Alien Love escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 11
Irada




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P.O.V. Princesa Claire.

Amara é dificilmente uma amiga. Ela quer me roubar Arthur.

Não acredito que confiei nela. E o meu irmão, o Príncipe herdeiro do Trono.

Edward também me parece interessado nela.

P.O.V. Príncipe Edward.

Ela é a mais bela donzela que meus olhos já contemplaram. Ela é um anjo.

Mandei um mensageiro enviar um recado para que ela me encontrasse embaixo do carvalho fora dos limites do Castelo.

E quando cheguei a dama estava lá.

—Sabia que viria.

—Que presunçoso. Não posso ficar muito tempo.

—Solte o cabelo para que eu possa ver.

—Pedido estranho, mas...

Ela soltou suas longas madeixas negras.  Cheguei perto dela. E sussurrei em seu ouvido:

—Estou louco por você. Estive pensando em você o dia todo.

Ela fez um barulho que claramente era de desaprovação.

—Acho que sei onde pretende chegar com isso. Espero que esteja errada. Não deveria estar pensando na sua batalha?

Estendi a capa no chão.

—Sente-se comigo.

Amara se sentou, mas  vi a desconfiança em seus lindos olhos verdes. Eu beijei-lhe o pescoço.

—Epa! Peraí meu filho.

Ela afastou-me. Eu ataquei sua boca vorazmente, beijando-a. Fui me inclinando por sob ela.

—Não. Eu não posso, eu não quero.

Continuei a beijá-la.

—Não! Eu disse que não!

Ela empurrou-me. E tentou ir embora.

—Não fuja!

—Não me encosta!

—Santo Deus Amara, me deixe tê-la.

—Não! Vim aqui porque pensei que fosse alguma coisa relacionada com a Princesa. Pensei que ela estava encrencada ou que estavam brigados.

—Eu estou desesperado por você.

—Você vai superar.

 Fui pra cima dela e ela resistiu. Então pegou minha adaga de dentro da bainha e a apontou para mim.

—Eu disse não!

—Você aponta uma faca para mim?! Para o seu Rei?!

—Você ainda não é Rei. E nem sei se algum dia será. Uma coroa não te torna um Rei. Cadê a nobreza? A pureza? O respeito?! E se te incomoda tanto, eu aponto a faca pra mim mesma.

Ela colocou a faca na própria garganta.

—Eu posso tirar isso de você num segundo.

—Você acha é?

Amara abaixou o vestido e lá estava uma marca. Era um pássaro.

—Tá vendo isso? Ganhei essa marca com sangue, suor e lágrimas! Eu sou uma guerreira.  Sou uma Valquíria! Nunca duvide de minha coragem. Eu sou paio pra qualquer homem.

—Você me fez de tolo. Pode ficar com a minha adaga como souvenir.

—Não quero essa porcaria. Toma. Ela é toda sua!

Ela atirou a adaga no chão. E saiu.

—Você nunca me verá novamente Amara.

—De alguma forma, eu duvido disso.

Ela foi embora caminhando pela estrada.

Passadas algumas semanas, os homens encontraram o que parecia ser uma tumba. Ou uma cripta enterrada. Mas, havia uma inscrição que ninguém conseguia decifrar.

—Eu já vi isso antes.

—Onde Claire?

—Amara. Ela tem um diário e o diário tem alguns desses símbolos.

—Está esperando o que cavaleiro? Traga a criada aqui.

O cavaleiro a trouxe, ela desmontou sozinha.

—Deixa eu ver se eu adivinho, vocês querem alguma coisa. Estou chocada.

Disse ela cheia de raiva e ironia.

—Sabe o que quer dizer isso? Sabe o que os símbolos significam?

—É uma inscrição. É um aviso. 

—Um aviso?

—Ai diz, cuidado quem entrar, aqui está a passagem para a morte. 

—E como sabe?

—Asgardiano é a minha língua mãe. E eu, se fosse você, não entrava. Ta vendo esse símbolo aqui?

Ela apontou para um símbolo. 

—Sim. O que tem ele?

—É o símbolo de Hela. Deusa do submundo, Rainha do inferno. E se tem uma coisa que eu sei sobre a Tia Hela é que ela não é muito amigável. Mas, se você quer entrar ai... é por sua conta e risco.

—Tia Hela?

—Não se escolhe a família.

—Vamos entrar.

Ela riu, se sentou na porta da cripta e esperou.

Ouviu-se barulho de cães, os gritos apavorados dos soldados. E então, os gritos cessaram.

—Cães infernais. Com certeza coisa da tia Hela. Eles não vai sair daí nunca mais.

Os soldados tentaram por meses entrar na cripta, mas nenhum saia de lá.

—Quer saber, já to cansada de ver você mandar os seus homens para a morte á toa. Eu entro primeiro e eu lidero. Vou trocar de roupa. Ninguém entra lá até eu voltar!

—Serva insolente. Quem você pensa que é?

—Vou te dizer quem eu sou. Eu sou Amara Filha de Thor, neta de Odin e sobrinha de Hela e Loki. Eu sou uma Valquíria! Eu existo em dois lugares ao mesmo tempo! Posso ver os cães do inferno, você não. Suas armas não podem contra eles. Eles são demoníacos! Então, se quiser sobreviver lá dentro vai calar essa maldita boca e fazer o que eu mandar.

Amara nos deu armas, o aço era cintilante e parecia extremamente afiado.

Ela entrou com determinação na tumba de mármore negro. As tochas se acenderam e ela começou a fatiar coisas que não podíamos ver, mas quando as criaturas morriam ficavam visíveis. O sangue negro respingado nas paredes, eram cães, mas tinham um pelo preto, alguns tinham partes decompostas, o intenso odor de enxofre no ar.

 Meu pai ia passar quando ela colocou a espada na garganta dele.

—O que quer que achemos aqui, é meu. Eu fui clara?

—O que quer dizer?

—Hela é minha tia. Sangue do meu sangue, eu sou a única herdeira de Asgard por tanto, o que quer que haja nesta tumba é meu por direito. Tente tirar o que é meu e eu te mato.

—Tudo bem.

Ela tirou a espada da garganta de meu pai e nós avançamos mais para dentro da tumba. E haviam estátuas na outra ala. E luzes que não precisavam de fogo.

—Eletricidade? São lâmpadas de led. Oh, essas estátuas nem sempre foram estátuas. Todo mundo de costas agora!

Amara levantou o escudo virando de costas.

—Porque virar de costas?

—Já ouviu falar do mito de Medusa?

—Não.

—Medusa era um monstro, um tipo específico de monstro. Os gregos chamavam de Górgona que significa horrível. Qualquer carne morre ao contemplá-la. Seu olhar transforma gente em pedra. Não podemos olhar diretamente para ela, mas podemos olhar seu reflexo.

—O nome desse demônio que enfrentamos é Medusa?

—Não. Medusa era a original, a primeira górgona, mas existem mais além de Medusa. Perseu matou Medusa, cortou-lhe a cabeça.

—Que barulho é esse? É um sibilo.

—Ela está vindo. A górgona tem uma cauda de serpente, vai usar para tentar passar rasteiras na gente.

—Eu reconheço esse cheiro. É o cheiro da linhagem de Odin.

—Qual é o seu nome?

—Eu sou Esteno.

—E Euriali? Ela está aqui também?

—Sim. Só temos uma a outra.

—Uma é imune ao poder da outra. Vocês são irmãs da Medusa não é?

—É chocante. Alguém que realmente conhece nossa história.

Amara deu um passo para trás na direção da criatura.

—Soube que vocês são imortais. Mas, Perseu cortou a cabeça de Medusa.

—Nossa pobre irmã.

—Olha, deixa a gente passar e eu deixo você viver.

—Eles não. A cripta foi colocada aqui para você. A sua Tia a fez para você.

—Beleza. Eu vou eles ficam. Não olhem pra elas ou vocês viram pedra.

Ela foi caminhando de costas e então com um movimento de espada ela decepou as cabeças das bruxas.

—Eu não sou idiota. Não se confia numa serpente, especialmente uma que trabalha pra minha Tia Hela. Fiquem aqui.

Seguimos-na até a câmara principal, mas não conseguimos passar pela entrada. Uma espécie de barreira mística a bloqueava.

Mas, pudemos ver a urna.

Amara abriu a urna e pegou um colar na mão.

—A pedra Umbran!


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