Recomeço escrita por darling violetta


Capítulo 3
Choque de Realidades


Notas iniciais do capítulo

Eu mudei um pouco a sinopse, porque eu não queria ter duas histórias sobre viagem no tempo. Embora o enredo fosse completamente diferente, eu resolvi mudar alguns detalhes aqui, mas como ainda está no começo, não faz muita diferença. Apreciem.



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O casal Wayne estava atrasado para o jantar. Martha já os esperava ansiosa. Ela abraçou o filho, e beijou-lhe o rosto, como se não o visse há anos. Martha sorriu para Diana, a esposa de seu filho. Embora não fosse a nora ideal, ainda gostava da menina.

Bruce estava elegante em seu terno preto, já Diana usava um vestido florido, na altura dos joelhos. Bastante simples para a esposa de um bilionário. Este era um dos motivos pelos quais Martha não acreditava nas fofocas. Se Diana estivesse ali apenas pelo dinheiro, andaria coberta de jóias, e não com as roupas simples de quando trabalhava como garçonete.

─Sinto muito pela demora, mas tive um imprevisto no trânsito. ─Ele disse.

─Fico feliz que ainda tenham vindo.

Martha os guiou para o salão da mansão Wayne. Era grande demais e solitário para uma mulher viúva, por isso Bruce e Diana vinham toda a noite jantar com ela. Seu filho bem que poderia morar sob o mesmo teto, porém ela entendia a vontade do casal de terem sua própria casa. Em breve teriam um filho, e casados há pouco, gostavam de desfrutar da vida juntos. Sem interferências de outras pessoas, mesmo de sua mãe.

─Como está o trabalho, querido? ─Indagou.

Bruce deu de ombros.

─A rotina é massacrante, em alguns momentos a dificuldade em controlar uma empresa é maior, no entanto, meu pai me ensinou bem.

─Thomas ficaria orgulhoso de você. ─Disse, e era sincera.

─Obrigado.

Diana apertou a mão de Bruce por baixo da mesa. Sabia como o marido ainda ficava tocado quando se falava em seu pai. Massageou as costas de sua mão em retribuição e sorriu para ela. Martha observava discreta a interação do casal. Eles realmente eram muito bonitos juntos.

─E você, Diana? Como estão as coisas?

Ela sorriu, tocando a barriga com a mão livre.

─Sinto-me enorme. ─Admitiu.

─Está ótima para mim. ─Beijou-lhe a bochecha.

─Você é muito gentil, senhor Wayne.

O jantar seguiu como de costume. O clima era agradável, Martha era gentil e fazia muita questão da presença do casal. Conversaram pelo que pareciam horas, e quando se deram conta, já era tarde. Assim, decidiram passar a noite ali.

O quarto de Bruce se mantinha intocado, sua mãe nunca ousou mudar nada. Não era novidade, como vez ou outra ainda dormiam na mansão. De madrugada, uma chuva começou a cair.

Ele estava num armazém, escondido entre as sombras. Abaixo dele, alguns homens roubavam o carregamento. Caixas e mais caixas eram guardadas no caminhão dos criminosos.

─Mais rápido. ─Um deles gritou. ─Antes que o Batman chegue.

Um outro homem olhou para cima, e apontou para sua figura. Batman pulou para o meio dos criminosos, que começaram a correr, alguns tentavam atirar. As investidas deles contra o hroi foram em vão. Minutos depois, estavam todos amarrados, enquanto as sirenes da polícia eram ouvidas. Hora de ir. Desapareceu na escuridão.

Bruce acordou assustado. Diana ainda dormia a seu lado, de costas para ele. Evitando fazer barulho, levantou da cama e foi até a janela. Abriu-a, deixando algumas gotas de chuva entrar, numa tentativa de acalmar a mente. Fechou os olhos, sentindo o frescor da água que caía. Era bom, reconfortante.

Minutos depois, mais calmo, voltou a deitar ao lado da esposa. Diana se mexeu e o abraçou em seu sono. Não pode esconder um sorriso, e a abraçou também. Voltou a fechar os olhos, tentando adormecer.

Em sua mente, apareceu um rosto sorridente, meio nublado pelo sono. Ele o reconheceria de qualquer lugar. O palhaço que salvara sua família anos antes. Tentou se mover, no entanto, foi impossível. A boca do palhaço se movia para falar, mas ele não entendia suas palavras. Pelo riso no rosto do palhaço, sabia que debochava dele. Sentia a pressão sobre si, e, quanto mais se debatia, mais preso ficava.

De repente, a expressão do palhaço se modificou, e ele pareceu irritado. Voltou-se para um outro alguém, que ele não conseguia reconhecer, e parecia muito bravo. Bruce entendia apenas resmungos, e soube naquele momento que havia algo de errado. O mesmo palhaço voltou minutos depois, cobrindo sua boca com um respirador. Depois, não viu mais nada.

Ele saltou, acordando em seu quarto. Diana estava sobre ele, sua mão em seu ombro. O olhar preocupado. Confuso, encarou-a questionador.

─Você estava se debatendo. Outro pesadelo?

Bruce assentiu. Seu olhar acabou pousando na janela aberta, e percebeu que já dia. Diana ainda tocava seu ombro, visivelmente preocupada com ele. Bruce deu-lhe um beijo apaixonado, tentando se acalmar ao mesmo tempo provar a Diana que estava bem.

─Eu estou bem, Diana.

─Não é a primeira vez, Bruce. Estou preocupada.

─Eu sei. Se continuar, vou procurar auxilio. Prometo.

─Vou fazer você cumprir.

Ela saiu da cama, indo para o corredor. Bruce também saiu, indo até um banheiro lavar o rosto. Mais tarde naquela manhã, depois de vestido e mais calmo, caminhou um pouco, indo parar no cemitério da família. O túmulo de Thomas Wayne se erguia imponente. Sentou à sua frente, tocando a lápide, tentando sentir a presença de seu pai. Como Bruce precisava de conselhos agora!

Talvez tudo fosse pressão do trabalho, afinal as responsabilidades eram cada dia maiores. No entanto, sua mente ainda estava lotada. Por mais que tentasse não pensar, sua mente voltava a seus pesadelos. Parecia uma realidade diferente, em um mundo paralelo que se chocava com o seu.

Por algum motivo, vagou de volta ao fatídico dia no beco. Desta vez, como em seus pesadelos, não havia ninguém para salvá-los, e seus pais perderam a vida. Ele tinha apenas oito anos e ficou órfão. Não era justo.

Secou uma lágrima que escorria por seu rosto, e voltou a fitar a lápide de seu pai. Ergueu-se num pulo, ainda mais assustado. Já não era uma, e sim duas lápides. Martha e Thomas Wayne. Seus pais. Como no pesadelo, mas agora, lhe parecia mais real. A dor era quase palpável. Ele não queria, nem podia acreditar.

Fechou os olhos, repetindo para si mesmo que não era real. Ficou assim por um tempo, e quando os reabriu, encontrava apenas o tumulo de Thomas, datado de três anos atrás. Não conseguia ficar um segundo a mais naquele lugar. Deu meia volta, embora. Agora, com a certeza que precisava de ajuda. Se tinha pesadelos acordado, poderia ser um risco para sua família. Procuraria tratamento o mais rápido possível. Aquilo não podia continuar.


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Notas finais do capítulo

Desculpa a demora por ter demorado a postar.
É isso por enquanto.
Gratidão!!!



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