— Como você entrou aqui? - Morgana estava impaciente. _ Nem rastreei o seu sinal. 

Alkban se aproximou dos garotos e olhou diretamente para Octavius, ainda sorrindo. 

— Eu simplesmente aproveitei a distração momentânea dos seus generais e entrei no salão do trono, foi tudo simplesmente fácil, apesar de tudo. _ Alkban começou a dar voltas pelo salão. 

— Eles são prisioneiros, Alkban, não cabe a você decidir o que é certo dentro do meu reino. _ Octavius estava falando em um tom ameaçador. _ Eu devia mandar você e o seu partido rebelde direto para a forca, sem misericórdia. 

— Eu sei que misericórdia não é algo relacionado ao seu vocabulário, imperador, mas o senhor pode me fornecer esses garotos para que eu faça uma revolução contra o senhor. - Para o horror dos garotos, o professor ainda continuava com o sorriso no rosto.  

Octavius olhou diretamente para ele, parecendo pensativo. 

— Solte-os, eles não tem muita utilidade para mim, especialmente quando sei que você tenta me destronar, posso admitir que você é um rival à altura. - Exclamou Octavius. 

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Mesmo saindo do castelo, a cabeça de Peter ainda fervia com todas as informações que recebeu. Reinos, imperadores e magos ainda soavam estranhos para ele. Durante o caminho, eles andaram em silêncio por uma clareira, Joe o encarava, com um certo rancor no olhar. 

— Professor, o que faz aqui? - Questionou Mary, com um tom ameaçador na voz – Sei que é estranho, nada disso faz sentido. 

Alkban soltou uma estrondosa gargalhada. 

— Bom, o nome deste país é Órion, era governado por Norman e tinha seus anos de glória, o reino era feliz e tinha prosperidade, eu era o conselheiro dele e quando o irmão dele Octavius invadiu o castelo, fui obrigado a fugir para sobreviver. - Os olhos de Alkban estavam cheios de lágrimas. - Ele nos deixou escapar, porque o método de assassinato dele é deixar a vítima escapar para que ele mesmo as cace. 

Eles entraram em uma floresta um tanto incomum, as árvores tinham olhos e eles ficaram fixados nos garotos, enquanto Alkban contava sobre os dias de ouro de Órion. 

— Meninos, estamos entrando no território de um grupo que eu criei para ter resistência ao comando atual, esse grupo pode parecer meio hostil no começo, mas é só o tempo de vocês se acostumarem, estes são os rebeldes. - Alkban apontou para um grupo de pessoas paradas entre as árvores. 

Peter achou o grupo diferente de um grupo comum em muitos aspectos. 

— Meninos, este é Timothy Hampson. - Alkban apontou para um garoto com cabelos verdes, olhos da mesma cor e um sorriso que deixaria qualquer um apaixonado. - Ele é um mago, ainda era uma criança quando aconteceu a revolução que fez com que Octavius se tornasse o rei. Aquele homem próximo da fogueira se chama Gulliver, ele é um importante marinheiro e trabalha para a marinha real do reino vizinho. - Gulliver sorriu e acenou. - Ao lado dele está Robin Hood, ele é o nosso arqueiro, é uma peça importante do nosso grupo. - Robin tinha cabelos pretos amarrados em uma trança, ele também sorria. - E aquela é a nossa lutadora mais forte, Miranda LookStone, ela entrou nesse mundo assim como vocês, porém está aqui há mais tempo que todos vocês. 

Miranda sorriu e acenou. 

— Alkban é o nosso líder, porém muitas vezes o deixamos a par da situação, apenas para evitar que falhemos em alguma coisa. - Timothy sorriu e os acompanhou. 

— Quando ele era o nosso diretor, ele não era tão sorridente e perdido como é agora. - Murmurou Joe, sem graça. _ Ele era tão bravo e chato. 

Alkban soltou uma gostosa gargalhada, ele olhou para eles com os olhos cheio de lágrimas de tanto rir. 

— Eu não poderia mostrar quem eu era de verdade, eu era uma pessoa que estava vigiando outra pessoa, mas não era vocês, mas aproveitando que estão aqui, podem se juntar a nós. - Alkban sorriu. 

— Peter, podemos conversar? - Timothy sorriu.