Okay, mal cheguei em Gravity Falls e já tenho que aturar acontecimentos estranhos! Na verdade, até estava fazendo falta, mas é porque na escola tem uma rotina muito chata e repetitiva, matemática, inglês, história, sou bom em todas as matérias, e, sei que parece estranho, mas sou péssimo em ciências porque falo de coisas ‘que não existem’ durante as aulas e todo mundo ri de mim(sim, a Mabel também)!
O brilho todo me fez tapar a cara com o braço. Quando abri os olhos, a estátua tinha reduzido o tamanho por cerca de duas vezes ela mesma e dei um salto pra trás. Não estou exagerando! Se imaginem na minha situação: minhas férias começaram e eu vou para o meio da floresta ficar sentado do lado do meu maior inimigo e ele decide reviver bem nessa hora! Não é coisa boa.
— B- B- B- BILL?! — Falei gaguejando, não sei porque — MAS C- COMO?!
Eu realmente estava muito confuso com aquele doritos, geralmente o Bill aparece flutuando enormicamente dizendo "Ora, ora, ora, ora, ora!" e me chamando de "Pine", mas ele estava com os pés assentos no chão...
— Pine?! — afinal ele nunca esquece essa mania — Mas como?!
Eu fingi ser corajoso:
— Bill, você já sabe que não tem hipóteses nenhumas contra a minha família!! O que você quer dessa vez?!
— Olha, Pine, não sei o que aconteceu ou como aconteceu, mas você está entrometido nessa história toda, não é?! Você sabe que eu posso te desentegrar num estalar de dedos!
Ele tentou cinco vezes seguidas, mas nenhuma funcionou e olhou espantado para mim como se eu fosse o culpado. Eu tirei uma faquinha que cinco centímetros do colete(nunca se sabe quando pode ser preciso!), apontei para ele com as mãos tremendo e fui andando em direção a ele devagar enquanto ele recuava desesperadamente.
— Eu estou armado, Bill... N- Não me obrigue-
— Os meus poderes! Onde estão?! — ele tropeçou e se encolheu como se estivesse com medo e falou baixinho: — não, não, não, não, não!
Aquilo me fez parar, largar a faca e sentar na frente dele. Por outro lado, eu disse que ajudaria ele, a uns minutos atrás, e eu estou o ameaçando...
— Uh...? — Bill parecia não estar entendendo, dava para ver que ele não estava — ...??
— Você... Está sem os seus poderes?! Como isso é possível?!
— Eu- Eu não sei!
Peguei ele como se fosse um cachorrinho filhote.
— E- Ei! Cuidado com os lados, são sensíveis!
— Sensíveis? Okay...
Ele estava corado, que nem eu. Não sei exatamente o que estava sentindo... Uma mistura de desconfiança, confiança, ódio e paixão... Paixão?! Não, não, não, não! Não pode ser! Eu não posso estar apaixonado pelo Bill! Não!
Bill estava olhando para mim e eu não conseguia desviar o olhar. Mas isso foi só até ele virar uma pessoa! SIM, UMA PESSOA!