P.O.V. Amara.

Eu estava caminhando pela ponte do arco íris quando de repente sou empurrada. E eu começo a cair, a queda parece não ter fim, quando eu finalmente atinjo o chão eu caio na terra.

O povo em volta tudo olhando e ninguém pra me socorrer. Supus não estar mais em Asgard, eu levantei tirei a poeira do meu vestido branquinho e revirei os olhos.

—Obrigado.

Eu andei e entrei numa das casas.

—Espelho. Tem um espelho?

Eles me apontaram espadas. E quando um deles falou eu troquei o idioma. Eles estavam falando gaélico.

—Espelho. Você tem um espelho?

A mulher rapidamente me estendeu um espelho e eu me coloquei na frente dele. Verifiquei o meu cabelo e o meu batom.

—Obrigado.

Eu sai da casa e comecei a chamar pelo Heimdall.

—Heimdall! Heimdall abra a bifrost! Heimdall eu quero ir pra casa!

Os habitantes começaram a me olhar como se eu fosse louca.

P.O.V. Heimdall.

Eu ouvia a midgardiana gritando o meu nome. Dizendo que queria ir pra casa.

—Heimdall enfie essa espada na bifrost e me leve de volta á Asgard!

Nenhum midgardiano jamais saberia sobre a espada.

—Heimdall se não abrir a Bifrost agora eu vou soltar um raio na sua cara!

Eu vi o céu de Asgard começar a escurecer assim como o céu de midgard.

Logo ela já não pisava mais no chão, começou a ventar, trovões a rebombar.

E começou a chover pedras de gelo.

—Leve-me pra casa Heimdall!

—O que está havendo Heimdall? De onde vem esse poder?

—De Midgard. Uma garota. Ela clama por mim, quer que eu abra a ponte.

—Abra a ponte.

—Sim meu senhor.

Como meu Rei me ordenou eu abri a ponte e a trouxe para Asgard.

—Finalmente Heimdall. Porque demorou tanto? Oi vovô. 

—Vovô?!

—É vovô. Cadê o papai e a mamãe? Eles foram pra Terra ver a tia Darcy?

—Tia Darcy?

—É. Darcy Lewis. Minha madrinha.

—Mamãe! Papai!

Ela entrou correndo. E quando chegamos ela estava no grande salão abraçando Thor.

—Ah, como é bom ver você de novo papai. Cortou o cabelo?

—Eu não sou seu pai.

—Claro que é.  Tio Loki! Você tá solto e armado? Bom, isso não importa. Fica azul?

—Ficar azul?

—É tio Loki. Fica azul. Você também cortou o cabelo.

—Como se me permite perguntar, eu ficaria azul?

A resposta dela me chocou. Ninguém além de mim e Frigga sabíamos daquilo.

—Você é Loki Laufeyson. Você é Jottun.

—Não, eu sou asgardiano.

—Não. Você não é. O que diabos deu em vocês? Não sabem quem eu sou, a mamãe sumiu, o Heimdall não quis abrir a ponte e você não sabe que é adotado?

—Pega a caixa vovô.

—Caixa?

—A caixa que tomou dos Jottuns. Ela é azul, mais ou menos desse tamanho, quadrada e emite um brilho azul.

—Como você sabe tudo isso?

—Pra resumir, eu sou filha dele, sou sua neta Amara Foster Odinson. Deu amnésia foi?

—O que é Foster?

—O sobrenome da minha mãe. Jane Foster. Ela é de Midgard. Eu nasci em Midgard também, mamãe queria anestesia. Ela quase morreu.

—E onde está a sua mãe?

—Era para ela estar aqui com a vó Frigga. Preparando uma majestosa festa de aniversário pra mim!

—O que é aniversário?

—É a comemoração do dia em que nascemos. Eu me lembro de estar caminhando na ponte, olhando as estrelas e ai... alguém me empurrou e eu caí dentro da água, mas era uma queda infinita, eu me senti a Alice caindo na toca do coelho.

—As águas do tempo.

—Águas do tempo? Tá me dizendo que eu viajei no tempo?

—Parece-me que sim. Em que ano você nasceu criança?

—Dois mil e sete.

—Isso é daqui á dois mil anos!

—Não dá pra me jogar de volta no rio e me levar de volta pra casa? Eu conheci a tia Hela. Ela é um amor.

—Infelizmente não. Mas, posso te mandar de volta á Midgard.

—Vai me expulsar?

—Não. Mas, você deve viver com o seu povo.

—Qual deles exatamente?! Eu sou filha de um Asgardiano e de uma Midgardiana! Eu cresci aqui! Essa é a minha casa! Se vai me expulsar, talvez devesse expulsar o tio Loki também! Mandar ele de volta pra Jottunhein!

—Guardas! Levem-na de volta a Midgard!

P.O.V. Odin.

A menina sozinha derrubou um batalhão inteiro dos meus guardas, foram necessários sete homens para contê-la.

—Desgraçado! Traidor! Traidor!

A menina tinha o poder de Thor.

—Uma filha.

P.O.V. Loki.

Eu não parava de pensar no que ela disse.

—Pai. Eu sou Jottun?

—Sim. Mas, você é meu filho!

—Pai, quem é essa tia Hela?

—Minha filha. Minha primogênita.

P.O.V. Bjorn.

A luz e o trovão vieram novamente e a garota apareceu.

Ela entrou no grande salão.

—Quem é você?

—Amara.

—Amara de que?

—Se eu contar... você não vai acreditar. Posso tomar uma bebida?

—Só, se me contar a sua história e como fez aquilo.

—Você quer dizer a tempestade?

—Sim.

—Eu sou filha de Thor, Príncipe de Asgard. Sobrinha de Loki e Hela. Ta satisfeito?

—Muito. Então, você se comunica com os deuses?

—Eles não são deuses. Só, alienígenas. E a minha bebida?

—Sirva uma bebida para a nossa convidada.

Ela começou a beber.

—Meu avô acaba de me expulsar. Era pra ser minha festa de aniversário, mas vocês não vão acreditar na porcaria de dia que eu estou tendo.

Ela bebeu, bebeu, bebeu e continuava de pé. E sóbria.

—Porcaria de bebida da Terra. Eu agradeço, pela bebida, mas isso pra mim é como beber água. Eu preciso de um lugar pra ficar, posso trabalhar em troca.

—Trabalhar como?

—Como babá, arrumadeira, lavadeira, garçonete. Eu faço um monte de coisas.

—Você luta?

—Melhor que você.