Billdip - O que acontece nas próximas férias escrita por Willy Ciph Pines


Capítulo 19
Beijos no pescoço dão arrepios...


Notas iniciais do capítulo

Bill Cipher e Dipper Pines como narradores:



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{Dipper Pines}
Já estava de manhã, 09:48, eu acordei com o Bill se mechendo na cama. Dormimos abraçados ontem e eu acordei do mesmo jeito, mas ele se mecheu MUITO durante a noite. Resolvi ver se estava tudo bem com ele. Mesmo que estivesse dormindo, ele não parecia nada feliz.
— Bill...? — Me sentei na cama e balancei ele — Você tá bem?
— ESPERA, EU NÃO- ... Dipper? Oi!
— Você tá bem?
— Unh... Tive um pesadelo... Mas tô bem!
— Certeza?
— Sim!
Ouvimos Mabel gritar "O CAFÉ TÁ NA MESAAA!" e descemos. Chegamos na cozinha e estava cheirando a queimado. Tava tudo cheio de glitter e melado, tinha um ovo quebrado em cima da lâmpada!

{Bill Cipher}
— Woah! — Dipper tomou um susto quando viu aquilo — Mas o que foi que- ?!
Os Stans tiveram a mesma reação. Stanford foi até um livro que estava todo cheio de farinha e assoprou o pó:
— "Livro de receitas brilhantes"? — Leu — De quem é isso?
— Eu e as garotas passamos a noite toda escrevendo essas receitas nesse livro em branco que a Grenda encontrou na biblioteca do primo! — Mabel disse — Elas já foram pra casa delas... Olha, decoramos a capa com lacinhos!
Stanford pôs o livro em cima da estante e fomos para a mesa. Mabel estava super empolgada, tirou uma coisa do fogão e pôs na mesa:
— Cupcakes brilhanteeees!
Na bandeja tinham 20 bolinhas pretas brilhantes, cobertas de glitter e, para ser sincero, pareciam bolinhas de CINZAS, só que brilhantes.
— Não deu tempo de colocar nas forminhas! — Mabel disse — Provem!
Vi na cara de todos que ninguém queria experimentar, então fui o primeiro, puz aquilo na boca, por mais que me custasse, sorri e engoli aquilo. TINHA MESMO GOSTO DO QUE PARECIA TER!
— O que você achou, Billy? — Mabel perguntou, sorridente
— Ótimo! «nhom» Vou lá fora, acho que alguém me chamou! «nhom» — Fui lá fora e cuspi aquilo numa árvore, depois voltei — ESTAVA ÓTIMO!
Com isso, acabei convensendo ela que os cupcakes são bons, então todos só saíram dali quanto terminaram de comer os 19... Pobre Dipper! Pelo menos eu me safei.
Dipper, eu e Mabel saímos para não ficar respirando cheiro de queimado.
— Ei, Bill, — Dipper disse — agora pode contar aquilo sobre o... "Will"?
— "Will"? — Mabel me olhou confusa, me fazendo sentir obrigado a contar para os dois
— Okay... — Suspirei — O Will é um demônio que me imita a muito tempo, ele consegue pegar a forma que ele quiser e viajar entre outras dimensões, ao contrário de mim, que só posso ter outro corpo se fizer um acordo e tenho que ficar em Gravity Falls para toda a eternidade... E ele é um chorão.
— Sério?! — Os dois disseram
— Sim. — Respondi — Nós dois temos a mesma idade, a idade aproximada da idade do primeiro humano.
— «gasp» Você e o Will são irmãos gêmeos? — Mabel disse
— Uh... — Respondi — É quase isso!
— E porque ele ia tentar nos matar?! — Dipper perguntou — Ele não é doido que nem você era antes, certo?
— O que?! Não! — Respondi — Ele é até legal! Mas o problema é que ele é um chiclete, se ele 'grudar' em você, é sinal que ele vai SEMPRE estar lá do seu lado! ... Sempre...
Desanimei nessa última palavra... "Sempre"... A quanto tempo que não vejo ele? Nem lembro sequer o que ele fez por mim... Sei que tem uma dimensão que ele fica o tempo todo lá, fazendo num sei o que, talvez tenha alguém que ele goste lá, sei lá.
— Aw, Bill, — Mabel me deu um abraço com pena — você tá com saudades do seu mano-gêmeo!
— E- Eu não tô! — Hesitei um pouco em falar isso — Ele é só um demônio​ patético... Quantas vezes eu tentei me convenser disso com essas mesmas palavras...?
— Bill, você não pode negar o seu coração, com certeza que quer ver Will novamente! — Dipper tirou a Mabel de mim e me abraçou por trás, me fazendo corar — Vamos estar sempre aqui para você, prometo!
Porque achei isso familiar? **Sad sigh**... Espero que Dipper cumpra essa promessa, não iria poder ficar mais grato.

{Dipper Pines}
De repente, uma voz familiar chamou os nossos nomes:
— Dipper! Mabel!
— Pacifica! — Eu e Mabel dissemos ao mesmo tempo
Corremos até ela. Tava com tantas saudades daquela garota! Mabel e ela se abraçaram. Acho que a Mabel gosta dela, tipo, claro que não estou falando de gostar gostar mesmo, só acho que elas agora já são amigas! Claro, depois do estranhagedom- ! Ela veio e me abraçou também, e depois notou no Bill:
— Huh... Quem é esse loirinho aí?
— Sou Bill... Amigo deles. — Bill estendeu a mão — Prazer te ver de novo, Pacifica.
Pacifica apertou a mão dele:
— De novo? Nunca te vi por aqui antes...
— Ah... Uh... Sou novo nessa cidade! Eu disse "de novo"?! — Bill respondeu — Hahahah... Quis dizer prazer em te conhecer!
Ela riu e se virou de novo para a Mabel:
— Mabel, tenho TANTO pra te contar! Aconteceu muita coisa enquanto você esteve fora! Meus pais fizeram uma loja de limonada, que cresceu e virou um shopping e agora sou rica de novo, não tanto, mas sou! Dessa vez a família Northwest vai ser honesta! Nós doamos o dinheiro ganho na loja de bebês para o horfanato, o da loja de pizzas para escolas infantis e o resto para nós, o shopping e os nossos empregados! Agora o Gravity Falls Shopping é um dos maiores da zona, até recebemos turistas!
— Sério?! Incrível, mal posso acreditar! Nossa Cabana do Mistério também cresceu muito, até se tornou difícil entrar na loja, então tivemos que aumentar! — Mabel riu — Eiiiii! Porque nós não vamos todos para o Gravity Falls Shopping? Assim podemos nos divertir juntos e fazer compras! Falando nisso, tô precisando de mais lã para os sweaters!
— Boa ideia, May! — Falei, puxando Bill pelo braço — Também é uma ótima forma do Bill conhecer a cidade! Ele vem junto!
Pacifica concordou, em menos de vinte minutos, já estávamos no GFShopping. Foi MUITO divertido! Fizemos várias compras e jogamos vários jogos. Mabel comprou 1kg de lã, eu comprei um caderno e Bill comprou uma caixinha de cupcakes de verdade da Mellow Cupcakes. Eu nem sabia que essa loja de cupcakes ainda existia, lembro de comprar um cupcake nela dois anos atrás! Bom, as garotas foram experimentar algumas roupas e eu e Bill ficamos fora da loja, nuns pufs coloridos. Ficamos nos encarando durante um tempo. Notei na cara dele que algo o incomodava, então decidi perguntar:
— Ei, Bill, tá tudo bem?
— É... Sim...
Ele tava fazendo exatamente o sorriso-falso-do-I'm-fine, o sorriso falso que as pessoas usam toda vez que vão falar que estão bem, mas não estão, o mesmo que ele fez nesse dia de manhã, quando perguntei se ele estava bem e ele tinha tido um pesadelo. Perguntei, meio inseguro:
— Tá pensando naquele pesadelo?
— Eu- ... Sim... — Bill abraçou as pernas... Que fofinho! — Mas tá tudo bem. Isso passa... Eu acho...
— Na verdade, uma das verdades humanas, é que, sempre que vivemos algo horrível, nós ficamos traumatizados. — Falei — Isso significa que não esquecemos durante um longo tempo, ou até durante a vida toda.
— ... Hm... — Ele apoiou o queixo nos joelhos — Significa que eu vou lembrar desse pesadelo para sempre?
— Foi mesmo traumatizante assim? — Perguntei, me aproximando dele — Bill, as vezes ajuda contar o pesadelo para alguém. Quando eu era menor, acordava depois de um pesadelo e contava tudo para a minha irmã ou para os meus pais e me sentia muito melhor depois. Quer contar?
— Hum... — Bill suspirou — Eu... Eu estava com o Will...
Olhei atentamente para ele, esperando que continuasse. Ele continuou:
— Essa parte foi mais uma lembrança de muito tempo atrás... Ou seja, estava com a minha forma original, e tal... Ele me perguntou se eu ia ficar sempre com ele, ou se nós íamos sempre ser assim... Acho que "para sempre" é por muito tempo...
Ele encheu os olhos de lágrimas e depois escondeu o rosto nos joelhos. Dava para ver que estava desconfortável, também, não é normal de um demônio chorar assim ou sequer ter pesadelos, certo? Pus a minha mão no ombro dele:
— Bill, ... Ele era mesmo como um irmão para você, não era?
Ele acenou que sim com a cabeça. Juro que é horrível ver ele chorar, me sinto sempre obrigado a consolar ele! Puxei ele para um abraço e ele escondeu o rosto no meu ombro e retribuiu o abraço, ainda chorando. Passou algum tempo até ele recuperar e parar de chorar.
— Já está melhor? — Beijei o pescoço dele — Meu ombro tá todo molhado!
Nos separamos do abraço e ele estava super corado. Só depois que eu fui notar no que fiz: EU BEIJEI O BILL NO PESCOÇO, SIM, BEIJEI! Eu corei pior que um tomate:
— E- Eu juro que eu não- ! Eu s- só- ! Eu- ! Você- !
Eu tapei minha cara com as mãos e ouvi Bill rindo baixo, mais ou menos a mesma risada que a Mabel fazia quando eu olhava para uma garota qualquer durante mais de cinco segundos, só que a dele era um pouco mais fofa e bonitinha~ ... Dipper, o que está acontecendo com você?! Você não é gay! Lembra da Wendy! ... Isso não explica nada, estava entrando em pânico naquela hora, até Bill apoiar a cabeça dele no meu ombro e falar:
— Sim, eu tô bem melhor agora! Obrigado, Dipper!
Ele me chamou de Dipper... Amo isso. Eu também amei aquele momento... Eu amo ele. Não tem outra explicação para tudo isso, ou tem? Não sei, mas vamos logo continuar.
Bill deu um beijo no meu pescoço(tava pedindo essa, né), o que me fez arrepiar todo e corar ainda mais. O pior foi que ele notou e riu de mim.
— Para com isso, você também corou, okay!
— Hahahah! Pelo menos eu não tava parecendo uma cereja envergonhada~ !
— Hahah, muito engraçado, Bill!
— Pfffft- Hahahahahahah! Okay, eu paro, eu paro!


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