When the Moon meets the Night escrita por MaryHomes


Capítulo 2
Capitulo 2 - A treinarora


Notas iniciais do capítulo

Parece que voltamos para um novo capítulo dessa série bem maluca e espero que vocês tenham gostado da apresentação da nossa Desconhecida no primeiro capítulo. Eu sei que pode parecer meio confuso algumas partes, porque eu ocultei o nome de algumas coisas e não expliquei muito bem outras, mas tudo vai ser revelado no tempo certo, acho que assim fica mais interessante de ler. Bem, não vou enrolar mais, boa leitura.



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Era para ser uma missão simples, chegar, pegar o que queria, manter seguro e explodir alguns navios de caçadores mais tarde. Agora parecia que tudo estava contra ela, tinha que lidar com um grupo de adolescentes inexperientes a ponto de perderem seus Dragões e tinham se separado, os deixando bem mais vulnerável, mais um Berseker lunático que fugiu da prisão, além da dependência de Soluço para pegar o artefato.

“E eu queria voltar cedo para fazer o jantar. Parece que o plano vai ter que mudar de novo. “

Ela se posicionou para se esconder melhor, mas percebeu que iria ter que deixar sua arma no convés do navio, era grande demais e não iria permitir que ela se movesse tão rápido quando iria precisar.
Enquanto isso, Dagur não perdeu tempo para prender todos os cavaleiros de Berk, seus capangas foram um atrás do outro até chegarem ao Ceifeiro. Ela podia ouvir os protestos e xingamentos do grupo enquanto eles eram colocados na gaiola de Dragão do convés.
Os subordinados do Berseker estavam enchendo o pequeno barco deles com todos os tesouros do Johan, e Dagur parecia tão animado com sua pequena vitória que não percebeu a garota a poucos metros dele.

“Anda logo Soluço, se continuar assim, ele já vai ter saqueado tudo aqui.”

Ela tinha ouvido o barulho da dupla no casco inferior, eles estavam voltando e parecia que Dagur também sabia disso, porque ele ficou parado em frente à jaula com uma pose triunfante só esperando pelo líder do grupo de Berk. No tempo perfeito, Soluço e o fúria da noite pularam para fora da grade do alçapão, o animal virou na mesma hora com a boca aberta pronta para um disparo contra a ameaça que ele logo percebera. Isso fez ela tremer, achando que ele iria atirar e ela seria pega no fogo cruzado, mas para a sua sorte e dos bandidos, o treinador impediu que isso acontecesse.
Ela viu que Soluço tinha algo escondido nas costas, e isso gerou esperança. "Tem que ser isso, precisa ser isso". Tinha passado por tanta coisa, o perigo da busca, voando por todo o arquipélago procurando por informações, se infiltrando entre caçadores, arriscando a sua vida e de Luna e Amarok, só por esse momento e não iria deixar essa rixa idiota entre um Berseker mimado que não sabe perder e um bando de crianças brincando de caça tesouro. Era bem óbvio que Dagur iria pegar o objeto do Soluço em troca dos amigos, e só de vê-lo ela sabia que ele não cumpriria um acordo, e foi por isso que ela se afastou lentamente até se aproximar da beirada e ver o navio de Dagur encostado ao Ceifeiro. Com um pequeno sorriso, ela pensou:
"Plano C."

Soluço achava que estava tudo ocorrendo bem demais, não perfeito já que a Tempestade e os outros dragões tinham fugido assustados, mas bem porque ele tinha conseguido passar pelo Ceifeiro com a ajuda do Banguela, eles tiveram um pouco de dificuldade, mas tinham sobrevivido e encontrado algo que parecia importante. Mas tudo pareceu dar errado do nada quando ele viu quem menos gostaria de encontrar, Dagur, o cara que ele tinha lutado para prender há três anos e que quase tinha matado ele e seu melhor amigo.

— Soluço! Estava com saudade de mim? Porque eu estive pensando em você todos os dias, durante três anos! - Ele tinha falado com alegria claramente sarcástica.

E foi quando o Dagur deu um passo para o lado e Soluço viu seus amigos presos em uma das gaiolas verdes.

— Astrid! - Preocupação era evidente em sua voz.
— Desculpa Soluço, ele nos pegou enquanto você procurav- - Ela foi interrompida.
— Silêncio! Não esta vendo que esta ocorrendo um climinha entre irmãos - Dagur gritou com Astrid, e depois sorriu para Soluço.

Soluço se aproximou do grupo enquanto Banguela ficou mais para trás de guarda, pronto para agir se necessário.

— Eu não sou seu irmão. E não esta rolando clima nenhum. - O filho de Stoico já estava bem bravo.
— Ah que pena. - O Beseker não parecia nem um pouco afetado com o olhar ameaçador do "irmão " - Olha só você, estou vendo que cresceu. Aposto que é bem namorador agora. - Ele parecia gostar de provocar cada vez mais Soluço.
— Me diz o que você quer? - O líder estava sério.
— DaH! Ele quer as joias. - Melequento respondeu de dentro da jaula, e por seu QI relativamente baixo, ele estava com "aplique de cabelo viking" preso ao capacete.
— Ele não vai pegar as joias da minha família de jeito nenhum! Eu vou protegê-las custe o que custar. - Cabeça Dura exclamou bravo, reivindicando as joias, que na verdade eram do Johan, mas ele não parecia lembrar desse detalhe, já que a irmã esta com a boca cheia de joias. - Mas que cabelo é esse?
— Isso é cabelo real, como é que você não sabe disso? - Melequento jogou as "madeixas" loiras.
— Posso ver que não pararam o coro grego. - Dagur zombou do trio comediante antes de focar no principal. - Enfim, eu vou levar as joias, as dele também.
Os capangas pegaram as joias da Cabeça Quente.
— Ups, eu achei que era o rapaz, eu nunca sei que é quem. - Ele recebeu uma joia na testa pela piadinha. - E eu também vou levar isso ai que esta bem atrás de você.

Isso fez Soluço recuar um passo, ele sabia que aquele objeto era algo valioso porque se estava naquele navio, não era bom para os dragões. Mas ele tinha que ajudar os amigos.

— Isso mesmo, passa pra cá. Os irmãos sempre dividem tudo.
Soluço, sem escolha, tirou o artefato de trás das costas e logo Dagur pegou das mãos dele, mas o treinador não parecia tão preocupado assim.
— Você sabe que não vai conseguir ir muito longe com esse negócio.
Banguela rosnou como se confirmasse o que o amigo disse.
— Ai ai ai a gente tem sempre que dançar desse jeito? - Dagur abraçou o berkiano de lado, forçando uma intimidade claramente não apreciada pelo segundo. - Não que você não seja um ótimo dançarino.
Banguela não pareceu gostar nada de Dagur tão perto assim do Soluço, então ele começou a rosnar ameaçando ele e os seus capangas.
— Calma Banguela. - Soluço tentou acalmar o dragão. - Ainda Não. - Ele sussurrou.
— Isso mesmo, senhor fúria da noite. Hoje não é o dia. Mas o dia vai chegar logo logo.

Mesmo com os rosnados do dragão, Dagur gostava de continuar zombando como se seu plano estivesse ocorrendo de uma forma tão perfeita que não precisava se preocupar com nada

— Agora, com licença, eu tenho que encontrar algumas pessoas, formar um exercito, planejar uma vingança. É tanto a se fazer em pouco tempo, não é empolgante, Soluço? Você deveria estar tão entediado nos últimos três anos. - A ironia do Berserker só irritava mais o treinador.
— É, até que você tem razão, foam poucas explosões. - Cabeça Dura comentou, e como sempre, não percebendo a seriedade da situação.
— Que pena, mas meu tempo aqui chegou ao fim. Adeus por agora, irmão. Até nos encontramos de novo no campo de batalha. - Dagur disse antes de dar meia volta e ir para o seu barco

A ameaça tinha ficado no ar, a promessa de um reencontro e a vangloria por ter vencido.
Soluço tinha que ir atrás dele, mas decidiu ver se seus amigos estavam bem primeiro. Então ele correu para a jaula no momento que Dagur saiu.

— Esquece a gente, vai atrás dele!
        - O que você esta esperando?
Astrid e Melequento incentivaram Soluço.
       - Tem certeza que vão ficar bem?
       - Absoluta! A gente ta bem, vai logo!

Soluço só precisou olhar para Banguela que o "chamou" . E ambos foram voando para alcançar os bandidos. Porém, Dagur tinha outros planos, já prevendo que o moreno iria tentar impedi-lo, ele comandou a seus subordinados:

— Fogo! - Ele tinha uma catapulta pronta com uma pedra gigantesca, que ele disparou.
Soluço conseguiu desviar.
— Errou "irmão". - Soluço exclamou achando que tinha uma vitória.
— Ah Soluço, já deveria saber, eu não erro. - O Berserker gritou de volta.

Realização passou pelos olhos de Soluço e ele olhou para onde estavam seus amigos, vendo que o ataque não era para atingir ele e sim o navio. Com o impacto causou a destruição da madeira no deque o que começou a fazer o barco firar e afundar.

— Não! 
— Então o que vai ser Soluço? Vai me pegar ou salvar os seus amiguinhos? Parece que você começou com o pé esquerdo. - Dagur zombou dele uma última vez antes de se virar para frente do navio e comandar para eles orem embora.

Soluço ouviu pelos gritos de socorro dos seus amigos e se virou imediatamente para eles, qualquer dúvida que ele tinha, sumira, porque ele precisava ajudá-los e foi isso que ele fez.

No barco, Dagur estava duas de suas atividades preferidas: falar sozinho e se vangloriar.
— Isso é tão a cara do Soluço, não é como se eu não tivesse previsto também, já que era o meu plano mesmo.
A distração com o a catapulta deu alguns minutos de vantagem para o fugitivo, eles conseguiram seguir viagem, mas ainda estavam no Nevoeiro indo em direção ao Sul.
— Impressionante! Eu nunca tinha visto nada parecido com isso. - Dagur disse para si mesmo ao examinar o cilindro que roubara. Ele parecia fascinado com objeto, tentando descobrir o que ele faz.
— Nem eu, o que você acha que é? - Selvagem , um dos capangas, perguntou achando que o chefe estava falando com ele, mas logo percebeu que não quando este respondeu bem irritado.
— Não faça perguntas ridículas, Selvagem! Apenas saiba que agora é meu, todo meu! - Dagur exclamou o final bem feliz enquanto sacudia o objeto.

Graças a inteligência do líder dos pilotos de dragões de Berk, ele conseguiu salvar os amigos e foi logo atrás do seu inimigo e conseguiu alcança-lo bem rápido. Ele tinha um plano então, voar até perto do navio para pegar o cilindro e depois ir embora, mas uma pequena supresa complicou um pouco as coisas. Uma explosão roxa.

Fazia pelo menos 30 minutos que a garota estava escondida entre as cargas de ouro do pequeno navio, não conseguia ver o que estava acontecendo, mas era capaz de ouvir facilmente com os gritos que Dagur dava. Ela achou que quando ele subisse ao navio, Soluço estaria logo atrás e usaria o poder de fogo do fúria da noite para explodir tudo. Então ficou desconfiada quando sentiu o barco começar a navegar sem nenhuma perturbação em direção Sul, mas isso foi sorte para ela.
Se esgueirando um pouco para ter uma visão melhor de Dagur, ela se preparou: tirou outras bolinhas de dentro de uma bolsa lateral, mas essas eram roxas e tinham um pequeno fio para fora de cada uma. A encapuzada, puxou as cordas de duas bolinhas de uma vez com a boca e as jogou no convés, de modo que elas deslizassem.
Dagur, bem distraído com o objeto em mãos nem reparou em algo parando bem perto do seus pés.

— Senhor? - Selvagem tinha visto a aproximação de Soluço e estava apontando para o alto.
— O quê? Não da para ver que eu estou ocupad-
O bandido não teve nem tempo de terminar a frase quando duas pequenas explosões ocorreram e a visão dele foi ofuscada com uma fumaça roxa que cobriu o navio inteiro.
— Mas o que diabos é isso?

A garota não perdeu a oportunidade. Saiu correndo de seu esconderijo e foi direto até o capitão do navio. Dagur só sentiu algo saltar sobre ele e o que estava em suas mãos sumir.
— Eu fico com isso, obrigada.

Soluço ficou bem surpreso quando tudo ficou roxo, ele achou que era algum dragão que poderia ter soltado a fumaça, como um ziperarrepiante, mas viu que estava errado, porque mesmo com a fumaça, ele conseguiu ver a silhueta de uma pessoa. A garota (ele sabia que era mulher por causa do corpo) passou correndo por entre os homens no barco até pegar o cilindros, que ele mesmo tinha ido atrás. E depois viu ela pular na água sem nenhum medo.

— Atrás dela, seus imbecís! - um irado Dagur gritou enquanto jogava um homem ao mar, mas sabia que já era tarde demais e isso só o fez ficar mais furioso.

O plano C tinha dado certo, o que era muito bom em decorrência de tanta bagunça sobre o dia de hoje. Pegar o objeto, pular na água, encontrar seus dragões e terminar tudo, o mesmo plano que ela usaria com o Soluço. O temperatura baixa da água quase a fez nadar com mais dificuldade, ela teve que usar mais duas bombas do pó amarelo para afastar às enguias gigantes, ela tinha que se afastar, mas não sabia a onde Luna estava para eles fugirem. Ela nadou até perto do casco de um dos navios abandonados para poder respirar e se apoiar um pouco, a água gelada era demais para ela nadar mais longe.
"Vamos Luna, onde você está?"
A ideia de a ter mandado procurar o pesadelo monstruoso parecia ter sido bem ruim agora.
— Parece que eu sou estou tento má sorte. Agora só uma opção. - Ela pegou um tipo de apito de dentro da bolsa, Luna já deveria ter encontrado o navio e a sua arma, ela colocou o apito na boca e assovio forte, ao invés de um barulho alto, o que saiu foi mais um zunido bem fraco.

A garota estava cansada, não dormia há 24 horas e queria apenas se soltar e ficar boiando. E foi quando ela viu uma sombra voando até ela, e sorriu aliviada achando que sua amiga chegará, mas tinha esquecido de que seu apito poderia atrair outra pessoa e ao ver alguém em cima do fúria da noite que se aproximava, soube que tinha cometido um erro.

A garota tentou mergulhar para fugir, mas o dupla de Berk entrou na água e, com as suas patas, Banguela a segurou enquanto eles voltavam para a superfície. A garota ficou surpresa, mas estava fraca para poder se soltar e não conseguiu evitar que Soluço pegasse o objeto que ela ainda estava na mão.

— Eu não sei quem é você e o como chegou aqui, mas não não posso deixar voce ficar com isso aqui. - Soluço olhava para frente, mas falava com a menina, esta não respondeu. - Nós vamos para Berk, lá você vai poder responder algumas perguntas.

A menina não falou nada. Porém, estava tão irritada com a situação que iria falar algo para provocar o treinador, mas quando ouviu outro par de asas batendo, olhou rapidamente para trás e viu Luna e Amarok os seguindo no Nevoeiro, teve outra ideia (e sabia que estava daria certo) e decidiu transformar essa situação em uma oportunidade. Como o fúria da noite a estava segurando pelos ombros, ela pode levar as mãos as costas e fazer alguns sinais para os dragões. Primeiro ela fechou os punhos, depois com apenas o indicador para foram ela os girou um sobre os outro e por ultimo bateu uma palma. Logo depois ela percebeu que os dois dragões tinham parado de segui-los.

— Você não sabe no mundo em que se meteu, senhor Soluço. - Foram as únicas palavras que ela iria dizer durante a viagem toda.
As palavras delas deixaram Soluço curioso, o que ela sabia? E como diabos ela sabia o nome dele? Ele saberia das respostas logo que chegasse em casa.

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Desconhecida POV

As celas de Berk eram tão confortáveis quantas as outras que já estive, era um quadrado pequeno, sem cadeiras, sem janelas e nem um balde, não era como seu eu fosse usá-lo mesmo.
Eu me apoiei na grade da sela para ver O único balde que era na cabeça do idiota que estava me vigiando.


— Pelo menos tem metade do cérebro, todo mundo aqui parece faltar a outra metade.
Ficar presa era bem entediante, principalmente quando eles tiram as minhas coisas.

Flashback on

Eu estava voando carregada pelos ombros pelo fúria da noite até chegarmos a uma ilha bem grande que eu deduzi ser Berk, e ele literalmente me jogou no chão quando pousamos. Sorte que eu tinha dado um pequeno cochilo durante a viajem, porque foi pelo meu estado de não tão cansada como antes que eu fui capaz de parar em pé.
No momento que eu estava de pé, o moreno saio de cima do dragão e este me encarou rosnando, de forma ameaçadora.

— Sabia que rosnar assim vai te causar rugas? - Parece que o meu comentário não agradou muito, porque só fez o dragão rosnar mais alto.

A cena toda pareceu atrair muita gente, porque logo eu estava cercada e o grupo do Soluço estava do lado dele.

— Soluço, quem é essa? - A garota loira de antes perguntou para ele, acho que o nome dela era Astrid, mas eu realmente não me importava.
— Eu não sei, ela tentou pegar isto do Dagur- Ele respondeu, levantando o artefato e eu logo desviei o olhar para este e ele percebeu.
— Quem é você? Como foi parar lá? E porque você quer tanto essa coisa?
— São muitas perguntas, você quer que eu responda por ordem de importância ou alfabética? - Eu sei que as perguntas são sérias, mas eu continuava com a gozação, porque eu não iria responder as perguntas, e eu não iria demonstrar medo. Eles poderiam achar o que quiserem de mim, eu não importava, só precisava saber com o que eu estava lidando ja que era óbvio que eu não conseguiria escapar sem que pelo menos um dos pilotos de dragões fosse atrás de mim.

Entretanto, eu fiquei bem séria quando vi o viking grande, ruivo e barbudo se aproximando e ficando do lado do Soluço. Aquele era Stoico, o Imenso, o importante líder da ilha e incrível matador de dragões. Acho que o desgosto era visível na minha cara, mesmo que eu ainda estivesse com o capuz, porque ele estava bem surpreso com o olhar que eu passava.

— Quem é essa garota? - Ele perguntou ao filho, eles eram bem parecidos.
— Eu não sei, ela estava no barco do Dagur e - - Soluço tinha sido interrompido pela exclamação do pai.
— Então ela trabalha para o Dagur! Por que ela não esta em uma cela?

A palavra "cela" me fez recuar um pouco, não gostava de celas, acho que ninguém gosta, mas odiava ficar presa e impotente como acontece quando esta presa.

— Não! Quero dizer sim, mas não! Olha pai, eu não sei, mas ela roubou do Dagur e não ajudava ele. - Soluço tentou argumentar com o pai, mas acho que a minha posição defensiva não ajudou muito a meu favor, porque o chefe não mudou de ideia.
— Mas você não tem certeza disso. Ela pode ser uma armadilha, tentando enganar você só para ser trazida até aqui. - A ideia parecia tão clara para ele, que logo eu vi várias pessoas concordado com ele. Eu vi a dúvida no olhar do garoto moreno, mas ele não disse mais nada.
— Melequento. - Era só um chamado, mas a ordem estava implícita. Então eu vi o lerdo de antes, o tal Melequento estalar os dedos com uma pose de durão e depois o pesadelo monstruoso vermelho ao lado dele se aproximar de mim com os dentes pontudos de fora.

Pesadelos monstruosos são bem grandes, eles são assustadores pelo fato de conseguirem atear fogo no corpo todo o que limita a capacidade de alguém se aproximar deles sem se queimar, mas como todo outro animal, eles tem fraquezas e o fato de ter treinado um Pesadelo monstruoso eu mesma, proporcionava várias vantagens. Portanto, quando ele estava bem na minha frente eu já estava pronta. As luvas que eu uso chegam até os cotovelos e tem um pequeno bolso que eu costurei na parte dos pulsos, o tamanho é suficiente para eu guardar folhas de amoeira neles, então eu apenas puxei uma e ao segurar ela não mão, eu só precisei colocar perto do focinho do dragão, que ele já amoleceu e eu pude fazer um carinho abaixo da boca dele, ele caiu para o lado ronronado.

— Dente de Anzol! - Melequento olhava pasmo para o seu dragão que agora estava deitado enquanto eu fazia carinho nele, e eu vi que também tinha surpreendido todo mundo, e irritado mais o chefe.
— Já chega! Eu mesmo faço o trabalho. - Eu me assustei um pouco quando ele veio pra cima de mim com um machado e me levantei rapidamente deixando Dente de Anzol no chão.
— Espera um pouco Stoico. - Um outro homem de uma mão só e uma perna de madeira parou o viking. - Ela é só uma criança.

Eu não gostei muito da parte da "criança", mas resolvi ignorar. Stoico tinha parado e olhado para mim e era possível sentir a tensão no ar. Eu não gostava daquele clima e não queria me defender de um viking enorme e acertar algum dragão. Então eu resolvi só me render.

— Vocês não precisam se preocupar. - Todos se voltaram para mim de novo, eu tirei a bolsa que eu tinha presa a cintura e as duas adagas presas nas minha botas e joguei nos pés do Soluço (fiquei com medo de jogar para o chefe e ele acertar com o machado), e coloquei os braços para o alto. - Eu não quero ferir nenhum dos dragões. - Eu olhava bem nos olhos do Soluço para passar a seriedade que eu não passei antes, e ele me olhou surpreso, não sei se foi por eu ter desistido ou pelo o que eu falei. Mas eu só fiquei quieta até me colocarem em uma cela.

Flashback off

E aqui eu estou, esperando alguém vir falar comigo. Eu estava com tédio, mas tinha que entregar as minhas coisas para não gerar suspeitas e para evitar que eles me revistassem.
Eu olhei para o fim do corredor quando ouvi a porta da pequena "prisão " se abrir, me afastei das barras e deixei a pessoa na minha frente iluminar o local com o lampião nas suas mãos.

— Precisamos conversar.
Eu olhei bem para ele e levei a mão para o bolso da parte de trás do meu vestido para sentir que o pequeno apito ainda estava lá.

— Parece que sim.... Soluço.


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Notas finais do capítulo

E esse foi o capítulo dessa semana, o próximo vai ser um papo/interrogatório meio tenso entre a nossa principal e o grande treinador de dragões. Nossa protagonista parece um pouco chata, mas lembrem que ela está em meio a um povo desconhecido e bem na defensiva. Será que ela vai revelar tudo ou decidir ficar calada? Vamos ver semana que vem ;)
Kiss

Obs - Algumas frutas, plantas, equipamentos, eu inventei, o mesmo vale para receitas e táticas. A grande maioria não tem no show, mas eu não vou inventar nenhum dragão.



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