Quantas voltas escrita por DiHen Gomes


Capítulo 11
11 - Arnaldo




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Domingo o pastor da Terapia deu uma apertada nos jovens, e percebi que ele olhava bastante para mim. Só porque faltei algumas quintas-feiras? Nem fez diferença alguma.

Entretanto decidi ir hoje. Não para procurar alguém, mas apenas aprender mais do amor inteligente.

*

— Arnaldo?

Depois da palestra, quando vou indo para o hall onde os jovens se reúnem, uma voz familiar de menina se sobressai entre mais de cem de pessoas. Olho para trás (que seria para frente, já que estou de costas para o altar), e logo volto, pois as pessoas indo embora não gostam de enfrentar congestionamentos!

— Arnaldo, lembra de mim?

Agora a voz vem da roda dos jovens. Bem quando chego nela, vejo uma menina que já vi em algum lugar, e ela sorri para mim.

— Ele, ele que me chamou — a menina de olhos puxados diz para a líder.

— Então você é de Aser, Heloísa.

Eu a chamei? Sim, lembrei! Faz algumas semanas, chamei ela para a Terapia, ou para a FJ, ou não lembro mais… Mas me lembrei dela agora.

— Eu sou a Heloísa. E muito obrigada pelo convite. Você nem imagina o quanto melhorei nessas semanas que vim nessa Terapia.

— Que legal, é muito bom ouvir isso. Continua vindo, Deus vai te abençoar. E vem sábado também…

— Já chamei ela — resmunga uma menina da outra tribo.

— Não, eu chamei ela mês passado! — replico.

— Eu fico na equipe dele — Heloísa responde.

Depois de passados os recados, sendo o principal o Saiba Dizer Não, nesse sábado, nos dispersamos da roda. Eu vou para casa sozinho, já que meus pais ficam até mais tarde ajudando os colegas obreiros a prepararem as coisas para a reunião de sexta-feira.

Quando estou na porta, Heloísa, numa carreira, me alcança. Nos cumprimentamos formalmente.

— Arnaldo, você também mora lá pro lado do Mazini também?

— Ah, não. Moro no centro. Eu venho aqui porque é onde conheço a galera, são meus amigos. Mas moro mais longe.

— Tudo bem. Pensei que podia pegar uma carona com você, mas tá bom. Então, até sábado.

— Sim, até!

Heloísa sai para a direita e eu para a esquerda. Dá uma vontade de olhar para trás, mas resisto. Vai que ela olha também? Não sei, não entendo muito, mas me parece que ela estava contente demais comigo. Lembro que ela tinha uma feição bastante triste quando a vi na rua. Ou talvez eu esteja vendo coisa que não existe, e ela apenas esteja colhendo resultados da Terapia.

Que bom pensar que ela tem visto resultados. Queria eu vê-los na minha vida.


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