-Tarde demais para mim, mas pelo visto cedo demais para voce.

 Sua palavras me atingiram em cheio quase me fazendo levanta de minha cadeira segura-la e dizer que não é verdade. Mas não posso, não só por mim, mas principalmente por ela.

 Se fosse isso que realmente me machucasse... Mas não é, pois não a nada pior que do amar uma pessoa e saber que ela te ama e ainda sim faze-la sofre cada vez mas, e isso que venho fazendo por anos. A principio achei que com uma sertã frieza de minha parte ela iria toca sua vida pela frente o qual é o certo, isso ela fez mais algo a impediu que continuasse...

-Hei Grissom, vamos fazer o interrogatório. –Brass interrompeu meus pensamentos, mas não minha dor, afinal nada alem da morte será capaz de interromper o que adentro de mim.

 O segui pelos corredores em direção a garota, paramos em frente à sala de convivência e lá estava ela segurando a mão de Sara e olhando assustada para nos. Não sei por que mais nesse momento desejei ter interpretado errado a evidencia que a culpava.

-Eu vou com ela. –Sara disse com uma voz quase tremula, meu coração apertou ao perceber que ela estava para chora, não pela nossa discussão, mas sim pela menina. De alguma forma uma havia se apagado a outra.

-Melhor não. –Me pronunciei sem ter coragem de olhá-la.

-Não eu vou com ela! Não vou deixa que a acuse por algo que Lara não fez! –Sara gritou sem solta-la. –Você não tem esse direito

 Não, não tenho mesmo, assim como não tenho direito de te fazer sofrer e invés de acabar logo com seu sofrimento o prolongar ainda mais, mesmo não podendo te ter não quero te ver longe de mim, apesar de voce já esta. Não posso apenas querer te ver sem poder atender seus pedidos. Não posso continua dessa forma. Mas por mais terrível que seja eu quero.

 Pensei mais não disse apenas virei meu olhar para Greg.

-Você vem comigo. –Disse a ele que se virou para Sara tentando acalma-la. Sai da sala sem ao menos o espera, não podia fica mais vendo e sentindo seu sofrimento, não querendo abraça e reconforta-la ali mesmo apenas para sentir sua dor diminui.

 Enquanto seguia para a sala de interrogação me perguntei por que logo Sara havia se apagado em uma criança. Rapidamente a resposta veio a minha mente, Lara sofreu quase a mesma coisa que ela. O pai matou a mãe e agora ela não tem ninguém. Mais ate lá vou ter que segui as evidencias por mais terríveis que seja.

 Engraça porque mesmo querendo segui meu trabalho como sempre fiz, às vezes a vendo a meu lado tenho vontade de larga tudo para o lodo me vira e disser o quanto a amo. Mas ai percebo que esse meu ato não só me prejudicara mais também a ela, e ao contrario de mim Sara ainda tem muita coisa pela frente.

-Grissom? –Ouvi Greg me chamando, olhei para trás e o vi com a garota que me olhava assustada. Brass vinha logo atrás. –Deixa a Sara vim, ela só quer fica do lado dela, talvez seja melhor...

-Você sabe que vai ser pior Greg. Sara não esta só emocionalmente envolvida no caso mais também com a criança, se ela a defender no interrogatório e o atrapalhar serei obrigado a tirá-la do caso.

 Ele não me disse mais nada, então entramos na sala e me sentei na frente da criança. Enquanto ela falava seu nome prestei atenção em seus olhos, não estavam só demonstrando seu medo, ela tinha um olhar distante como quem buscava resposta. Olhar parecido com o de Sara.

-Então Lara, nos descobrimos que seu pai tinha um arma. Voce sabia que as armas são perigosas? –Ela fez um sim com a cabeça e eu continuei. –Nos descobrimos também que voce pegou nesta arma. Pode nos conta por quê?

 Assim como respondeu a pergunta, ela balançou a cabeça fazendo um não.

-Você pode nos contar porque pegou na arma de seu pai? –Greg perguntou mais não obteve respostas, não a esperada.

-Se eu conta o que iram fazer comigo e meu pai?

-Dependi do que ira responder. –A respondi da melhor maneira possível esperando sua explicação.

-Eu conto só para Sara.

-Porque só para sara Lara? –Brass perguntou.

-Ela me contou o que vai acontecer. Disse para confia nela e eu confio, ela disse que ai cuida de mim, não ai me deixar sozinha. Eu não quero fica sozinha, eu quero fica com a Sara. Só conto para ela.

-Vou chama a Sara. –Disse me levantando voltando para onde a vir da ultima vez, mas não foi lá que a encontrei.  

-Sara... –Sussurrei a vendo encostada em frente a seu armário com lagrimas nos olhos.

-Onde ela esta? –Ela perguntou sem me olhar.

-Esperando voce, só conta o que aconteceu com voce lá. Você esta bem?

-Não sei. –Ela admitiu tentando segura o choro, tentando esconder seus sentimentos, mas eu já sabia que havia algo de errado.

-Que conversa? –Perguntei me aproximando, não podia simplesmente sai e a espera para continua o interrogatório.

-Do que vai adianta? Isso só vai piora acredite.

-Eu acredito. –Disse me sentando ao seu lado. –Lara falou que voce vai cuida dela. Ta pensando em adotá-la?

-Não sei, procurei por parentes próximos ela não tem,. Só uma tia do Canadá que a negou. Não quero que ele acabe como eu. Não por minha culpa...

-Não é sua culpa Sara...

-É sim, eu sou a que mais quero termina este caso, mas por quê? Se o pai dela for culpado ele será preso ela não terá ninguém assim como eu não tive. O que adianta ter a respostas sendo que elas só iram prejudicar que mais as quer?

 Não a respondi, ela também ano perguntou mais nada, apenas deixou que seus sentimentos ganhassem e chorou mais uma vez em minha frente. Queria abraçá-la e disse que estava ali, mas não pode, então segurei mais uma vez sua mão e a apertei contra a minha, de alguma forma pareceu basta, pois ela foi se acalmando.

-Lara faz bem a voce. –Disse.

-Por que acha isso?

-Você costuma fica assim por suas coisas: Ou casos de violência domestica ou por mim. Dessa vez é por uma criança, de alguma forma isso é bom não é? Você esta pensando nela, não só por terem historias parecidas mais voce gostou dela, e ela de voce.

-Você tem razão. De novo. –Ela disse rindo de nervosismo. –Ainda sim ela não me faz te esquecer, nada e ninguém te faz.

 Ela apertou ainda mais nossas mãos fazendo o calor de seu corpo aumente minha vontade de te-la em seus braços e antes que eu pudesse ceder ao desejo me levantei.

-A mim também. Te espero no interrogatório. –Minha Sara, meu amor.