Cotidiano escrita por Ariane Munhoz


Capítulo 7
O cara do guarda-roupa


Notas iniciais do capítulo

7 – Uma fanfic baseada num acontecimento real



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Shino passou a noite lá, ótimo. Kiba deveria se sentir mais tranquilo, aliviado e ter dormido sem maiores problemas. Exceto que não foi nada assim.

O futon estava ao lado de sua cama, como em todas as noites quando Shino dormia lá (aquela não era a primeira vez). Mas Kiba acordou—literalmente—gritando no meio da noite. Algo sobre criaturas horrendas que invadiam sua cama.

Shino teve que revistar cada canto do quarto—incluindo o guarda-roupa, porque Kiba tinha certeza absoluta que havia um cara ali dentro!—e olhar nos telhados da casa antes que pudessem se deitar novamente.

E menos de meia hora depois, um Kiba assustado pulava em seu futon, se embrenhando no meio de seus lençóis, assustado como um filhote acuado.

Shino quis matar Naruto pela escolha de filme, mesmo que nem soubesse que ele era o culpado!

− Kiba. – chamou o melhor amigo. O garoto tremia feito vara verde, escondido embaixo de seus lençóis. Shino apoiou-se contra o cotovelo, a respiração ruidosa quando suspirou pesadamente.

− Hm? – O Inuzuka não quis sair debaixo dos lençóis. Parecia muito mais seguro do que ficar exposto aos perigos do quarto apesar do calor!

− Está tudo bem, Kiba. – Shino disse. – Olhei cada canto do quarto, cada fresta. Até dentro do guarda-roupa. Somos apenas eu e você aqui. – Tocou gentilmente o ombro do outro garoto, que se retraiu.

− M-me desculpa, Shino! Eu nunca mais vou aceitar as recomendações do Naruto! – Kiba apertou os olhos. Marcas de garrinhas haviam perfurado os lençóis novinhos de Kiba. Tsume ia sim matá-lo. De uma maneira muito pior do que o assassino do filme.

− Da próxima vez deixaremos a Hinata escolher o filme. – Shino ajeitou-se no futon com Kiba, completamente convencido de que não conseguiriam dormir naquela noite. Kiba apenas concordou vigorosamente com a cabeça. Quando um barulho soou—o estalo de um móvel particularmente velho—e Kiba o agarrou. Literalmente o agarrou e o imprensou contra o chão.

− Eu tô com medo, Shino!

Ninjas. Eles eram ninjas que tinham participado de lutas muito mais sangrentas do que as cenas daquele filme. E agora ele estava sendo agarrado por um Kiba muito assustado que não conseguia lidar com isso.

− Tudo bem. – ele disse, passando um dos braços ao redor da cintura de Kiba e pousou o outro em sua nuca, fazendo cafuné.

− Eh? – Kiba não entendeu nada! Como assim, tudo bem?

− Tudo bem, oras. Eu estou aqui com você. Vou te proteger. Ninguém vai fazer nada. – respondeu de maneira categórica, de forma que apenas Shino conseguiria fazer. Sem parar os cafunés, o que Kiba achou ótimo!

− Ne, Shino... obrigado. – murmurou baixinho. Aos poucos, sentia os olhos pesarem, conforme o ouvido apoiava-se no peito do amigo, escutando as batidas lentas e compassadas de seu coração. Exceto que pareciam um pouco mais aceleradas. Quis dar luz ao fato, mas sentia-se tão cansado! Talvez no outro dia.

Shino apenas sorriu de canto. Talvez não matasse Naruto tanto assim por aquele feito.


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Notas finais do capítulo

Se alguém me perguntar se o acontecimento real foi comigo, vou negar até o fim dos meus dias. Shinão se dando bem, sim ou claro? Até quarta!



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