Guilda Do Alvorecer: O Reino Caído escrita por Mandy, TenshiAkumaNoLink


Capítulo 14
Capítulo 13 - Discussões e Anúncios - Marian


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Peço desculpas pela demora!
Como esse capítulo tem algumas palavras "diferentes", colocarei aqui na nota o significado das palavras pra facilitar as coisas para vocês:
*Nóxio - Nocivo.
*Réprobo - Perverso, Malvado.
*Soez - Vil, reles, oridinário.
*Valdevino - Vagabundo, que vive às custas dos outros.
*Mentecapto - Tolo, indivíduo sem inteligência ou bom senso.
*Energumeno - Desequilibrado, ignorante, boçal, imbecil.

Espero que gostem do capítulo!
Um abraço!



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Dois dias após nosso retorno, consegui achar uma brecha para conversar com o comandante Volken. No início da tarde, logo após o almoço, subi as escadas até o último andar do Forte Dyron e bati na porta de sua sala.

— Pode entrar, Marian.

A sala do comandante era um lugar simples, sem muitos adornos além de um vaso de flores numa mesinha. Volken estava sentado atrás de sua mesa cheia de documentos cuidadosamente empilhados (ele era obcecado com organização), anotando alguma coisa. Quando entrei, ele largou a pena, voltou sua atenção para mim, e arrumou a postura na cadeira.

— Boa tarde, comandante.

— Boa tarde. Sente-se, por favor. - E me sentei em uma das duas cadeiras disponíveis.

— Comandante Volken, não quero lhe faltar com respeito, mas mandar a sacerdotisa na missão, foi uma tolice de nível extremamente elevado. - Falei de forma um tanto formal, que era atípica para mim.

— Eu sei que pareceu ser uma decisão insensata da minha parte, engendradora Marian... - Respondeu o velho comandante, sentando em sua cadeira, com uma expressão mau humorada.

— Não parece, foi. - Declarei de modo incisivo, cruzando meus braços. Se algo desse errado, quem teria que assumir a responsabilidade seria eu, que estava liderando a missão, não ele que estava bem belo sentado em sua cadeira enquanto eu colocava minha cabeça a prêmio em ação. No entanto, era melhor eu tentar me controlar, ele ainda era o líder da guilda.

— Mas eu tive um motivo.

— Ah, é mesmo? E o que justificaria colocar nossa principal fonte de informação sobre a Sunaria em um situação de perigo eminente? - Falei, não conseguindo conter o tom ácido na voz. “Marian, se acalme, pelo amor de todos os deuses” murmurei para mim mesma.

— Primeiramente, para atrair o inimigo. Queria medir as habilidades de Iseu para sabermos como lidar com ele.

Me pareceu que ele estava tentando me enrolar. Então, de forma mais calma, observei:

— Podíamos ter usado algum dos nossos disfarçado. Seria menos arriscado.

— Não haveria garantias de que ele cairia. - “Ah, é mesmo?” pensei. Não havia me convencido. - De qualquer forma, Shao-Yen estava lá para protegê-la.     

— Você não deveria por todas as suas expectativas sobre ela. É difícil controlá-la…

— Pode até ser verdade, mas ela sempre funcionou bem como nossa “Carta na manga”, não é mesmo?

Resmunguei baixinho, e ele riu. Shao-Yen sempre me dava trabalho dobrado, mas poucas vezes causou problemas que eu não pudesse resolver.

— E há um segundo motivo. - Ah! Eu imaginei que tivesse. Ele endireitou a postura na cadeira e olhou para a entrada.

— Qual? - Perguntei, enquanto acompanhava seu olhar.

— Meu irmão geralmente deixa o trabalho pesado pra mim, mas está sempre de olho no que eu faço. Ele só sai daquela maldita torre quando eu faço algo altamente estúpido, como isso, ou em situações de perigo extremo. Airus, pode sair daí, que eu sei que você tá atrás da porta ouvindo tudo.

— SEU INDIVÍDUO NÓXIO, RÉPROBO E SOEZ! - Mestre Airus atravessou a porta, dando passos pesados, com um olhar cheio de fúria. Eu não entendi metade do que ele falou, mas pareciam ser insultos. Confesso que fiquei com vontade de rir, mas algo me dizia que era melhor eu não fazê-lo naquele instante. - SEU VALDEVINO! SE NÃO FOSSE POR MIM, VOCÊ JÁ SERIA ALMOÇO DE TROLLS DA MONTANHA!

— Provavelmente ele não seria, pois os trolls da montanha foram extintos antes de vocês dois nascerem. - Comentei casualmente, segurando o riso.

— Calada, Marian! - Disse Airus irritado, só que isso me deixou com mais vontade de rir, mas eu não podia, eu não devia.

— Você me disse “Vamos reconstruir Isalys, mas enquanto não conseguirmos isso,  vamos dar um novo lar aos sobreviventes. Vai ser difícil, mas podemos fazer isso JUNTOS.” Daí o que você fez? Sumiu, me deixou com todo o trabalho difícil, enquanto você fica trancado em uma torre dando missões suicidas para viajantes mentecaptos… - Mentecapto? Gostei, vou usar na próxima vez que eu entrar em conflitos.

— Eu estive ocupado resolvendo os assuntos externos da guilda, seu energumeno!

— Que assuntos são esses que eu nunca tomo conhecimentos deles, mesmo sendo o “LÍDER”, por que você não quis o cargo?

— Eu andei resolvendo coisas acerca da sacerdotisa, e se não fosse por mim, ela e os amigos dela estariam mortos a uma hora dessas! Pelo amor de todos os deuses, me peça para vir quando eu for necessário, pare de fazer essas coisas estúpidas.

— Como se você viesse!

— Eu sempre venho!

— Não vem não!

— Dessa vez eu tenho que concordar com Comandante Volken. Você não vem mesmo.

— Mas que blasfêmia! - Declarou meu mestre, indignado. Cruzando os braços, e com uma cara emburrada, disse por fim. - Está certo, eu tentarei não ser tão ausente.

Eu duvido muito que alguma coisa vá mudar, mas não falei nada. Eles sempre tinham a mesma discussão (e sempre apresentando um linguajar realmente único), mas nada mudava.

— Isso eu quero ver… - Sussurrou Volken.  

— O que disse!?

— Nada, nada.  

— E eu não tive todo esse trabalho, fazendo a sacerdotisa vir pra cá, para você quase perdê-la de modo estúpido. - E eles continuam… Achei que já tinham acabado…

— Vocês são tão parecidos que chegam a me dar medo. - Falou Volken. - Ela estava aqui me dando um sermão, pouco antes de você chegar.

— Ora, mas do que diabos você está falando? Ela concordou com você em tudo!

— Apenas sobre a sua ausência, mas isso é de concordância unânime na guilda. Enfim, deveríamos discutir algo importante agora, certo? - Falei, tentando aliviar os ânimos. - O que vamos fazer quanto a Iseu? O que devemos fazer com a sacerdotisa? Ela quer se juntar a guilda, mas não acho seguro.

— Marian, você é boa com desenhos, certo? - Me perguntou Mestre Airus.

— Sim, sou.

— Acha que pode fazer um desenho dos artefatos que Iseu usava, para que eu possa buscar informações sobre eles?

— Posso sim. Até amanhã eu te entrego. Eu tenho uns assuntos da guilda para resolver, e assim que lidar com eles, eu faço.

— Certo.

— Mas e quanto a Srta.Kaizen? - Perguntei.

— Não vai fazer mal ela treinar um pouco. Vai aumentar as chances de ela sair viva, no caso de alguma coisa dar errado. - Disse meu velho mestre.

— Mas entrar para a guilda, eu não sei se é seguro. Ao menos agora. - Observou o comandante.

— Eu sugeri que ela tratasse de feridos e doentes na clínica com a Myra, mas ela parecia mais interessada em fazer o teste para ser diplomata. Ela disse que os Kaizen geralmente lidavam com os assuntos diplomáticos na Sunaria.  

— Entendo. - Volken murmurou. - Por mais que seja bom ela treinar, o ritual de iniciação é um pouco arriscado. Acho que devemos enrolar a sacerdotisa por um tempo.

— E se ela perceber? - Perguntei.

— Bem, não há nada que ela possa fazer a respeito. Se ela insistir, posso discutir com Lorelai para reprová-la, independentemente do resultado.

— Sabotagem não é muito o seu estilo. - Observei.

— Não é mesmo. - Respondeu ele.

— Acho que é melhor sermos honestos com ela. - Falou Airus. - A sacerdotisa é uma pessoa que não costuma causar problemas deliberadamente, eu creio que ela irá entender a nossa posição.

— Tem certeza? - Volken não parecia estar muito convencido disso. - Minha experiência lidando com a natureza humana me mostrou que podendo causar problemas,  as pessoas causam.

— Começando com você, não é mesmo? - Falou Airus, franzindo o cenho, e Volken lhe lançou um olhar assassino. A não, outra vez isso.

— Ela não é bem humana, na verdade. É uma sereia do mar leste. - Observei.

— De fato. - Concordou Airus.

— Uma… sereia? - Perguntou Volken, confuso.

— Eu já não tinha comentado sobre isso? Eu acho que me esqueci… - Estranho, eu jurava que eu tinha falado sobre isso.  

— Não falou. Há mais alguma coisa que você possa ter esquecido de me falar?

— O fato de ela ser uma sereia torna bem difícil levarmos ela em missão para lugares longe da água, já que ela é bem mais fraca em terra e adoece se ficar muito tempo longe da água. Esse é mais um motivo para não recrutarmos ela pra guilda agora. Essa é mais uma variável que pode colocar ela em risco, e precisamos dela.

— Então iremos convencer ela a desistir do teste, por enquanto.

— Sim, mas acho interessante ela treinar aqui, para caso ocorra alguma mudança de planos. - Observei.

— De fato. Meu irmão Airus, já que você parece conhecer a Srta. Kaizen melhor, poderia cuidar disso? Além do mais, a ideia foi sua…

Airus suspirou.

— Sim, eu posso.

— Marian, como está o rapaz que protegeu a sacerdotisa?

— Myra me disse que está estável, mas vai precisar repousar por um tempo ainda.

— Quando ele melhorar, eu gostaria de recrutá-lo.

— Por qual motivo? Ele não foi muito útil na missão. - Comentei. - A distração dele fez com que nós quase perdêssemos a Hinata, e ele não teve nenhuma chance contra o inimigo.  

— Ele parece bastante determinado e disposto a fazer o necessário para a missão ser bem sucedida. Sua falta de habilidade pode ser resolvida com um bom treinamento. - Isso até que é verdade, precisei admitir. Se dirigindo a Airus, Volken disse. - O que acha do rapaz? Você viajou com ele pela Floresta Das Trevas.

— Não deu para conhecê-lo muito bem. - Respondeu meu mestre.

— Entendo… Marian, assim que possível, fale com ele sobre isso.

— Sim, senhor.

— Se puder nos dar licença, tem algo importante que preciso discutir com meu irmão. Assim que terminarmos, te encontrarei na praça para fazer o anúncio sobre os testes.

— Entendido.

 

—_____________________________________________________

Na hora que se seguiu, eu e Ah Ra organizamos tudo que era necessário para o anúncio e levamos até a Praça de Horin. Quando chegamos lá, os outros líderes já estavam a postos no palco no meio da praça, mas tivemos que esperar mais uns vinte minutos por Volken.

— Uma boa tarde à todos! Sou o Primeiro Comandante Volken, líder e co-fundador da Guilda Do Alvorecer. Como devem saber, por conta da arriscada missão em Ignikor, estamos com uma grande defasagem de pessoal. Por conta disso, o período de testes será antecipado e hoje anunciaremos o que serão as provas. Ah Ra, por favor.

— Os testes terão duas etapas: A primeira será a prova de perícias e a segunda serão os duelos. A prova de perícias será entre os dias 10/03 e 13/03, em horários que serão fixados ali no painel. Nela serão testadas as suas habilidades com pelo menos dois tipos de armas, e também será feito um exame psicotécnico e uma prova de conhecimento geral. - Ela olhou pra mim pelo canto do olho, então soube que era para eu prosseguir.

— A segunda etapa, a fase de duelos, será no dia 17/03, e o horário estará no quadro de avisos. Vocês irão batalhar em grupos de 5 pessoas. Diferente dos testes de arena anteriores, os selecionados não serão necessariamente os vencedores, e sim os que apresentarem as habilidades que forem interessantes para a guilda e que fizerem um bom trabalho em equipe. Os líderes das alianças assistirão aos duelos e irão avaliar vocês. A princípio os resultados vão ser anunciados no dia, mas em caso de problemas, podem levar até dois dias para saírem. Vocês terão mais duas semanas para se inscreverem.

Rach’Nir tomou a frente dizendo:

— Os líderes das alianças serão os responsáveis pelas aplicações das provas da primeira fase. Qualquer sinal de trapaça notado por nós, causará a eliminação do participante, então fiquem atentos as regras que estão escritas no pergaminho que vocês receberão ao fazer a inscrição.

— Quem passar, pode ser selecionado por mais de uma aliança. - Lembrou, Lorelai. - Nesse caso, você pode escolher qual delas deseja integrar.

— Mas se a que vocês desejam integrar não os escolher, vocês podem optar por não se juntar a que o selecionou e tentar novamente em outra oportunidade. - Completou Lacey. Lacey, líder dos Exploradores, era uma mulher de altura mediana, atlética, de cabelos ruivos curtos cobertos por uma bandana vermelha, olhos castanhos e pele bronzeada. Ela vestia uma camisa azul e calças marrom. Ela havia retornado de uma missão ontem, junto do outro líder de sua aliança, Jack.

— Até o dia das provas, alguns membros das Alianças farão sessões de treinamento com os candidatos. - Falou Bear, indo para a frente. - Duncan, Byron e Camille darão aulas de esgrima, Myra dará aulas de cura, Marian e Alice de magia, Lorelai de caligrafia, Jack de conhecimento geral e língua antiga e Lacey de arremesso de facas e armas de projéteis. Os interessados, podem se inscrever falando com a Ah Ra, no mesmo local de inscrição da prova. Serão aulas gratuitas, e podem se inscrever em quantas quiser, mas se você faltar mais de quatro vezes sem justificativa, será retirado da turma para abrir vaga a outros interessados.

 

—_____________________________________________________

Após o fim do anúncio, eu e Ah Ra buscamos pergaminhos na sala de materiais e levamos até a sala de inscrição.  

— Ser líder de Aliança dá trabalho. - Falou Ah Ra, quando entramos na sala.  Ela largou tudo na bancada, suspirou, limpou o suor da testa e se atirou na cadeira.

— Precisa de alguma ajuda? - Perguntei.

— Não precisa, eu dou um jeito. Além do mais, você tem suas próprias responsabilidades para assumir. - Respondeu.

— Eu imagino que deva estar sendo difícil para você, já que você teve que assumir meio de repente.

— Pois é. Com a morte repentina da Janice em tão pouco tempo de liderança, eu acabei tendo que receber o treinamento para assumir de forma meio corrida.

— Ainda mais, você quase morreu na última missão, e por conta da recuperação, teve menos tempo ainda para o treinamento.

— Verdade. Felizmente, Duncan me ajudou muito com isso. Não sei o que eu eu faria se meu colega de Aliança não fosse tão colaborativo.

— Você está fazendo isso bem. Vai dar tudo certo.

— Obrigada, Marian.

— Se precisar de alguma coisa, não hesite em me chamar. Agora, preciso ir. Tenha um bom dia.

— Você também, engendradora.

Saindo dali, me dirigi a clínica, e me deparei com Myra discutindo com Will.

— Você ainda não está totalmente recuperado e precisa ficar mais um pouco sob observação, já que bateu a cabeça com força…

— Eu não aguento mais ficar aqui parado… - Ele notou a minha presença e sorriu. - Ora, a líder Marian apareceu. Pelos deuses, diga para a Myra que eu eu estou ótimo e que não preciso ficar aqui mais. Eu vou enlouquecer se ficar…

— Não irei contrariar as ordens da clériga…

— Ah, que maravilha. - Resmungou ele, erguendo as mãos pra cima.

— Mas tenho algo para discutir com você, então acho que talvez alivie um pouco do tédio.

— Discutir comigo?  

— Discutir com ele? - Perguntou Myra ao mesmo tempo.

— Sim. Se não for atrapalhar… - Falei para ela.

— Não, não. Qualquer coisa que faça ele ficar parado no lugar é bem vinda.

— Não que seja necessário, eu estou ótimo… - Ele endireitou a coluna e fez uma expressão de dor logo em seguida. - Ai!

Myra lançou um olhar severo para ele.

— Eu disse que você precisa repousar mais. Não seja teimoso.

— (Suspiro) O que você tem para discutir comigo, Hills? - Me perguntou ele, tentando fugir do assunto.

— Volken gostaria que você  realizasse as provas e se juntasse a guilda.

— Eu? Eu não fui lá muito útil na última missão.

— Eu disse isso a ele… - Will fez cara feia, era melhor eu ter omitido essa parte. - Mas ele falou algo importante. Suas habilidades podem ser melhoradas, mas você tem algo que ninguém pode lhe ensinar: Sua determinação. - Sua expressão se tornou mais amena quando eu concluí.

— Entendo. - Ele murmurou, pensativo.

— Há várias vantagens em se tornar um de nós.

— Serena me contou como funcionam as coisas.

— Ah, sim.

— Eu poderia ir ocasionalmente visitar minha família?

— Bem, você pode trazê-los para cá.

— Bea é muito apegada a Yarzeth, eu não sei se ela viria.

— Oh, entendo. Quando não tiver missões, você pode pedir uma dispensa temporária para o líder da sua Aliança.

— Entendi.

— Haverá sessões de treinamento até o dia das provas. Você não pode lutar nessas condições, mas se a Myra deixar, pode assistir as aulas teóricas. - Os olhos dele brilharam quando eu disse isso. Ele devia estar mesmo com muito tédio.

— Do que são as aulas teóricas? - Perguntou, curioso.

— Língua antiga, conhecimentos gerais, que inclui preparo de poções, tática, geografia, política, entre outras coisas, e tem as aulas de caligrafia também. - Sua expressão se tornou ligeiramente animada.

— Eu acho que posso aproveitar bastante isso. Quando eu era mais novo, estudei para me tornar um escriba. Precisei largar tudo para trabalhar, caso contrário, eu e meus irmãos morreriam de fome.  

— Eu acho que seu conhecimento pode ser bem aproveitado se você se juntar aos diplomatas. Quase não tem trabalho para eles, então eles acabaram assumindo a função de escribas no resto do tempo.

— Interessante. Mas não sei se isso combinaria comigo hoje. Muita coisa aconteceu e eu mudei muito.

— Entendo. Então, se a Myra estiver de acordo, posso realizar a sua inscrição?

— Claro.

— Eu acho que amanhã já posso liberá-lo para isso. - Disse ela. - E mais uns dois, três dias para ele poder fazer as aulas de duelos, mas pegando leve, claro.

— Está certo. Então, Will, por favor preencha as informações nesse pergaminho, que eu levarei para a Ah Ra.

— Certo.

 

—_____________________________________________________

Enquanto passava na frente da forja, enquanto fazia o caminho até o dormitório, Kyurem, que estava lá dentro, me avistou e foi até mim.  

— Olá irmã Marian! - Cumprimentou Kyurem. - Atarefada com a guilda, pelo visto.

— Olá Kyurem! De fato, mas já resolvi a maioria dos assuntos pendentes. Como tem andado?

— Bem, a pouco fiz minha inscrição para os exames da guilda, mal posso esperar para que comecem! - Falou com empolgação.

— Você vai se juntar a nós? - Perguntei, confusa. - Então quem irá liderar os draconianos?

— Eu deixei a vila nas mãos de Barukh e Seroth, bem como Taranthula. Após os eventos na vila de Ignikor, eu percebi que eu era um líder muito fraco e que se eu quisesse realmente ser um líder de verdade para os draconianos, teria que aprender a lidar com os meus poderes e me tornar mais forte. Acredito que a guilda me ajudará a amadurecer como líder e como draconiano. - Respondeu Kyurem, olhando para sua katana. - Eu prometi a todos na vila que eu voltaria mais forte para lhes guiar, eu também prometi isso à 100 anos atrás, ao grande Igura.

— Eu acho que você poderá aprender muitas coisas diferentes aqui, mas me pergunto se haverá um oponente a altura para treinar as habilidades de combate com você.

— Talvez sim, talvez não, só o tempo pode dizer, mas estou sempre disposto a encontrar alguém que possa acompanhar o meu passo, tanto fisicamente quanto magicamente. - Kyurem sorri.

— Entendo. Boa sorte, então. Espero que encontre o que procura aqui.

FIM DO CAPÍTULO 13

 


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