Cotidiano escrita por Ariane Munhoz


Capítulo 8
Como existir assim?


Notas iniciais do capítulo

8 – Baseado na pergunta “você já existiu hoje?”



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Acabou que não dormiram nada naquela noite, nadinha. E tinham treinamento logo cedo com Kurenai-sensei.
Um treinamento daqueles, com direito a práticas de genjutsu que fizeram a mente de Kiba se liquefazer. Pelo menos não foi nada relativo ao pior medo que poderiam enfrentar na vida, mas apenas um esquadrão de shinobis que deve ter matado Kiba umas 430 vezes antes que ele detectasse o genjutsu por si só.
Shino havia falhado apenas umas 300 vezes. Mas ainda assim, estava um caco tão grande quanto o amigo.
− Vamos precisar treinar mais depois, meninos. – Kurenai advertiu. – Estavam completamente despreparados para o genjutsu naquele dia! Imaginem o que acontecerá quando eu e Hinata-chan não estivermos por perto?
Shino conseguia imaginar muitas coisas que aconteceriam. Mas nenhuma delas envolvia genjutsu.
− Ha-ah, Kurenai-sensei! Eu estou faminto! Não podemos parar um pouquinho? – Kiba praticamente implorou. Era mesmo muito difícil resistir àquela carinha de cachorro pidão com biquinho. Kurenai, toda mãe como era, não conseguia!
− Tudo bem, tudo bem. – Encolheu os ombros, vencida. – Mas vocês dois vão pagar o churrasco por terem se saído tão mal hoje! – Apontou para Shino e Kiba. Nenhum dos dois contestou, já que ao terem dormido tão tarde da noite, tinham perdido o horário e não puderam tomar café da manhã!
− Sinto como se meu cérebro fosse sair pelo nariz. – Kiba resmungou. Shino apenas andava ao seu lado com as mãos no bolso, então ele prosseguiu. – Sério, cara, você já existiu hoje? Porque acho que o meu espírito ainda ‘tá na cama!
Shino ajeitou os óculos escuros enquanto caminhava ao lado de Kiba. Hinata e Kurenai seguiam na frente com uma conversa animada sobre coisinhas para bebês que Hinata estava ajudando a sensei a arrumar.
− Você não me deixou dormir horas o suficiente para que eu pudesse existir. – Shino respondeu após longo momento de reflexão. Akamaru, que os seguia de perto, apenas latiu alegre e alheio aos terrores noturnos de seu dono.
− Eu já pedi desculpas. – Kiba arrefeceu. Chutou uma pedrinha que Akamaru correu para buscar. Em seguida voltando com ela na boca, feliz. Mas prontamente ignorado pelo dono.
− Não estou te culpando. – respondeu Shino. – Mesmo. Está tudo bem. Eu disse que estaria lá para te proteger, não disse? E nada aconteceu.
Kiba tinha que concordar. Nada havia acontecido mesmo. Exceto pelas batidas aceleradas de seu coração. Finalmente, Kiba havia se lembrado!
− Ne, Shino. – chamou a atenção do companheiro. – Você também estava com medo? Era por isso que seu coração estava tão acelerado?
Shino não soube o que dizer, como se de repente toda a saliva tivesse sido sugada de sua boca. Seu coração, acelerado? Bobagem! Ele sentiria. Não sentiria? Claro que não. Estava preocupado demais com Kiba. Seria mesmo?
− Apressem o passo, garotos, ou ficarão para trás! – Kurenai chamou a atenção deles. Shino, sentiu-se salvo.
− Vamos, Kiba. Ou quer ficar sem comer?
− O quê?! Não mesmo! Vamos, Akamaru!
Apressou-se para alcançar Hinata e Kurenai. Por sorte, Kiba esquecia rápido!


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Notas finais do capítulo

Hehe, quem ficou na saia justa agora, Shinão? Salvo pelo gongo! Até sexta!



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