Cinco dias. Fazem cinco malditos dias que ele e os outros Cullen voltaram, e eu estou mais confusa do que aliviada. Quando Edward me deixou achei que não conseguiria seguir em frente, mas tudo mudou quando pedi para Jake me ajudar a consertar as motos, a partir daquele momento senti como se meu coração estivesse mais uma vez inteiro; mas agora com a volta do ser que um dia eu amei ou amo, não sei o que fazer.  

Edward Cullen foi meu primeiro namorado, meu primeiro amor, mas conforme o meu amor por meu porto seguro, Jake, cresce meu amor por ele diminui.  

De repente meus pensamentos são interrompidos por um barulho vindo da janela fazendo com que meu coração acelere. Rapidamente giro a cabeça preparada para ver cabelos ruivos, mas acabo encontrando os cabelos castanhos acobreados dele.  

— Edward... – Digo soltando o ar aliviada por não ser Victória, a vampira psicopata que está atrás de mim por vingança.  

Lentamente, mas muito lentamente mesmo, ele fecha a janela e caminha em minha direção. E sem perceber também dou alguns passos em sua direção.  

— Bella – Sussurra passando a mão com cuidado em meu rosto – Minha Bella...  

Fecho os olhos sentindo o gélido toque de seus dedos em minha pele quente. Abro os olhos e encontro o amarelo topázio de seus olhos fazendo com que me lembre do dia em que me deixou, e consequentemente me deixando extremamente irritada.  

— O que tá fazendo aqui?! – Me permito gritar já que Charlie não está em casa ainda – Hein, Edward Cullen? – Me afasto do seu toque – Como ousa voltar para Forks depois de ter prometido que seria como se nunca tivesse feito parte da minha vida? -  

Ele se afasta de mim como se eu o tivesse ferido.  

—Você disse que eu nunca mais ia te ver! 

—Bella eu te amo. - Ele diz, eu tento socar o seu queixo, mas ele me impede segurando meus braços - Eu estava caçando a Victória.  Estava querendo te deixar segura. Mas quando soube que ia se matar... 

—EU NÃO TENTEI ME MATAR EDWARD! EU ESTAVA TENTANDO SENTIR ADRENALINA POR QUE ERA O ÚNICO JEITO DE CALAR A SUA VOZ ME DIZENDO QUE NÃO SOU BOA O SUFICENTE.  - Eu se solto e limpo as lagrimas que teimam a escorrer por meus olhos.  

— Bella... - Ele fala suspirando, segura meu rosto de maneira delicada, me forçando a olhar seus olhos. - Você ainda me ama? Se você disser que não eu saio da sua vida e nunca mais vai ter que me ver na sua vida. 

—Eu...- fecho meus olhos. - Eu amo outra pessoa. - Falo, lembrando do sorriso caloroso de Jake. - E você não precisa me proteger, ele fez isso muito bem enquanto você me deixou. Fez eu voltar a me sentir viva.  

—Você não disse que não me ama. Além disso como um humano vai te proteger? - Ele fala olhando nos meus olhos.  

—Eu não posso dizer que não te amo mais, mas eu não quero te amar. Você me fez tanto mal, isso nunca iria para frente.  Eu odeio te amar. E quanto mais longe você vai, mais meu coração fica livre para ele. E ele não é simplesmente humano. - Edward me solta. Ele está triste e eu quero o abraçar e deixa-lo feliz.  

Mas me afasto dele e pego um presente que um certo alguém me deu. A peça de metal pesada eu lanço e agarro o braço dele com o chicote de metal, que dá duas voltas, e eu o puxo de volta, enquanto o vampiro me olha em choque segurando seu braço. Eu o jogo de volta para ele.  

—Como???- Edward pergunta. 

—Eu tinha que me manter viva, os lobos me ajudaram.- Digo limpando os dentes soldados na ponta do cabo de metal. - Dentes de lobos são ótimos para cortar pele vampírica. Além disso treinei muito com eles... - Guardo o chicote em uma presilha no meu cinto. Observo enquanto o enrolo, cabo um pouco maior que a minha mão, coberto com tiras de metais, com uma guarda em cima e outra embaixo impedindo os ricochetes pegarem na minha mão. 4 metros ao total, 2,10m cobertos com dentes de lobos soldados no metal.  

Um toque de celular interrompe o que eu digo, e encaro o vampiro. Que está com o braço no lugar de novo. E atende, pela expressão em seu rosto uma péssima notícia, era absorvida por ele. Quando ele desliga. Ele me encara. Sem nem perceber eu vou até ele e acaricio seu rosto. 

—O que houve? - Eu pergunto com amor e carinho, e então me lembro que quero me afastar dele e ser feliz. 

—Tem que vir comigo. Agora!- Ele me segura me pula pela janela aberta do quarto. Fecho os olhos para não entrar nada.  Só abro eles quando sinto que Edward parou de se mexer.  Abro os olhos lentamente, vejo a floresta por um vidro, e o reflexo de sete pares de olhos dourados olhando para mim. Me viro, e encaro cada um dos três casais.  

O primeiro a se manifestar é Emmett que anda até mim, com seus dentes brilhando em um sorriso assustador e infantil, se um vampiro olha desse jeito para você, tende a subir um frio pela espinha, mas não era um vampiro qualquer, era o Emmett.  Retribui o sorriso e ele me abraçou fazendo minhas costas estralarem de uma maneira que trouxe um alivio em mim.  

— Também estava com saudade de você grandão. - Falo sorrindo, quando ele me solta.  Abraço Esme e Carlise juntos. - De vocês também.  

—Nós também filha. - Eles falam, fazendo algumas lagrimas saltarem de meus olhos.  

— Rose, Jasper, tudo bem? - Eu pergunto pra os Cullens que não sou tão chegada que acenam com a cabeça. - Agora por que interrompeu meu discurso de não quero mais você na minha vida? - Eu falo apontando o dedo para Edward. 

— Victória está criando um exército. - Falou Edward, enquanto os outros acenavam a cabeça enquanto me encaravam um pouco chocados.  

—Tenho que avisar Sam. - Eu falo, saindo pela porta enquanto acenava para os Cullens, que estavam sem entender nada.  

—Bella você não pode ir sozinha. - Disse Edward aparecendo do meu lado, eu continuo andando e ele me acompanha. - Tem literalmente um exército de vampiros atrás de você.  

— Eu sei, estou indo alertar 14 pessoas muito mais qualificadas que a sua família para cuidar disso. - Eu digo irritada. 

—Bella! - ele segura meu braço.  

— Tchau Cullen.  - Eu digo o derrubando com o chicote. - Eu sei me cuidar sozinha. 

Entro na floresta, vejo as copas das arvores brilhando com o pôr do sol. Ando cerca de 1 km até um esconderijo planejado por mim e Jake, para um desses casos.  Retirei a moto de dentro da toca cavada abaixo das raízes de um salgueiro. Coloco o capacete, e saio da floresta por uma estrada batida.  

Eu tinha que avisar Jake, eu tinha que alertar Sam, uma guerra está por vir.