Troublemaker escrita por Lily


Capítulo 10
10


Notas iniciais do capítulo

Portanto, ela é...
Estou meio devastada agora, chocada e magoada. O episódio e ontem de The Flash me fez ficar emotiva demais por Cait, devastada por Cisco e Gypsy, chocada pela garota misteriosa e sua revelação final. Eu já não sei mais o que pensar, tudo parece tão caótico para mim atualmente, a verdade é que eu me abalo fácil com os episódios, entro em loop de pensamentos confusos que por vezes me travam de escrever. Acho que a série me leva ao limite de minha criatividade. E ao meu limite de esperança quando se trata de SnowBarry, estou tão desesperançosa com tudo, despedaça para ser mais clara.
Espero que gostem do capitulo.



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As pedras na janela alá Romeu e Julieta não foi o que a despertou, na verdade ela nem estava dormindo. O nervosismo havia se acumulado dentro de si assim como a ansiedade.  Abriu a janela e se inclinou para frente, lá embaixo, como um pontinho no meio da escuridão estava ele. Olhou por cima do ombro vendo a porta fechada, podia ouvir as vozes de Oliver e Barry, o riso de Cisco e voz melodiosa de Felicity enquanto dizia algo a Caitlin.

O relógio digital na cabeceira da cama marcava 00:45 am, Emma então respirou fundo e usou seu poder para descer até onde ele está. A primeira coisa que fez ao vê-lo foi abraça-lo fortemente. Escondeu o rosto na curva do pescoço dele e riu baixinho.

—Você é um louco. - sussurrou assim que se afastou. - Você tem ideia de quem está lá dentro?

—Meus pais, seus pais, meus tios. Tenho uma vaga noção. - ele brincou sem conseguir tirar os olhos dela. - Mas eu precisa te ver e ter certeza que estava bem, Carmim.

—As meninas sabem que você está aqui? - indagou. Tommy apontou com a cabeça para algo atrás dele, Emma virou o rosto e viu Camille e Lydia. Se soltou do Queen mais novo e correu até a amiga. Abraçou com força. - Oh céus. O que fazem aqui?

—Viemos te pegar e pegar Aaron. - a Ramon disse. - Aquele filho da mãe não deveria estar aqui.

—Nem eu deveria estar aqui. - retrucou. - Mas como chegaram aqui?

—Lydia. - eles disseram juntos, Camille então acrescentou. - Ela pegou o bote salva-vidas da nave e nos trouxe até aqui. Temos pouco tempo, então pegue a sua bunda branca e vamos sair daqui.

Camille a puxou pelo braço, mas Emma fincou os dois pés no chão.

—Não posso. Não posso deixar todos aqui sem ter uma explicação plausível. - disse fazendo Tommy e Camille revirarem os olhos.

—Como assim uma explicação plausível? Oh coisa, você realmente quer revelar a todos que você é do futuro? Sabe o que isso causaria na linha temporal? Emma não fode com tudo desta vez. - Camille falou tentando puxa-la com ela.

—Eu não vou, mas me deixa ficar apenas por dois minutos. Eu vou e voltou rapidinho te encontro lá. Mas por favor me deixa ficar. - insistiu, Tommy abriu a boca para retrucar quando de repente ouviu um barulho alto.

—Que merda foi essa?

Emma passou à frente de Tommy.

—Voltem para a nave que eu dou um jeito de encontrar vocês. - disse empurrando os dois de volta aos arbusto que havia saído. Tommy de repente puxou pela mão, Emma sorriu para ele com calma. - Não se preocupe, vou ficar bem.

Ele assentiu e então lhe roubou um beijo. Emma revirou os olhos antes de correr de volta ao quarto que estava hospedada, assim que deitou na cama a porta se abriu.

—Emma? - Caitlin a chamou em um tom baixo.

—Sim? - indagou coçando os olhos e fingindo ainda estar sonolenta. - Aconteceu algo?

—Não querida, apenas queria saber se estava bem. Fique aqui e não saía. - Caitlin pediu um tanto apreensiva.

—Por que?

—Por nada, apenas fique.

A porta foi fechada novamente, Emma sentou na cama olhando confusa para a porta. Para uma pessoa ansiosa e curiosa a palavra nada somente servia para atiça-la. Pois quando se viu ela já estava parada no corredor olhando para dentro da sala. O lugar estava com um clima visivelmente tenso, Oliver conversava com Barry em um tom baixo afastado de todos.

—Eu apenas quero saber quem diabos vai pagar a minha janela. - Felicity resmungou sendo reconfortada por Caitlin.

—Como está a cabeça Cisco? - Thea indagou.

—Dolorida. - o engenheiro falou com a voz arrastada. Emma ergueu um tanto para frente a fim de ver o que se passava lá dentro. - Tomara que isso valha a pena ou eu mesmo vou quebrar isso.

—Felicity, ligue por favor. - Oliver pediu. Felicity assentiu e então a sala foi tomada por uma luz diferente. Emma fechou rapidamente os olhos tentando se acostumar com a luz, então ouviu.  

—Para iniciar isso de forma bem clichê eu posso dizer, nós viemos em paz. Não queremos guerra, mas queremos unir todos em uma grande nação. Nos chamam de Argonautas, pois descendemos dos gregos que povoaram este planeta. Somos antigos, linhagens e linhagens de famílias que mantém está tradição. Somos juízes, atores, doutores, advogados, policiais, pessoas que sabem o que é certo na vida. Não queremos envolver vocês nessa situação, apenas queremos algo que vocês tem. O velocino de ouro. Vocês têm sete dias para devolver ou teremos que partir para métodos menos ortodoxos.

Emma soltou um longo suspiro se deixando escorregar até o chão. Aquilo só podia ser brincadeira. Eles não podiam ter achado-a tão rápido assim, eles não podiam.

[...]

—Primeiro você precisa se acalmar, pois não vou entender nada se continuar assim. - Harry falou sem desviar o olhar do tablet em seu colo. Emma respirou fundo e se virou para ele.

—Eu sou o que eles querem. - disse. - Eu sou o velocino. Os Argonautas me querem.

Harry a encarou confuso e meio surpreso.

—O velocino é uma lenda.

—Não, o velocino é real, quer dizer, até certo ponto, conta a lenda que há muitos séculos atrás foi transformado em uma essência colada em frasco sendo guardada e repassada entre gerações de uma mesma família. -  explicou, Harry tirou os pés de cima da mesa e se sentou ereto olhando atentamente para ela, Emma então soube que estava na hora de contar a ele um pouco de sua história. - Você sabe o que acontece quando uma criança nasce com dois DNA’s diferentes? Quando seus pais têm poderes diferentes e opostos? Papai é um velocista poderoso, mas minha mãe também é meta-humana com poderes muito fortes e totalmente opostos aos do meu pai. Quando eu nasci ocorreu algo comigo, às mistura de genes não deu muito certo e acabou que eu adoeci. Uma doença degenerativa que não havia cura. Até os meus três anos eu até que era normal, por assim dizer,  porém com o passar do tempo acabei desenvolvendo alguns sintomas, ficava cansada demais quando corria, não tinha fome e não comia mais nada, meu corpo estava fraco e meus batimentos eram lentos demais até para uma pessoa normal. Meus pais se desesperam, pois tentaram de tudo, mas nada dava certo, até que alguém chegou com essa nova esperança.

—O velocino.

—Exatamente. O velocino foi achado em formato de uma droga nova no mercado, eram poucos que sabiam sobre ele, papai sabia do que aquela droga era capaz e a guardou em segurança, porém ele teve que usar em mim. E o que tivesse naquela droga foi capaz de me curar.

—Mas por que exatamente os Argonautas te querem já que o velocino está, tecnicamente, em você? - Harry indagou impressionado com a história.

—Porque existe um meio de retirar a “essência” de mim sem me matar. Papai já planejava fazer isso, pois como estou crescida já não corro nenhum risco. Porém acabei vindo parar aqui e não deu tempo.

—E eles tem uma máquina desta?

—Sim. Acho que até mais potente.

—Mas como eles sabem que você está aqui?

Emma umedeceu os lábios e desviou o olhar antes de se voltar para Harry.

—O irmão da minha mãe é o chefe deles, seu nome é Charlie e o filho dele, Aaron, me conhece do futuro.

—Então este tal de Aaron veio do futuro e avisou ao pai que o velocino está aqui. - Harry observou juntando os pontos da história.

—Sim, Aaron me odeia tanto quanto Charlie odeia minha mãe.

—Temos que contar aos outros. - ele falou se levantando. Emma se colocou à frente dele.

—Não! Se papai souber acabará contando a mamãe e eu não posso alterar a linha temporal. Se eu fizer isso posso acabar perdendo toda a minha vida e eu não posso perder a minha vida. Papai tem que descobrir tudo sozinho e eu sei que ele vai fazer isso, sei que ele vai conseguir isso porque ele sempre consegue. - disse sentindo todo o corpo tremer com uma certa raiva e medo. Olhou apreensiva para Harry, mas o que via nos olhos do homem era apenas uma surpresa desigual.

—Você está a ponto de desaparecer. - ele falou.

—Sei que estou estressada, mas não exagera. - pediu.

—Não Emma, você está a ponto do desaparecer. Você está vibrando.

Ela olhou para baixo e viu o que Harry falava era verdade, sentiu o pânico crescer dentro de si e então ouviu passos. Tentou parar com o que estava fazendo, mas não conseguia.

Então o grito agudo soou anunciando que Caitlin havia entrado na sala e o que se seguiu foi uma série de teste e perguntas que Emma não queria responder, por fim ela acabou sendo colocada na maca para um descanso merecido.

—Você está melhor? - indagou Caitlin se sentando na cadeira ao lado dela. Emma assentiu. - Se lembra quando me perguntou porque estava aqui ao invés de estar em um hospital?

—Você disse que aqui era um lugar para pessoas especiais como eu. - falou se lembrando de uma das primeiras conversas que havia tido com a mãe.

—Agora, você sabe por que é tão especial?

—Por causa desse meu poder.

—Exatamente, você é uma velocista, Emma. Você pode correr mais rápido do que uma pessoa normal, você tem um dom único. Eu sabia desde de o início que você era assim, por isso decidimos te deixar aqui, sabíamos que uma hora ou outra acabaram descobrindo quem você é de verdade. E hoje, quando você vibrou na frente de Harry, eu soube. Você é única.

—O Flash é um velocista, não é? - indagou se fazendo de desentendida.

—Sim. Ele é o mais veloz de todos. Porém, Emma, a sua velocidade está entre uma das três melhores.

—Três? Quem são os outros?

—Kid Flash, Jesse Quick e… - Caitlin hesitou como se tentasse lembrar de algo. - Existe um outro, mas eu nunca cheguei a perguntar o nome dele.

Emma assentiu lembrando que muito provavelmente ela estava se referindo a Jay Garrick. Olhou para Caitlin, sua mãe lhe sorriu com doçura e calma. Emma se lembrou que ela lhe sorria assim quando tentava lhe acalmar.

—Eu sou estranha mamãe?

Caitlin Allen fez uma cara de ofendida diante da pergunta.

—Claro que sim, me diga uma pessoa que queira ser normal. Ser estranho é muito mais legal do que ser normal, até porque, sem pessoas estranhas não haveria sorvete, pois quem em sã consciência pensaria em congelar o leite? - ela indagou em um tom de brincadeira. - Nunca deixe ninguém dizer que você é uma coisa apenas para lhe ofender, ser estranha não é ruim principalmente quando se sabe pra que usar sua estranheza. Quando você ficar grande vai entender que nem sempre podemos ser iguais aos outros, e que nem queremos.


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