Guilda Do Alvorecer: O Reino Caído escrita por Mandy, TenshiAkumaNoLink


Capítulo 1
Prólogo - Lorde Vaern


Notas iniciais do capítulo

O prólogo é 15 anos antes do capítulo 1.



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    A alguns anos atrás, no fim da Era Do Dragão, eu era um cavaleiro do Reino de Isalys. Não qualquer Cavaleiro, eu era conhecido por ser o mais forte e mais leal ao rei. Eu me chamo Lucian Vaern.

    O Reino de Isalys prosperou por anos. Vivenciei seu ápice, e também seu rápido desmoronar. Lunarus, mais conhecida como “Cidade Das Luzes”, era movimentada, cheia de torres especializadas em treinar magos, e tudo era movido a magia. Tínhamos barreiras poderosíssimas de magia envolvendo-a, ninguém esperava que pudéssemos cair em uma guerra, mas caímos.

    O que era o reino mais forte de todos, agora é apenas cinzas. É um reino fantasma. Um reino inteiro desmoronou, mas os nossos inimigos nada ganharam com isso. O lugar se tornou inabitável. Em desespero, alguns dos nossos soldados e magos mais leais, recorreram a magia negra, e vincularam suas almas a aquele lugar, tornando-o assombrado, como uma forma de protegê-lo para que no futuro os sobreviventes voltassem para lá. Mas ninguém se arrisca a ir lá. Os que foram ou não voltaram ou enlouqueceram. Uma profecia antiga disse que o último jovem com sangue real iria pôr fim à guerra, e reergueria o reino, para que enfim as almas desses pudessem descansar. Todos esperam por um jovem rapaz, mas a última sobrevivente é a princesa Lyna, a caçula.

Poucos dias antes do massacre, focamos em erguer as barreiras de magia ao redor da capital. O rei insistiu que a rainha fosse com as crianças e com alguns civis para a Kaern, capital do reino vizinho, nosso aliado. No entanto, um imprevisto ocorreu. O inimigo havia discretamente avançado pela floresta das trevas e nos alcançou antes do tempo previsto. Alguns cavaleiros se revelaram traidores, e mataram o rei, a rainha, e dois de seus três filhos. A Princesa Lyna assistiu ao massacre da sua família escondida em um armário.

Eu lutei contra muitos, tentando alcançar a família real, mas quando eu os encontrei, havia quatro cadáveres. Mas pensei “Onde está a pequena princesa?” Então ouvi um leve soluçar vindo de um armário. Eu abri, e ali estava a pequena menina de sete anos, encolhida, chorando, segurando um punhal ensanguentado. Ela se assustou quando abri a porta e apontou a lâmina para mim.

— Alteza… - Sussurrei. - Eu estou aqui para ajudar.

— E...e...eu não co...co...confio em você. - Falou ela tremendo. - Aquele velho….aquele...aquele… disse a mesma coisa e...e… ele matou meus irmãos. - Lágrimas escorreram pelo rosto pequeno da garotinha, que disse. - Eu não vou deixar você me…. - E então uma luz estranha brilhou e ela apagou.

Surpreso, me virei rapidamente e dei de cara com minha esposa usando trajes de combate. Ela disse:

— Foi um mal necessário. Ela vai nos perdoar quando estiver fora de perigo. - Ela olhou para os corpos no chão. - Estão todos mortos ou só inconscientes? Você já conferiu?

— Não.

Ela se abaixou e verificou um por um. Suspirou e disse, depois de algum tempo:

— Chegamos tarde demais. - Olhou com tristeza para a rainha e disse enquanto fechava os olhos da falecida - Descanse em paz.

— O que faremos? - Indagou-me Silvana.

— Iremos para Kaern. Meu irmão (o rei), já planejava nos receber lá. Talvez ele possa conceder alguma ajuda. E precisamos garantir que ela ficará viva. Devemos antes de partir, reunir alguns dos sobreviventes.

— Talvez devêssemos visitar uma feiticeira quando chegarmos a Kaern.

— Com que fim?

— Essa menina, ela envelhecerá com a lembrança de sua família sendo brutalmente assassinada na sua frente. Provavelmente será dominada pelo desejo de vingança e esse será seu maior perigo. Eu acho que o ideal é apagarmos a memória dela e quando estiver pronta para sua missão, nós lhe contaremos a verdade. E deveríamos dar a ela uma nova identidade. Isso protegeria ela dela mesma e também ajudaria para que não a encontrassem.

— Entendo. - Ouvi sons de uma batalha próxima. - É melhor irmos, rápido.


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