Agora Ou Nunca escrita por RaelFitch


Capítulo 27
Cativeiro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/752290/chapter/27

Cativeiro 

 

Todos observavam a valsa do casal atentos, eu estava tão feliz pela minha irmã e por Felipe, os dois estavam tão felizes, daqui alguns meses eu e Ítalo estaríamos partilhando do mesmo sentimento.

Segurei as lágrimas na hora que dancei com minha irmã gêmea.

— você e o Felipe vão ser muito felizes — falei.

— você e o Ítalo também — sorriu em retribuição.

— estou tão ansioso — falei suspirando.

— você merece — ela sorriu — seremos os irmãos felizes e bem casados.

— sim — meu pai colocou a mão em meu ombro sinalizando que já deveríamos nos separar e ele seria o par dela.

Ítalo me abraçou por trás enquanto eu pegava uma taça de champanhe.

— senti sua falta — ele falou fazendo biquinho.

— eu que senti — respondi dando um selinho rápido.

— Léo você pode pegar as lembrancinhas no meu porta-malas? — Felipe pediu.

— claro — estendi a mão para pegar sua chave.

— eu vou com você — Ítalo tomou um gole rápido do seu champanhe.

— pode ficar tranquilo — dei um beijo em sua bochecha — eu vou sozinho, enquanto isso pega alguns docinhos para mim antes que o Gabriel acabe com tudo.

— tudo bem — Ítalo me deu um beijo e em seguida foi até a mesa de doces, enquanto eu fui até o carro.

De longe avistei o carro do meu cunhado, abri o porta malas e em um momento senti alguém colocar algo em meu rosto, não conseguia distinguir o que era real ou não, minha visão começou a ficar embaçada, tentei me debater e lutar, mas parecia impossível, alguém forte me segurava, eu me sentia cada vez mais longe, e então eu apaguei.

Quando abri meus olhos não acreditei no que estava vendo, meus punhos estavam amarrados, assim como meus tornozelos, tentei gritar, mas um lenço amarrado na minha boca não deixava.

O raio de sol brilhava forte do lado de fora, observei o lugar que eu estava, era um galpão, não tinha ninguém no meu campo de visão, respirei fundo tentando manter a calma, meu celular começou a tocar, mas ele não estava no meu bolso, eu estava apavorado, tentando conter as lágrimas, o toque se aproximava cada vez mais, ate que uma porta se abriu.

Heitor apareceu com uma jaqueta de couro que combinava com suas luvas, ele acenou para mim e riu.

— eles te ligaram a noite toda — ele balançou meu celular — principalmente ele!

Heitor recusou a ligação e veio até mim sorrindo enquanto tirava o lenço da minha boca.

— o que você quer? — perguntei.

— eu queria que você sumisse — ele falou mordendo minha orelha — sabe Léo, você é muito bom de cama, gostei mesmo, mas o meu grande amor é o Ítalo — ele deu um sorriso malicioso.

— me deixa ir embora — implorei — por favor!

— você só sai daqui sem vida — Heitor deu uma gargalhada, ele não estava em seu perfeito juízo.

— não precisa ser assim — continuei.

— Chega! — gritou — você me tirou o homem que eu mais amei na minha vida e se eu não posso tê-lo, ninguém mais vai ter!

Meu celular tocou novamente e Heitor atendeu rindo.

— olá Ítalo — debochou — não tem ninguém aqui com esse nome, porque você não liga no necrotério?

— Ítalo socorro! — gritei.

— cala a boca! — Heitor berrou — você não vai ver ele nunca mais Ítalo! — Heitor veio na minha direção, tirou uma faca do bolso e colocou no vivo a voz.

— eu juro pela minha vida que se você encostar em um dedo nele... — Ítalo gritava de ódio no outro lado da linha.

— Amor? — o chamei — Ítalo eu te amo.

Heitor deu uma risada debochada e passou a faca no meu braço, senti a região arder, fiz o máximo de esforço para não gritar, mas a dor estava sendo absurda, tanto que acabei deixando o sim fugir pelos meus lábios.

Ele pegou a arma novamente e bateu com cabo na minha cabeça, perdi os sentidos mais uma vez.

Eu corria pelo campo da nossa mansão, Ítalo tinha um garotinho no colo, quando estava próximo a eles  algo me puxou, cai no chão confuso, ao olhar em volta Heitor estava cantava-se com Ítalo e o nosso garotinho, gritei o máximo que pude e então despertei assustado.

— Heitor? — o chamei, mas não tive respostas, olhei em volta e eu parecia estar sozinho, tentei me soltar, mas não conseguia.

— volta para mim — Heitor estava no meu celular falando com Ítalo quando reapareceu — por favor.

Heitor desligou o telefone, minha cabeça ainda dois devido a coronhada.

— você não desiste? — perguntei.

— cala boca — ele sentou-se na minha frente.

— você não vai conseguir separar nós dois — sorri.

— eu vou te matar — ele falou pegando a arma.

— você pode me matar — comecei — mas se você acha que fazendo isso o Ítalo vai te amar você está completamente enganado.

— eu queria que ele me amasse, só isso, você poderia sumir sabia? — ele riu.

— eu posso sumir, mas o Ítalo vai sumir comigo — sorri debochando.

— só posso te dizer uma coisa — ele cruzou os braços — eu não estou sozinho nisso.

— o que? — me surpreendi.

— você acha mesmo que vai ser feliz com ele? — Heitor se levantou.

— tenho certeza — sorri — quem é seu cúmplice? 

— ainda não é a hora — ele sorriu apertando meus lábios com a boca.

Escutei sirenes e buzinas.

— Heitor Garambine entregue Leonardo Gonzales — falou a voz de Michele.

Heitor arregalou os olhos me desprendeu e me segurou forte com a arma apontada na minha cabeça.

— agora é o grande show, eu vou te matar na frente do Ítalo — ele gargalhou.

— você não precisa fazer isso  se entregue — tentei convencê-lo.

— nunca — ele falou encostando a arma na minha têmpora — hoje é o seu fim!

Ele abriu o portão do galpão, Ítalo estava com Michele e meus pais, eu estava apavorado, não queria morrer, não queria que eles vissem Heitor tirar minha vida.

Suspirei eu tinha as mãos livres, poderia tentar me soltar, mas só teria uma chance.

Tudo aconteceu muito rápido, dei um pisão no pé de Heitor, me soltei, rapidamente ele me puxou pelo terno e cai no chão, deitado vi ele apontando sua arma para mim até que ouvi o tiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Agora Ou Nunca" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.