Fotos que Contam uma História escrita por benihime


Capítulo 37
Um fim, outro começo – Bleach


Notas iniciais do capítulo

Chegando mais um dos novos capitulos!!!! Bleach a todo vapor, com generos de drama, amizade e um tiquinho de tragédia (mas bem poco o/)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/751810/chapter/37

Fazem poucas semanas que aconteceu. Embora ainda esteja aceitando os fatos, creio que vocês estejam passando por uma situação pior que a minha agora. Depois da Guerra dos 1000 anos pensamos estar em paz, que tudo seria bom e poderíamos seguir com nossas vidas... Não podíamos ter nos enganado mais.

A desordem no Hueco Mundo causou uma grande instabilidade na frequência de holows no mundo humano e Soul Society e, se todo esse problema não bastasse, a instabilidade de reishi e almas estava fazendo um número anormal de portões do Inferno abrirem. Tinham poucos shinigamis agora, se comparados a antes da Guerra, e muitas almas para ceifar juntos dos holows para controlar! Uma verdadeira bagunça estava armada e não faziam 2 meses que a Guerra acabou.

Mas o problema não foi nenhum desses. O problema foi quando eu morri.

Agora que meus poderes de quincy, holow e shinigami estavam misturados, ficava difícil controlar minha pressão espiritual e fazer com que as forças, que são opostas uma a outra, ficassem estáveis. Eu comecei a ir bastante no hospital do Ryuken-san fazer exames e ver como estava minha situação, já que quincys morrem muito mais fácil com os poderes de um holow que um shinigami.

Eu ainda assim lutei ao lado de todos quando as situações começaram e nós conseguimos vencer outro obstáculo bem rápido! Todos nos unimos com as forças da Gotei, dos Espadas, Fullbringers e até alguns Quincys remanescentes da Guerra ajudaram. Não tardamos a ter tudo resolvido em um mês.

Mesmo estando todos nós felizes, fui parar no hospital novamente. Algo estava errado e tinha dores horríveis pelo corpo todo. Um dia o Ryuken-san ficou conversando com meu pai horas e depois, ele veio me liberar do hospital. Estranhei no começo, mas não mais sentia dor e estava bem calmo, então fiquei feliz em sair e voltar pra casa.

No caminho de volta, paramos no rio da cidade de Karakura bem naquele lugar... Na margem onde minha mãe morreu. Meu pai estava estranho e depois entendi o motivo: ele me disse que estava morrendo. Ao que entendi, a discussão com o Ryuken-san foi para que ele me levasse para casa para estar com a Karin e a Yuzu quando acontecesse, pois, eu realmente não tinha muito mais tempo.

Não gostei da notícia em nada, mas então me ocorreu um pensamento curioso: “eu estou em paz". Não sentia mais minhas dores de antes, minha respiração estava mais lenta, minha consciência mais tranquila... Esta era a minha sensação de morte. Não me arrependia de nada e estava partindo. Bem, me arrepender eu me arrependia sim. Não poder viver em Karakura com todos, ter aquela conversa importante com a Inoue que ela insistiu que tivéssemos assim que saísse do hospital... Várias coisas.

Mas eu sabia para onde iria: Soul Society. Com certeza me colocariam em um dos 13 esquadrões para estar dentro de uma zona melhor para controlar minha reiatsu e treinar, mas não queria ir. Talvez não querer ir nem seja a frase certa... Creio que o certo seria dizer que eu não estou aceitando muito bem essa certa mudança iminente.

Estava tão imerso em pensamentos naquela hora, que me surpreendi quando vi meu pai me encarando sério, a espera de alguma reação minha. Acabei reagindo finalmente, pedindo para irmos para casa e tentar ligar para a Inoue, o Chad, o Ishida, a Tatsuki, o Keigo e o Mizuiro para contar a eles também – sabia que Karin e Yuzu estariam em casa, então isso já estava resolvido. Deveria me despedir deles sem falta!

Infelizmente não consegui.

Em pouco tempo de caminhada, minhas pernas falharam. Meu pai me deu apoio e saiu correndo para casa. Não me lembro de muito depois. Mas tenho certeza que sorri ao sentir que alguém me tocava – talvez tenham sido a Karine a Yuzu – e depois eu realmente me senti leve e calmo.

Quando acordei estava na Rukongai, na fila de almas que seriam destacadas para seus respectivos distritos. As almas se assustaram ao me ver, já que usava meu shihakushou, e os shinigamis que faziam a divisão das almas me reconheceram e tomaram um enorme susto. Imediatamente eu fui guiado para as 13 divisões, passando pelo portão do Jidanbou e vendo seu rosto empalidecer.

Correndo pelas ruas, o shinigami que estava comigo ‘invadiu' o 1° Esquadrão para avisar o Kyoraku-san. Outro problema, já que uma reunião de capitães e tenentes estava em curso. O pessoal ficou surpreso em me ver e o shinigami foi dispensado, embora o pior ainda estivesse por vir.

Renji e Rukia sabiam que eu estava morrendo e trataram de confirmar se este não era o caso. Bastou eles perguntarem e eu confirmar, que todos travaram incrédulos. Foi uma cena bem desagradável, a reunião foi imediatamente suspensa e o Kyoraku-san me chamou para conversarmos a sós.

Colocamos toda conversa em dia. Esclareci o que vinha acontecendo com meus poderes e como aconteceu e ele me explicou o que deveria fazer agora. Como suspeitei, seria escalado para a Gostei, com esquadrão ainda por decidir, e passaria a viver ali, para ajudar meus treinos e contenção de eventuais acidentes. Até todas as decisões serem tomadas eu deveria ficar com o Renji e a Rukia no 6° Esquadrão.

Saindo da conversa, Renji e Rukia queriam falar comigo. Fiquei em um misto de tristeza e alivio. Eles foram a Karakura verificar como todos iam – não tinha reparado, mas já estava morto a 8 horas. Soube que vocês não aceitaram bem o ocorrido e já faziam planos de me visitar aqui e para meu funeral. Soube que vocês choraram por mim e sentiriam minha falta tanto quanto eu a de vocês

No dia seguinte vocês não vieram. Senti uma solidão profunda ao saber que não viriam, mas também pude entender o motivo. Vocês estavam processando e aceitando a situação e lidando com vários outros problemas consequentes – como qual seria o motivo da minha morte, como resolver o funeral, explicar as coisas no meu trabalho e no colégio... Eu nem consigo imaginar o trabalho que vocês estavam tendo!

Renji e Rukia até queriam me colocar em contato com vocês, mas neguei a oferta. Todos tínhamos nossas decisões a tomar.

Durante os dias que passei na Gotei, outra conversa bem séria com o Kyoraku-san se seguiu. Não pude acreditar em qual era sua ideia. Para ele, não havia um jeito simples de eu ser incluso nas 13 Divisões, pois minha reiatsu era enorme, todos me conheciam e, em questões de habilidades práticas de luta, era irrelevante eu não poder usar kidous. Sendo assim, eu seria escalado como um Capitão!

Ele disse que não precisaria responder a sua proposta imediatamente e me liberou de nossa conversa. Saí e fui ficar sozinho novamente para pensar. Era uma grande promoção e uma grande responsabilidade!

Tudo bem que eu conhecia as regras da Soul Society, apesar de nunca tê-las seguido e não concordar com a maioria; podia aprender a preencher documentos sem problema; Rukia seria minha tenente, o que seria bem melhor para mim já ter um amigo conhecido no posto; e os trabalhos do 13° Esquadrão eram mais de apoio e missões de investigação sobre holows as vezes.

O que realmente motivou minha decisão foi: se uma fase da minha vida acabou, então quero começar outra. Não será uma vida humana, mas será a vida de um shinigami! Eu tenho experiência com isso e, mesmo achando que estou pegando responsabilidades bem grandes pra um cara de 17 anos que acabou de morrer, experiência, teimosia e vigor são coisas que não me faltam!

Resolvi aceitar a proposta do Kyoraku-san e realizei um exame de admissão de capitães. Meus examinadores foram o Kyoraku-san, Byakuya, Soi Fong e Hirako. Meu teste pode não ter incluído kidous, mas incluiu uma avaliação de estabilidade de reiatsu e um exame de poderes holow – foi aí que o Hirako entrou e demonstramos como um conflito na nossa escala funciona.

No final passei no exame. A última prova era uma demonstração de habilidade enfrentando o Comandante da Gotei. Lutar com o Kyoraku-san foi incrível! Ele realmente merece ser o Comandante e pude usar todos os meus poderes e habilidade contra ele. Foi uma excelente luta e fui cuidar da minha documentação de registro e instalação no 13° Esquadrão.

Não tinha muitas coisas, pois acabara de morrer e chegar praticamente, assim, usaria a mobilha comum da acomodação da divisão e depois me preocuparia com outras coisas. Já conhecia quase todos os esquadrões por dentro, então não demorei para me localizar, Rukia e Renji me ajudaram a aprender como preencher as papeladas e afins.

Quando fiz meu registro, os responsáveis pareciam ter dificuldade de processar minhas informações, porém terminaram eventualmente. No documento que tinha uma foto minha vinha a descrição:

“Nome: Kurosaki Ichigo   Idade: 17 anos   Ocupação: Capitão do 13° Esquadrão    Entrada: recomendação do comandante Kyoraku Shusui    Zampaktou: Zangetsu”

O registro parecia bem simples, mas já era uma introdução interessante e contava com mais descrições de atividades do shinigami ao qual se referia – fazendo com que o meu estivesse muito grande já. Hoje é minha cerimônia de entrada oficial como um Capitão, mas queria vir até aqui ao menos me despedir apropriadamente.

Bem, talvez não tão apropriadamente assim, já que estou ajoelhado frente a minha sepultura, escondendo minha reiatsu e nenhum de vocês está aqui. De qualquer forma vou deixar isso aqui com vocês, na frente desse vaso de flores rosa e personalizado a mão que tenho certeza ter sido você quem fez Yuzu, pois minha carona chegou.

A Rukia vai dar uma excelente tenente para me ajudar nessa fase nova! Já veio buscar seu Capitão, com o haori pronto, para não se atrasar para sua própria cerimônia de entrada. Adeus. Ou talvez não!

Ainda não acredito que quando saí da sala de reuniões vocês estavam ali. A minha espera e sorrindo. Por mais que tenha que ter adiado nossa conversa e reencontro, pois tinha que ir apresentar-me ao meu esquadrão e organizar várias coisas ainda, fiquei extremamente feliz – e, como parecia que vocês queriam falar com o Kyoraku-san, o momento foi perfeito.

Apenas a noite nos reunimos para conversar e estabelecemos momentos para nos encontrar e como manteríamos contato. Tudo foi discutido para não atrapalhar meu trabalho de Capitão, as faculdades e trabalhos de todos e o ensino médio da Karin e da Yuzu. O melhor foi fazer vocês passarem a noite no esquadrão! Não pude deixar de aproveitar a deixa para ficarem um pouco mais.

Na manhã seguinte vocês já estavam de saída e os acompanhei pelo Dangai até o final do Senkaimon. Nos olhamos uma última vez, enquanto o portão fechava, vocês estavam na rua e eu com Rukia atrás de mim. Uma despedida adequada de uma vida, rumo ao começo de outra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fechando esta one-shot que foi impossivel não escrever depois de achar essa imagem! Gente o Pinterest é de onde ela veio e la tem muitas imagens incrivelmente espetaculares! Recomendo o app pra quem gosta dessas coisas :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fotos que Contam uma História" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.