o que acontece às 11 da noite escrita por RFS


Capítulo 4
IV


Notas iniciais do capítulo

o projeto vive, rapaziada



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IV — Antropofagismo

‘‘o silêncio atravessa a cozinha como um rio profundo…’’ Prado, Adélia.

11 da noite

B nasceu faminto.

Já sabia disso desde a remota, quase esquecida época em que viveu em um lugar que não era a Wammy’s House. Seus dentes apareceram mais cedo do que o normal em crianças, se desenvolveram também rápido e era a maior prova que havia nascido como caçador. Sentia prazer em demorar-se na mastigação de um pedaço difícil de carne cheia de nervos, cortado sem a finalidade de facilitar esse processo. O prazer não estava sobre o sabor ou suculência, teve até o paladar pouco sensível por muito tempo, mas no simples mastigar e engolir.

Roger o chamava de guloso. Watari mandava nutricionistas o checarem de vez em quando. Diziam que estava tudo bem.

Existia um vazio nele, na maioria das vezes convenientemente localizado na barriga. Um desejo destrutivo gritando por algo que falta. Algo que desejava, precisava. Então ele procura e procura e nunca acha nada que o sacie. Mordia os dedos, os lábios e a boca implora para os dentes poderem destroçar mais.

Chegou a se pegar desejando consumir L do jeito mais primal e antigo. Aprendeu sobre antropofagismo, anthropos — homem, phagein — comer, o ato de devorar outro ser humano e como os povos que praticavam esse ritual o faziam porque queriam adquirir as características do devorado. Pegou-se pensando na aula se ficaria chato como L caso acontecesse algo assim. Também se perguntou que, se ele fosse devorado, a pessoa iria adquirir o poder dos olhos dele?

No caminho para a cozinha, planejava aproveitar o momento de privacidade e descontração para roubar um ou dois beijos. Não esperava que seus planos fossem arruinados com a mera presença de A.

Os dois rapazes entraram e não conseguiram identificar o que o terceiro estava fazendo meio inclinado para as bocas do fogão. A tomou um susto ao notar outras pessoas, logo relaxando ao ver que era apenas seus amigos. E voltou para sua tarefa, agora descoberta, de acender um cigarro com uma boca do fogão.

— Tem outro? — L perguntou. Também tinha esse mau hábito.

— Só tenho este — replicou o sucessor —, mas a gente divide.

Enquanto isso, B se ocupou em recolher sua frustração e tirar o resto do pudim da geladeira, servindo-se prontamente. Furando o silêncio, começou a falar:

— E as partidas de hoje? Quero poder ter uma revanche.

— Tenho certeza que ainda temos muito tempo para jogar tênis — L começou a se servir usando uma colher de chá e uma xícara —, boa sorte na luta para me superarem.

A divagou um comentário baixo sobre dificilmente ter um dia bonito como tinha sido aquele, sábados e limonada gelada.

— É muito injusto, sabia disso? O normal do mundo seria te fazer um completo sedentário, sem qualquer aptidão esportiva. O tipo de cara que leva bolada na cara durante a queimada. Mas então lá vai você, rebatendo todas as bolas, marcando pontos.

Não soava sério o que B dizia, eram acusações irônicas feitas para se divertir. L respondeu com a mesma ironia.

— Não dá para jogar queimada com três pessoas.

— Chamamos Roger e Watari, então — sugeriu B, o que fez ele próprio e A rirem diante da cena imaginada.

Seguiu então B falando das capacidades e incapacidades de cada um deles. L, que era um gênio e ótimo em tênis, mas não tinha sensibilidade criativa. A, uma mente brilhante e podia ser criativo, tendo o corpo fraco para esportes. B era muito inteligente, criativo e tinha o corpo resistente, contudo não servia para o desporto. Ele era muito desajeitado, as regras chatas demais de seguir.

B foi obviamente o mestre de cerimônia de trazer um tópico mórbido: o antropofagismo.

— Certo, então me escutem — estavam todos reunidos no balcão, ouvidos atentos. — Pergunta geral: se devorasse nós dois, quais características do outro gostaria de ganhar?

L franziu o cenho, sério enquanto tragava o cigarro que dividia com A. O primeiro sucessor também não achou que a questão foi abordada do melhor jeito. Com isso, B tomou a frente para incentivá-los.

— Eu gostaria de ter a inteligência de L e poder ser adoravelmente cínico como A.

— Você já é cínico — L expôs, um sutil tom de desgosto na voz.

— Eu sei, todos somos. Mas não ser repudiado por isso devido ao jeito que você parece poderia me ajudar na vida. É um dom natural, entende?

B, vendo A sorrir pequeno, ofereceu-lhe uma colher com pudim a aproximando da boca dele, que aceitou imediatamente. O súbito ato de intimidade apenas entre eles dois fez L desconfortável e desviar o olhar.

— Se eu tivesse que escolher… — o detetive começou, pensativo — Poder ter a vantagem social de ser bonito, e do B quero nada.

— Também não tive muito o que aproveitar de você além da inteligência, L — B defendeu-se, rindo apesar da vaga agressividade. — Ninguém quer sua insônia e suas disfunções, já temos as nossas próprias. Jogue direito e diga algo válido.

L hesitou antes de responder.

— Então quero sua resistência, pronto. Seria bom cicatrizar rápido e não ter baixa imunidade. Ficar doente é um estorvo para minha produtividade.

B coçou o pescoço enquanto sorria pequeno, os olhos astutos fingindo analisar a resposta antes de dar o veredito.

— Acho que posso validar isso — concluiu. — E você, A? Está tão quieto essa noite…

Mexendo o cigarro entre os dedos distraidamente, A parecia distante, ostentando ainda mais o típico olhar aéreo. Apertou os lábios e pensou na própria resposta.

— Quero do L sua inteligência e capacidade de dormir em pé, de B a habilidade de dançar e se maquiar. Consegue validar isso também? Você devia ter um martelo para julgar.

— Eu posso, sim. Acho que tem um nas gavetas, mas estou com preguiça demais para procurar — B se espreguiçou longamente, bocejando e aproveitando para fitar L só para ver se ele bocejava também. L replicou o ato tapando a boca. — Adoro quando isso acontece. Oh, A está fazendo também.

O simples gesto compartilhado pareceu criar um ar denso sonolento no ambiente. De repente pálpebras pesaram, corpos relaxaram e agora que a bandeja de vidro do pudim só tinha os resquícios pós-raspagem da sobremesa, o mais adequado parecia subir e se deitar. Até mesmo o tabaco compartilhado estava em seu fim.

B permanecia mais elétrico que os outros dois e decidiu acordá-los.

— Você sabia que eu estava programando beijar L nessa cozinha, mas não o fiz porque você está aqui? — comentou pleno e simples, sem atribuir culpa para o amigo, batendo os dedos na mesa despreocupado.

A ergueu as sobrancelhas. L franziu o cenho e ficou incomodado pela segunda vez na noite. Era uma pergunta menos macabra que a primeira e ainda assim gerou comoção semelhante. O detetive estava pronto para rebater quando A soltou uma suave risada tilintante que se espalhou pela cozinha.

— Isso é estranho, B. Não sabia que precisava de privacidade para essas coisas. Se fosse com qualquer outra pessoa eu entenderia… mas eu? Quando virou puritano?

— Não queria te chocar — B riu, divertido. Tocou levemente o rosto de A, este respondendo baixo que não se surpreenderia. Ele olhou para L, que estava acuado no canto e sentindo-se como se não pertencesse ali. Notando o desconsolo do detetive, B foi em direção a ele. — Não gosta de não ser o centro das atenções?

— Não. É uma agressão ao meu ego — retrucou, fazendo como se fosse uma ironia, mas era verdade.

Sem sinal de aviso, B aproximou-se de L e, por um pouco de espaço e tempo, os lábios deles não se tocaram. O fato foi impedido graças às mãos de L no peito do mais novo. Perto um do outro, trocaram olhares inexplicáveis e inexpressivos.

Enquanto B afastava-se devagar, resignava-se. Aprumou a postura e, deixando de estar de costas para A, o qual pareceu alheio ao amigo sendo negado. Carregando consigo amarga ofensa, despertou os presentes ao proferir:

— L teve um sonho comigo. Começou com ele em um corredor, até que foi forçado a entrar em um quarto e viu eu me transformar nele. Foi no mínimo grotesco e acredito que…

— Cale a boca! — o inglês o interrompeu. Sangue subiu até o rosto dele, a vergonha o inundando e consumindo, fazendo-o quente. Não queria ser associado com isso, e agora alguém além de B sabia sobre. L estava hiperconsciente do olhar de A sobre si. — Por que está contando isso?

— Porque estou te fazendo o centro das atenções, ora. Enfim, eu acredito que isso represente medo ou desejo, ou uma intersecção entre esses dois. Talvez eu possa escrever um artigo sobre isso fazer usando Freud para a pesquisa.

O fato de B mimicar L ainda era um tabu na casa — não se falava mais sobre a imitação das roupas, dos maneirismos e até nos padrões de discurso. Era algo desconfortável e, ninguém falava isso, perturbador demais para discutir. Não era algo que era poderia ser combatido, B não pararia a não ser que o forçassem e tomassem medidas mais violentas. Também preferiam não resolver as coisas desse jeito. Então apenas deixavam, aprenderam a conviver com isso, com os calafrios que por vezes subiam quando a cópia parecia demais com o original, e a inquietude que vinha quando a cópia não era semi-perfeita, mas uma versão torta e arranhada do original.

Então seguiu-se um silêncio mortal. L poderia preencher aquilo argumentando sobre confiança e constrangimento, porém o sentimento da vergonha era algo tão diferente para ele que o paralisou e deixou impotente. L não costumava se sentir envergonhado, era algo que tinha em comum com B. Ficou logo preocupado com o que A acharia disso.

L buscou no primeiro sucessor alguma sugestão de nojo, surpresa, temor. A continuava pensante e não demonstrou nenhuma emoção negativa, parecia no máximo confuso com a situação, indisposto o suficiente para não gastar energias com as intrigas deles. O que tinha a ver com isso? Poderia ter tempo de tirar suas próprias conclusões mais tarde ou simplesmente decidir achar nada sobre o caso.

A falta de comentários negativos deixou L mais confiante, ainda que B estivesse desafiador do lado dele, erguendo sua bandeira de orgulho e esperando um mínimo desastre. Ele tentou reverter a situação rapidamente mudando de tópico.

— Ontem, mais ou menos a essa hora, eu e B falamos sobre sonhos porque aparentemente ele é um entusiasta, e eu não. Ele também contou-me um sonho muito peculiar. Acho que você, A, poderia ter alguma opinião interessante sobre o assunto.

Toda a atenção subitamente foi transferida para A. Ele retesou-se, incomodado que o peso do silêncio e tensão agora estava nas mãos dele, e ele os tomaria e transformaria em algo virtuoso apesar do próprio cansaço.

— É um tema muito interessante, — começou, cauteloso. Sentia seus olhos cansados. — muito vasto também. Deveríamos levar isso lá para cima e, por favor, nos acalmar um pouco. Não há sentido nesse tipo de comportamento, afinal há muito para conversarmos tranquilamente antes de dormir.

Pacificou o ambiente com palavras simples e uma voz centrada. Os rapazes começaram a baixar a guarda devagar diante da proposta, e A continuou falando coisas para deixar o ambiente seguro. Coisas que ele até não sabia bem o que dizia por causa da sonolência que ainda tinha. Assim, gradativamente, a atmosfera ficou tranquila. L se empolgou com a mudança de assunto, B com o novo assunto em si. Eles, que eram infantis, fizeram as pazes tão rápido quanto crianças. Ainda quietos, organizaram a cozinha antes de sair.

VOYEUR DE TINTA

A foi escovar os dentes e jogar água no rosto para combater o sono, deixando L e B sozinhos no resto de caminho para o sótão. Alcançaria-os depois.

Já de novo ali, davam passos cuidadosos no corredor. O mesmíssimo em que L flertou com A depois da janta de sexta, onde era lugar de retratos e pinturas. Fitados por olhos imóveis, o sucessor parou o andar de ambos ficando na frente do detetive.

— Por que não deixou eu te beijar? — inquiriu B, cruzando os braços e deixando a postura reta.

— Por que me constrangeu? — rebateu rápido. A ferida subitamente abriu-se mais uma vez.

— Ora, por favor.

E B aproximou-se de L, replicando o que tinha feito na cozinha. Porém, dessa vez, foi mais devagar e não foi rejeitado. O peito de ambos quase se encostavam, assim como os lábios. Os olhos ficaram entreabertos e daquela distância viam profundamente a íris um do outro. B pensou sobre a ponte do nariz de L, vagamente adunca, e L pensou sobre como B cresceu e em seus cabelos ondulados.

Beijaram-se. Foi tão simples quanto poderia ser, e perceberam que era a primeira vez que se beijaram nessas férias — não que tenha demorado tanto para acontecer. B tocou com suavidade no rosto do inglês durante o momento, podendo sentir um pouco das madeixas roçando nos dedos enquanto o detetive movia-se mínima e lentamente. Havia algo de familiar em tudo isso.

Quando se separaram ainda mantiveram os rostos próximos. As pazes foram meio feitas novamente. B sorriu e direcionou o olhar para o lado, que tinha os quadros observadores.

— L, isso é voyeurismo em algum nível?

— Se você quiser que seja…

Trocaram mais um beijo, um selinho, e seguiram o caminho.

DAS 11 DA NOITE ATÉ 1 DA MANHÃ

No sótão, L sentou-se na cama e A no outro extremo dela. B tomou seu lugar de propriedade, que era o chão, deixando os braços em cima da cama enquanto ouvia os companheiros. L falava, A escrevia na caderneta que trouxe.

O detetive contou sobre o que aconteceu na noite passada, omitindo alguns fatos como os calafrios que sentiu com a sombra-B, detalhando a problemática levantada e sumarizou os sonhos que tiveram. A manteve-se atento e com a caneta encostada nos lábios enquanto ouvia, por vezes desviando o olhar para B, que sorria-lhe.

— Eu não fico muito empolgado para sonhar, descansar para mim é o suficiente — L começou , esticando-se enquanto falava. — De que adianta se nunca lembro e se não é real? Eu já li Freud, mas ainda não me sinto estimulado.

B saiu do silêncio diante dessas afirmações.

— Então aconselho que leia de novo, L. Não entende o quanto está perdendo. Seus sonhos são a janela para si, como talvez tenha notado, um verdadeiro manifesto do seu subconsciente e portanto de seus medos, desejos, angústias e felicidades. Veja, é um espelho apontado direto para sua alma.

Agora foi a vez de L ficar quieto. A, ao ser perguntado por B que agora tinha a caneta e caderneta, falava sobre um estranho sonho que teve a ver com faróis em desertos noturnos e rios refletindo a luz da Lua. O inglês tentou focar no que ele dizia, mas ficou perturbado. Não gostava de perceber que a indiferença, até um pouco de desprezo, que sentia disso vinha porque não queria olhar para si mesmo, encarar as características do monstro.

Era verdade: tinha medo que B virasse ele.

Retomou a atenção perto do final, quando A começou a falar sobre as próprias opiniões.

— Gosto de sonhar — declarou simplesmente, juntando as mãos no colo. — Sinto que posso viver, ainda que dentro da minha cabeça, coisas que provavelmente nunca virão à realidade. Às vezes acordo desconsolado porque parecia tão real! Quantas histórias já vivi, quantos desejos realizei, quantas pessoas já fui em sonhos… E concordo com B sobre precisarmos nos desprendermos um pouco da realidade, mas duvido sobre a misticidade envolvida.

— Não acha que pode se encontrar com seres sobrenaturais enquanto inconsciente, então — afirmou B enquanto pensativamente anotava.

— Não acho. Com projeções da minha mente de seres sobrenaturais sim. Ah, olhe, L está torcendo o nariz pra você.

B riu e não se incomodou com a desaprovação de L, o qual estava de braços cruzados e o semblante cético por conhecer as crenças do outro. B não procurou debater dessa vez, mesmo que pudesse falar muito sobre os egípcios, os judeus, a bíblia e a conexão da religião com sonhos. Apenas complementou as convicções que tinha.

— Acredito em sonhar. Acredito que sonhos podem ser a conexão com coisas cósmicas, sobrenaturais e divinas, que eles são o espelho da alma, uma droga da qual não podemos nos reabilitar. Que é o jeito de falarmos com nós mesmos, de nos divertir, de sofrer, de ficar confusos.

— Então nós somos o sonho — concluiu L, já não mais julgando tanto. Estava muito tarde da noite para isso.

Satisfeito, B confirmou e adicionou que portanto, o sonho também é a vida. A tirou as mãos do colo para colocá-las no rosto, não escondendo seu fascínio que crescia.

Depois da exposição de ideias, passaram a noite tentando analisar os sonhos uns do outros, buscando respostas, segredos da mente. Pela uma da manhã, os sucessores partiram. B foi o último a pegar no sono.

1:30 da madrugada

Enquanto não dormia, B voltou a pensar sobre antropofagismo. Se devorasse L, teria os sonhos dele? O que mais de podre e obscuro iria adquirir em ter toda a mente dele? E retornou para a questão: se ele, B, fosse devorado, alguém ganharia a capacidade de saber o nome das pessoas? A data em que elas morrem? Como lidariam com isso? Porque B nasceu com isso e ainda não se acostumou. Talvez seja um fardo que só ele pudesse carregar.

Se devorasse L, teria o nome dele? Devoraria o nome dele também? E se o fizesse, o mundo ainda não o saberia, pois o guardaria até o fim dos tempos. Seja para que fosse esquecido, seja por egoísmo. Talvez viesse a soar como o nome de um deus morto.

Entreabriu os lábios. Hesitou. Olhou para o lado e viu a silhueta na escuridão de A e decidiu que, de qualquer forma, o daria como adormecido. Ouvia as paredes e sabia que elas também dormiam, a casa descansava. Gostaria de estar sozinho no mundo agora — ou talvez só sozinho com L para o que iria fazer. Quem sabe até no chão do sótão dele serviria.

A boca dele encheu-se de espírito e hinos mudos, que é o que se faz antes de pronunciar nomes que não existem, nomes de deuses esquecidos. Para o nada, sussurrou:

— Lawliet.


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Notas finais do capítulo

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se você gosta dessa escrita então sabe do que também vai gostar?? de sobre amar o oráculo mais cruel, minha história original!!



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