Scorly - 2 temporada escrita por Gih Freitas


Capítulo 1
Uma boa partida de quadribol para afogar os problemas


Notas iniciais do capítulo

Lumos!
Que saudade eu estava de postar capitulo! Ia deixar para postar só amanhã, mas eu sou a ansiedade em pessoa. Espero que gostem, fiz com muito carinho. Vou postar o segundo amanha, e o terceiro no final de semana (esta quase pronto). Vale ressaltar que teremos capítulos especiais, depois vocês vão entender. Acho que os três primeiros capítulos não vão focar TANTO no casal, mas do quarto pra frente é garantido. Não deixem de comentar, vou ficar muito feliz! Beijos!
Nox!



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POV LILY

Já era tarde da noite quando vi meu pai na varanda de casa com uma xicara de café em mãos e uma expressão preocupada.

—Ainda acordado? –Perguntei. Ele me deu um sorriso, e percebi seu olhar exausto do trabalho.

—Tenho um caso novo, sei que vai me tirar muitas noites de sono. –Agora também notei a preocupação.

—Que caso?

—Não tenho permissão para falar querida.

—Permissão? Papai, voce é o Chefe do departamento de aurores...Voce é o Harry Potter! –Ele riu daquilo. Não o tipo de risada vazia que servia para reconforto, talvez eu havia inflado o ego do meu pai, e ele achou graça.

—Acredite, isso já não é grande coisa. –Disse com um sorriso de canto. –Eu tenho superiores, que me dão ordens.

—Exemplo?

—Sua tia Hermione. –Dei um sorriso.

—Acho que ela não vai se importar se dividir isso comigo. –Meu pai permaneceu resistente. –Eu sei ficar de boca fechada, sabia?

—Voce é insistente... Bem, há um bruxo das trevas. Ele é russo, mas foi educado em Ilvermorny, e pelo que li na ficha, ele foi criado num orfanato de Massachusetts. Ele esta ao Norte.

—Liverpool?

—Não, está em Leeds. Viajo semana que vem com alguns aurores pra fazer uma analise.

—Já ouve ataques? –O olhar de meu pai estava sombrio.

—Uma criança esta desaparecida. Esse bruxo esta atrás de bruxos com a linhagem inteiramente puro-sangue. A criança se chama Mareena Nott. Conhece a família Nott? –Fiz que não. –Eles sempre preservaram muito manter a linhagem. O único Nott que conheci foi um dos seguidores de Voldemort, mas morreu há muitos anos atrás. Parece que ele tinha parentes ao Norte. Suspeitam que esse seguidor de Voldemort, Cantakerus Nott foi o fundador das “Vinte e oito sagradas”. Sabe o que é isso? –Fiz que sim.

—Quando voce volta? –Acho que meu pai notou o tom de preocupação na minha voz, pois passou a mão pelos meus ombros. Quando eu era criança papai seguiu bruxos terroristas ate a Alemanha, e ficou dois meses por lá. Quando voltou estava com uma perna quebrada e usando tipoia no braço, acho que a cena de vê-lo chegando todo arrebentado em casa foi um trauma de infância meu.

—Não se preocupe comigo. Se preocupe com seu irmão. –Gelei.

—James vai junto? –Ele fez que sim. –Mas ele começou essa semana! Talvez fosse melhor levar os mais habilidosos, ou os que estão acabando o curso...

—Não queria leva-lo, mas é uma nova lei criada pelo Ministério. Eles acham que se aprende mais na pratica, e normalmente ficamos apenas na teoria.

—Mas, quem ordenou essa lei?

—Gregory Travers. Ele é o novo Chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia. –Ele parecia enojado ao falar do tal sujeito.

—Parece não gostar muito dele. –Falei em tom de brincadeira.

—Ao contrario, ele que não gosta de mim. Esse homem implica comigo desde que comecei meu curso de auror.

—Então já se conhecem há tempos...

—Ele foi da minha turma no curso de aurores, acho que tem inveja porque me tornei o chefe e ele não.

—Estudaram juntos em Hogwarts?

—Não. Ele era da Durmstrang. –Dei um sorriso. –Sabe, tudo bem implicar comigo, uma vez ele quase me fez perder o cargo...Mas convocar o meu filho pra uma missão de alto risco, mesmo ele tendo nenhuma experiência foi um golpe baixo. –Percebi que ele estava com raiva.

—Como James reagiu?

—Muito bem. Na verdade, mais que bem. Ele é como todo iniciante, esta louco para botar a mão na massa, e não se importa com os riscos.

—Mamãe deve estar pirando.

—Na verdade ela não sabe dos riscos. Como eu falei, não tenho permissão pra falar sobre isso.

—Sou a única que sabe?

Sim. Contei porque confio em voce. Sua mãe realmente surtaria, ela surtou quando Alvo se inscreveu no Torneio Tribruxo, imagina se soubesse que o filho dela vai pra uma missão de alto risco? –Eu ate imaginava os gritos da minha mãe. –Bem, ela esta orgulhosa de James, ela acha que essa convocação é uma grande chance para ele. Bem, é na verdade, mas ainda sim, é muito perigosa.

—Não se preocupe, vocês vão cuidar um do outro, tudo vai dar certo. –Meu pai sorriu.

—Sim, vai dar tudo certo. Agora, vá para o seu quarto, já esta tarde.

—Vou. E alias, voce devia ir também, esta exausto.

—Estou? Bem, acho que esse meu estado de espirito é tão frequente que já nem percebo minha exaustão...

—Acho que deveria tirar uns dias de folga, até o dia de viajar. Voce está exausto há anos papai. –Ele sorriu.

—Sem mim aquele departamento não funciona.

—Mas e o Bulstrode? –Ele é o Sub-Chefe Auror, deveria ocupar o cargo quando meu pai não fosse trabalhar, mas ele nunca fez isso pois meu pai nunca faltou. Como Bulstrode mantem o emprego, pois ele é meio inútil. Quer dizer, meu pai simpatiza com ele.

—Acho que não seria adequado, estamos lidando cm um caso muito importante...

—E voce vai lidar com esse caso, mas semana que vem! Papai, voce pode ficar longe por sabe se lá quanto tempo, devia descansar, recuperar a energia, passar um tempo com a gente...Mamãe sente sua falta. –Percebi que ele havia ficado sensível.

—Acho que alguns dias não me faria mal... E Bulstrode precisa fazer alguma coisa, afinal so fica sentado na cadeira do gabinete olhando para o tempo. –Sorri e o abracei. –Agora vai. –Dei um ultimo sorriso e subi para o meu quarto. Tentei dormir, mas tanta informação deixou minha mente acordada. Alguns minutos depois, Francis começou a latir na minha porta.

—Quietinha Francis, voce vai acordar todo mundo! –Falei pegando-a no colo, que me lambeu contente. A pus em cima da minha cama e ela adormeceu, e logo eu também.

No dia seguinte todos acordaram cedo, e mesmo eu tendo ir dormido tarde, não senti sono, apenas precisava do meu típico café com canela pra acordar literalmente. Passado duas semanas que Ted e Vic haviam ficado noivos, eles viriam pra cá no final da tarde, mas só Ted poderia ficar para passar alguns dias, já que um imprevisto trouxe a tia de Vic a vir para a Inglaterra.

—Ela veio procurar homens bons de cama e bebidas geladas. –Disse Vic no dia do noivado quando a tia apareceu duas horas depois do jantar. 

—Que dia é hoje? –Perguntou James.

—Quinta. –Falei.

—Ainda faltam sete dias! –Ele parecia aborrecido por ter que esperar mais sete dias.

—Daria tudo para adiar. –Disse meu pai com um suspiro.

—Mesmo? Estou ansioso.

—Harry, já passa das oito horas, voce não deveria estar no Ministério? 

—Vou tirar uma semana de folga, acho que preciso me recompor antes de ir para Leeds. –Minha mãe deu um sorriso de uma orelha a outra.

—Mesmo? Que coisa ótima!

—É, eu sei. Em falar nisso, espero que não tenham nenhum compromisso no sábado...

—Eu, Alvo e James vamos ver a copa mundial de quadribol pela tv. –Falei como se nossa vida dependesse daquilo.

—E se pudessem ver ao vivo? –MEU DEUS.

—SÉRIO? –Gritei. Meu pai sorriu.

—Sim, é serio. Tenho seis ingressos. –Meus irmãos estavam surtando de felicidade, e eu estava diferente. Pais de Gales e Bulgária. Isso é demais para o meu psicológico. Depois do café da manha fiquei jogando xadrez de bruxo com James e Alvo, e combinei com Scorpius que iriamos sair à tarde para tomar sorvete. A Florean Fortescue havia fechado há muitos anos atrás, mas uma senhora chamada Lauren, que era parente do antigo dono a reabriu. Segundo meu pai, era a melhor sorveteria do beco diagonal.

—Estava com muita saudade de voce... –Disse Scorpius ao me ver chegando na sorveteria.

—Nos vimos ontem! –Falei sorrindo e dando-lhe um selinho em seguida. –Voce não trouxe a Margot...

—Depois voce pode passar lá em casa e vê-la, depois que sairmos daqui.

—Não dá, Ted e Vic vão lá pra casa.

—Entendi.

 -Queria saber se tem algo pra fazer no sábado?

—Nada.

—Papai comprou ingressos para a Copa Mundial de quadribol. –Scorpius sorriu. –E tem um sobrando, então...

—Quer saber se quero ir com vocês?

—Isso.

—Que pergunta Lilian Luna Potter, é claro que eu quero! –Depois fui pra casa e Scorpius foi encontrar com Astoria, que estava comprando os livros escolares. Quando cheguei em casa Ted e Vic estavam sentados no sofá da sala conversando com Alvo e James.

—Parece que seu pai conseguiu mais dois ingressos para a Copa Mundial de Quadribol! –Disse Vic sorrindo. –Ted e eu vamos com vocês!

—Que ótimo! Scorpius vai também!

—Novidade... –Disse James sarcástico.

—Imagino que Dominique vá também.

—Ela odeia quadribol.

—O que?! Como alguém pode odiar quadribol?

—Ela só não gosta por causa de fama de Vic no campo. E como o projeto “bonequinha de luxo” que Fleur tentou impor na Vic não deu certo, ela se dedicou a impor isso em Dominique, e deu certo.

—Dominique é uma fresca. Não me levem a mal, mas a verdade. Claro que eu a amo e ela é minha irmã, mas é uma fresca.

—Bem, ela tem lá suas manias... –Achei fofo James defende-la. –Mas não gostar de Quadribol é demais. 

Ted dormiu aqui em casa até o sábado, já que era o dia do jogo.

—Pensei que as copas mundiais de quadribol costumassem ser de quatro em quatro anos. A próxima deveria ser daqui a dois anos, não? –Perguntei ao meu pai quando estávamos quase saindo de casa.

—Deveria, mas foi adiada. Não me pergunte porque, eu não trabalho com esportes. –Todos nos estávamos com blusas da Bulgária, mas Alvo disse que iria torcer pelo Pais de Gales. Vic não torcia para nenhum dos dois times, mas estava realmente animada, havia comprado bandeira, blusa, e ate havia pintado o rosto. Entramos na lareira de casa e meu pai encheu a mão de pó de flu, gritou algo que não escutei, então senti a sensação de meus estomago dar voltas, ate pousar em terra firme novamente.

—Onde estamos? –Perguntei a meu pai.

—Em uma floresta. Precisamos andar um pouco, ate chegarmos. - Após vinte minutos de caminhada chegamos. O jogo era apenas no final da tarde, então tínhamos tempo, afinal ainda eram uma da tarde. Notei o sorriso do meu pai. Não sei como, mas tudo que eu via era um mar de gente. Milhares de pessoas andando entre outras, gritando, rindo e cantando, pitando os rostos para os times que disputariam ao final da tarde. Havia um aglomerado de barracas espalhadas por todos os canto, cada uma com a bandeira de cada pais. Pude ver de tudo, asiáticos, africanos, americanos, brasileiros, europeus no geral...

—Tome cuidado para não se perder. –Disse meu pai para mim. –São mais vinte minutos ate o estádio... Simas! –Disse meu pai dando palmadinhas nas costas do homem, que se virou e sorriu para ele. Eu o conhecia, era o pai de John.

—Potter! –Ele abraçou meu pai. –É bom ver voce! Vejo que voce e sua família não perderam o gosto do quadribol!

—Tendo essa daqui como esposa é meio difícil! Minha mãe revirou os olhos.

—Não seja mentiroso, não precisaria de mim para amar quadribol.

—Vai fazer a cobertura com a nojenta da Skeeter esse ano também Gina?

—Estão tentando me convencer de fazer a cobertura da final. Mas acho que prefiro ficar so assistindo mesmo.

—Uma pena, a Skeeter é péssima. –Ele se referia a copa de 2014, na final entre a Bulgária e o Brasil. Me lembro vagamente, eu tinha seis anos na época.

—Esta sozinho?

—Sozinho? Não, John esta comigo, mas desapareceu para comprar comida. Minha esposa esta em casa, a multidão não a agrada muito. –Ele olhou para mim. –Pelas barbas de Merlim Potter! Sua filha cresceu! –Vi James, Alvo e Ted rirem do comentário. Babacas.

—Nem me diga. Acho que ela estuda com seu menino, estou certo filha?

—Ah, sim. John namora minha amiga Carol.

—Ah, sim, a Anna Carolina! Menina muito boa! Pena que não pode vir conosco.

—Pai, essas comidas só aumentam o preço a cada ano, so pude comprar isso! –Disse a voz de John chegando na conversa. –Ah, olá senhor e senhora Potter. James, Alvo, Lily. –Ele sorriu para mim. –Desculpe, acho que não conheço vocês... –Disse ele para Ted e Vic.

—Ted Lupin. –Disse Ted dando a mão para John, que a apertou.

—Victore Weasley. –Disse Vic fazendo o mesmo.

—John Finnigan. –Após uma breve conversa nos despedimos dos Finnigan e seguimos para um espaço um pouco menos muntuado. Havia uma barraca com cor de cobre montada ao chão com uma pequena placa escrita “Potter”.

—Entrem. –Disse meu pai. A pequena barraca era “pequena” apenas por fora, pois quando se entrava, era do tamanho de uma casa de tamanho médio, simples e sem nenhum luxo. Não que eu me importasse com isso. Scorpius disse que chegaria as quatro, então ate lá eu fiquei conversando com Vic, enquanto Ted, James e Alvo estavam falando de quadribol.

—Então Vic, tem planos para o casamento?

—Não muitos. So sei que não quero luxuoso, mas minha mãe quer ao contrario, quer me vestir como uma princesa.

—Imagine, voce num vestido armado, num corpete de tirar todo folego, com garçons servindo comidas frescas, tipo Caviar.

—Eu não consigo imaginar uma coisa dessas.  –Eu ri. –O jardim da casa dos meus avos maternos é espetacular. Tem espaço suficiente para um pergolado, para uma banda e espaço para montar o restante.

—Já é um começo. –Encorajei sorrindo. Ela retribuiu.

—Mas quando eu penso no vestidos, no buffet, na banda, nos padrinho eu falto pirar.

—Se quiser alguma ajuda eu estou aqui.

—Isso me alivia. Minha mãe é muito exagerada. Eu ate pediria ajuda para Dominique, mas ela é do mesmo jeito. Em falar nesse assunto, queria que voce fosse minha dama de honra. Eu sei que seria mais adequado voce ser madrinha, mas minha irmã vai ser madrinha, assim como o resto das nossas primas, e so tem uma dama de honra, e aos meu olhos faria de voce especial. Ted concordou, disse que ficaria muito feliz de tê-la como nossa dama de honra. Aceita? –Fiquei comovida, e sorri.

—É claro que eu aceito! –Vic sorriu e me abraçou.

—Eu te amo muito Lily, mais do que voce pode imaginar.

—Eu também te amo muito Vic. Muito mesmo.

—Que fofas. –Disse Ted sorrindo.

—Ela aceitou ser nossa dama de honra! –Falou Vic pulando nos braços de Ted, que sorriu.

—Ah, mas disso eu já sabia. Aliás pirralhos, vão ser meus padrinhos, e isso não é um pedido. –James e Alvo sorriram. Minha mãe estava na cozinha assando pães com pasta de alho, e ficaram prontos meia hora depois. Depois que comemos, dormimos ate a hora de Scorpius entrar na barraca, acionando o lado auror do meu pai.

Expelliarmus! —A varinha de Scorpius foi para as mãos do meu pai.

—Sou eu!

—Scorpius! Podia ter avisado que estava vindo! –Disse meu pai.

—Eu disse que chegaria as quatro.

—Ah, devo ter esquecido. –Ficamos apenas conversando até às cinco horas, que foi quando saímos da barraca para caminhar por mais vinte minutos. Após a nossa caminhada, chegamos ao estádio. Era maior que tudo que já havia visto. Era de um reluzente dourado.

—Tem capacidade para cem mil pessoas.

—Os trouxas não veem isso?

—Não. Feitiços Antitrouxas em cada centímetro da área, e se chegarem a se aproximar, uma luz forte os cegarão, impedindo-os de avançar. 

—O que vamos ficar fazendo em uma hora? –Perguntou James. Meu pai riu.

—Até chegarmos lá em cima dará o tempo correto. –Todos desanimamos por ter que subir tantas escadas. Ate chegarmos lá em cima foram quarenta minutos, e todos estávamos mortos.

—Nem acredito que a gente chegou! –Disse James que estava suado. Quando chegamos valeu a pena cada degrau. Mais ou menos cem mil bruxos e bruxas ocupando os lugares que se erguiam em vários níveis em torno do campo oval. O dourado reluzia mesmo com a chegada da noite. Haviam três aros de gol com quinze metros de altura. Numa cabine alguns níveis abaixo, minha tia Hermione estava acompanhada do meu tio Rony, e de Rose e Hugo.

Sonorus! —Ela levou a varinha ao pescoço para ampliar a voz. –Senhoras e senhores sejam muito bem vindos a 429 Copa mundial de quadribol! –A multidão respondeu com gritos e aplausos. –Os 16 países a jogarem esse ano são: China, Japão, Brasil, Bulgária, Flandres, Irlanda, Alemanha, Luxemburgo, Escócia, Austrália, Estados Unidos, Turquia, Pais de Gales, Polônia e Egito. Por favor, recebam nossos jogadores! –Todos gritaram em resposta, aplaudindo e cantando hinos. –Todos os jogadores adentraram no campo, mas mal pude vê-los por estarem há tantos metros abaixo de meus olhos. Cada capitão de time sacou sua varinha e o resultado foi uma explosão de cores com as cores das bandeiras. Depois os outros saíram e restaram no enorme campo apenas os times da Bulgária e do País de Gales. Ambos os times subiram em suas vassouras apenas aguardando Hermione soltar o pomo de sua varinha.

—O time da Bulgária, senhoras e senhores: O apanhador Igor Naydenov; Os artilheiros, Kristan Simeonov, Yan Berbatov e Nikolai Shalamanov; Os batedores, Andrey Yordanov e Ivã Maarcova; E o goleiro, Sebastian Pabian! –Aplausos. –E o time Gales: O apanhador Matthew Cadell; Os artilheiros, Maven Plues, Edgar Bedford e Dilan Evans; Os batedores, Morgan Dallas e Owen Lusk; E o goleiro, Brandon Ladd! –Mais aplausos. –Que a partida comece! –O locutor era Kurt Bagman, sobrinho do locutor da copa de 1994, Ludo Bagman.

—Espero que esse garoto seja tão bom quanto era o tio, pois so se tinha tempo para identificar os jogadores, os lances eram de uma velocidade absurda... –Disse meu pai ate se auto interromper para prestar atenção no jogo.

—É de Simenov! Shalamanov! Berbatov! De volta para Simenov! –Era difícil acompanhar tudo, mesmo num lugar tão privilegiado como o que eu estava. Imagino Lyss Scamander vendo esta partida. Eu nunca tinha visto artilheiros tão bem treinados como os búlgaros eles eram ágeis e cautelosos, perfeitos jogadores. Teria sido um gol perfeito se Ladd não tivesse feito a melhor defesa que eu vi na vida. –VEJAM ESSA DEFESA DE LADD! A goles passou para a mão dos galeses...É de Maven, mas os búlgaros estão o cercando...É de Plues, ele é assustadoramente rápido! Vai que é sua Plues! Oh não, é de Bedford! Ele vai passar ou não? Ele é rápido bastante para escapar dos búlgaros e ele vai marcar...GOL DE BEDFORD! –A torcida galesa comemorou. –Evans! Plues! Bedford! PELAS BARBAS DE MERLIM! –Todos focaram seus olhos em Bedford e Simeonov, que colidiram. –Tempo! Tragam os medibruxo! –Simenov era o melhor da equipe, assim como Bedford, por isso os dois times estavam divididos. Mas no final os dois so haviam se arranhado, e continuaram o jogo. –Continuando, a goles esta com os búlgaros! Shalamanov! Bertatov! Aquela goles vai atingir Shalamanov!... Não! Maarcova rebate! É de Simenov, é de Shalamanov! – Eles foram o rápidos o suficiente para lançar a goles antes que Evans os impedisse. –GOL DE SHALAMANOV! –A partida já passava das três horas e apesar de nenhum sinal do pomo, o jogo estava muito emocionante. O batedor galês errou quando foi arrebatar e acertou no nariz do outro batedor, e ele logicamente quebrou o nariz. Pausa de dois minutos e ele estava de volta ao campo, com uma tala no nariz roxo. Simeonov fez nove gols, Shalamanov fez três e Plues fez dois. O time galês estava com vantagem de dez pontos. Uma hora atrás foi marcado pênalti para os búlgaros, pois o juiz estava favorecendo os galeses. Mas nem isso os deu vantagem. O apanhador galês quase caiu de sua vassoura, mas foi quase. Owen Lusk quebrou o nariz novamente, fazendo com que Morgan Dallas quase fosse substituído. Em questão de goleiro, os búlgaros estavam com uma pequena vantagem, mesmo Sebastian Pabian tendo deslocado o dedo mínimo. Brandon Ladd fazia bonitas defesas, mas ele parecia mais preocupado com a aparência da defesa do que a defesa em si, fazendo  o jogo virar por quinze minutos, fazendo Berbatov marcar mais dois. Até Plues marcar de novo e de novo.

—PLUES DE NOVO! –Estava cansada daquela repetição. Tudo parecia perdido, ate Igor Naydenov ver o pomo do lado oposto. Mas o outro apanhador, Matthew Cadell o viu mergulhando numa velocidade improvável e o seguiu.

—ELES VÃO BATER! –Gritou James.

—NÃO VÃO! –Falou Alvo.

—Cadell vai! –Gritei. Então Naydenov surpreendeu a todos fazendo o que eu nunca havia visto.

—FINTA DE WRONSKI! –Rugiu meu pai com um largo sorriso. –A ultima vez que vi isso foi em 1994! FANTASTICO! - E realmente foi. Naydenov mergulhou com sua vassoura na direção do solo, e como Cadell o seguia, ele não percebeu quando Naydenov se recuperou e colidiu, se espatifando no chão e danificando sua vassoura. Naydenov  não tinha tempo de se recuperar, então ele finalmente apanhou o pomo.

—VEJAM ISSO SENHORAS E SENHORES! IGOR NAYDENOV USA A PERIGOSA FINTA DE WRONSK! A ULTIMA VEZ QUE VI ISSO FOI EM 1994! BULGARIA GANHOU! PLACAR FINAL: 320x180! –Dava pra ver que os galeses não se importaram muito, afinal era o primeiro jogo, e a Copa seria ate o mês que vem. Eles so pareciam querer um banho, comida e uma cama, pois o cansaço era evidente em seus rostos. Os búlgaros estavam irradiantes, e todos aplaudiram a técnica de Naydenov.

—EU DISSE QUE ELES IAM GANHAR! –Gritou James orgulhoso.

—Acho que devíamos aderir essa técnica ao quadribol da escola. Na verdade eu tenho certeza. –Disse Alvo para Scorpius.

—Pois eu acho que não, é muito perigosa.

—Scorpius tem razão. –Disse minha mãe. –Essa técnica pode ser apenas usada em jogos profissionais. O estádio explodiu em vermelho, verde e branco, e Hermione se posicionou.

—Parabéns a todos. O jogo de amanha será entre Luxemburgo e Flandres! –As pessoas aplaudiram e o estádio foi se esvaziando. Tivemos que descer as escadas, voltar para a barraca e esperar que o lugar esvaziasse pela metade.

—QUE JOGO! –Disse minha mãe.

—Uma boa partida para começar! –Falou meu pai. Derepente um homem baixo, corpulento e com olhos muito azuis entrou em nossa barraca.

—Otto? –Disse minha mãe olhando-o.

—Olá Ginerva. –Nossa cara se voce soubesse o tanto que minha mãe odeia ser chamada pelo nome, voce sairia daqui agora mesmo.  –Harry. –Disse cumprimentando meu pai com a cabeça. –Sinto atrapalhar, mas é que o Profeta faz questão que voce faça a cobertura dos jogos. Voce é a melhor colunista esportiva, Skeeter é péssima. –Eu sabia que bastava isso para minha mãe dizer “sim”.

—Vou ate cortesia a todos os jogos?

—Sim, voce e quem mais estiver com voce. Mas é claro que apenas voce e a Skeeter poderão ficar no gabinete dos jornalistas. –Já havia duas copas que minha mãe não fazia a cobertura dos jogos, lembro-me dela dizendo que os jogos a deixavam maluca.

—Esta bem. Começo amanha? –Ele pareceu muito gratificado.

—Sim,sim! –Ele apertou a mão de minha mãe. –Muito obrigada, esta me salvando! –E saiu.

—Lá vamos nos de novo... –Disse ela se sentando no sofá surrado parecendo sentir toda a dor de cabeça que teria ate o próximo dia.

—VAMOS VER TODOS OS JOGOS DE NOVO! –Comemorei.

—Duvido que tenham paciência. –Disse minha mãe.

—Eu virei em todos! –Falou James.

—Não, esqueceu que viajaremos na quinta?

—Ah, é mesmo. –Disse ele bufando. Agora a ideia de ter uma missão de tantos dias não pareceu a coisa mais fantástica do mundo.

—Por mim eu fico naquela na barraca ate o final da copa! –Falou Alvo.

—Eu te acompanho! –Falei.

—Claro, assim como Scorpius!

—Eu não poderei vir todos os jogos.

—Voce não ouviu o homem? Minha mãe tem cortesia!

—Não pretendo usar da cortesia da sua mãe... –Minha mãe riu.

—Claro que vai. Voce, Lily, Alvo, Ted e Vic têm cortesias. –Ted e Vic comemoraram. O jogo entre Luxemburgo e Flandres seria amanha, então decidimos dormir ali mesmo, afinal a barraca tinha capacidade para mais de dez pessoas.


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Notas finais do capítulo

O próximo capitulo é um "capitulo especial"
Comentem, ok?
Essa temporada vai ser foda, garanto.



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