Deuses e Monstros escrita por Sparkle
“ Querido diário;
Estou gostando de Paradise City, tenho conhecido muitas pessoas, e ontem mesmo fui ao letreiro de Hollywood.
Senti uma sensação estranha de liberdade, mas ao mesmo tempo me senti triste, pois pensei naquela atriz que suicidou pulando lá de cima.
Fui a algumas cafeterias, e tudo aqui é tão vintage, me sinto inspirada.
Amanhã irei fazer um teste para um novo filme, conversei com algumas garotas e elas também o farão.
O filme vai ser sobre uma garota bonita. Apesar de ser um pequeno papel, será minha estreia se o conseguir.
Hoje me sinto feliz, Preston me ligou, disse que havia conseguido meu telefone... sente minha falta.
Acho que também sinto um pouco, pois era ele a quem eu contava tudo.
Com amor, Lana ”
...
Lisa estava com o cabelo alto, um delineado e tomava uma cerveja enquanto aguardava para subir no palco. Chovia lá fora, e portanto haviam poucas pessoas no pub.
Usava jeans surrado e uma camiseta branca quando subiu no palco, com uma bota, tragou seu cigarro, suas unhas eram enormes. O olhar magnético ao público, aqueles mesmos olhos que convenciam e manipulavam as pessoas, agora eram dóceis como os de uma criança.
“Querida, querida
Não há problema
Mentindo para si mesma
Porque seu licor é de primeira
É alarmante, honestamente
O quão encantadora ela pode ser
Enganando a todos
Dizendo que está se divertindo
Ela diz
Você não quer ser como eu
Não quer ficar desse jeito
Famosa e burra tão cedo
Mentindo, estou mentindo
Os garotos, as garotas
Todos gostam de Carmen
Ela lhe dá calafrios
Pisca seus olhos de desenho animado
Ela ri como uma deusa
Sua mente é como diamante
Melodias mentirosas
Ela ainda está brilhando
Como um raio, como um raio branco
Carmen, Carmen
Ficando acordada até de manhã
Tem apenas 17 anos, mas ela anda pelas ruas tão má
É alarmante, de verdade
O quão encantadora você pode ser
Tomando suavemente um sorvete
Rainha de Paradise City
A querida está vestida sem lugar para ir
Essa é a pequena história da garota que você conhece
Confiando na simpatia de estranhos
Dando nós em cabos de cerejas
Sorrindo, fazendo favores em festas
Coloque seu vestido vermelho, passe seu batom.
Cante uma música
Agora que a câmera está ligada
E você esta viva novamente
Meu amor, eu sei que você me ama também
Você precisa de mim
Você precisa de mim em sua vida
Você não pode viver sem mim
E eu morreria sem você
Eu mataria por você.”
As pessoas aplaudiram e Lisa deixou o palco e foi para o bar.
—Esta bebida é para você – o cara do bar lhe entregou assim que ela se sentou.
Lisa sorriu e tomou um gole, era gelado, acendeu um cigarro.
Seus olhos encontraram com os de um cara sentado do outro lado do bar, ele tinha um topete tipo Elvis, e seu olhar era um tanto quanto sensual, ele lhe sorriu quando a viu tomando a bebida.
Lisa atravessou a bar e chegou ao seu lado.
—Você cantou bem. Olhos encantadores? Você seria Carmen?
—E você seria quem?
—Sinto muito interromper, é que apenas estou constantemente à beira de tentar te beijar.
Ele a beijou, seu beijo era lento e sua pegada firme, usava uma jaqueta de couro e ela sentiu quando seus braços a envolveram, seu cheiro era forte.
Quando o beijo terminou, ele a puxou até seu carro, um Mustang branco e lhe ofereceu cocaína.
Seu nome era Jim Montgomery, e ela era o irmão da primeira dama, sra. Kennedy casada com o presidente. Mas claro, Lisa já sabia desde o inicio devido às suas pesquisas, porque ele lhe disse apenas seu primeiro nome, ocultando o berço de rei da qual tinha.
Ele a levou para um hotel e ela teve uma visão de suas unhas na cozinha, arranhando a bancada enquanto ela gritava, suas costas arqueadas feito um gato. Brilhando intensamente, como uma garota estelar.
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