Agora Ou Nunca escrita por RaelFitch


Capítulo 9
A Festa na Piscina


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo novinho em folha para vocês



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9. A festa na piscina
Acordei na manhã de sábado com um barulho insuportável, desci as escadas e encontrei meu pai saindo pela portas dos fundos levando uma furadeira até a garagem o segui.
— o que você está fazendo ? — perguntei a ele, me apoiando numa mesa velha.
— vou colocar umas prateleiras aqui — ele apontou para o canto — o barulho da Serra te acordou.
— sim — respondi sem graça.
— achei que você já estivesse acordado — ele colocou as madeiras em um canto — me desculpe.
— não tem problema — respondi rapidamente, eu e meus pais não éramos tão próximos, eu amo minha família, só não consigo me abrir com eles e sempre foi assim, Luiza era o contrário de mim, sempre conversava e se abria com eles.
— sua mãe e Luiza foram ver o tecido do vestido com a Angelina — ele me retirou de meus devaneios — o café da manhã está na sala de jantar.
— posso te ajudar? — perguntei, ele pareceu confuso.
— tudo bem! — ele pareceu confuso.
— e a tia Cris? — perguntei pegando um pedaço de madeira para cortar.
— ela me ligou hoje cedo, vai passar uns dias conosco — ele respondeu ligando a serra.
— ela chega quando? — perguntei.
— hoje à noite, sua mãe quer dar um jantar — ele disse colocando os óculos de proteção.
— hoje tenho uma festa na casa do Gabriel — respondi sem graça.
— tudo bem filho, você vai poder dar as boas vindas a sua tia amanhã — ele sorriu.
— você fala de um jeito como se ela morasse em outro país, sendo que nos sempre vamos visitá-la — eu ri.
Meu pai gargalhou e concordou, continuamos fazendo as prateleiras, minha mãe e Luiza chegaram e ficaram surpresas ao me verem ajudar meu pai, no almoço comecei a contar sobre meu estágio, e eles pareciam super interessados e felizes.
Gabriel passou em minha casa por volta das cinco da tarde para eu ir ajudar na decoração da festa, entrei no seu carro com uma mochila cheia de roupas de festas tropicais, ele estava de óculos escuros e o topete todo molhado.
— malhou muito hoje? — perguntei.
— muito — ele arrancou com o carro.
— seus pais já foram viajar? — perguntei.
— foram na madrugada — ele sorriu — Lorena me ligou ontem.
— você convidou? — perguntei.
— claro que não, acho que ela nem sabe — ele respondeu — na verdade ela queria que eu fizesse sua cabeça para vocês voltarem.
— não se meta nisso — revirei os olhos — nós não vamos voltar.
— eu sei cara — ele disse calmo — eu disse isso a ela.
— estou estranhando que ela não aprontou mais nada — suspirei.
— você acha que ela vai aprontar? — ele perguntou confuso.
— eu queria que não, mas eu a conheço — bufei, sempre que o assunto era Lorena eu acabava me irritando.
— o pessoal da iluminação vai chegar em alguns minutos — ele olhou o relógio.
— quantos dias essa festa vai durar ? — brinquei.
— acho que dois no máximo — ele riu.
— seus pais te matariam — respondi.
— acaba amanhã à noite — ele riu.
Chegamos a sua casa e tudo já parecia em ordem, afinal os pais dele sempre foram muito organizados, ele tirou os sapatos e levou até seu quarto no segundo andar, fiz o mesmo quando cheguei lá, parecia que tinha entrado em um depósito de bebidas alcoólicas, tinham bebidas de todos os tipos.
— quantas pessoa você convidou? — perguntei.
— não sei — ele deu de ombros, a campainha tocou — deve ser o pessoal da iluminação, se uíste ir tomando banho e se arrumar, você já conhece a casa.
Entrei no banheiro e meu celular tocou, era José, fazia tempo que nos dois não nos falávamos, se Ítalo sonhasse que ele estava me ligando daria muita confusão, mas eu também não podia virar a cara para José por causa dele, senão ele iria acostumar e acabar dizendo de quem eu deveria ou não ser amigo, respirei fundo e atendi a ligação.
— alo? — perguntei.
— nossa, oi! — disse animado — quanto tempo!
— você esta bem? — perguntei.
— estou ótimo e você?
— eu também — respondi, ele não falou mais nada, mas eu podia escutar sua respiração do outro lado da linha — você quer me dizer algo?
— sim, queria te chamar para sair e tomar um café um dia desses — ele falou e em seguida soltou um suspiro.
— eu meio que estou lotado de coisas esses dias — respondi sem graça.
— entendi, mas espero te ver logo então — ele deu uma risada desanimada.
— a gente combina, até mais José — me despedi.
— até mais Léo — ele desligou.
Entrei no banho e enquanto a água quente percorria meu corpo as lembranças dos toques de Ítalo em meu corpo me faziam arrepiar.
Desci as escadas vestindo uma camisa azul marinho de botão, uma bermuda de praia branca e encontrei Gabriel com algumas pessoas da faculdade que eu conhecia apenas de vista bebendo e se divertindo, ele estava de camisa branca e bermuda de surfista.
— ele é tão popular que até dói — disse Sofia e deu um pulo de susto.
— você podia se anunciar dar algum sinal que está por perto — a repreendi.
— relaxa Léo — ela riu — Luiza me ligou e disse que não vem porque precisa ver as coisas do casamento — ela parecia visivelmente desapontada.
— depois do casamento tudo se ajeita e ela vai poder estar conosco de novo — a confortei.
— espero, sinto falta de nos quatro — ela cruzou os braços — Luiza tem o casamento, mas você é o Gabriel andam meio sumidos.
— nós temos tanta coisa pra fazer — respondi — mas farei o possível para juntar nosso grupo de novo.
— como está o Dr. Castro?
— tranquilo — respondi sentindo meu coração acelerar.
— Biel detesta ele — ela riu.
— faz parte — tentei disfarçar.
— está tudo bem? — ela perguntou — você está suando.
— acho que preciso tomar algo — tentei esconder ao máximo meu desconforto.
No jardim tinham muito mais pessoas que do lado de dentro, a maioria eu conhecia, todos do meu grupo de atendimento, peguei um refrigerante e tomei enquanto andava na direção da churrasqueira, a festa parecia estar super divertida, Gabriel contratou um dj para tocar, sentei-me na beira da piscina e minha visão foi impedida por um par de mãos que cobriram meus olhos.
— Sofia quer parar de me assustar — disse rindo.
— não é a Sofia — José retirou as mãos e me abraçou.
— quem te convidou? — respondi.
— Gabriel confesso que a Sofia que pediu para ele — ele sorriu — vou buscar algo para nós comermos.
Minha cabeça entrou em confusão, Sofia deveria estar desconfiada e então colocou José no meu caminho para ver como eu me comportaria, ele estava voltando com um prato cheio de carnes e a outra mão com uma garrafa de cerveja e dois copos encostados na tampa da mesma.
— que bom que você veio, assim você pode me ver — eu falei gargalhando enquanto ele colocava bebida no meu copo.
— estou muito feliz em te ver — ele me entregou o copo.
— obrigado — respondi — José eu sei que você tem sentimentos por mim, mas agora eu estou com outra pessoa.
— você sempre inventando uma desculpa para resistir aos meus encantos — ele piscou e sorriu.
— José! — Sofia o abraçou.
— senti sua falta — ele deu um beijo forte na minha melhor amiga.
— precisamos marcar de ir ao karaokê mais vezes — ele sorriu.
— eu adorei — ela disse animada.
— seria ótimo se você fosse também Léo — ele me incluiu na conversa — e poderia levar a garota que você está saindo.
— você já está com outra? — Sofia me perguntou.
— eu eu eu — gaguejei, não sabia o que responder, respirei fundo — estou saindo com alguém.
— por que você não me contou? — ela perguntou desapontada.
— porque ainda está muito recente — menti.
— bom eu vou tentar beijar a boca daquela loirinha linda — ela apontou para uma garota dançando sozinha na pista de dança improvisada no jardim.
O tempo foi passando, vi Gabriel entrando na casa com uma garota de cabelos escuros longos, eu e José bebíamos e conversávamos ele me fazia rir muito, me contou sobre a vida dele, descobri que seus pais são divorciados, que ele ajuda sua mãe a pagar as contas trabalhando como garçom, das dificuldades que eles enfrentaram até pouco tempo atrás, fiquei muito mexido com sua história, eu nunca tinha conhecido uma pessoa que tinha passado por tantas coisas e que mesmo assim tinha um sorriso estampado no rosto.
Um garoto se jogou na piscina e nos molhou, falei para ele subir comigo para nos secarmos.
Ao chegar no quarto de Gabriel a porta estava trancada, ele me olhou sem graça, o guiei até o quarto dos pais do Gabriel.
— algumas pessoas não sabem beber em segurança — entreguei uma toalha a ele.
— não me importo, pelo menos estou aqui com você — ele deu um passo em direção à mim, aproximando seu rosto do meu, podia sentir sua respiração perto da minha e seus lábios se aproximando dos meus.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Próximo quinta tem mais



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