibrou várias vezes seguidas. Desbloqueou a tela, viu que seu amigo australiano havia mandado mensagem:

Chris ♥: Bom dia, Bea!

                Tenho uma ótima notícia...

                Minha mãe vai pra São Paulo fazer negócio com uns caras aí e vai me levar junto. Adivinha quem vai te ver?

                Eu mesmo, o homem mais lindo que você conhece!

Naquele momento, o coração da jovem parecia que pularia para fora do peito de tanta alegria que sentiu. Era o único amigo que tinha e só se viam de vez em quando por videochamadas.

Apesar de suas diferenças, se identificavam em muitas coisas. Conheceu-a através de um grupo da Marvel, não hesitou em adicioná-la. Ao ver que a mesma havia aceitado-o, prontamente puxou conversa e o assunto nunca acabou.

Aconselhava-a todas as vezes que se sentia mal. Tentava convencê-la de todas as maneiras possíveis de que era uma excelente pessoa. Sabia o quanto o mundo fora cruel com ela e tentava amenizar isso. Conhecia sua solidão, esforçava-se para estar sempre presente para que não fizesse qualquer besteira.

Bea ✿: Oieeeee!!! Nossa, que notícia maravilhosa, meu querido!

                Finalmente poderemos comer aquela batata frita marota que estamos combinando há um tempão hahahaha

                Quando você vem?

Chris ♥: Provavelmente chego na sexta à noite. Aí no sábado já podemos sair ;)

Bea ✿: Mal posso esperar! Uhuuuuuuu o

Como sempre, conversaram por horas. Sentiam-se à vontade um com o outro.

[x]

Beatrice terminava de se maquiar, mantinha-se atenta ao celular, caso Christopher mandasse uma mensagem.

Estava atrasada, cria que ele queixar-se-ia se chegasse na estação de metrô e tivesse de esperá-la muito tempo.

Não recebera nada, temia que talvez tivesse desistido do encontro. Um turbilhão de pensamentos pairaram sua cabeça: “E se ele desistiu?” “E se ele se arrependeu de falar comigo?” “E se ele for um assassino, estuprador ou qualquer um que só esteja marcando esse encontro para me fazer algum mal?” “E se minha mãe tiver razão sobre amizades virtuais... Que eu devo tomar cuidado, pois pode ser perigoso e...”

Teve os devaneios interrompidos por uma mensagem:

Chris ♥: Desculpa... Vou chegar atrasado. O trânsito de São Paulo como sempre está caótico!

Sentiu um alívio ao ler aquilo. Encheu o peito de ar, colocou fé no afeto que sentia por ele. Saiu de casa e rumou para o ponto de ônibus.

[x]

Chegando à estação, encontrou um rapaz de um metro e noventa, camiseta branca colada ao corpo, mostrando claramente seus músculos definidos, calças pretas com uma corrente pendurada em um dos lados. Inegavelmente lindo. Não era à toa que ficara com tantas garotas.

— Está atrasada! – manifestou com a voz grave, que ecoou por seu corpo, provocando-a um leve arrepio.

— Também peguei trânsito. – sorriu sem graça e se aproximou mais.

De braços abertos, com um sorriso largo a recebeu. Caminhou apressada e o abraçou sem vontade de soltá-lo.

Envolta por seu delicioso perfume, pelo calor natural do corpo dele, percebeu as pernas bambearem.

— Isso não pode estar acontecendo... – Beatrice deixou as palavras escaparem como murmúrio de seus lábios.

— O que não pode estar acontecendo? – afastou-a e encarou sua face.

Com aqueles olhos azuis brilhantes fitando-a, fraquejou. Há algum tempo, temia e hesitava pensar no que vinha nutrindo pelo amigo virtual. Possuía apenas alguns segundos para inventar uma desculpa do que quis dizer com aquela frase. Por sorte, era rápida com seus pensamentos.

— Você, Christopher Hemsworth, me abraçando... Nem parece aquele cara que se acha o máximo, que vive falando comigo! – riram.

— Eu não me acho. – protestou. – Só sei que tenho muitas qualidades, oras...

[x]

O sol já estava se pondo na grande capital. O casal de amigos passara a tarde toda rindo e jogando conversa fora. Beatrice sentia-se nervosa por estar ao lado daquele homem encantador. Entretanto, evitava demonstrar, apesar de algumas linguagens corporais a denunciarem, tais como suas pernas que balançavam constantemente ou os dedos suados que esfregava uns contra os outros.

— Bea... – falou mansamente. – Terça-feira eu volto para o Rio e estava pensando... O que acha de passar uns dias na minha casa?

Ela começou a rir descontroladamente e ele ficou sem entender a reação.

— Você acha mesmo que meu pai vai deixar que eu durma na casa de um homem? Ainda mais desconhecido? – limpou algumas lágrimas que escorreram do canto de seus olhos de tanto rir.

— E qual o problema? Se o problema é porque sou desconhecido, posso ir à sua casa conhecê-los!

— O problema não é você ser desconhecido, mas sim ser um homem! Além do mais, meus pais não acreditam em amizade virtual, então, tive que mentir dizendo que você era um amigo da escola que se mudou para o Rio de Janeiro e estava em São Paulo à passeio.

— Você mentiu? Que coisa feia! – balançou a cabeça negativamente e arrancou-lhe um riso nasal. – Bom, e se por um acaso você disser aos seus pais que está namorando um cara de outro estado e ele quer te apresentar para a família dele...?

— Cara, meu pai teria que conhecer meu namorado primeiro para depois pensar em autorizar! – houve uma pausa silenciosa. – Mas você não está pensando em...

— Sim, estou! – interrompeu-a. – Pode contar pra todo mundo... Eu sou seu namorado!


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? O que acham que Beatrice irá responder? Não deixem de comentar!

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Beijos ♥



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