Fotos que Contam uma História escrita por benihime


Capítulo 35
Uma noite na casa do Exorcista – Natsume Yuujinchou


Notas iniciais do capítulo

Capitulo fresquinho de história!!!
Uma aventura do Natsume com tudo que tem direito, inclusive um encontro com o Matoba-san!
Generos aqui estão mais para sobrenatural, amizade e aventura.
Aproveitem a leitura meus caros!



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Natsume estava em um trem a caminho de outra cidade, onde, pelo que os youkais de Yatsuhara avisaram, vivia um youkai que tinha seu nome no Livro dos Amigos. Há dois dias um outro youkai veio a sua procura para avisar deste youkai, que não podia se mover para vir retirar seu nome pessoalmente.

Takashi não podia correr o risco de ser atacado ou atrair problemas a sua família e amigos na cidade, assim pediu que os youkais checassem a história e, com tudo acertado, decidiu ir no sábado devolver o nome do youkai em questão.

Descendo na estação, Natsume foi até uma praça, onde Madara se transformou e os dois foram pelo céu até o local indicado. A informação constava que o youkai vivia nas profundezas uma montanha e tinha uma aparência humanoide, pele alaranjada, olhos amarelos e, geralmente, era visto com um kimono vermelho. Um youkai desses com certeza se destacava e não deveria ser difícil de encontrar em uma floresta.

O céu escurecia depressa, alertando que logo choveria – pela previsão do tempo, seria uma chuva bem forte. Sobrevoando a montanha, Natsume avistou um boneco de papel no ar e pediu que Madara o seguisse – muito provavelmente, pertencia a Natori. Descendo na floresta, ao longe, Natsume avistou o amigo.

— Natori-san! – ele gritou para chamar sua atenção.

— Natsume!? – Natori não esperava vê-lo ali – O que está fazendo aqui?

— Eu vim devolver o nome de um youkai. E você? – como Natori e ele já estavam acostumados a se esbarrar em locais com youkais e o exorcista sabia do Livro, a conversa era mais rápida.

— Aqui!? – Natori ainda tinha dificuldades de assimilar a quantidade de youkais com nome no Livro tanto quanto a quantidade de cidades que tinham esses youkais – Sua avó realmente morou em vários lugares, não? – por mais que o assunto não fosse o mais agradável, era um comentário difícil de segurar.

— Sim. – Natsume abaixou o olhar. Ainda haviam muitos mistérios sobre Reiko que ele queria desvendar.

— Eu vim para fazer um exorcismo. – ele suspirou e decidiu responder a pergunta de Natsume – Um youkai de fogo saiu de hibernação recentemente, mas, ao invés de ficar no lago onde costuma se abrigar, ele esta andando pela floresta. Se algum youkai ataca-lo ele pode começar grandes incêndios com facilidade.

— Sensei e eu estamos sobrevoando a montanha para achar o youkai que quer o nome de volta. Quer vir conosco? Logo vai chover. – Natsume ofereceu uma carona nas costas do gato, olhando para o céu cada vez mais escuro.

— Obrigado, Natsume. – Natori aceitou a oferta, mesmo Madara tendo ficado um pouco bravo de ter de leva-lo.

Voando pela montanha, Natsume e Natori ainda conversavam e descobriram estar procurando o mesmo youkai.  Ficou combinado que iriam levar o youkai ao lago onde deveria ficar e lá Natsume devolveria seu nome antes de Natori sela-lo. Demoraram para encontrar o youkai, mas conseguiram.

— Natsume-dono! – o youkai o cumprimentou educadamente e passou a encarar Natori e suas shikis.

— Está tudo bem. – Natsume interveio para evitar uma briga – O Natori-san é um exorcista, mas é meu amigo.

— Exorcista!? – o youkai pareceu surpreso e pareceu analisar o poder dele por um tempo – Você parece forte o suficiente para refazer a barreira do meu local de hibernação. – os dois encararam o youkai sem entender – Houve um deslizamento na caverna onde hiberno, o que destruiu a barreira que coloquei.

— Então se te levarmos de volta a sua caverna, você vai voltar a hibernar depois de receber seu nome? – Natsume queria confirmar e viu o youkai acenar de forma positiva.

Os três foram a pé até a caverna, que estava bem próxima deles. Nas profundezas do caminho escuro da caverna, encontraram um lago cristalino, um pouco fundo e reluzente. O youkai entrou e Natori prestou atenção em como Natsume devolvia os nomes do Livro.

— Aquele que me protege, me mostre seu nome. – ele começava seu ritual para devolver o nome e, conforme as páginas do Livro fluíam, elas finalmente pararam – Eu devolvo seu nome: Hiko! – Natsume finalizou o ritual e as lembranças de Reiko fluíram para ele.

“Ele cuida do Livro com bastante cuidado e é respeitado pelos youkais que querem seus nomes de volta.” – Natori prestava atenção, enquanto seus pensamentos fluíam e se forçou a voltar a realidade.

Natsume desmaiou sem forças. Natori o acomodou contra a parede da caverna e preparou a barreira do youkai de fogo. Tudo resolvido, apoiou Natsume nos ombros e foi andando até a entrada da caverna.

— Natori-san... – Natsume estava voltando a consciência.

— Natsume! Você está bem? – Natori estava bastante preocupado.

— Estou apenas um pouco cansado. Isso sempre acontece quando devolvo os nomes. – ele foi honesto com o amigo.

— Entendo. – Natori deixou que ele se organizasse e ficasse em pé sozinho – Agora precisamos ver como sair daqui.

Do lado de fora, a chuva já havia começado! Estava bem forte e com muito vento. Seria difícil até mesmo para Madara voar por aquilo. Decidiram tentar voar pela tempestade, ao menos até localizarem uma estalagem para passarem a noite. Estava muito difícil de enxergar e o frio tornava a viagem insuportável!

Ao longe, Madara pareceu avistar uma casa e desceu em seu portão. Natsume e Natori chamaram por alguém da casa várias vezes, até o portão ser aberto por um homem, que parecia ser um empregado da casa, e reconheceu Natori.

— Natori-san! – o empregado o cumprimentou, deixando-o em dúvida – Por favor, entrem. – ele permitiu que Natsume e Madara entrassem – O que trás o jovem mestre Natori a nossa casa? – ele questionou.

— Natori-san, acho melhor irmos em bora. – Natsume o abordou antes que respondesse – Essa sensação.... Sensei! – ele se voltou ao youkai para confirmar.

— Sim. Estamos dentro de uma das mansões do grupo Matoba. – Madara fez os dois se surpreenderem.

— Que descuido de minha parte. – Natori voltou-se ao empregado – Fomos pegos pela chuva após terminar um exorcismo e estávamos em busca de um lugar para passar a noite. Desculpe por termos confundido a casa! – Natori havia parado no meio do caminho junto de Natsume – Vamos continuar a procurar, Natsume.

— Oras, vejo que tenho visitas. – uma voz tranquila e conhecida chamou a atenção – Não vão encontrar nenhum lugar para ficar nesta área, sendo assim, podem passar a noite em minha casa. – a voz era de Seiji e, por mais que o convite fosse estranho, os dois estavam com muito frio e a chuva apenas piorava.

Natori não se importava de continuar a busca, mas a saúde de Natsume não era das melhores e ainda estava se recuperando de devolver um nome, o ideal seria que aceitassem a oferta. Uma rápida troca de olhares firmou a decisão.

No hall de entrada, eles encontraram Seiji e Nanase. Pedindo para que os empregados arrumassem um lugar para passarem a noite e os mostrassem onde o local de banho ficava, Seiji se retirou para aguarda-los para o jantar. Na sala de banho, Natsume e Natori conversavam.

— Acho que aquele youkai podia estar na mira do clã Matoba. – Natori compartilhava sua ideia com Natsume – Se estávamos tão perto de uma casa deles e ha tantos aqui, acho que vamos precisar explicar esse selo.

— Talvez sim; mas não é isso que me preocupa. Não posso deixar que ele descubra sobreo Livro. – Natsume estava bem sério e Natori admitia que isso sim seria um problema enorme. O clã Matoba jamais, não importa o motivo, deveria tomar conhecimento sobre a existência do Livro dos Amigos.

Saindo do banho, os dois foram direcionados a um quarto para se trocarem e, logo em seguida, chamados para jantar. Na sala de jantar, apenas Seiji se encontrava sentado a mesa, que estava montada com caixas de comida, pratos, um pouco de saque e chá. Natsume sentou-se do lado oposto ao qual Natori e Matoba estavam sentados e Nyanko-sensei subiu na mesa, começou a beber e a atacar o jantar.

Natori e Matoba conversavam sobre o exorcismo e o dono da casa não parecia muito feliz. Queria tentar fazer um pacto com o youkai antes de sela-lo, mas Natori e Natsume chegaram antes deles – talvez esse fosse o real motivo pelo qual o youkai estava se escondendo. Seiji ainda implicava com o fato de Natori ter recebido ajuda de Natsume.

Os dois não levantavam a voz um contra o outro nem nada parecido, apenas bebiam um pouco de saque e ficavam trocando ‘farpas’ no curso de cada parte da conversa que tentavam manter. Atrás da mesa, Natsume sentia, e as vezes até ouvia, os shikis de Matoba brigando e discutindo com as shikis de Natori.

Ele apenas tentava comer em paz, enquanto se preocupava com o Livro dos Amigos e prestava atenção no gato, já bêbado, estendido sobre a mesa, abraçado a uma garrafa de saque, tentando roubar mais do jantar.

Com todo assunto resolvido e o jantar acabado, Natsume e Natori conferiram se a tempestade já havia passado, porem ainda não. Realmente não tinham escolha, precisavam mesmo passar a noite na casa de Matoba. Novamente no quarto, Natsume ligou novamente para os Fujiwara para avisa-los onde passaria a noite, até a chuva passar.

No curso da noite, Madara se manteve vigilante sobre os dois e Natori teve o mais inédito dos sonhos.

{Sonho On}

Uma moça muito bonita, de jovem e delicada aparência, andava pela floresta. Usando um uniforme escolar e sentando perto de uma caverna, a moça apenas admirava o céu enquanto a brisa soprava.

*Natori não conseguia reagir, apenas assistia essa moça tão familiar, que fez com que seu coração disparasse em uma imediata conclusão: Natsume Reiko!*

— Se me assustar, eu vou ficar muito brava. – ela começou a falar e se virou para caverna – Sei que você está aí dentro.

— Eu não gosto de seres humanos na frente da minha caverna. – da caverna, saiu o youkai de fogo, que continuou a falar com ela – Saia! Ou você será meu próximo lanche!

— Hai, Hai. – ela levantou-se devagar, deu alguns passos e parou, olhando para trás novamente – Que tal fazermos uma competição?

— Competição? – ele questionou de volta.

— Sim. Se eu perder, você pode até me devorar, mas se eu ganhar, você vai ter que escrever seu nome neste pedaço de papel. – ela puxou uma folha da bolsa.

— Muito bem, criança humana. O que sugere? – Hiko não levou a sério a ameaça de Reiko.

— Vamos fazer uma corrida. O primeiro que chegar ao fundo da caverna vence. Nenhum dos dois vai usar seus poderes. – ela sugeriu e o youkai aceitou.

Ao começarem a correr, Reiko parecia devagar e Hiko a encarou com um sorriso. Quando ela encarou de volta, sorrindo e dizendo ‘Te vejo lá’, Hiko a viu acelerar o ritmo e desaparecer de seu campo de visão. Ela chegou primeiro e recebeu o nome dele como prêmio, dizendo que ele agora era seu servo e deveria vir quando ela o chamasse.

Hiko viu um pequeno machucado na perna dela e questionou o motivo, achando que foi feito durante a corrida de ambos. Reiko apenas sorriu olhando o machucado e respondeu de forma bem objetiva.

— Um menino da vizinhança veio me importunar por não gostar de mim e brigamos. No final eu venci! Até mais, Hiko. – ela já ia em bora, enquanto o youkai processava o significado daquele sorriso, que mascarava seus sentimentos perfeitamente.

{Sonho Off}

Natori acordou no susto! Aquilo que viu não foi um sonho qualquer e, ao seu lado, via Natsume dormir tranquilamente. Madara avisou que o que viu foram as lembranças de Reiko e do youkai, que fluem para Natsume sempre que devolve um nome.

Natori não deu continuidade a conversa, pois pretendia voltar a dormir, com um pensamento que lhe passou rapidamente, ao escutar Natsume suspirar o nome de Reiko durante o sono: “Deve significar muito para você, aprender sobre sua avó e poder conhece-la melhor através de suas lembranças.”.


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Notas finais do capítulo

Aqui esta pessoal!
Espero que tenham gostado e possam me deixar um comentario se for possível.
Vejo vocês em futuros capitulos e histórias que estou criando!
BJS!



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